Study finds the mind is a frequent, but not happy, wanderer
November 11, 2010
PhysOrg - Os psicólogos de Harvard, Matthew A. Killingsworth e Daniel T. Gilbert usaram um aplicativo especial do iPhone, "track your happiness" (saiba onde está sua felicidade), para fazer sua pesquisa. Os resultados: nós passamos metade de nosso tempo pensando sobre outra coisa que não nosso meio circundante imediato, e amior parte dessas divagações não nos deixa felizes.
As pessoas passam 46,9% de suas horas ativas pensado sobre outra coisa que não aquilo que estiverem fazendo, e essa divagação mental tipicamente as deixa infelizes. Isso diz um estudo que utilizou um aplicativo do iPhone para a Web para renir 250.000 pontos de dados sobre os pensamentos, sentimentos e ações dos sujeitos à medida que levavam suas vidas.
A pesquisa, feita pelos psicólogos Matthew A. Killingsworth e Daniel T. Gilbert, da Harvard University, está descrita no número dessa semana da revista Science.
"Uma mente humana é uma mente que divaga, e uma mente que divaga é uma mente infeliz", escrevem Killingsworth e Gilbert. "A capacidade de pensar sobre o que não está acontecendo é uma realização cognitiva obtida a um custo emocional".
À diferença dos outros animais, os humanos passam boa parte do tempo pensando no que não está ocorrendo à sua volta: pensando em eventos que ocorreram no passado, poderiam acontecer no futuro ou poderiam nunca acontecer. De fato, a divagação mental parece ser o modo default de operação do cérebro.
Para observar esse comportamento, Killingsworth desenvolveu um aplicativo de iPhone para a Web que contactou 2.250 voluntários em intervalos aleatórios para indagar o quanto estavam felizes, o que estavam fazendo no momento, e se estavam pensando em sua atividade corrente ou sobre alguma outra coisa que era agradável, neutra ou desagradável.
Os sujeitos podiam escolher entre 22 atividades gerais como andar, comer, fazer compras e ver televisão. Em média, os voluntários responderam que suas mentes estavam divagando 46,9% do tempo, e nada menos do que 30% dess tempo durante todas as atividades, exceto fazer amor.
"A divagação mental parece estar onipresente em todas as atividades", diz Killingsworth, aluno de doutorado em psicologia de Harvard. "Esse estudo mostra que nossas vidas mentais estão tomadas, em grau notável, pelo que não está presente".
Killingsworth e Gilbert, professor de psicologia em Harvard, descobriram que as pessoas eram mais felizes quando fazendo amor, se exercitando ou conversando. Eram menos felizes quando descansando, trabalhando ou usando o computador em casa.
"A divagação mental é um excelente preditor da felicidade das pessoas", diz Killingsworth. "De fato, a frequência com que nossas mentes deixam o presente e onde tendem a ir é um melhor preditor de nossa felicidade do que as atividades em que nos ocupamos".
Os pesquisadores estimaram que apenas 4,6% da felicidade de uma pessoa em um dado momento podiam ser atribuidos a uma atividade específica que ele ou ela estivesse fazendo, ao passo que o status de divagação mental explicava uns 10,8% de sua felicidade.
As análises dos hiatos temporais realizadas pelos pesquisadores sugeriram que a divagação mental dos sujeitos geralmente era a causa, e não a consequência, de sua infelicidade.
"Muitas tradições filosóficas e religiosas ensinam que a felicidade pode ser encontrada vicendo-se o momento, e os praticantes são treinados para resistir à divagação mental e para ficar 'aquie agora'", notam Killingsworth e Gilbert na Science."Essas tradições sugerem que uma mente que divaga é uma mente infeliz".
Esta nova pesquisa, dizem os autores, sugerem que as tradições estão certas.
Os 2.250 sujeitos desse estudo de Killingsworth e Gilbert variavam entre 18 e 88 anos de idade, representando um amplo espectro de backgrounds socioeconômicos e ocupações. Setenta e quatro por cento dos participantes do estudo eram americanos.
Mais de 5.000 pessoas estão usando agora o aplicativo Web do iPhone que os pesquisadores desenvolveram para estudar a felicidade, o que pode ser visto em www.trackyourhappiness.org.
More information: http://www.sciencemag.org/
Provided by Harvard University