Syntax: Its Evolution and Its Representation in the Brain
Ljiljana Progovac
Biolinguistics 4.2–3: 234–254, 2010
Abstract. Poeppel (2008) observa que não existe qualquer correspondência clara entre unidades de análise em linguística (especialmente os princípios de sintaxe, abstratos e aparentemente arbitrários) e unidades biológicas de neurociência, concluindo que as pesquisas neurolinguísticas correntes apresentam um caso de esterelização cruzada, mais do que de fertilização cruzada. Aqui desenvolve-se a proposta de que decompor a sintaxe em camadas evolutivas intermediárias, em suas primitivas evolutivas, não só torna a sintaxe compatível com descrições gradualistas como também a deixa mais tangível e menos abstrata. Nessa abordagem, pelo menos algumas complexidas (e estranhezes) da sintaxe, como os efeitos de Subjacência e o núcleo da sentença pequena, podem ser vistos como efeitos colaterais ou subprodutos de um remendo evolutivo. É concebível que tais considerações evolutivas sejam o necessário ingrediente que está faltando em qualquer tentativa de estabelecer ligações entre os posulados da sintaxe e as unidades da neurociência. Este artigo leva em consideração dados linguístios concretos e sugestões quanto a onde e como procurar pelos correlatos neurobiológicos da sintaxe.