domingo, 21 de dezembro de 2008

Extensão de arquivo e Gray's Anatomy

O leitor que fez download do Gray (ver 18 de dezembro) pode estar em dúvida: o que é a extensão .chm do arquivo e o que fazer com ela? A primeira resposta pode ser encontrada em http://filext.com/index.php - chm é a extensão da Microsoft para arquivo de ajuda compilado em html. O que fazer, então? Nada de mais: duplo-clique no ícone e início da leitura. Explore as facilidades oferecidas na guia da esquerda (índice, pesquisa, etc.). Meu download experimental foi feito do site www.filefactory.com e tudo funcionou bem.

sábado, 20 de dezembro de 2008

Correlatos Neurais do Pensamento

Kraft, Gulyás e Pöppel (editores) apresentam Neural Correlates of Thinking, livro de 286 páginas (PDF) publicado em 2008. Veja o índice:
Introduction
Neural Correlates of Thinking 3
Eduard Kraft, Balázs Gulyás, and Ernst Pöppel
Part I The Methods: State of the Art and Prospects
Functional MRI Limitations and Aspirations 15
Peter A. Bandettini
Studying Cognition with Positron Emission Tomography 39
Alain Dagher
Investigating the Neural Correlates of Percepts Using Magnetoencephalography and Magnetic Source Imaging 51
Thomas Hartmann, Nathan Weisz, Winfried Schlee, and Thomas Elbert
EEG and Thinking 65
Michael Öllinger
Near-Infrared Spectroscopy for Studying Higher Cognition 83
Yoko Hoshi
Integration of EEG and fMRI 95
Christoph Mulert and Ulrich Hegerl
Part II Neural Correlates of Key Components of Higher Cognition
The Neural Implementation of Working Memory109
Oliver Gruber
Current Perspectives on Imaging Language 123
Joseph T. Devlin
Functional Neuroimaging and the Logic of Conscious and Unconscious Mental Processes 141
Balázs Gulyás
Knowledge Systems of the Brain 175
Josef Ilmberger
Neural Representation of Time and Timing Processes 187
Elsbieta Szelag, Joanna Dreszer, Monika Lewandowska, and Aneta Szymaszek
Part III From Conceptual Considerations to Neural Correlates
Fractionating the System of Deductive Reasoning 203
Vinod Goel
Human Thought and the Lateral Prefrontal Cortex 219
Kalina Christoff
Neural Correlates of Insight Phenomena 253
Jing Luo, Gunther Knoblich, and Chongde Lin
Brain-Based Mechanisms Underlying Causal Reasoning 269
Jonathan Fugelsang and Kevin N. Dunbar
Index 281

Em http://depositfiles.com/files/2fujo24xd

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

A mecânica quântica de mentes e de mundos

O livro de Jeffrey Barrett, The Quantum Mechanics of Minds and Worlds (de 2001, 288 páginas em PDF – 4,4Mb), é apresentado assim: “JB apresenta um estudo abrangente do problema que desafia físicos e filósofos desde a década de trinta. A teoria padrão da mecânica quântica é uma das teorias físicas de maior sucesso até hoje, predizendo o comportamento dos constituintes básicos de todas as coisas físicas; nenhuma outra teoria fez predições empíricas tão precisas. Entretanto, se v. tentar entender a teoria como um quadro referencial completo e acurado para a descrição do comportamento de todas as interações físicas, torna-se evidente que a teoria é ambígua, até mesmo logicamente inconsistente. Para lidar com esse dilema, Hugh Everett III, na década de 1950, passou a estudar o problema da medição quântica. Barrett examina e avalia cuidadosamente o trabalho de Everett e daqueles que o seguiram. A abordagem informal de Barrett e a narrativa bem construída tornam esse livro bem acessível e esclarecedor para filósofos, físicos e outras pessoas interessadas na interpretação da mecânica quântica”. Não é uma das melhores resenhas literárias do século, nem diz muita coisa sobre o livro em si, mas desde criancinha eu queria fazer um lançamento no meu blog que se chamasse ‘mecânica quântica de mentes e de mundos’, e agora consegui. Faça o download do livro em http://depositfiles.com/files/7945937

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Livro: Gray's Anatomy

Gray’s Anatomy, em diversas opções de download. As quatro partes devem ser gravadas em um só diretório e de preferência com seu nome original. Quando o download das quatro partes acabar, descompacte a primeira e repare que todas as quatro terão sido descompactadas e unidas em um só arquivo final. Esta é a hora de atribuir o nome que desejar, e de gravar sua 39ª edição do Gray no diretório de sua preferência. Boa leitura.

www.filefactory.com/file/356d3c/n/0304_GryAna39_part1_rar www.filefactory.com/file/0552de/n/0304_GryAna39_part2_rar www.filefactory.com/file/4c6106/n/0304_GryAna39_part3_rar www.filefactory.com/file/07e9d9/n/0304_GryAna39_part4_rar

http://www.megaupload.com/?d=NZQ51WMK
http://www.megaupload.com/?d=UXJTGNGM
http://www.megaupload.com/?d=I9C4PO73
http://www.megaupload.com/?d=O1YC84GZ

http://uploaded.to/file/vcie3h
http://uploaded.to/file/wqchi9
http://uploaded.to/file/q38hs5
http://uploaded.to/file/nsjvnl

http://www.egoshare.com/download.php?id=CBCF0FF012 http://www.egoshare.com/download.php?id=1BC999857 http://www.egoshare.com/download.php?id=64CCEED47 http://www.egoshare.com/download.php?id=B7A137F716

http://rapidshare.com/files/149511312/0304_GryAna39.part1.rar http://rapidshare.com/files/149899770/0304_GryAna39.part2.rar http://rapidshare.com/files/149935113/0304_GryAna39.part3.rar http://rapidshare.com/files/149944769/0304_GryAna39.part4.rar

Hiato

Dez dias de folga no blog.
Muito trabalho no day job.
Vamos lá...

domingo, 7 de dezembro de 2008

De tudo um pouco

Se v. queria achar um blog com todo tipo de música, o nome dele é Solidown. Noel Rosa por ele mesmo, Tom Jobim cantando suas músicas ao piano em Minas, João Bosco, Abel Ferreira, Hermeto Paschoal, Jim Hall, Joe Pass, Jimmi Hendrix, Paco de Lucia, Joe Satriani, Wes Montgomery, John McLaughlin, 18 CDs de Gilberto Gil (desde o primeiro disco), Clara Nunes, Yamandu Costa e Nina Simone. Tem até Yes, Guinga e U2, Caetano Velloso e seu ectoplasma Baiano e os Novos Caetanos, mas desse tipo são poucos. Onde encontrar Beto Guedes, Joyce (o que me lembra que falta o disco de Nelson Angelo, e não consta nada de Lo Borges nem de Miltom Nascimento), o começo da carreira de Ed Mota, Cartola, Charlie Parker, Joy Division, Sepultura e Grateful Dead, além dos primeiros discos de Elis Regina? http://solidown.blogspot.com/ , é claro...

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Três Cantoras de Folk Songs

O site When the Music's Over tem muita coisa boa, e hoje vou recomendar três cantoras de folk: Julie Murphy, com seu CD Black Mountains Revisited (1999); Niamh Parsons, com In my Prime (não sei o ano) e Ruth Notman com Threads (2007). Se por acaso for pedida uma senha para conversão do arquivo rar, ela é folkyourself.blogspot.com. O endereço do site é http://when-the-musics-over.blogspot.com (e a melhor delas é Ms . Notman, sem dúvida...)

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Muita música...

Sakalli é o blog que vai nos ocupar para o resto dessa década. Digamos que v. goste de Rush. Vai primeiro ao blog antigo do Sakalli, em http://sakallimusic2.blogspot.com/ , e lá estão os CDs: Rush - A Farewell to Kings (1977) (@256), Rush - A Show of Hands (Live 1988) (@256) Rush - All the World's A Stage (Live 1976) (@256) Rush - Caress of Steel (1975) (@256) Rush - Counterparts (1993) (@256) Rush - Different Stages (Live 1998) (@256) Rush - Exit... Stage Left (Live) (1981) (@256) Rush - Feedback (2004) (@256) Rush - Fly By Night (1975) (@320) Rush - Grace Under Pressure (1984) (@256) Rush - Hemispheres (1978) (@256) Rush - Hold Your Fire (1987) (@256) Rush - Moving Pictures (1981) (@256) Rush - Permanent Waves (1980) (@256) Rush - Power Windows (1985) (@256) Rush - Presto (1989) (@256) Rush - R30 (Live 1975-2004) (@256) Rush - Roll the Bones (1991) (@256) Rush - Rush (1974) (@256) Rush - Rush In Rio (2003) (@256) Rush - Signals (1982) (@256) Rush - Snakes & Arrows Live (2008) (@256) Rush - Snakes and Arrows (2007) (@256) Rush - Test for Echo (1996) (@256) Rush - Vapor Trails (2002) (@256) . Clique no álbum (botão direito – abrir em nova janela) que quiser gravar e v. será teletransportado para o novo blog do Sakalli, onde é só ir aos comentários, ver o endereço de download (geralmente no primeiro comentário) e a password/senha – se houver. Em geral o endereço de download é http://tinyurl.com/etc....

A lista do que está disponível é impressionante. Por exemplo: Emerson, Lake & Palmer - Black Moon (1992) (@256) Emerson, Lake & Palmer - Brain Salad Surgery (1973) (@256) Emerson, Lake & Palmer - Pictures at an Exhibition (1972) (@256) Emerson, Lake & Palmer - Tarkus (1971) (@256) Emerson, Lake & Palmer - Then and Now (1974, 97-98) (@256) Emerson, Lake & Palmer - Trilogy (1972) (@256) Emerson, Lake and Palmer - Emerson, Lake and Palmer (1970) (@256) Emerson, Lake and Palmer - In the Hot Seat (1994) (@192) Emerson, Lake and Palmer - Live At the Royal Albert Hall (1992) (@256) Emerson, Lake and Palmer - Live at Mar Y Sol Festival (1972) (@256) Emerson, Lake and Palmer - Love Beach (1978) (@256) Emerson, Lake and Palmer - Welcome Back My Friends (Live 1974) (@256) Emerson, Lake and Palmer - Works Live (1977) (@320) Emerson, Lake and Palmer - Works Vol 1 (1977) (@256) Emerson, Lake and Palmer - Works Vol 2 (1977) (@256) Emerson, Lake and Powell - Emerson, Lake and Powell (1985) (@320) Emerson, Lake and Powell - Space Gospel (Demos 1985) (@320).

