“Durante a vida de Guillaume Du Fay (c. 1400-1474), o moteto passou por uma profunda transformação. Devido à natureza diversificada do moteto durante esse período, problemas de definição sempre atrapalharam uma compreensão completa dessa importante dessa mudança crucial. Através de uma pesquisa abrangente do repertório remanescente, Julie Cummings mostra que o moteto fica mais bem compreendido no nível do subgênero. Ela emprega novas idéias sobre categorias tomadas da psicologia cognitiva e da teoria evolutiva para esclarecer o processo através do qual os subgêneros do moteto surgiram e se desenvolveram. Uma importante descoberta é a natureza e a extensão do papel crucial que a música inglesa desempenhou na transformação do gênero. Cummings nos dá uma leitura detalhada de muitas peças pouco conhecidas; também mostra como os motetos de Du Fay eram produtos de uma sofisticada experimentação com os limites do gênero”.
Uma apreciação desse livro de Cummings pode ser lida aqui, de autoria de Eleonora M. Beck, descrevendo a coisa toda com muita propriedade. Por exemplo, explica a presença da "teoria evolutiva", personifica a "música inglesa" que teve papel crucial etc., e quantifica o material histórico, especificando também sua origem. Outro ponto importante para o qual Beck chama nossa atenção é a necessidade de estudar toda produção musical em seus próprios termos, sem procurar encaixá-la em categorias engendradas em épocas posteriores.
The Motet in the Age of Du Fay (New Perspectives in Music History and Criticism)
Julie Cummings
Cambridge University Press 434 pages 1999 PDF 1.5 mb
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