sexta-feira, 28 de agosto de 2009
Mail do Cognição, Linguagem e Música
Durante meses e meses o mail do blog esteve ali embaixo... errado. Uma letrinha que faz a diferença: o mail correto é pedro@dodgeit.com (estava dodgit). Arranco a roupa e ateio fogo às vestes em comiseração.
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Renée Fleming canta Schubert
Ainda bem que nada precisa ser dito com relação a essa obra, porque continuo com montes de coisas para fazer. Renée arrasa mais uma vez (com Christoph Eschenbach ao piano), ouça por si mesmo(a): mp3 em 320 kbps, de excelente som, por isso mesmo dividido pelo uploader em dois arquivos.
*******************************
*******************************
*******************************
Tracklist:
1. Heidenröslein ("Sah ein Knab..."), D. 257 (Op. 3/3)
2. Die Forelle ("In einem Bächlein helle"), D. 550 (Op. 32)
3. An die Nachtigall ("Er liegt und schläft"), D. 497 (Op. 98/1)
4. Im Frühling ("Still sitz ich"), D. 882
5. Die junge Nonne ("Wie braust durch...l"), D. 828 (Op. 43/1)
6. Nacht und Träume (Heil'ge Nacht, du..."), D. 827 (Op. 43/2)
7. Auf dem Wasser zu singen ("Mitten im ..."), D. 774 (Op. 72)
8. Ellens Gesang III ("Ave Maria"), D. 839 (Op. 52/6)
9. Frühlingsglaube ("Die Linden Lüfte"), D. 686 (Op. 20/2)
10. Gretchen am Spinnrade ("Meine Ruh'..."), D. 118 (Op. 2)
11. Du bist die Ruh, D. 776 (Op. 59/3)
12. Der Tod und das Mädchen ("Vorüber, ach ..."), D. 531 (Op. 7/3)
13. Viola ("Schneeglöcklein, o..."), D. 786 (Op. posth. 123)
14. Die Männer sind méchant ("Du sagtest ..."), D. 866/3 (Op. 95/3)
www.megaupload.com/?d=U3SGIVVR
www.megaupload.com/?d=IXEFYS5K
www.megaupload.com/?d=U3SGIVVR
www.megaupload.com/?d=IXEFYS5K
terça-feira, 25 de agosto de 2009
CD novo de Mark Knopfler
A mesma voz inconfundível e sua guitarra sem paleta. Musicalmente, nenhuma novidade, mas boníssimo de ouvir.
Artist: Mark Knopfler
Album: Get Lucky
Released: 2009
Style: Blues Rock
Format: MP3
Size: 74 Mb
Anna Moffo
Mais uma do falsário, que de falsário não tem nada: post de Anna Moffo interpretando Bellini, Verdi, Rossini e Donizetti. No blog O Criminoso Sempre Retorna ao Local do Crime, excelente disco de 1971 com La Moffo em plena forma.
Vincenzo Bellini (1801 - 1835)
1)Il fervido desiderio
2)Malinconia, ninfa gentile
3)Bella Nice, che d´amore
4)Vanne, o rosa fortunata
Giuseppe Verdi (1813 – 1901)
5)Perduta ho la pace
6)Lo Spazzacamino
7)Ad una stella
8)Stornello
Gioachino Rossini (1792 – 1868)
9)La fioraia Fiorentina
10)La promessa
11)Mi lagnero tacendo
12)L´invito
Gaetano Donizetti (1797 – 1848)
13)A mezzanotte
14)La zingara
15)Me voglio fa´na casa
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
O cavalo, a roda e a linguagem
O título completo do livro é "O cavalo, a roda e a linguagem: como os cavaleiros da Idade do Bronze das estepes da Eurásia deram forma ao mundo moderno". Com um título desses, meia história já está contada. Só falta ler os detalhes. Veja as linhas da editoria:
“Nesse estudo de linguagem, arqueologia e cultura, o professor de antropologia do Hartwick College, David W. Anthony, lança a hipótese de que uma cultura proto-indoeuropéia surgiu nas estepes próximas ao Ponto-Cáspio há uns 4000 anos, falando uma língua de Ur ancestral das línguas das famílias do romance, do alemão e do eslavo, e também do sânscrito e do inglês moderno. Citando descobertas feitas na Ucrânia, na Rússia e no Cazaquistão que foram possibilitadas pela reunião de cientistas soviéticos e ocidentais após a queda da Cortina de Ferro, Anthony combina evidências de datação radioativa, análise demográfica de padrões migratórios, análise linguística e do estudo de épicos como a Ilíada e o Rig Veda para substanciar essa afirmativa. Uma parte importante de sua tese é o papel do cavalo, domesticado originalmente como alimento e montado pela primeira vez para cuidar de rebanhos; apenas mais tarde, com o desenvolvimento de carros puxados, eles foram utilizados em combate. Anthony nos oferece uma análise abrangente e profunda desse assunto, que traz também uma história das pesquisas mais importantes dos dois últimos séculos (incluindo evidências e opiniões contrárias à sua, tais como a hipótese da raça ariana, agora desacreditada)”.
