domingo, 12 de julho de 2009

Christopher Hogwood sobre Dowland

Christopher Jarvis Haley Hogwood (UK, 1941) “é um maestro, cravista, compositor e musicólogo inglês, conhecido por suas interpretações de obras barrocas e clássicas com instrumentos de época. (...) Hogwood estudou música e literatura clássica no Pembroke College, na Universidade de Cambridge. Posteriormente estudou regência com Raymond Leppard e Thurston Dart e, mais tarde, com Rafael Puyana e Gustav Leonhardt. Uma bolsa de estudos do British Council lhe permitiu estudar em Praga, na então Tchecoslováquia, por um ano. Em 1967, Hogwood fundou o Early Music Consort, com David Munrow, e em 1973 fundou a Academy of Ancient Music, ambos especializados em performances de música barroca e clássica com instrumentos de época. O Early Music Consort foi dissolvido com a morte de Munrow em 1976, porém Hogwood continuou a se apresentar e gravar com a Academy of Ancient Music”. (veja o restante: http://pt.wikipedia.org/wiki/Christopher_Hogwood )

Hogwood é autor de um excelente artigo sobre a música de Dowland (1563-1626) para teclado, que é o tema desse post: John Dowland. Keyboard Music - Harpsichord, virginals or clavichord. O início do artigo:

INTRODUÇÃO
Ainda que as fronteiras entre o repertório de alaúde e o de instrumentos domésticos de teclado do século 17 fossem bastante permeáveis, é notável que o maior dos autores ingleses para teclado, William Byrd, nada tenha escrito especificamente para alaúde solo, e que o o mais renomado alaudista inglês, John Dowland, nada tenha deixado para teclado. Mas tal repertório era entusiasticamente transferido entre esses instrumentos por seus contemporâneos. Como uma edição de arranjos da música de Byrd para alaúde apareceu em 1976, não parece despropositado equilibrar esse fato com uma seleção da música de Dowland transcrita para teclado.

Muitos músicos amadores de todos os níveis da sociedade eram eficientes em ambos os instrumentos, o que aumenta a probabilidade do repertório transferido. Quando James IV, da Escócia, veio pedir a mão da Princesa Margaret, em 1503, diz-se que “....o rei diante dela tocou o clavicórdio, e depois o alaúde, o que muito a agradou, ela teve muito prazer em ouvi-lo..” Mary Queen of Scots também está descrita no “Report of England” publicado por Giovanni Michel em 1557 “...tocando especialmente clavicórdio e alaúde com tanta excelência (ainda que ela toque muito raramente) que surpreendeu os melhores instrumentistas, tanto pela rapidez de sua mão como por seu estilo de execução”.

Leia o artigo em http://www.editionhh.co.uk/hh74pref.htm