Ou Jethro Tull - A (1980) (@256) Jethro Tull - A Classic Case (1985) (@256) Jethro Tull - A Little Light Music (Live 1992) (@320) Jethro Tull - A Passion Play (1973) (@256) Jethro Tull - Aqualung (1971) (@256) Jethro Tull - Aqualung Live (2004) (@256) Jethro Tull - Benefit (1970) (@256) Jethro Tull - Broadsword and the Beast (1982) (@256) Jethro Tull - Bursting Out (Live 1978) (@192) Jethro Tull - Catfish Rising (1991) (@256) Jethro Tull - Christmas Album (2003) (@256) Jethro Tull - Crest of a Knave (1987) (@256) Jethro Tull - Heavy Horses (1978) (@256) Jethro Tull - J-Tull Dot Com (1999) (@256) Jethro Tull - Live At Hammersmith (1984) (@320) Jethro Tull - Live at Montreux (Live 2003) (@256) Jethro Tull - Living in the Past (1972) (@256) Jethro Tull - Living with the Past (Live 2001) (@256) Jethro Tull - Minstrel in the Gallery (1975) (@256) Jethro Tull - Nightcap Unreleased Masters (1973-1991) (@320) Jethro Tull - Nothing Is Easy : Live at the Isle of Wight (1970) (@256) Jethro Tull - Rock Island (1989) (@192) Jethro Tull - Roots to Branches (1995) (@256) Jethro Tull - Songs from the Wood (1977) (@256) Jethro Tull - Stand Up (1969) (@256) Jethro Tull - Stormwatch (1979) (@256) Jethro Tull - Thick as a Brick (1972) (@256) Jethro Tull - This Was (1968) (@256) Jethro Tull - Too Old to Rock 'n' Roll: Too Young to Die! (1976) (@256) Jethro Tull - Under Wraps (1984) (@192) Jethro Tull - War Child (1974) (@256). E assim por diante, notando-se que o blog novo do Sakalli (http://sakalli.blog.hr/ – para onde v. é teletransportado) tem todos os CDs antigos daquele primeiro blog (mas sem pesquisa - por isso é bom manter esse roteiro que indiquei) e mais outros CDs novos.

domingo, 30 de novembro de 2008

História do Reggae

O site Zakkorama colocou à disposição dos fãs quinze CDs (5 lotes de 3 CDs cada um) com músicas representativas da história do reggae, o que inclui ska, dub, rocksteady, etc. Coloquei aqui parte da listagem dos primeiros e dos últimos CDs para que a riqueza do repertório possa ser avaliada.

Do primeiro lote de CDs:
Carl Dawkins - I'll Make It Up
Boris Gardiner & The Keys - Bobby Sox To Stockings
Amiel Moodie - Mellow Reggae
Bim & Bam - Fatty
The Mad Lads - Mother Nature
Slim Smith - No Honey, No Money
Ansel Collins - Cock
RobinGladstone Anderson - Swanee River
The Cimarons - Kick Me or I'll Kick You
Delroy Williams - Don't Play That Song
Hugh Hendricks & The Upsetters - Land of Kinks
Nora & Vern - Look Over Your Shoulder
The Sensations - War Boats (aka Mr Blue)
Delroy Jones & The Jets - Bum Ball Chapter II
The Chosen Few - Why Can't I Touch You
The Gaylads - If You Don't Mind

Do quinto lote de CDs:
01 Derrick Morgan - The Hop
02 Don Drummond - Dragon Weapon
03 Raymond Harper&The Carib Beats - Discipline
04 Lloyd/Brown & Glen Robinson - Too Late
05 Laurel Aitken - Hey, Bartender
06 Lee "Scratch" Perry - What A Good Woodman
07 Winston Samuels - My Bride To Be
08 Lord Tanamo - You Belong To My Heart
09 Derrick Harriott - Derrick!
10 Ewan Mcdermott & The Vibrators - Sinners Got A Moaning Heart
11 The Riots - Yeah Yeah
12 Jackie Estick - Daisy I Love You
13 The Sounds - Shufflin'
14 The Dreamletts - Really Now
15 Baba Books & His Band - Girl's Town Ska
16 The Silvertones - True Confession
17 Lord Creator - Hurry Up

Em http://zakkorama.blogspot.com/search?q=trojan

sábado, 29 de novembro de 2008

As Origens da Música

Josh McDermott (Perceptual Science Group, Department of Brain and Cognitive Sciences, MIT) e Marc Hauser (Department of Psychology and Program in Neurosciences, Harvard) escreveram The origins of music: innateness, uniqueness, and evolution (As origens da música: o inato, o singular e a evolução). O artigo foi publicado em Music Perception, Vol. 23, Issue1, p. 29-59, 2005, e discute basicamente que “Na perspectiva da ciência cognitiva, a música é uma das características mais bizarras e fascinantes da cultura humana. A música é aparentemente universal, sendo encontrada em todas as culturas humanas do passado e do presente. É incorporada em vasta diversidade de eventos culturais, incluindo casamentos e funerais, serviços religiosos, danças e eventos esportivos, assim como em sessões de audição solitária. Pode tornar as pessoas felizes ou tristes de um tal modo que a música é decisiva nas modernas campanhas publicitárias. E as pessoas de todo o mundo gastam bilhões de dólares na indústria de música e de diversão. A despeito desse papel central na cultura humana, as origens e a função adaptativa da música permanecem sendo virtualmente um completo mistério. A música está em posição bastante contrastante com relação a outros comportamentos humanos prazerosos (comer, dormir, falar, sexo) porque ela não produz nenhum benefício óbvio para aqueles que dela compartilham. As origens evolutivas da música, então, intrigaram tanto cientistas como filósofos desde a época de Darwin (1871). As teorias sobre a evolução da música são muitas. Diversas delas sugeriram que a música poderia ser uma adaptação biológica, com funções que vão da corte à coesão social, em atividades de grupo como a religião e a guerra (por exemplo, Darwin, 1871; Merker, 2000; Miller, 2001; Cross, 2001; Huron, 2001; Hagen & Bryant, 2003). Outros sugeriram que a música não é uma adaptação, mas um efeito colateral das propriedades do sistema auditivo que evoluiram para outros propósitos (Pinker, 1997). Essas hipóteses não precisam ser mutuamente exclusivas; pode-se descobrir que alguns aspectos da música são resultado de mecanismos auditivos de propósito geral, e outros resultado de adaptações específicamente musicais. De qualquer modo, atualmente há relativamente poucas evidências para comprovação das diversas hipóteses. Sugerimos que antes de se iniciar um debate sobre as putativas ações adaptativas da música, um objetivo mais razoável para a ciência cognitiva, e necessariamente um primeiro passo para a psicologia evolutiva, seria o de estabelecer se quaisquer aspectos da música são inatos, e assim metas potenciais da seleção natural.”
Esse pequeno trecho já deixa perceber que o artigo é bem interessante, e ele pode ser lido em: http://johnhawks.net:84/files/mcdermott%20hauser%202006%20origins%20of%20music.pdf

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Mozart - String Quartets Complete

A integral dos quartetos para cordas de Mozart está no blog Fauteil d’Oreille. A execução, a cargo do Amadeus Quartet, é muito boa, e a formação do quarteto é: Norbert Brainin e Siegmund Nissel, violinos; Peter Schidlof, viola; Martin Lovett, cello.
São seis CDs gravados em APE, de quatro partes .rar cada um, e um arquivo de 15,4 Mb com o material gráfico escaneado (capas, etc.). As gravações são de datas diversas, e o CD foi lançado em ADD pela Polydor em 1976. Há um link de 1.99 Gb para uma só gravação de tudo, incluindo a parte gráfica. Ver em http://fauteildoreille.blogspot.com .

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Sonhando no Paraíso

“A Dream To Have In Heaven” (Tengoku De Miru Yume - 天国でみる夢), de Maki Sasaki, é um mangá surrealista, sem narrativa, publicado em novembro de 1967 na extinta revista alternativa Garo. Não se deixe enganar pela aparente simplicidade ‘contracultural’.

No cap. 11 de seu livro Without Miracles, Gary Cziko diz: “Normalmente, pensamos na linguagem em primeiro lugar como uma ferramenta de comunicação entre os indivíduos, mas parece que ela também é usada silenciosamente como meio de pensamento. Ainda que seu papel específico em facilitar e dar forma a nossos processos de pensamento continue sendo assunto de aceso debate entre os pesquisadores, a experiência subjetiva de ser humano sugere que a linguagem desempenha importante papel na cognição e na consciência humanas”. Cziko é psicólogo e Professor Emeritus de Cognitive Science of Teaching and Learning e de Educational Psychology da University of Illinois at Urbana-Champaign. Suas palavras, que aparentam ser um mero truísmo, de fato unem cognição e consciência na experiência da linguagem.