David W. Anthony
“Nesse estudo de linguagem, arqueologia e cultura, o professor de antropologia do Hartwick College, David W. Anthony, lança a hipótese de que uma cultura proto-indoeuropéia surgiu nas estepes próximas ao Ponto-Cáspio há uns 4000 anos, falando uma língua de Ur ancestral das línguas das famílias do romance, do alemão e do eslavo, e também do sânscrito e do inglês moderno. Citando descobertas feitas na Ucrânia, na Rússia e no Cazaquistão que foram possibilitadas pela reunião de cientistas soviéticos e ocidentais após a queda da Cortina de Ferro, Anthony combina evidências de datação radioativa, análise demográfica de padrões migratórios, análise linguística e do estudo de épicos como a Ilíada e o Rig Veda para substanciar essa afirmativa. Uma parte importante de sua tese é o papel do cavalo, domesticado originalmente como alimento e montado pela primeira vez para cuidar de rebanhos; apenas mais tarde, com o desenvolvimento de carros puxados, eles foram utilizados em combate. Anthony nos oferece uma análise abrangente e profunda desse assunto, que traz também uma história das pesquisas mais importantes dos dois últimos séculos (incluindo evidências e opiniões contrárias à sua, tais como a hipótese da raça ariana, agora desacreditada)”.
David W. Anthony
The Horse, the Wheel, and Language: How Bronze-Age Riders from the Eurasian Steppes Shaped the Modern World
Princeton University Press 2007 PDF 566 pages 72 MB
http://depositfiles.com/files/fbatmu5pk
http://depositfiles.com/files/fbatmu5pk
Ian Glynn - Anatomia do Pensamento
Aconteceu de novo (como tinha acontecido com o livro de Lesley Rogers, Minds of their Own, comentado em 12 de junho de 2009): fui dar uma olhada e quando me dei conta já estava na página 23. Depois de dar a largada meio chocho, engrena o turbo e fica bom demais. Deve ser por isso que o jornal The Observer e a revista Nature elogiam sem reservas (ver abaixo).
“Valendo-se de uma penca enorme de disciplinas – fisiologia, neurologia, psicologia, antropologia, linguística e filosofia – Ian Glynn explica virtualmente todos os aspectos do funcionamento do cérebro, revelando os mistérios da mente. Glynn escreve com excepcional clareza quando se ocupa dos mecanismos das mensagens neurológicas; do funcionamento dos receptores sensórios; dos processs através dos quais o cérebro vê, sente gosto e cheiro; dos locais da linguagem, da memória e das emoções. A amplitude da erudição de Glynn é notável, à medida em que ele vai do processamento paralelo em computadores até a especialização de diferentes regiões do cérebro (ilustradas com fascinantes exemplos dos efeitos bizarros de danos cerebrais localizados). Ele explica os diferentes tipos de memória, refaz o caminho da informação que leva a respostas emocionais e inicia uma discussão sobre linguagem que vai de Noam Chomsky a dialetos havaianos. Nenhum outro volume único apreendeu assim a completa abrangência de nosso conhecimento sobre a consciência e o cérebro. Uma obra de inigualável autoridade e eloquência, esse livro promete ser um novo marco entre as produções científicas. ‘Monumental’, disse o jornal inglês The Observer. ‘A erudição de Glynn é notável... uma jornada intelectual tremendamente agradável’, disse a revista Nature”.
