sábado, 4 de julho de 2009

Uma teoria materialista da mente

Mais direto, impossível. Como eu disse em meu texto de 07.03.2009, “Considero que toda cognição está imersa em um mundo material e dele depende. Os correlatos neurais da mente, pesquisados e discutidos por profissionais das mais diversas disciplinas, serão explicitados futuramente sem qualquer recurso a invencionices transcendentais e esotéricas. A cultura é uma codificação de nível superior de nossa percepção do mundo, e os dados (informações) gerados por sua dinâmica não só enriquecem nosso conhecimento como modelam nossa weltanschauung, nossa concepção do mundo, nutrindo e ampliando o escopo de nossa cognição”.

O professor Armstrong escreve na Introdução de seu livro: “Mais e mais psicólogos e neurofisiologistas explicita ou implicitamente aceitam a visão de que, no que diz respeito aos processos mentais, não há necessidade de se postular nada além de processos puramente físicos no sistema nervoso central humano. Se considerarmos que a palavra ’mente’ significa ‘local onde ocorrem os estados mentais’ ou ‘aquilo que possui estados mentais’, então podemos fazer uma afirmação breve e de pouco engano: a mente nada mais é do que o cérebro. Se o progresso científico dá apoio a esta visão, parece que o homem é apenas um objeto material que tem apenas propriedades físicas”.

Como já disse outras vezes aqui, sou admirador da frase (e nome do artigo de Marvin Minsky, que também admiro): “Minds are simply what brains do”. Entre outras coisas, é claro.

A Materialist Theory of the Mind
D. M. Armstrong
Routledge 1993 PDF 400 pages 3 Mb
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