E a linguagem é o inventário da experiência humana, como disse L. W. Lockhart (citação em Bodmer: The Loom of Language, de 1944). Qualquer experiência, mesmo a dos sonhos. Se olharmos o mangá de Sasaki com atenção, traduzindo para nossas vivências seus símbolos oníricos, a transferência de inventários ocorrerá e poderemos enriquecer nosso próprio inventário de vivências. Veja: http://www.pinktentacle.com/2008/10/vintage-avant-garde-manga-by-maki-sasaki/

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Linguagem e Genes

A relação entre genes, meio ambiente/cultura e fala e linguagem sempre fez surgirem discussões entre os pesquisadores desses campos. O artigo Linguagem e genes: Reflexões sobre biolinguística e a questão natureza/cultura (Languages and Genes: Reflections on Biolinguistics and the Nature–Nurture Question), de D. Robert Ladd, Dan Dediu & Anna R. Kinsella, faz uma resenha dessas discussões sem deixar de tomar partido e defender a opinião dos autores. A seguir a tradução de um trecho:

“2. Linguagens e Genes
Hoje em dia tem-se como fato que os genes afetam a fala e a linguagem em indivíduos. Com isso, queremos dizer que existem associações demonstráveis entre diferenças interindividuais na formação genética e diferenças interindividuais quanto a habilidades de fala e de linguagem. Até hoje, o caso mais bem conhecido é sem dúvida o do gene FOXP2 (Hurst et al. 1990, Gopnik & Crago 1991, Lai et al. 2001, Fisher et al. 2003), mas é de conhecimento geral que há muitos outros elos entre a variação genética e a variação em habilidades relevantes para a fala e para a linguagem. O estudo desse tipo de correlação usa as ferramentas da Genética Comportamental (Plomin et al. 2001, Stromswold 2001), que permitem que os pesquisadores investiguem três tipos de questões: primeiro, para fornecer estimativas da herdabilidade de diversas habilidades e dificuldades de fala e de linguagem (Stromswold 2001, Felsenfeld 2002, Bishop 2003, Plomin & Kovas 2005); segundo, para identificar loci genéticos e alelos envolvidos (Fisher et al. 2003, Halliburton 2004, Plomin et al. 2001); e terceiro, para dissecar as complexas relações entre os aspectos de fala e linguagem e no intercâmbio entre esses aspectos (Plomin et al. 2001, Stromswold 2001, Plomin & Kovas 2005). As principais conclusões desse campo, que está em rápido desenvolvimento, parecem ser (Dediu 2007: 125) que: (1) a fala e a linguagem são influenciadas fortemente por nosos genes no nível individual, mas a natureza e a potência dessa influência variam grandemente entre os aspectos particulares considerados; (2) o melhor modelo, tanto para as dificuldades como para a amplitude normal de variação, é aquele que envolve muitos genes com pequenos efeitos; (3) alguns desses genes são generalistas, enquanto outros são especialistas; (4) a maior parte das dificuldades de fala e de linguagem simplesmente representam a ponta final da distribuição normal (curva) de variabilidade linguística, mais do que patologias qualitativamente distintas. Também parece claro, diante desse trabalho, que em geral os elos causais entre os genes e a variabilidade em fala e linguagem são muito complexos e envolvem de modo importante o meio ambiente. Vamos voltar a isso daqui a pouco.”
Cadastre-se no site da revista e leia o artigo todo em Biolinguistics 2.1: 114–126, 2008 http://www.biolinguistics.eu/

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Bob Dylan

O site Don’t Think Twice, It’s Alright coloca de presente para os fãs de Bob Dylan uma discografia completa para download. Por certo faltará uma ou outra edição pirata, mas todos os discos oficiais e os principais bootlegs estão disponíveis, exceto The Bootleg Series (volumes 1-3) Rare and Unreleased, 1961-1991.
Em ordem alfabética: Another Side Of Bob Dylan, Before The Flood (2 CDs), Blonde On Blonde, Blood On The Tapes (Demos de "Blood On The Tracks"), Blood On The Tracks, Bob Dylan, No Direction Home Bootlegs (2 CDs), Live At Budokan (2 CDs), Bringing It All Back Home, Desire, Down In The Groove, Dylan, Empire Burlesque, Good As I Been To You, Hard Rain, Highway 61 Revisited, Infidels, John Wesley Harding, Knocked Out Loaded, Live At The Gaslight (Live 1962), Love & Theft, Modern Times, MTV Unplugged (1984), Nashville Skyline, New Morning, Oh Mercy, Pat Garrett & Billy The Kid, Philharmonic Hall Live, 1964 (2 CDs), Real Live, Rolling Thunder Revue, 1975 (2 CDs), Royal Albert Hall, 1966 (2 CDs), Saved, Self Portrait, Shot Of Love, Slow Train Coming, Street Legal, The Freewheelin' Bob Dylan, The Times They Are A Changin', Time Out Of Mind, Under The Red Sky e World Gone Wrong.
O endereço do Don’t Think Twice é http://zak425.blogspot.com/

domingo, 23 de novembro de 2008

A calma dessa gente...

Está confirmado: a matéria são apenas flutuações do vácuo
New Scientist 19:00 20 November 2008 by Stephen Battersby

“A matéria se estrutura num substrato anômalo. Físicos confirmaram agora que as coisas aparentemente substanciais na verdade são apenas flutuações do vácuo quântico. Os pesquisadores simularam a atividade frenética que ocorre no interior de prótons e nêutrons. Essas partículas fornecem quase toda a massa total da matéria comum.

Cada próton (ou nêutron) é feito de três quarks – mas as massas individuais desses quarks só completam 1% da massa do próton. O que responde pelo restante? A teoria diz que ela (a matéria) é criada pela força que une os quarks, chamada de força nuclear forte. Em termos quânticos, a força forte é ativada por um campo de partículas virtuais chamadas glúons, pipocando na existência e desaparecendo de novo. A energia dessas flutuações do vácuo tem que ser incluída na massa total do próton e do nêutron”.

Vale a pena ler o restante do artigo, que termina com esse parágrafo:
“Também se considera que o campo de Higgs faz uma pequena contribuição, fornecendo massa para quarks individuais assim como para elétrons e algumas outras partículas. O campo de Higgs também cria massa a partir do vácuo quântico, na forma de bósons de Higgs. Então, se o LHC confirmar que o Higgs existe, significará que toda a realidade é virtual”.

Está em: http://www.newscientist.com/article/dn16095-its-confirmed-matter-is-merely-vacuum-fluctuations.html

sábado, 22 de novembro de 2008

Rock and Roll

Saturday night, e a dica é o CD da banda Chains: Towards the Blues, de 1971. Banda australiana encapetada, confira. Em http://chrisgoesrocks.blogspot.com/ .

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Daniel Dennett - Consciousness Explained

Dennett é um dos bons filósofos da atualidade. Sua obra é uma comprovação de que a filosofia e a ciência não são mais assintóticas como eram antigamente: hoje elas são praticamente interdependentes. “Nasceu em 1942 (Boston, Massachusetts), e suas pesquisas abordam a filosofia da mente, a filosofia da ciência e a filosofia da biologia, particularmente à medida que elas se relacionam com biologia evolutiva e ciência cognitiva. Atualmente é co-diretor do Center for Cognitive Studies e Austin B. Fletcher Professor de filosofia na Tufts University. Entre seus livros, estão: Brainstorms: Philosophical Essays on Mind and Psychology (MIT Press 1981), The Mind's I (Bantam, Reissue edition 1985, with Douglas Hofstadter), Consciousness Explained (Back Bay Books 1992), Darwin's Dangerous Idea: Evolution and the Meanings of Life (Simon & Schuster; reprint edition 1996) e muitos outros” (adaptado do verbete de Dennett na Wikipedia). Aqueles interessados em pesquisas sobre consciência podem fazer o download de Consciousness Explained (530 pgs, pdf) no endereço www.mininova.org/get/1839178

Alguns leitores podem ter dificuldades para fazer esse download porque é necessário ter um aplicativo torrent no computador. Esse aplicativo vai administrar o download e direcioná-lo para uma pasta quando terminar. Faça o download do utorrent a partir do endereço http://utorrent.en.softonic.com/ . Esta é uma sugestão – há dezenas de opções semelhantes de aplicativos torrent e de sites com download grátis. O arquivo é pequeno e funciona muito bem. Para fazer o download do livro, depois de carregar o utorrent (peça para colocar um ícone de atalho no desktop), você clica no link do site mininova (que está acima, no parágrafo anterior) e depois em ‘abrir’ (não em ‘salvar’). Na barra inferior do seu desktop vai aparecer um ícone vermelho piscando, que deve ser clicado. Confira se o arquivo que surgir é mesmo o Consciousness Explained e tecle OK. Tome um chá de sua planta preferida, volte para o computador e dê um clique duplo no ícone do utorrent. Se tudo estiver indicando que o livro está sendo transferido (veja o progresso percentual do download) para seu computador, é só aguardar: o próprio utorrent encerra o download e envia o livro para uma pasta. Se v. não souber que pasta é essa ou não tiver indicado nenhuma, faça uma Pesquisa no menu Iniciar e grave o nome dessa pasta: todos os futuros downloads do utorrent irão para ela. Bom proveito.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Depressão, antidepressivos, etc.

“Prozac makes my cells spiky” (o prozac faz meus neurônios faiscarem) é um artigo do blog Neuroskeptic de 15 de novembro de 2008. Explora o debate sobre a interação estresse/neurogênese/antidepressivos, faz uma revisão relâmpago da literatura e acrescenta conclusões pertinentes. O neurocético do título do blog é um neurocientista inglês que sabe do que está falando, escreve lucidamente e os leitores leigos entendem tudo. Os leitores da profissão só têm a lucrar com o acesso a novos artigos e novas abordagens.Um trecho, a partir do início:

“Muitos neurocientistas estão interessados na depressão clínica e nos antidepressivos. Ainda estamos longe de entender a depressão em nível biológico – e se alguém tentar te dizer o contrário, provavelmente estará querendo te vender alguma coisa. Discuti anteriormente as controvérsias que cercam o neurotransmissor serotonina – de acordo com a crença popular, a ‘química da felicidade’ do cérebro. Minha conclusão foi que, apesar da depressão clínica não ser causada apenas por ‘baixa de serotonina’, esta desempenha importante papel no humor, pelo menos em algumas pessoas.

Um estudo publicado recentemente em Molecular Psychiatry faz diversas contribuições importantes para a literatura sobre depressão e antidepressivos; não vi o assunto discutido em outro lugar, então aqui vai minha versão dele. O estudo é de um grupo de pesquisadores portugueses, Bessa et al., e chama-se The mood-improving actions of antidepressants do not depend on neurogenesis but are associated with neuronal remodeling. Os achados estão já no título, mas um pouco de história é necessário para que possamos apreciar sua importância.

Por longo tempo, a única teoria biológica que tentou explicar a depressão clínica e como os antidepressivos a combatem foi a hipótese da monoamina. Durante o início da década de 1960, notou-se que drogas antidepressivas antigas, como a imipramina, inibiam a decomposição (breakdown) ou a remoção (reuptake) de substâncias químicas do cérebro chamadas monoaminas, incluindo a serotonina. Isso levou muitos a concluir que os antidepressivos melhoram o humor aumentando os níveis de monoamina, e que a depressão provavelmente é causada por algum tipo de deficiência de monoamina, Por várias razões (nem todas elas boas), mais tarde decidiu-se que a serotonina era a monoamina mais importante envolvida no humor, apesar da maioria das pessoas, por muitos anos, favorecerem a noradrenalina”.

