domingo, 13 de julho de 2008

A Mente Desconhecida

Em 1999, John Horgan publicou The Undiscovered Mind (A Mente Desconhecida), que vendeu mais do que banana na feira. Em 2001, para a revista Brain and Mind (Brain and Mind 2: 215–225, 2001), Horgan publicou um resumo desse livro com o nome de Précis of The Undiscovered Mind: How the Human Brain Defies Replication, Medication, and Explanation (Resumo de A Mente Desconhecida: Como o Cérebro Humano Desafia Replicação, Medicação e Explicação). O livro (e seu resumo) agradaram e desagradaram miríades. Tire suas próprias conclusões lendo minha tradução do resumo no link abaixo.

John Horgan é escritor freelance e autor de The End of Science (1996), um bestseller americano traduzido em 13 línguas, e de The Undiscovered Mind (1999). Foi redator sênior da revista Scientific American de 1986 a 1997. Também escreveu para o New York Times, a revista Time, o jornal Washington Post, a revista Science, o London Times, o New Republic, a revista Discover, e para o site Slate, entre outras publicações. Fez palestras no Massachusetts Institute of Technology, na Princeton University, no California Institute of Technology, no National Institute of Standards and Technology (USA) e em outras instituições, nos Estados Unidos e no exterior. Seus prêmios incluem: Science Journalism Award, da American Association for the Advancement of Science (1992 e 1994), e da National Association of Science Writers – Science in Society Award (1993). Em seu site www.johnhorgan.org/ pode-se ler uma biografia mais completa e a lista de suas obras.

Para ler: http://docs.google.com/Doc?id=df3wz635_19cvzdgngg

Psicofarmacologia

Artigo interessante para profissionais do ramo e leigos interessados: The Other Side of Psychopharmacology: A Review of the Literature (O Outro Lado da Psicofarmacologia: Uma Revisão da Literatura), de Thomas L. Murray, Jr. Publicado em outubro de 2006 no Journal of Mental Counseling (30 pgs). Diz sua introdução ao artigo: “Existem diversas revisões da literatura que apoiam o uso de medicações psicotrópicas. Esse artigo fornece uma revisão da literatura que não corrobora o uso de psicofarmacologia. Comparando a primeira revisão da psicofarmacologia publicada no campo do aconselhamento há duas décadas com aquilo que é conhecido hoje, examino desenvolvimentos recentes nas pesquisas psicofarmacológicas concentrando-me na segurança, eficiência, nos efeitos colaterais e em suposições teóricas de várias classes de medicações psicotrópicas. Esse artigo conclui tratando da identidade, prática e do treinamento do conselheiro quanto às medicações psiquiátricas e o modelo médico”.
Para ler o artigo: http://psychrights.org/Articles/OtherSideOfPsychopharmacology.pdf

Neurossemiótica

O artigo Beyond self and other: On the neurosemiotic emergence of intersubjectivity (Para além do eu e do outro: Sobre a emergência neurossemiótica da intersubjetividade), de Donald Favareau (UCLA), deve ser interessante para alguns leitores. Aqui está o abstract/resumo: “O crescimento explosivo da neurociência, da ciência cognitiva e dos ‘estudos da consciência’, como se concebem em geral, nas duas últimas décadas, ainda continua desacompanhado de um desenvolvimento correspondente no estabelecimento de uma compreensão explicitamente semiótica de como as relações de troca de sinais em nível neuronal funcionam na rede mais ampla da troca de sinais psicologicamente acessível. Esse artigo tenta uma incursão preliminar no estabelecimento de tal neurossemiótica. Ele admite, como seu teste de caso e ponto de partida, descobertas recentes das pesquisas neurobiológicas sobre transformações visuomotoras e sobre os disseminados fenômenos corticais da resposta do neurônio individual seletivamente afinado para defender uma visão da ‘intersubjetividade’ através da qual o ens rationis que surge como função da semiosfera possa ser abstraido, elaborado e compartilhado mutuamente por todos os agentes”.