Dito isso, uma outra coisa tem que ser comentada: Ian Glynn, nos agradecimentos iniciais, passa página e meia listando as pessoas que o auxiliaram a lidar com o emaranhado interdisciplinar que o assunto exige, e nos traz uma lição de cooperação entre departamentos de uma instituição e até de cooperação vinda de colegas de outras instituições, coisas raras. Não deixe de dar uma olhada.
Ian Glynn
An Anatomy of Thought: The Origin and Machinery of the Mind
“Valendo-se de uma penca enorme de disciplinas – fisiologia, neurologia, psicologia, antropologia, linguística e filosofia – Ian Glynn explica virtualmente todos os aspectos do funcionamento do cérebro, revelando os mistérios da mente. Glynn escreve com excepcional clareza quando se ocupa dos mecanismos das mensagens neurológicas; do funcionamento dos receptores sensórios; dos processs através dos quais o cérebro vê, sente gosto e cheiro; dos locais da linguagem, da memória e das emoções. A amplitude da erudição de Glynn é notável, à medida em que ele vai do processamento paralelo em computadores até a especialização de diferentes regiões do cérebro (ilustradas com fascinantes exemplos dos efeitos bizarros de danos cerebrais localizados). Ele explica os diferentes tipos de memória, refaz o caminho da informação que leva a respostas emocionais e inicia uma discussão sobre linguagem que vai de Noam Chomsky a dialetos havaianos. Nenhum outro volume único apreendeu assim a completa abrangência de nosso conhecimento sobre a consciência e o cérebro. Uma obra de inigualável autoridade e eloquência, esse livro promete ser um novo marco entre as produções científicas. ‘Monumental’, disse o jornal inglês The Observer. ‘A erudição de Glynn é notável... uma jornada intelectual tremendamente agradável’, disse a revista Nature”.
Dito isso, uma outra coisa tem que ser comentada: Ian Glynn, nos agradecimentos iniciais, passa página e meia listando as pessoas que o auxiliaram a lidar com o emaranhado interdisciplinar que o assunto exige, e nos traz uma lição de cooperação entre departamentos de uma instituição e até de cooperação vinda de colegas de outras instituições, coisas raras. Não deixe de dar uma olhada.
Ian Glynn
An Anatomy of Thought: The Origin and Machinery of the Mind
Oxford University Press 2003 464 pages PDF 25 MB
http://www.uploading.com/files/0Z1KTM2H/0195158032.rar.html
http://www.uploading.com/files/0Z1KTM2H/0195158032.rar.html
domingo, 23 de agosto de 2009
Encephalon & Livre Arbítrio e Cérebro
Do blog SharpBrains: “Em agosto de 2006, o responsável pelo blog Neurophilosophy lançou o Encephalon, um blog ambulante que traz, a cada quinzena, uma seleção dos melhores posts de neurociência e psicologia”. SharpBrains traz também todas as edições do Encephalon a partir de 18 de fevereiro de 2008, e o link (Archive) para edições anteriores. O Encephalon da quinzena que se iniciou em 17 de agosto de 2009 está no Neuronarrative, e traz bons artigos, como sempre. Um deles é Free Will and the Brain (O Livre Arbítrio e o Cérebro – veja lá embaixo o link para o artigo), publicado originalmente no Brain Stimulant em 28 de julho. Aqui está o início, e devo acrescentar que o artigo não perde pique até o final, pelo contrário.
“O livre arbítrio é a idéia de que somos o piloto de todas as nossas ações. Sentimos que estamos no controle de tudo aquilo que fazemos. Não parece que nosso comportamento está nos acontecendo de maneira determinista. Sentimos que não estamos assistindo passivamente ao ‘filme da vida’, mas sim que podemos agir de qualquer maneira que desejarmos. Será que a posição que atualmente temos, de que possuímos alguma coisa análoga ao livre arbítrio, é sustentável, dado o que a ciência nos informa hoje em dia? Será que apenas temos a sensação de um livre arbítrio? Também: será que futuras técnicas de neuromodulação poderiam incrementar nossa sensação de estar no controle de nossas próprias vidas?
