segunda-feira, 27 de julho de 2009

Cantando Bach


Esse é o nome do artigo de Andreas Scholl sobre sua experiência, desde a infância, com o canto coral. Vou traduzir o princípio:

“Com a idade de nove anos, eu cantava na Paixão de São João, de Bach, com o ‘Kiedricher Chorbuben’, o coro de meninos de minha cidade natal.

Nunca vou esquecer o entusiasmo de todos os meninos, e a intensidade do nosso canto nas linhas finais do último coro, , ‘Herr Jesus Christ, erhöre mich, erhöre mich/Ich will dich preisen ewiglich’ (Senhor Jesus Cristo, ouça-me, vou glorificá-lo através da eternidade).

De algum modo, parecíamos estar possuídos pela grande obra de Bach. Será possível que crianças avaliem completamente todos os aspectos dessas composições? Dado o desafio que são as árias de Bach, mesmo para cantores adultos experimentados, vamos colocar isso em dúvida.

Mas o que quer dizer ‘entendimento’? No alemão nós distinguimos entre ‘verstehen’ (entender) e ‘begreifen’ (apreender).

Acho que ainda que uma criança não possa ser capaz de analisar uma composição e ganhe acesso a ela através de seu intelecto ou de sua compreensão, ela ainda assim é capaz de ‘apreender’ as intenções de uma composição em sua inteireza através de sua experiência, mais do que por análise.Isso é algo que eu chamo de lado ‘gnóstico’ do canto. No gnosticismo, as próprias experiências pessoais do indivíduo, o ‘saber’, significa mais do que ‘acreditar’ nos ensinamentos adquiridos”.

Leia o resto nesse site, aproveitando para ver os outros artigos, que são muito bons e normalmente escritos por maestros, instrumentistas e especialistas :

http://www.goldbergweb.com/en/magazine/essays/2005/06/31982.php