Publicado em Sign Systems Studies 30.1, 2002. Leia em www.ut.ee/SOSE/sss/favareau301.pdf

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Cérebro, Mente e Cultura

O blog The Winding Path aborda um assunto interessante:

Como nossa mente, nosso cérebro e nossa cultura evoluiram: Uma teoria proposta
Escrevi anteriormente uma pequena apreciação do estudo de Merlin Donald que faz um retrato de como nossa cultura e nosso cérebro co-evoluiram. Também levantei a questão do que isso poderia significar para o futuro. Agora desejo fornecer uma visão da teoria de Donald que de fato detalha como essa co-evolução pode ter acontecido. Para tentar fornecer um quadro mais claro, vou me valer de coisas que Donald escreveu em seu livro Origins of Modern Mind, no qual ele definiu plenamente sua teoria.”

O autor do blog esclarece que, em primeiro lugar, na cultura episódica desenvolveu-se a capacidade de representação mental de eventos complexos, incluindo eventos sociais, porém com capacidade limitada para a expressão voluntária dessas representações. O próximo estágio, a cultura mimética, ocorreu há uns dois milhões de anos com o surgimento do Homo erectus, que foi o primeiro de nossos ancestrais a demonstrar claramente evidências de uma sociedade avançada e que utilizava ferramentas. Com a cultura mítica, a segunda adaptação, surgiu há menos de 400.000 anos o nosso ancestral mais próximo, o Homo sapiens. A característica dessa adaptação era a capacidade de falar (e, é claro, de entender a fala). A última transição (mas não necessariamente a adaptação final) não foi biológica. Envolveu o uso de ferramentas para exteriorizar nossas representações fora de nossas mentes, permitindo que as manipulássemos em um maior número de maneiras do que tinha sido possível até então. Leia o texto completo no blog, aproveitando os links fornecidos pelo autor para maior esclarecimento.

terça-feira, 8 de julho de 2008

John Mayall

O site Lágrima Psicodélica publicou hoje a primeira parte de seu especial com o blueseiro inglês John Mayall. Para admiradores, imperdível. Para quem não conhece ainda, decididamente algo a ser investigado. Atenção para o seguinte: todos os CDs têm uma senha para descompactar depois de gravados: bigze. Nascido em 1933 e ainda na ativa, Mayall é responsável pela divulgação dos blues (de todas as vertentes), e lançou ou incentivou a carreira de muita gente boa, como Eric Clapton, Peter Green, Gary Moore, etc. Essa primeira parte traz 31 CDs, alguns com duas ou três partes, e temos: A Hardcore Package, A Hard Road, A Sense of Place, Albert King & John Mayall (The Lost Session), Along for the Ride (com Gary Moore, Peter Green, Mick Fleetwood, Mick Taylor, Billy Gibbons, Jonny Lang, Otis Rush, Steve Cropper, etc.), Back to the Roots... Veja os outros em http://docs.google.com/Doc?id=df3wz635_18d9sn8rdh .

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Precisa de ajuda para traduzir?

Como eu já disse em março, se você não encontra aquela palavra (ou expressão) do inglês em lugar nenhum e já está a ponto de atear fogo às vestes, mande-me um mail (pedroxptoh2so4@gmail.com). Atenção: vou ignorar solenemente consultas de palavras comuns. Forneça o contexto onde aparece a palavra, não deixe de colocar seu nome no mail, e a resposta será publicada aqui. Se eu der conta do recado, é claro...