Existe muita confusão quanto a livre arbítrio e mecânica quântica. Todas as partículas do seu cérebro, do seu corpo e de qualquer objeto externo não consciente seguirão as mesmas leis probabilísticas. Desse modo, você não pode afirmar que o cérebro tem algumas leis especiais da física que são distintas de qualquer outra coisa. Invocar a mecânica quântica para explicar o ‘livre arbítrio’ é mais ou menos como argumentar que um caça-níqueis tem ‘livre arbítrio’ porque distribui prêmios com base em probabilidades. Tudo o que a mecânica quântica significa é que existem coisas que acontecem interdeterministicamente no nível atômico/subatômico e que não podemos predizer seu resultado com antecedência (medir o spin de um elétron, por exemplo). Isto se aplica à toda a matéria, igualmente. A consciência não tem absolutamente nada a ver com esses tipos de resultados, também. De qualquer modo, uma interpretação amplamente aceita da mecânica quântica hipotetiza que os resultados probabilísticos que vemos são apenas um subconjunto de resultados em um multiverso mais amplo onde se realizam todas as probabilidades. A interpretação dos muitos mundos (ver link no artigo original) É uma teoria determinista. A única razão pela qual vemos resultados probabilísticos é que não podemos interagir com outros ramos da função de onda universal. Ela evolui de maneira determinista (ver link)”.
E assim por diante. Mesmo que v. ache tudo isso mucho loco, leia o resto do artigo, porque assuntos bastante interessantes são abordados. E por falar em mucho loco, um dos comentários a esse post do Brain Stimulant dizia: “Para demonstrar verdadeiro livre arbítrio, alguém tem que fazer alguma coisa que possivelmente jamais pensaria em fazer. Então, isso seria chamado de loucura”.
Alguns links presentes nesse post: SharpBrains - Neurophilosophy - Brain Stimulant. Veja mais no original.
“O livre arbítrio é a idéia de que somos o piloto de todas as nossas ações. Sentimos que estamos no controle de tudo aquilo que fazemos. Não parece que nosso comportamento está nos acontecendo de maneira determinista. Sentimos que não estamos assistindo passivamente ao ‘filme da vida’, mas sim que podemos agir de qualquer maneira que desejarmos. Será que a posição que atualmente temos, de que possuímos alguma coisa análoga ao livre arbítrio, é sustentável, dado o que a ciência nos informa hoje em dia? Será que apenas temos a sensação de um livre arbítrio? Também: será que futuras técnicas de neuromodulação poderiam incrementar nossa sensação de estar no controle de nossas próprias vidas?
Existe muita confusão quanto a livre arbítrio e mecânica quântica. Todas as partículas do seu cérebro, do seu corpo e de qualquer objeto externo não consciente seguirão as mesmas leis probabilísticas. Desse modo, você não pode afirmar que o cérebro tem algumas leis especiais da física que são distintas de qualquer outra coisa. Invocar a mecânica quântica para explicar o ‘livre arbítrio’ é mais ou menos como argumentar que um caça-níqueis tem ‘livre arbítrio’ porque distribui prêmios com base em probabilidades. Tudo o que a mecânica quântica significa é que existem coisas que acontecem interdeterministicamente no nível atômico/subatômico e que não podemos predizer seu resultado com antecedência (medir o spin de um elétron, por exemplo). Isto se aplica à toda a matéria, igualmente. A consciência não tem absolutamente nada a ver com esses tipos de resultados, também. De qualquer modo, uma interpretação amplamente aceita da mecânica quântica hipotetiza que os resultados probabilísticos que vemos são apenas um subconjunto de resultados em um multiverso mais amplo onde se realizam todas as probabilidades. A interpretação dos muitos mundos (ver link no artigo original) É uma teoria determinista. A única razão pela qual vemos resultados probabilísticos é que não podemos interagir com outros ramos da função de onda universal. Ela evolui de maneira determinista (ver link)”.
E assim por diante. Mesmo que v. ache tudo isso mucho loco, leia o resto do artigo, porque assuntos bastante interessantes são abordados. E por falar em mucho loco, um dos comentários a esse post do Brain Stimulant dizia: “Para demonstrar verdadeiro livre arbítrio, alguém tem que fazer alguma coisa que possivelmente jamais pensaria em fazer. Então, isso seria chamado de loucura”.