Depois de muitas outras considerações interessantes, o neurocético encerra o artigo: “Finalmente, não quero sugerir que a teoria da neurogênese da depressão está ‘morta’ hoje. Em neurociência, as teorias nunca vivem ou morrem com base em experimentos isolados (à diferença do que ocorre em física). Mas sugere-se que a hipótese da neurogênese, muito discutida em diversos blogs, não é a história completa. A depressão não é apenas um caso de muito pouca serotonina, e não é o caso de muito pouca neurogênese nem de muito pouco BDNF (fator neurotrófico derivado do cérebro)”. Leia o restante em http://neuroskeptic.blogspot.com/2008/11/prozac-made-my-cells-spiky.html Para o original: J M Bessa, D Ferreira, I Melo, F Marques, J J Cerqueira, J A Palha, O F X Almeida, N Sousa (2008). The mood-improving actions of antidepressants do not depend on neurogenesis but are associated with neuronal remodeling Molecular Psychiatry DOI: 10.1038/mp.2008.119 (Esse link abre para o abstract/resumo do estudo).

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

George Frideric Handel

Para os apreciadores, o site Branle de Champaigne traz sete versões dos Concerti Grossi (grandes concertos) Op. 3 (concerti 1 - 6) de Handel, dirigidos por John Eliot Gardiner (English Baroque Soloists), Nikolaus Harnoncourt (Concentus musicus Wien), Roy Goodman (The Brandenburg Consort), Trevor Pinnock (The English Concert), Jeanne Lamon (Tafelmusik), Richard Egarr (Academy of Ancient Music) e (last but not least) Karl Richter (Münchener Bach-Orchester). Em http://passacaille.blogspot.com/

Quanto ao nome do compositor, diz James Galway em A Música no Tempo: “Em 1703, um jovem músico alemão do Halle foi contratado para o Teatro do Mercado dos Gansos, de Hamburg, como violinista e cravista – tratava-se de Georg Friederich Haendel (1685-1759). Compôs duas óperas em italiano para os palcos de Hamburg e partiu para a Itália para completar os estudos. Ao voltar, se tornaria a figura dominante da música inglesa do século XVIII, adotando o nome de George Frideric Haendel.” Como as capas dos sete discos mencionados no parágrafo anterior grafam o nome dele como Handel, sem o ‘ae’ e sem o ‘ä’, Galway pecou por excesso (ou foi o editor da tradução brasileira).

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Juó Bananère

Quem já conhecia, reveja. Quem não conhecia, deleite-se!
“Juó Bananère (Alexandre Marcondes Machado), paulista que se tornou popularíssimo no Brasil pela irreverência de suas paródias a sonetos de Camões e de Olavo Bilac, a poesias de Casimiro de Abreu e de Guerra Junqueiro, bem como pelas sátiras políticas contra o marechal Hermes da Fonseca e outros figurões da velha República. Parodiou também La Fontaine e Machado de Assis, escrevendo em dialeto macarrônico, numa imitação dos habitantes de origem italiana do Abaixo-Piques, bairro de São Paulo. Deixou um livro, apenas, "La divina Increnca", cujo êxito foi sensacional, e que é nos dias de hoje uma raridade bibliográfica. Otto Maria Carpeaux, em interessante estudo, considerou Juó Bananère um prémodernista, principalmente pelo fato de ter começado a tratar de forma irreverente as produções do romantismo e do parnasianismo, até então levadas muito a sério”. (Extraído de "Antologia de Humorismo e Sátira", Editora Civilização Brasileira - Rio de Janeiro, 1957, pág. 305, seleção de R. Magalhães Júnior. No site http://www.releituras.com/juobananere_menu.asp )

Um exemplo de sua poesia (do site http://bananere.art.br/ )

MIGNA TERRA

MIGNA terra tê parmeras,
Che ganta inzima o sabiá.
As aves che stó aqui,
Tembê tuttos sabi gorgeá.

A abobora celestia tambê,
Che tê lá na mia terra,
Tê moltos millió di strella
Che non tê na Ingraterra.

Os rios lá sô maise grandi
Dus rios di tuttas naçó;
I os matto si perde di vista,
Nu meio da imensidó.

Na migna terra tê parmeras
Dove ganta a galigna dangola;
Na migna terra tê o Vap'relli,
Chi só anda di gartolla.

(Vap’relli é o professor Spencer Vampré. Veja o glossário de Juó em http://bananere.art.br/notas#capito )

Não deixe de ler o texto de Trajano Vieira “Juó Bananère e a caricatura verbal”, em http://paginas.terra.com.br/arte/PopBox/juobananere.htm

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Cérebro e Criatividade

De Lemming, um ‘escriba’ do site Slashdot, dá a dica: “Susanne Jaeggi, uma psicóloga da University of Michigan, pode ser capaz de ajudar. Ela inventou um jogo para treinamento do cérebro que funciona de verdade. É um jogo estranho e complexo que envolve sequências de quadrados em uma tela de computador, e ele melhora definitivamente a ‘inteligência fluida’ – aquela parte de sua mente que trata diretamente com a novidade crua da experiência, ou, como definiu Jaeggi, ‘a habilidade de raciocinar e resolver novos problemas independentemente de um conhecimento previamente adquirido’. Aqui está um link (do PNAS) para o abstract/resumo de seu estudo. E o projeto Brain Workshop (Sourceforge.net) liberou uma versão aberta do jogo usado no estudo”. Aqui está a tradução do resumo:

Improving fluid intelligence with training on working memory
Melhorando a inteligência fluida com treinamento da memória de trabalho
Susanne M. Jaeggi et al.
Published online before print April 28, 2008, doi: 10.1073/pnas.0801268105

A inteligência fluida (Gf) se refere à habilidade de raciocinar e de resolver novos problemas independentemente de conhecimentos previamente adquiridos. A Gf é muito importante em uma ampla variedade de tarefas cognitivas, sendo considerada um dos mais importantes fatores da aprendizagem. Além disso, a Gf relaciona-se estreitamente com o sucesso profissional e educacional, especialmente em ambientes complexos e exigentes. Ainda que o desempenho em testes de Gf possa ser melhorado através do treinamento direto com os próprios testes, não há evidências de que o treinamento ou qualquer outra terapia produza incremento na Gf em adultos. Mais: existe uma longa história de pesquisas sobre treinamento cognitivo demonstrando que ainda que o desempenho em tarefas possa ser melhorado dramaticamente, a transferência dessa aprendizagem para outras tarefas permanece insuficiente. Apresentamos aqui evidências da transferência do treinamento em uma tarefa difícil de memória de trabalho para mensurações da Gf. Essa transferência se efetua ainda que a tarefa treinada seja inteiramente diferente do próprio teste de inteligência. Além do mais, demonstramos que a extensão do ganho em inteligência depende criticamente da quantidade de treinamento: quanto mais treinamento, maior a melhora da Gf. Isto é, o efeito do treinamento depende de sua dosagem. Assim, em contraste com muitos estudos anteriores, concluimos que é possível aumentar a Gf sem executar as próprias tarefas de teste, o que abre uma grande amplitude de aplicações.

O artigo (PDF) também pode ser lido em: http://www.iapsych.com/articles/jaeggi2008.pdf

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Digital Meldown

Esse site é um blog de blogs, um site especial para pesquisarmos blogs de música por categoria. Também chamados de aggregators, todos são mais ou menos iguais mas uns são mais iguais do que os outros. O Digital Meltdown traz uma seleção bem razoável, com a vantagem de estar tudo no mesmo local. Vejamos por categorias: (1) recently added blogs, (2) music sharing communities, (3) music blog aggregators, (4) music search engines, (5) specialty: covers, instrumentals, B-sides, audio-books, guitar virtuosos, female artists, radio drama, children’s records, etc., (6) various/eclectic, (7) mixes, podcasts, compilations, (8) movies and TV soundtracks, (9) bootlegs, demos (10) rock – general (11) rock – 60’s and 70’s, (12) rock – punk, hardcore, (13) rock – garage rock, (14) rock – metal, doom, sludge, (15) progressive, (16) psychedelic, (17) folk, (18) pop, new wave, etc., (19) indie rock, alternative, etc. (20) experimental, avant-garde, etc., (21) electronic, ambient, drone, etc., (22) vintage electronics, (23) dance, techno, etc., (24) hip-hop, rap, etc., (25) rockabilly, country, etc., (26) surf, (27) jazz, swing, etc., (28) blues, (29) soul, funk, (30) reggae, (31) classical, (32) world, (33) Africa, (34) Australia, e outros países do 35 em diante. Em: http://music-bloggers.blogspot.com

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Bach - Complete Toccatas

Blandine Rannou, cravista francesa, toca Bach: BWV 910 a 916, a integral das toccatas, num desempenho - e registro digital DDD - imperdíveis. E cabe em um só CD... No site http://pqpbach.opensadorselvagem.org/

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Derek Bickerton - Linguagem

Em seu artigo Language evolution: a brief guide to linguists (2005 – Evolução da linguagem: um breve guia para lingüistas) Bickerton deflagra uma saudável discussão sobre a evolução da linguagem, como se verá no abstract/resumo traduzido abaixo. Ele formou-se em Cambridge (UK) em 1949, mas só entrou na vida acadêmica na década de 60, primeiro como professor de literatura inglesa na University of Cape Coast (Ghana). Depois de um ano de pós-graduação em lingüística na University of Leeds (UK), Bickerton foi para a University of Guyana (1967-1971), onde era Senior Lecturer. Diz ele que era ‘senior’ devido a ser o único lingüista de todo o país. Depois de um ano na University of Lancaster (UK), foi para a University of Hawaii, onde é professor emérito. Recebeu seu PhD em lingüística da University of Cambridge em 1976.

“Para auxiliar os lingüistas que são novatos no campo da evolução da linguagem, o autor introduz as questões que precisam ser destacadas em qualquer pesquisa sobre ela. Ele oferece uma excursão através das abordagens contemporâneas, incluindo o trabalho de lingüistas (Bickerton, Carstairs-McCarthy, Chomsky, Hurford, Jackendoff, Pinker, Wray), peritos em comportamento animal (Dunbar, Hauser, Premack, Savage-Rumbaugh), neurofisiologistas (Arbib, Calvin), psicólogos (Corballis, Donald), arqueólogos (Davidson) e modelistas computacionais (Batali, Kirby, Steels). Ele critica a expectativa de que descobertas recentes como ‘neurônios-espelhos’ e o gene FOXP2 fornecerão respostas fáceis. Enfatiza a natureza extremamente interdisciplinar do campo, e também a importância do envolvimento de lingüistas nele, depois de mais de um século de abandono”.

