Gene-culture coevolution in the age of genomics 2010
Peter J. Richerson, Robert Boyd, and Joseph Henrich
PNAS May 11, 2010 vol. 107 suppl. 2
Abstract. O uso de informações aprendidas socialmente (cultura) está no centro das adaptações humanas. Nós investigamos a hipótese de que o processo de evolução cultural tenha desempenhado o papel principal na evolução dos genes. A cultura normalmente evolui mais rapidamente do que os genes, criando ambientes novos que expõem os genes a novas pressões seletivas. Muitos genes humanos que foram apontados como estando sob seleção recente ou em curso estão se modificando como resultado dos novos ambientes criados pelas inovações culturais. Alguns se modificaram em resposta ao desenvolvimento de sistemas de subsistência agrícola do Holoceno Primário e Médio. Os alelos que se codificam para adaptação a dietas ricas em amido vegetal (por exemplo, o número de cópias da amilase) e para doenças epidêmicas que se desenvolveram à medida que as populações humanas se expandiram (por exemplo, alelos da anemia falciforme e da deficiência de G6PD que dão proteção contra a malária). Verificações de larga escala utilizando padrões de desequilíbrio de ligação para detectar uma seleção recente sugerem que muito mais genes em resposta à agricultura. Uma mudança genética em resposta ao novo ambiente social das sociedades modernas contemporâneas provavelmente também está ocorrendo. Os efeitos funcionais da maioria dos alelos sob seleção durante os últimos 10.000 anos são desconhecidos atualmente. Também desconhecido é o papel da mudança paleoambiental na regulação do ritmo de evolução dos hominíneos (CLM - The Cambridge Encyclopedia of Human Evolution explica [p. 20]: os hominóideos são divididos em hominídeos e pongídeos (orangotangos); os hominídeos são os hominíneos [humanos] e os gorilíneos [chimpanzés e gorilas]). Ainda que a extensão completa da evolução dirigida pela cultura no interior da coevolução genético-cultural seja até agora desconhecida com relação a uma história mais profunda da linhagem humana, a teoria e algumas evidências sugerem que tais efeitos foram profundos. Métodos genômicos prometem ter um impacto significativo em nossa compreensão da coevolução genético-cultural ao longo da história evolutiva dos hominíneos.