The Scope of Human Thought
http://onthehuman.org/2009/08/the-scope-of-human-thought/
© Mark Turner, 2009
Institute Professor and Professor of Cognitive Science, Case Western Reserve University
Biologicamente, nós nos parecemos com os outros animais, mas mentalmente nós os deixamos comendo poeira. A amplitude do pensamento humano é vasta. Por que somos tão diferentes?
Os animais - nos incluindo - vivem, pensam e sentem no aqui e no agora. Viver, pensar e sentir são eventos biológicos, existindo apenas no presente. Quando pensamos no passado ou no futuro, ou em algo distante ou fora da situação em que estamos, o pensamento e o sentimento não estão distantes - eles estão bem aqui, justamente agora, presentes, confinados à nossa escala local e humana, conduzidos através de sistemas biológicos do aqui-e-agora.
Quanto a isso, nós somos como cachorros, golfinhos, corvídeos, chimpanzés. Um ser humano pode ter estado vivo há dez anos e pode viver dez anos no futuro, mas nossa atividade cerebral de dez anos atrás e daqui a dez anos não existe. Os únicos sistemas para viver, pensar e sentir que os seres humanos possuem são ativados por seus corpos aqui e agora.
Essa imagem foi esboçada por Sir Charles Sherrington, que descreveu o cérebro como uma 'teia encantada' onde 'milhões de lançadeiras tecem um padrão dissolvente, sempre um padrão significativo, apesar de nem sempre um padrão permanente' (Sherrington, [1941] 1964, p. 178).
Dissolvente, nunca permanente. Ainda assim, nosso pensamento viaja pelo tempo e pelo espaço, através de possibilidades e longas cadeias causais, através de presenças e ausências em potencial, através de histórias mentais que populamos, na imaginação, com milhares, bilhões de agentes cujas mentes imaginamos ser como a nossa - plenas de crenças, desejos, planos, decisões e juízos, todos com vasta amplitude. Os conteúdos de nossos pensamentos não nos parecem ser dissolventemente evanescentes.
Os cientistas meditaram sobre a amplitude do pensamento humano e tentaram explicar sua origem. Antonio Damásio em The Feeling of What Happens (1999), oferece uma teoria especulativa sobre como nosso desenvolvimento neurobiológico pode ter tornado a 'consciência extendida' possível:
"A consciência extendida ainda gira em torno do mesmo eixo central, 'você', mas esse 'você' está agora conectado à vida passada e ao futuro antecipado que fazem parte de nosso registro autobiográfico" (p. 196)
Endel Tulving (1985a and 1985b) enfatizou nossa capacidade de viagem mental, nossa capacidade para a memória episódica e consciência autonoética (auto-conhecedora). Na consciência autonoética, podemos recuperar um episódio no qual alguma coisa cocorreu. "A consciência autonoética ... permite a um indivíduo tormar consciência de sua identidade e existência num tempo subjetivo que se extende do passado, através do presente, ao futuro" (1985b, page 388). Ulric Neisser chamou a atenção para nossas notáveis capacidades no clássico artigo “Five Kinds of Self-Knowledge” (1988). Centenas de outros cientistas participaram das pesquisas. Aqui está uma das mais recentes:
"Um eu pode sentir essa singular fixidez, agarrando-se ao próprio aqui-e-agora como se fosse uma roupa-de-baixo de 24 horas, mas na verdade ele é uma cadeia em loop para frente e para trás tricotando em um conjunto nossos momentos passados e futuros... Um Eu é uma Tardis, uma máquina do tempo: ele pode te engolir e te cuspir em algum outro lugar". Charles Fernyhough. 2008. A Thousand Days of Wonder: A scientist’s chronicle of his daughter’s developing mind. New York: Avery, p. 122.
Leia o restante no endereço indicado. Agora vêm as objeções ao que foi argumentado, uma descrição da escala humana, da escala da rede, e uma parte sobre como encaixar tudo na escala humana.