Na revista Lingua, Volume 117, Issue 3, March 2007, P. 510-526.

domingo, 9 de novembro de 2008

Crossroads Club 27

Um bom site de blues, rock, American song (23 CDs de Sinatra), é só escolher. . Em ordem alfabética, uma amostra: AC/DC (18 CDs), BB King (40 CDs), 30 compilações de blues, Buddy Guy, Coldplay, Dire Straits (ainda?), Dylan (33 CDs), Howling Wolf, Janis Joplin, Jeff Beck, John Lee Hooker (14 CDs), Led Zeppelin, Lou Reed, Muddy Waters, Otis Rush, Pink Floyd (16 CDs), Red H. C. Peppers, Willie Dixon e muitos e muitos outros. Temos até um DVD – Lightnin’ Hopkins, com apresentações de 1969-1979.

Na lista dos blogs recomendados (Faves), coisas boas também: Blues Rock (já referido aqui), Blues Everyday, Telhados do Mundo, etc. E para quem gosta, remete a outro site de sua rede, o Crossroads Club 27 Movies, com filmes para download: cinco de Hitchcock, Chinatown, Goodfellas, High Noon, Rashomon, Scarface, Vertigo, On the Waterfront, Monty Python e etc. Em http://crossroadsclub27.blogspot.com

sábado, 8 de novembro de 2008

O Enigma da Consciência

Chris C. King, do Mathematics Department, University of Auckland, Austrália, tem seu artigo The Central Enigma of Consciousness ( O Enigma Central da Consciência) publicado no site Nature Precedings. O título é explicado no abstract/resumo, que aqui está em tradução:

“A natureza e a base física da consciência continuam sendo o principal enigma da descrição científica do terceiro milênio. Esse estudo procura examinar a natureza fenomênica da consciência subjetiva e elucidar uma possível base biofísica para sua existência, em termos de uma forma de antecipação quântica baseada em estados de paralelismo (entangled *) guiados pela sensibilidade caótica da dinâmica global do cérebro durante os processos de tomada de decisão. São apresentadas evidências para a emergência evolutiva da excitação caótica como um órgão universal de sentido nos primeiros eucariontes, que então acabou sendo utilizado de maneira sensível ao contexto por complexos sistemas nervosos centrais, levando ao cérebro dinâmico”.

Esse artigo de King exige uma leitura cuidadosa e algum conhecimento, mesmo básico, de fisiologia cerebral e mecânica quântica. Só assim o leitor poderá fugir do fantasma levantado por Alan Sokal em 1998 (veja The Sokal Affair na Wikipedia): uma mistureba de conceitos quânticos e matemáticos com processos biológicos de nossa atividade cerebral (para quem acredita que ‘a mente é aquilo que o cérebro faz’, como postulou Marvin Minsky). De qualquer modo, King levanta umas questões interessantes e aponta para algumas direções ainda mal exploradas. Divirta-se.
* Chamo entanglement de paralelismo à falta de uma tradução melhor. Veja o conceito em seu texto predileto de mecânica quântica.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Download é o seguinte...

O site Clasicalandia (fazer o que?) tem em seu link http://clasicalandia.blogspot.com/2000/07/lista-completa-de-descargas.html a lista de tudo o que tem para ser gravado, sem intermediários. É só azular o endereço Rapidshare, copiar e colar na barra de endereços. De JS Bach temos: 3 Sonatas For Viola da gamba and Harpsichord, Bach Sons’ Works (7 Cds), Brandenburg Concertos, Christmas Oratorio, Easter Oratorio / Magnificat in Re, Johannes Passion BWV 245 (Herreweghe, 1987), Johannes Passion BWV 245 (Herreweghe, 2001), Kantaten BWV21 (Vinyl Rip), Magníficat, Morimur, Notenbuchlein fur Anna Magdalena Bach, Sechs Sonaten BWV 525-530, Sonatas and Partitas for Solo Violin - George Enescu, Six Concertos for the Margrave of Brandenburg, The 10 Cantatas with Violoncello Piccolo, The Art of Fugue - Pierre-Laurent Aimard, The Flute Sonatas, The Musical Offering BWV 1079, Todo Bach (154 CD) TELDEC, Trio Sonatas, BWV 527, 530, 1029, 1030, 1037, Trio Sonatas in Original Versions, Variazioni Goldberg BWV 988, Weihnachts-Oratorium - Karl Richter 1965. E assim por diante com mais alguns compositores e artistas: Bartok, Beethoven, Brahms, Chopin, Debussy, Haydn, Liszt, Ravel, Tchaikovsky e outros, além de Julian Bream, B. Gigli, Placido Domingo, Maria Callas, Gidon Kremer, etc. Não é o céu na terra, mas sempre tem alguma coisinha.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

A calma dessa gente...

Em 1917, Fannie Ruthven Paget publicou How I know that the dead are alive (Como sei que os mortos estão vivos). Então tá. Veja em http://digital.library.upenn.edu/books/new.html, de November 3, 2008.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Mullova toca Vivaldi

Viktoria Mullova nasceu nas proximidades de Moscou em 27 de novembro de 1959. Estudou com o grande Leonid Kogan e já ganhou vários prêmios internacionais. Seu primeiro disco, de 1985, traz os concertos para violino de Tchaikovsky e de Sibelius, e recebeu o Grand Prix du Disque. Com a orquestra Il Giardino Armonico, dirigida por G. Antonini, lançou em 2007 um disco dedicado a Vivaldi: traz os concertos em Dmajor (RV 208), Bminor (RV 580), Cmajor (RV 187), Dmajor (RV 234) e Eminor (RV 277). Imperdível. Em http://orchestralworks.blogspot.com

domingo, 2 de novembro de 2008

A Consciência Hoje

Na Enciclopédia Britânica de 1911, a consciência está definida assim: “(Do latim con-scientia, literalmente ‘conhecimento de uma coisa compartilhado com outra pessoa’ ou ‘conhecimento completo’, e derivativamente ‘consciência’ em geral), um termo filosófico usado tanto popular como tecnicamente em muitos sentidos diferentes para aquela faculdade mental que decide entre o certo e o errado. No uso popular, a ‘consciência’ é entendida em geral como aquilo que intuitivamente fornece decisões quanto à qualidade moral de ações isoladas. Esse uso supõe implicitamente que toda ação tem uma correção ou incorreção (o bem ou o mal) objetiva ou intrínseca, que a ‘consciência’ discerne mais ou menos do mesmo modo que os olhos vêem e as orelhas ouvem”. O glossário de termos filosóficos do Departamento de Filosofia da University of Hong Kong também não vai muito longe: “Uma explicação filosófica do que é a consciência ou como ela poderia ser explicada nos escapa. Se nos detivermos no que é um ser humano consciente, não temos explicação; se tentamos explicar consciência em termos do que ocorre em nosso cérebro, o próprio sentido da consciência é deixado de lado”.

Em A Consciência e seu Lugar na Natureza (2003), diz David J. Chalmers: “A consciência se encaixa mal em nossa concepção do mundo natural. Na concepção mais comum de natureza, o mundo natural é o mundo físico. Mas na concepção mais comum de consciência, não é fácil ver-se como ela poderia ser parte do mundo físico. Parece então que para encontrarmos um lugar para a consciência na ordem natural, precisamos revisar nossa concepção de consciência, ou revisar nossa concepção de natureza” (em http://consc.net/papers/nature.pdf ). Chalmers tem um site (http://consc.net/online ) com 5386 artigos ou estudos “sobre consciência em filosofia e em ciência, e tópicos relacionados da filosofia da mente”. Depois de ler os 5386 artigos, leia também Consciousness as Recursive, Spatiotemporal Self-Location (A consciência como uma autolocalização espaçotemporal recursiva), de Frederic Peters (University of Queens, Austrália). Aqui está o Resumo/Abstract do artigo para abrir seu apetite:

“No nível fenomênico, a consciência pode ser descrita como um campo singular e unificado de auto-percepção (self-awareness) consistentemente coerente de maneira particular; aquela de um sujeito localizado tanto espacial como temporalmente em um domínio egocentricamente estendido de modo que a auto-percepção consciente está explicitamente caracterizada pela eu-dade (I-ness), pela agora-dade (now-ness) e pela aqui-dade (now-ness). O mecanismo psicológico que subsidia essa autolocalização espaçotemporal e seu estilo recursivo de processamento envolve uma elaboração evolutiva do quadro de referência orientacional básico que estrutura harmoniosamente as contínuas computações de auto-localização espaçotemporal como eu-aqui-agora. A cognição computa o output de ação no interior de um movimento continuado, e conseqüentemente requer um quadro de referência espaçotemporal de auto-localização constante como base para essas computações. Com o tempo, as constantes pressões evolutivas por eficiência energética encorajaram tanto a proliferação de mecanismos antecipatórios de processamento como a elaboração, no ápice da hierarquia de processamento sonsóriomotor, de um circuito auto-ativador recursivamente antecipatório altamente atenuado processando o esquema orientacional básico independente de output da ação externa. Enquanto quadro primário de referência da cognição ativa do estado de alerta, esse processamento recursivo do eu-aqui-agora gera uma região de auto-percepção subjetiva em termos da qual há o sentido de ser si mesmo aqui e agora. Isto é a consciência”.

Não se deixe abater. O texto do próprio artigo é bem menos hermético. Por exemplo (p. 2): “O mistério aparentemente intratável da consciência tem uma explicação mais simples e mais imediata, com raízes na incompletude da atual teoria neuropsicológica. O problema de explicar as propriedades da experiência fenomênica em termos psicológicos (e em última análise, biofísicos) encontra paralelo, como sugere Antii Revonsuo, no enigma encontrado pela ciência há um século, quando tentava explicar a relação da química com a física e da biologia com a química. Em ambas as instâncias, a descontituidade entre as propriedades se dissolveram à medida que os cientistas passaram a entender cada nível de organização com mais precisão – o papel dos elétrons na física atômica, suficiente para explicar as ligações químicas, e o papel das macromoléculas e das complexas vias bioquímicas de feedback, suficientes para se explicar a atividade biológica.

