sábado, 6 de fevereiro de 2010

Melhores Sites sobre Depressão


(à esquerda, a ilustração original do A Neurostimulating Blog)

Se v. se interessa de algum modo pelo assunto, o artigo Zermatten, A., Khazaal, Y., Coquard, O., Chatton, A., & Bondolfi, G. (2010). Quality of web-based information on depression Depression and Anxiety DOI: 10.1002/da.20665" apresenta sua metodologia e os resultados da busca pelos melhores 10 sites sobre depressão da internet.

A Neurostimulating Blog, do Dr. Walter W. van den Broek, MD, PhD, um psiquiatra que trabalha no Erasmus MC, um hospital universitário em Rotterdam, The Netherlands, apresenta o artigo e comenta:

"Depois de procurar por websites sobre depressão ("depression", "depression treatment", e "depression help") no Google, os autores desse trabalho examinaram cuidadosamente esses sites. Foram avaliados quanto a confiabilidade, interatividade, estética, facilidade de leitura e qualidade do conteúdo. Também utilizaram o protocolo DISCERN como indicador da qualidade do conteúdo para consumidores em geral. Encontraram 58 sites, dos quais 13 foram excluidos: oito não eram websites, três eram blogs ou foros de discussão, um exigia login de acesso e um não permitia acesso.

Analisaram 45 websites, e a qualidade em geral dos sites sobre depressão era boa. Aqueles que tiveram alta pontuação no protocolo DISCERN, a presença do HON label (veja artigo) e declararam sua afiliação foram relacionados como de alta qualidade.
São eles:
http://www.medicinenet.com/depression/article.htm
http://www.netdoctor.co.uk/depression/index.shtml
http://www.rcpsych.ac.uk/default.aspx?page50
http://www.mind.org.uk/Information/Booklets/Understanding/Understanding1depression.htm http://www.webmd.com/depression/
http://en.wikipedia.org/wiki/Clinical_depression
http://www.utdol.com/patients/content/topic.do?topicKey=~jSS5Z_cMxYvi6
http://depression.about.com/
http://www.mentalhelp.net/poc/center_index.php?id55
http://concernedcounseling.com/communities/Depression/related/self_help.asp
A pesquisa foi efetuada em fevereiro de 2009".

Por certo, cabe aos interessados investigar melhor essa lista. A primeira providência deveria ser uma avaliação do DISCERN, que não deve deixar de levar em conta seu background. Acho que a amostra dos informantes ("13 membros de grupos de auto-ajuda e 15 provedores de informações, de uma amostra aleatória de folhetos das 19 maiores organizações de auto-ajuda nacionais") não é um bom indicador de confiabilidade, porque nada se sabe desses grupos ou desses provedores. Dos websites escolhidos, nenhum é oficial (NIH - USA, NHS - UK, etc.) ou de universidade, e com exceção do The Royal College of Psychiatrists (http://www.rcpsych.ac.uk/), nenhum é de importância acadêmica.

Além disso, o artigo Towards ethical guidelines for e-health: JMIR Theme Issue on eHealth Ethics, de Gunther Eysenbach, (março de 2000 - veja aqui), comenta: "Por exemplo, o instrumento DISCERN é uma ferramenta para avaliar a qualidade do material de informações para pacientes. Demonstrou ser confiável para informações impressas sobre saúde, mas sua validade não ficou estabelecida com relação a informações eletrônicas. Uma versão para Internet está sendo desenvolvida atualmente e aguarda avaliação". Nâo ficamos sabendo do resto dessa história.

É curioso como no site do DISCERN, aqui, pode-se ler: "Os seguintes websites provêem acesso a aconselhamento e recursos para qualquer pessoa que esteja à procura de informações de boa qualidade sobre saúde na internet", e nenhum dos indicados está entre os "dez mais". Pode ser uma questão de defasagem cronológica de publicações, mas é curioso assim mesmo. Para finalizar, por que "blogs" foram descartados pela ferramenta DISCERN? Pessoas altamente qualificadas pessoal e academicamente possuem blogs onde publicam informações confiáveis.