Gazzaniga conversa com Wolfe

Leia no endereço abaixo a transcrição da conversa do jornalista Tom Wolfe com o neurocientista Michael Gazzaniga, na revista Seed (Salon). Eles discutem status, livre arbítrio, a condição humana e outros detalhes do progresso científico nesse campo. Diz a revista: “O romancista e jornalista Tom Wolfe passou o início de sua carreira como repórter de rua do Washington Post, onde seu estilo onomatopaico e de livre associação se tornaria mais tarde a marca registrada do New Journalism (Novo Jornalismo). Em livros como The Electric Koolaid Acid Test, The Right Stuff e The Bonfire of the Vanities, Wolfe mergulha nos mecanismos internos da mente, escrevendo sobre as decisões inconscientes que as pessoas tomam durante a vida. Sua atenção para as excentricidades do comportamento e da linguagem humanos e para questões de status social são consideradas sem igual no cânone literário americano”. E também: “Considerado o pai da neurociência cognitiva, Michael Gazzaniga há muito tem fascinação pelo modo como a mente emerge do cérebro. Seu trabalho, que se concentra em pacientes que fizeram cirurgia de separação dos hemisférios cerebrais, está na base de seus muitos livros, incluindo Nature's Mind e The Ethical Brain. Na University of California, Santa Barbara, Gazzaniga é diretor do SAGE Center for the Study of the Mind (Centro SAGE para o Estudo da Mente), que é multidisciplinar. Ele é fundador tanto do Neuroscience Institute como do Journal of Cognitive Neurosciences, e é membro do Conselho Presidencial de Bioética”. O endereço da conversa é http://www.seedmagazine.com/news/2008/07/tom_wolfe_michael_gazzaniga.php?page=all&p=y .

sexta-feira, 4 de julho de 2008

McCarthy - Inteligência Artificial

John McCarthy, nascido em 1927 (Boston, Massachusetts), é um cientista da computação e cientista cognitivo que recebeu o Prêmio Turing em 1971 por suas destacadas contribuições ao campo da Inteligência Artificial (AI), termo que ele cunhou em 1955. Também é o inventor da linguagem LISP de programação (Wikipedia). Hoje, é Professor Emérito de CS (Ciências da Computação) na Stanford University. Seu site, que traz muitos artigos e comentários, está em http://www-formal.stanford.edu/jmc/ . Leia no endereço abaixo minha tradução de seu artigo "O Que é Inteligência Artificial?", redigido em forma de perguntas e respostas. Simples, mas muito elucidativo.
Em http://docs.google.com/Doc?id=df3wz635_17ckmkzbcz .

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Hermenêutica e Ciências Cognitivas

Shaun Gallagher, da University of Central Florida, publicou seu artigo Hermeneutics and the Cognitive Sciences no Journal of Consciousness Studies, 11:10-11 (2004, 14 pgs).

Diz Gallagher: "Nesse estudo, procurei explorar as possíveis relações entre a hermenêutica e as ciências cognitivas de uma maneira que vai além de qualquer oposição simples entre compreensão e explicação. Especificamente, quero demonstrar três coisas: (1) Que aquilo que a hermenêutica descobre não está verdadeiramente em oposição ao que as ciências cognitivas descobrem - de fato, essas disciplinas estão de acordo quanto a diversas coisas; (2) Que a hermenêutica tem algo a contribuir para as ciências cognitivas e para a ciência da consciência; e (3) Que as ciências cognitivas têm algo a contribuir para o campo da hermenêutica."

E explica: "Pretendo fazer isso levando em consideração três diferentes questões que atuarão mais como exemplos típicos do que como uma explicação exaustiva sobre a relação que há entre essas disciplinas. - Como conhecemos os objetos? Isto é, como chegamos a aprender sobre a variedade de objetos que existem em nosso mundo, e como chegamos a entender essa variedade? A resposta para essa questão mostra que a hermenêutica e as ciências cognitivas não estão realmente em oposição. - Como identificamos situações? Isto é, como agimos cognitivamente em diversos tipos de tarefas pragmáticas ou em diversas situações? A resposta para essa questão mostra que a hermenêutica pode contribuir para as ciências cognitivas. - Como entendemos as outras pessoas? A resposta para essa questão mostra como as ciências cognitivas podem contribuir para a hermenêutica".

Em: http://pegasus.cc.ucf.edu/~gallaghr/Gall04jcs.pdf

terça-feira, 1 de julho de 2008

Filosofia

Um dos melhores livros de filosofia geral é o Convite à Filosofia, de Marilena Chaui. Ele está disponível para download em www.cfh.ufsc.br/~wfil/convite.pdf . Não é necessário dizer mais nada...