Similarmente, a aparente descontinuidade entre as propriedades fenomênicas da consciência e os processos psiconeurológicos empiricamente demonstrados provavelmente se deriva de uma compreensão incompleta dos mecanismos de processamento cognitivo, por um lado, juntamente com uma análise insuficientemente precisa das propriedades fenomênicas da consciência, por outro lado. De acordo com isso, a explicação da consciência como auto-localização recursiva vai alinhar as características fenomênicas básicas da consciência (auto-percepção consistente enquanto sujeito localizado aqui e agora) com um constructo cognitivo específico (o esquema auto-localizacional) processado de maneira particular recursivamente antecipatória”.

sábado, 1 de novembro de 2008

Download no Cérebro

Já imaginei que isso iria acontecer um dia, mas não tão cedo. Nem tinha tanta certeza se daria certo. As idéias de Ray Kurzweil, que estabeleceu que os humanos eventualmente iriam encontrar uma forma de imortalidade ao transferir um plano geral do cérebro de uma pessoa para um computador ou um robô, ou transferir conhecimento direto para o córtex ou para o hipocampo, estão sendo estudadas em alguns laboratórios nesse momento. A revista Scientific American, em sua edição de 12 de novembro de 2008 (num artigo que já está online em http://www.sciam.com/article.cfm?id=jacking-into-the-brain&print=true) aborda o assunto. O exemplo do artigo é cinematográfico: a cena de Matrix onde a personagem aprende a pilotar um helicóptero recebendo instruções diretamente no cérebro através de um telefone. A pequena manchete do blog Arts and Letters Daily (http://www.aldaily.com/ ), que me levou ao artigo, diz: “Você não tem que ler Guerra e Paz, você só precisa fazer o download para seu cérebro”. Mas não é bem assim. Guerra e Paz não é uma tabela com os horários dos trens. Podemos ler o livro com 14 anos e apreender ‘x’. O ‘y’ fica para quando relermos aos 40, depois de reunir uma vivência histórica, cognitiva, amorosa, e todos os etcs possíveis. Ou como diz John P. Donoghue, da Brown University, no artigo: “Informações complexas como o conteúdo de um livro exigem interações entre um grande número de neurônios em uma grande área do sistema nervoso. Portanto, não se poderia lidar com todas elas, fazê-las armazenar em suas conexões o tipo correto de informação. Eu diria, então, baseado no atual conhecimento, que não é possível”. Será?

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Área de Broca

Gregory Hickok e David Poeppel têm um blog: Talking Brains, onde os dois comentam sobre neurociência e lingüística. Hickok é professor de Ciências Cognitivas e diretor do Center for Cognitive Neuroscience na University of California, at Irvine. Poeppel é professor de Lingüística e Biologia na University of Maryland, College Park.

No blog, um comentário de Poeppel: “A Batalha pela Região de Broca, por Yosef Grodzinsky e Andrea Santi, resume quatro posições sobre o papel da área de Broca, e conclui – quem teria pensado nisso? – que a ‘explicação do movimento sintático’ é a melhor explicação dada até hoje. Grodzinsky e Santi distinguem entre quatro posições: um modelo de ‘percepção de ação’ (defendido, por exemplo, por Arbib e Rizzolatti), um modelo de ‘memória de trabalho’ (Caplan), um modelo de ‘complexidade sintática’ (Goodlass, Friederici), e um modelo do ‘movimento sintático’ (defendido pelos autores). Acho que se pode implicar com as atribuições, mas em geral esta é uma caracterização mais ou menos justa das diversas posições. As duas primeiras são da variedade ‘geral’; as duas últimas são específicas da linguagem. Os autores examinam essas posições à luz de dados da correlação déficit-lesão e de evidências de neuroimagem, basicamente de fMRI. Eles argumentam, bem razoavelmente, que uma única explicação modelar provavelmente ficaria subespecificada. Dito isso, eles concluem que as evidências recentes são mais consistentes com um modelo de ‘movimento sintático’ da área de Broca”.

O artigo de Grodzinsky e Santi: Y GRODZINSKY, A SANTI (2008). The battle for Broca’s region. Trends in Cognitive Sciences DOI: 10.1016/j.tics.2008.09.001. O blog de Hickok e Poeppel: http://talkingbrains.blogspot.com/. Não deixe de explorar os textos dessa dupla (o blog teve início em maio/2007).

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Haydn - Sinfonias Completas

As 104 sinfonias de Joseph Haydn, executadas pela Austro-Hungarian Haydn Orchestra dirigida por Adam Fischer, receberam o grande prêmio ‘Rosette’ do Penguin Guide de música gravada. Esta orquestra foi formada especialmente para essa gravação, com os melhores instrumentistas da Filarmônica de Viena e da Orquestra Estatal Húngara. As sinfonias foram gravadas no Esterhazy Palace, Áustria, de 1987 a 2001.
Estando no site abaixo (Passacaille), veja lista dos links Rapidshare para fazer download em TXT file with links to RS, e descrição completa dos Cds (com a capa) em Track details here:.

Em: http://passacaille.blogspot.com/2008_01_13_archive.html
Nesse mesmo site encontram-se outras obras de Haydn: concertos completos para cravo (2 Cds), os 6 concertos para órgão (em duas partes para download), a completa dos Piano Trios (9 CDs), e As Estações (The Seasons – em duas partes para download).

Alfabetização

Um livro indispensável para a alfabetização bem sucedida: Preventing Reading Difficulties in Young Children (Prevenindo dificuldades de leitura em crianças pequenas), editado por Catherine E. Snow, M. Susan Burns, & Peg Griffin. É uma publicação de 1998 do Commitee on the Prevention of Reading Difficulties in Young Children, National Research Council (USA). Até hoje não se publicou nada parecido, e o PRD continua sendo o melhor livro sobre o assunto. Em: http://eric.ed.gov/ERICWebPortal/custom/portlets/recordDetails/detailmini.jsp?_nfpb=true&_&ERICExtSearch_SearchValue_0=ED416465&ERICExtSearch_SearchType_0=no&accno=ED416465

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Princípios da Evolução Cerebral

Princípios da evolução cerebral
Striedter, Georg . F. 2006
University of California, at Irvine
www.iu-bremen.de/imperia/md/content/groups/schools/ses/chilgetag/striedter_etal_bbs_2006.pdf

Pelo resumo (traduzido abaixo) já se vê a importância desse précis do livro de Striedter. Um précis, que é um resumo de um livro (quase sempre; pode ser um artigo muito grande), aborda as principais questões e os argumentos mais importantes do assunto estudado. Quando é bem feito, como é o caso aqui, cria a vontade de ler o original. O précis vem acompanhado de treze artigos que fazem uma apreciação do trabalho de Striedter. Seus autores são: Elizabeth Adkins-Regan (Cornell University, US), Robert A. Barton (University of Durham, UK), Barbara Clancy (University of Arkansas, US), Robin I. Dunbar (University of Liverpool, UK), Emmanuel Gilissen (Université Libre de Bruxelles, BE), Richard Granger (University of California, US), Claus C. Hilgetag (International University Bremen, DE), Juan Pascual-Leone (York University, CA), Robert R. Provine (University of Maryland, US), Antonino Raffone (University of Sunderland (UK) & Gary L. Brasei (University of Missouri-Columbia, US), Yassar Roudi & Alessandro Treves (Scuola Internazionale Superiore di Studi Avanzati, IT), Totu Shimizu (University of South Florida, US) e James Swain (Yale University, US). A seguir vem uma resposta de Striedter à apreciação dos colegas e a bibliografia.

“A evolução do cérebro é uma complexa rede de similaridades e diferenças das espécies, limitada por diversos princípios e regras. Esse livro é um exame detalhado desses princípios, utilizando dados de uma ampla quantidade de vertebrados, mas minimizando detalhes e terminologia técncos. Foi redigido para universitários de todos os níveis e cientistas experimentados que já sabem alguma coisa sobre ‘o cérebro’ mas querem entender melhor como evoluiram os diferentes cérebros. O tema central do livro é que as mudanças evolutivas no tamanho absoluto do cérebro tendem a se correlacionar com muitos outros aspectos da estrutura e do funcionamento do cérebro, incluindo o tamanho proporcional das regiões cerebrais individuais, sua complexidade e suas conexões neurais. Para explicar essas conexões, o livro explora regras do desenvolvimento cerebral e indaga qual é o impacto causado por modificações na estrutura cerebral sobre função e comportamento. Dois capítulos dedicam-se especificamente a como os cérebros de mamíferos divergiram de outros cérebros e como o Homo sapiens desenvolveu um cérebro grande e ‘especial’”.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

De onde vieram as palavras?

Where did Words Come from? A Linking Theory of Sound Symbolism and Natural Language Evolution (De onde vieram as palavras? Uma teoria ligando simbolismo sonoro e evolução da linguagem natural)
Jamie Reilly1, David Biun1, H. Wind Cowles2, & Jonathan E. Peelle3
1Departments of Psychology and Communicative Disorders
University of Florida, Gainesville, Florida 2Department of Linguistics University of Florida, Gainesville, Florida 3Cognition and Brain Sciences Unit Medical Research Council, Cambridge, UK.

Os autores acumulam argumentos em defesa de sua tese. Por exemplo: “Talvez a propriedade mais exigente do simbolismo sonoro seja a de que ele representa um caso raro de universal lingüístico. Muitas línguas derivacionalmente não relacionadas, por exemplo, afixam o som ‘ee’ a palavras a fim de expressar afeição ou para enfatizar distinções de tamanho. Similaridades fonéticas entre as línguas também existem para palavras que descrevem tamanho físico, predação/agressão, angularidade, massa e cor”. Eles apontam que esse debate começou com Platão (~360 AC), e segue até hoje.

Outro argumento que utilizam é a Lei de Hooke: “Uma explicação psicofisiológica para o simbolismo sonoro na linguagem é que o fenômeno reflete um mapeamento ecológico direto entre as informações perceptivas. Essa explicação, conhecida como a hipótese do código de freqüência, prediz que os humanos apresentam sensibilidade para a não arbitrariedade no mapeamento de informações acústicas sobre informações visuais. Essa correspondência sensorial é apreendida pela Lei de Hooke, que afirma que existe uma relação inversa entre a massa do objeto e a freqüência ressonante. Em um contexto amplo, a Lei de Hooke prediz que um objeto com massa relativa baixa (por exemplo, uma abelha – bee) ressoará com alta freqüência, ao passo que um objeto com maior massa relativa (por exemplo, um elefante – elephant) ressoará em uma freqüência acústica mais baixa”.

Na página 8, os autores exageram um pouco: “A natureza efêmera da linguagem não escrita torna particularmente difícil estudar suas origens; nós simplesmente não temos o equivalente a um registro fóssil para consulta. Entretanto, há muitas razões para se acreditar que a não arbitrariedade possa contribuir para a evolução da linguagem falada. Evidências de apoio a essa idéia derivam-se da evolução das línguas sinalizadas e dos sitemas caseiros de sinais. A recentemente criada Linguagem de Sinais da Nicarágua, por exemplo, modificou-se nas últimas três gerações de falantes: de icônica (isto é, gestos mimetizam objetos ou eventos reais) para arbitrariamente simbólica, espelhando uma mudança similar nas línguas de sinais bem estabelecidas. O análogo de uma língua falada em uma língua sinalizada icônica implicaria no mapeamento de propriedades acústicas dos sons vocais diretamente sobre as propriedades físicas dos objetos. Dessa maneira, o simbolismo sonoro reflete um elo direto entre ecologia e linguagem”.

Bem, julgue por si mesmo(a): A versão em PDF do artigo está em: http://precedings.nature.com/documents/2369/version/1

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Memória de Trabalho: Será o Novo QI?

Tracy P. Alloway (Durham University) e Ross G. Alloway (Edinburgh University) são os autores de Working memory: Is it the new IQ? O artigo (de 17 pgs) traz implicações (e indicações) muito interessantes relativas à memória de trabalho, como se pode ver na tradução do seu primeiro parágrafo, abaixo. Uma diferença encontrada pelos autores nos percentis é significativa, pelo que revela sobre variabilidade individual: “Igualmente notável é que existe um grau substancial de variabilidade em cada idade, como fica refletido na distância entre o 10º percentil e o 90º percentil para cada medida. Aos sete anos, por exemplo, o 10º percentil está perto da média para a amostra de quatro anos de idade, e o 90º percentil se aproxima do desempenho médio das crianças de dez anos. Assim, em uma turma média de 30 crianças, esperaríamos ver diferenças na capacidade de memória de trabalho correspondentes a seis anos de desenvolvimento normal, entre os indivíduos com os três maiores e os três menores escores individuais”. No arquivo PDF oferecido como prova do crime as tabelas e figuras estão nas páginas 13 e seguintes. O primeiro parágrafo do estudo:

“A memória de trabalho, nossa capacidade de processar e rememorar informações, está ligada a uma amplitude de atividades cognitivas que vão desde tarefas de raciocínio até a compreensão verbal. Também existem extensas evidências do relacionamento entre memória de trabalho e resultados de aprendizagem. Entretanto, alguns pesquisadores sugerem que a memória de trabalho é simplesmente um substituto do QI, e não faz nenhuma contribuição singular para os resultados da aprendizagem. Aqui, nós mostramos que as habilidades em memória de trabalho em crianças de 5 anos de idade eram o melhor preditor de resultados de leitura, soletramento e matemática seis anos depois. O QI, em contraste, era responsável por uma pequena porção da singular variância de habilidades em leitura e matemática, e não era um preditor significativo do desempenho no soletramento. Nossos resultados demonstram que a memória de trabalho não é um substituto do QI, ela antes representa uma habilidade cognitiva dissociável que tem ligações singulares com os resultados de aprendizagem. Criticamente, descobrimos que a memória de trabalho no início da educação formal é um preditor mais poderoso do sucesso escolar posterior do que o QI. Esse resultado tem importantes implicações para a educação, particularmente com respeito ao desenvolvimento de intervenção e de treinamento. Parece que devemos dirigir nossos esforços para o desenvolvimento de habilidades em memória de trabalho para que vejamos ganhos em aprendizagem”.
Em: http://precedings.nature.com/documents/2343/version/1

domingo, 26 de outubro de 2008

Estimulação Magnética Transcraniana

Veja interessante artigo sobre EMT (TMS – transcranial magnetic stimulation) na Revista Brasileira de Psiquiatria, v.28 n.1 São Paulo, março de 2006. Autores: Paulo Sérgio BoggioI; Felipe FregniII; Sérgio Paulo RigonattiIII; Marco Antônio MarcolinIII; Maria Teresa Araujo SilvaI
IDepartamento de Psicologia Experimental, Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo (USP), São Paulo (SP), Brasil IICenter for Non-Invasive Brain Stimulation, Beth Israel Deaconess Medical Center, Harvard Medical School, Boston, USA IIIInstituto de Psiquiatria, Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo (USP), São Paulo (SP), Brasil. Está em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462006000100010&lng=pt&nrm=iso

Aqui está o resumo da versão em português:
“Esta revisão discute o uso da estimulação magnética transcraniana como ferramenta de pesquisa das funções neuropsicológicas. A estimulação magnética transcraniana é uma técnica não-invasiva e praticamente indolor em seres humanos conscientes, baseada em um campo magnético variável. Tal técnica possibilita a geração, em pessoas saudáveis, de lesões temporárias virtuais ou, também, de aumento da atividade das áreas estimuladas, permitindo o estudo do comportamento e da cognição de maneira mais estruturada e precisa. Nesta revisão são apresentados trabalhos com estimulação magnética transcraniana nos quais foram estudados aspectos da linguagem, memória e baterias neuropsicológicas em protocolos de pesquisa clínica. Conclui-se que estudos com estimulação magnética transcraniana abrem novas perspectivas e possibilidades no campo da Neuropsicologia na medida em que fornecem elementos para o aprofundamento do conhecimento sobre as correlações entre cognição e córtex”.
Descritores: Neuropsicologia; Estimulação magnética; Manifestações neurocomportamentais; Tratamento; Modulação cortical

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

AUDEN & RILKE

Richard Anthony York, da University of Ulster, UK, escreveu um bom artigo sobre a influência de Rilke na obra de W. H. Auden. Essa influência foi mais forte em uma época circunscrita por York nas proximidades da Segunda Guerra Mundial, enfraquecendo depois, quando as diferenças entre os dois estilos poéticos se radicalizaram na mente de Auden. “(Em Muzot, retiro na Suiça onde Rilke se sentia bem) Rilke tinha encontrado um lugar para pertencer. Auden anseia pelo sentido de pertinência que Rilke havia encontrado. Grande parte da seqüência trata das idéias de possessão e localização, como na maior parte da obra de Rilke. Auden, nesse período, não se sente em casa como Rilke, em raros momentos de graça, se sente; a separação é a norma na experiência de Auden”. York também explica o simbolismo aparentemente objetivo de Rilke, que encontra eco em Auden, e que é chamado de dinggedicht (poesia das coisas). As coisas são utilizadas para expressarem poeticamente idéias abstratas. Quanto ao poeta imerso no mundo, “Auden reconhece a beleza da canção em termos bem rilkianos: ‘Deixe a canção remontar de novo e de novo/à procura da vida que floresce em um vaso ou em um rosto’. A solenidade do ritmo, o vaso, que sugere a estética clássica, a imagem do florescimento, que é um reconhecimento bem rilkiano da maneira como uma realidade pode se amalgamar com outra: todas essas coisas mostram como Auden aprecia a integridade do sentimento implícito na imersão de Rilke na totalidade. Mas Auden contrasta esse prazer estético com os males da história – a insegurança do novo Ocidente e a oligarquia das antigas famílias do Oriente. Essas famílias são como flores, elas modificaram a Terra; esses termos são estranhamente reminiscentes de uma estética simbolista, mas de fato são aplicados a um sistema social que ‘é prodigioso mas errado’. A questão é proposta precisamente: a moral não deve ser confundida com a estética, e não devemos permitir que a satisfação artística nos cegue para as realidades da moralidade e da política”. O estudo de York tem 15 páginas e merece ser lido com atenção. Foi publicado em 2000 na Revista Alicantina de Estudios Ingleses, e está em http://rua.ua.es/dspace/bitstream/10045/5358/1/RAEI_13.15.pdf

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Raichle: Correlatos eletrofisiológicos da arquitetura cerebral

Um artigo desse grupo chefiado por Marcus E. Raichle examina em profundidade a fisiologia dos sinais BOLD. Leitura boa para quem lida com o assunto profissionalmente, principalmente porque acabou de sair do forno (PNAS de 14 de outubro de 2008). Aqui está a tradução da apresentação.

Correlatos eletrofisiológicos da arquitetura cerebral funcional intrínseca de grande escala
Electrophysiological correlates of the brain’s intrinsic large-scale functional architecture

Biyu J. He*†, Abraham Z. Snyder*‡, John M. Zempel‡, Matthew D. Smyth§, and Marcus E. Raichle*†‡¶_
Departments of *Radiology, ‡Neurology, §Neurosurgery, ¶Anatomy and Neurobiology, and _Biomedical Engineering, Washington University School
of Medicine, St. Louis, MO 63110

Contribuido por Marcus E. Raichle em 04 de agosto de 2008.

Primeiramente, uma descrição do trabalho de Raichle: “Marcus E. Raichle, neurologista, é professor de Radiologia, Neurologia, Neurobiologia e Engenharia Biomédica na Washington University em St. Louis. É membro da National Academy of Sciences, de The Institute of Medicine e da American Academy of Arts and Sciences, e associado da American Association for the Advancement of Science. Ele e seus colegas fizeram notáveis contribuições para o estudo da função cerebral humana através do desenvolvimento e da utilização da tomografia por emissão de pósitrons (PET) e da imagem funcional por ressonância magnética (fMRI). Seu estudo fundamental (Nature, 1988) descreveu a primeira estratégia integrada para o projeto, execução e interpretação de imagens funcionais do cérebro. Representou 17 anos de trabalho desenvolvendo os componentes dessa estratégia (por exemplo, medições rápidas e repetidas do fluxo sangüíneo com a PET; localização estereotáxica; mediação de imagens; e uma estratégia de subtração cognitiva). Outro estudo seminal levou à descoberta de que o fluxo sangüíneo e a utilização de glicose se modificam mais do que o consumo de oxigênio no cérebro ativo (Science, 1988), fazendo com que o oxigênio do tecido variasse com a atividade cerebral. Esta descoberta forneceu a base fisiológica para o desenvolvimento subseqüente da fMRI e fez com que os pesquisadores reconsiderassem o dogma de que o cérebro usa a fosforilação oxidativa exclusivamente para abastecer suas atividades funcionais. Finalmente, procurando explicar decréscimos da atividade induzida por tarefa em imagens cerebrais funcionais, eles empregaram uma estratégia inovadora para definir uma linha fisiológica básica (PNAS, 2001; Nature Reviews Neuroscience, 2001). Isto levou ao conceito de um modo default de função cerebral e revigorou os estudos da atividade funcional intrínseca, uma questão abandonada por mais de um século. Uma importante faceta desse trabalho foi a descoberta de uma rede singular fronto-parietal no cérebro que se tornou a rede default. Essa rede é hoje o foco do trabalho sobre função cerebral na saúde e na doença em todo o mundo. Em resumo, o grupo de Raichle liderou consistentemente na definição das fronteiras da neurociência através do desenvolvimento e da utilização de técnicas de tomografia cerebral funcional”. (Texto em http://www.nil.wustl.edu/labs/raichle/ ).

A apresentação do artigo: “Flutuações espontâneas dos sinais BOLD (blood-oxygen-level-dependent - dependentes do nível de oxigênio no sangue) demonstram consistentes correlações temporais no interior de redes cerebrais de grandes escala associadas a diferentes funções. Aqui nós mostramos em humanos que os lentos potenciais corticais registrados com eletrocorticografia apresentam uma estrutura de correlação similar àquela das flutuações BOLD espontâneas no alerta, no sono de ondas baixas e no sono REM. A força da freqüência gama também apresentou uma estrutura similar de correlação, mas apenas durante o estado alerta e o sono REM. Nossos resultados fornecem uma ponte importante entre as redes cerebrais de grande escala prontamente reveladas através de sinais BOLD espontâneos e sua neurofisiologia básica”

O artigo tem excelentes ilustrações, grande bibiliografia (para um escrito de apenas 6 páginas), e está em http://www.pnas.org/content/105/41/16039.full?sid=8001c84e-0e4e-4478-a235-6ef64979314f

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Cognição e Cérebro

Pequeno artigo ilustrado abordando as bases cerebrais das diferenças cognitivas individuais. Traduzi o primeiro parágrafo para se ter uma idéia. Parece coisa boa.

Bases Cerebrais das Diferenças Individuais na Cognição
Brain Bases of Individual Differences in Cognition
Chantel S. Prat & Marcel Adam Just, Carnegie Mellon University

“As diferenças individuais na capacidade de executar processos cognitivos deve em última análise ser substanciada por diferenças no funcionamento neural. Durante a década passada, as pesquisas sobre a relação entre a cognição de nível superior e a função cerebral caracterizaram o pensamento como o funcionamento de uma rede cortical de grande escala. Além disso, as diferenças individuais nesse sistema cortical, que em essência é uma máquina biológica pensante, provavelmente dependem da disponibilidade e do desenvolvimento eficiente de recursos neurais finitos (Just & Varma, 2007). Dada essa perspectiva, nossas explorações da base cerebral das diferenças individuais na cognição se concentraram em características em nível de rede da função cerebral e na disponibilidade e no desenvolvimento de recursos. Nós propusemos que um conjunto de pelo menos três atributos corticais em nível de rede estão na base das diferenças individuais no desempenho cognitivo (Newman & Just, 2005; Prat, Keller, & Just, 2007), a saber: 1. uso eficiente de recursos neurais; 2. grande sincronização (coordenação) entre os centros corticais; e 3. adaptação de redes corticais em face de demandas que se modificam. Abaixo, esboçamos métodos para se quantificar a sincronização da eficiência neural, e adaptação, e descrevemos como eles se relacionam com as diferenças cognitivas individuais entre adultos neurotípicos. Também propomos elos potenciais entre comportamento-cérebro para alguns atributos de processamento mental (velocidade e inteligência fluida), nos quais os indivíduos podem variar”.
Para ler: http://www.apa.org/SCIENCE/psa/prat.html

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Royal Concertgebouw Orchestra

Até dia 24, dez sinfonias para download grátis no site da BBC, Radio 4. Não consta o nome do(s) maestro(s).

Franz Schubert - Symphony no. 8 'Unfinished' 15-10-08
Ludwig van Beethoven - Symphony no. 2 16-10-08
Felix Mendelssohn - Symphony no. 4 'Italian' 17-10-08
César Franck - Symphony in D minor 18-10-08
Gustav Mahler - Symphony no. 1 19-10-08
Antonin Dvorák - Symphony no. 8 20-10-08
Camille Saint-Saëns - Symphony no. 3 'Organ' 21-10-08
Jean Sibelius - Symphony no. 2 22-10-08
Anton Bruckner - Symphony no. 8 23-10-08
Johannes Brahms - Symphony no. 2 24-10-08

Em http://kco.radio4.nl/index.php?lang=en

Linguagem - artefato darwiniano de adaptação

O leitor vai perceber logo, ao ler esse trecho abaixo (que traduzi da introdução), que o artigo de Ghosh é bom e bem escrito. Não esquecer que os Precedings da Nature estão disponíveis gratuitamente a partir do site. Em http://precedings.nature.com/documents/1375/version/1 , escolha .doc ou .pdf.

Para cada um, sua própria língua: Seremos todos filhos de Darwin?
To every man his own language: Are we all Darwin’s children?

Shantanu Ghosh
Indian Institute of Technology Delhi
Behavioral and Cognitive Sciences Lab
Department of Humanities and Social Sciences
Indian Institute of Technology Delhi

Introdução

Para um biólogo, a capacidade singular de nossa espécie para usar linguagem é um artefato darwiniano de adaptação, mediado por um circuito neural dedicado e exibindo um padrão consistente de desenvolvimento (Fisher & Marcus, 2006). O estudo da linguagem em uma perspectiva evolutiva (Christiansen & Kirby, 2003; Deacon, 1997; Jarrard & Geschwind, 1971; Lenneberg, 1967; Pinker & Bloom, 1990; Lieberman, 1984; Mufwene, 2002; Nowak, Komarova & Niyogi, 2001) procura explicar como a mente humana se desenvolveu (Lashley, 1949; Hauser, Chomsky & Fitch, 2002; Pinker & Jackendoff, 2005) para sustentar a linguagem. Entretanto, falta-nos até agora uma definição ampla da linguagem. O fenômeno da linguagem não só deve dar assistência precisa em padrões de mapeamento perceptivo tornados cognitivos através de modos de input visuais, auditivos ou outros sobre um espaço mental – um processo complexo que envolve diferentes subprocessos que permitem a extração de informações a partir de indícios acústicos de rápida evolução e os convertendo em palavras com significado – como também designar papéis temáticos para as palavras, integrá-las semanticamente e fornecer a ênfase estrutural à ideia /ao conceito que conduz à compreensão de um número potencialmente infinito de sentenças em um contexto pragmático mais amplo. Por um lado, a descrição de linguagem por um neurocientista pode ilustrar as contribuições neurais para a produção de fala que envolve programas motores que permitem a conversão de ‘lemas’ fonológicos em dinâmica articulatória (Levelt, 1989) e assinaturas espaço-temporais (Indefrey & Levelt, 2004); por outro lado, o foco de um lingüista sobre os processos de compreensão decretaria que a descrição não só deve explicar como o ouvinte decodifica os sinais acústicos como também estabelecer relações relevantes de som-significado e acessar tanto o ‘léxico’ mental como mecanismos sintáticos, convertendo assim os sinais em estruturas com significado (Chomsky, 1965). Portanto, o fenômeno da linguagem é complexo demais para ser entendido simplesmente aplicando-se as leis fundamentais da organização acústica, dos processos neurais de percepção, do controle dos movimentos ou da modelagem lógica.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

A calma dessa gente...

O astrônomo Duncan H. Forgan, da Scottish Universities Physics Alliance (SUPA), do Institute for Astronomy, University of Edinburgh, Royal Observatory Edinburgh, escreveu um estudo sobre vida e inteligência extraterrestres e chegou à conclusão (manipulando a famosa equação de Drake) que existem 37.964,97 planetas na Via Láctea que se candidatam. O estudo é de 13 de outubro de 2008 e foi publicado no http://br.arxiv.org/ Então tá.

OMNIGLOT

O Omniglot é um site dedicado às línguas de todo o mundo e assuntos conexos. Pelo índice da letra ‘L’ já dá para ver:
L Ladino Lanna Languedoc Lantsa Lak Lakota Lao Lam-Lammarok Languan larenti tergush Latin (alphabet) Latin (language) Latinised Futhark (Medieval Runes) Latvian Laz Lebanese Lepcha Lezgi Lhemvrin eicrýs Library Limbu Lingala Ling'amon' Lingua Franca Nova Lingua Ignota Lines and Circles alphabet Linear A Linear B Linephon Lingua Franca Nova Lipen Søerjehn Liron Lisu Lithuanian Livonian Lojban Loma Lombard Lóngwén Lontara Lovecraftian Low German/Low Saxon Lower Sorbian Luganda Luo Luxembourgish Lycian Lydian

Curiosidades como Braille for Chinese, Standard Galactic Alphabet, Tolkien's scripts, o Color Alphabet, de Christian Faur, o Gnomish e outros alfabetos imaginários: Ancients' Alphabet, Ath, Atlantean, Aurek-Besh, Cirth, Daedric, D'ni, Dragon Runes, Futurama Alien Alphabet, Gargish, Hylian syllabary (Old), Hylian syllabary (Modern), Hylian alphabet, Klingon, Kryptonian, Marain, Romulan, Sarati, Standard Galactic Alphabet, Tenctonese, Tengwar, Utopian, Visitor, Zentlardy, e talvez o mais enigmático dos alfabetos, o 12480 Alphanumeric System.

Diz o autor do site, Simon Ager: “O Omniglot é um guia de sistemas de escrita e de línguas do mundo. Também traz dicas para aprender línguas, artigos relacionados às línguas, uma coleção bastante grande de frases úteis em muitas línguas, textos multilíngües, uma livraria multilíngüe e uma coleção sempre crescente de links para recursos lingüísticos. Você encontra um guia para os conteúdos do Omniglot no Sitemap, e uma lista de todos os sistemas de escrita e línguas do site no A-Z Index”. Para quem gosta do assunto, ou aqueles que necessitam de informações seguras, esse é o local: www.omniglot.com .