Alguns links presentes nesse post: SharpBrains - Neurophilosophy - Brain Stimulant. Veja mais no original.
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Anna Freud
A melhor coisa do livro, posso dizer com segurança sem ler a primeira linha da primeira página, é o olhar de Anna na capa dessa obra. Deve ser um daqueles livros com foto na capa que v. vai lendo e de vez em quando olha a capa de novo para atualizar o significado daquele olhar. Outra coisa interessante dessas linhas da editoria, abaixo, é que a autora (Elisabeth Young-Bruehl) seria Hannah Arendt. Será? Vou pesquisar...
“Valendo-se de grande quantidade de poemas, cartas, sonhos e contos de Anna Freud que nunca estiveram ao alcande de pesquisadores, esta indulgente biografia autorizada oferece uma rigorosa compreensão psicanalítica dos conflitos internos que perturbavam a filha mais nova de Sigmund Freud, e que manteve sua tradição após seu falecimento. Ficamos sabendo que Anna Freud identificava-se com o sexo masculino e tinha problemas em admitir que necessitava de afeição maternal. Além de sua mãe, tinha sido cuidada principalmente por sua tia, Minna Bernays, e uma babá, Josefine Cihlary. Ela compensou suas difíceis relações com estas figuras através de um relacionamento platônico com uma mulher. De acordo com a professora Young-Bruehl (Hannah Arendt), a devotada filha e enfermeira de Freud, ‘Annerl’, permaneceu virgem, acreditando que uma fuga da feminilidade era o preço de seu sucesso. A autora fornece descrições da agressiva corte de Ernest Jones a Anna, seu encontro com a Gestapo e sua discussão com Jeffrey Masson quando ele editou a correspondência Freud/Fliess”.
Elisabeth Young-Bruehl Ph.D.
Anna Freud: A Biography - Second Edition
“Valendo-se de grande quantidade de poemas, cartas, sonhos e contos de Anna Freud que nunca estiveram ao alcande de pesquisadores, esta indulgente biografia autorizada oferece uma rigorosa compreensão psicanalítica dos conflitos internos que perturbavam a filha mais nova de Sigmund Freud, e que manteve sua tradição após seu falecimento. Ficamos sabendo que Anna Freud identificava-se com o sexo masculino e tinha problemas em admitir que necessitava de afeição maternal. Além de sua mãe, tinha sido cuidada principalmente por sua tia, Minna Bernays, e uma babá, Josefine Cihlary. Ela compensou suas difíceis relações com estas figuras através de um relacionamento platônico com uma mulher. De acordo com a professora Young-Bruehl (Hannah Arendt), a devotada filha e enfermeira de Freud, ‘Annerl’, permaneceu virgem, acreditando que uma fuga da feminilidade era o preço de seu sucesso. A autora fornece descrições da agressiva corte de Ernest Jones a Anna, seu encontro com a Gestapo e sua discussão com Jeffrey Masson quando ele editou a correspondência Freud/Fliess”.
Elisabeth Young-Bruehl Ph.D.
Anna Freud: A Biography - Second Edition
Yale University Press 2008 576 pages PDF 82 MB
http://uploading.com/files/YLD0NWOV/0300140231_Anna_Freud23.rar.html
http://uploading.com/files/YLD0NWOV/0300140231_Anna_Freud23.rar.html
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Vida e Morte
Este link chegou-me às mãos nesse momento, e não vou olhar nada do livro porque tenho montes de coisas para fazer. Mas com um título desses, tem tudo para ser o fino. Pelo menos parece ser promissor: veja aqui um excelente perfil da vida acadêmica e das publicações da filósofa israelense Havi Hannah Carel, autora do livro e professora (Senior Lecturer) de filosofia da University of the West of England desde 2005. Aqui vão algumas linhas da editoria (a editora Rodopi tem um nome esquisito, mas é conhecida publishing house holandesa, de Amsterdam, com filial em NY):
“O livro Vida e Morte em Freud e Heidegger argumenta que a mortalidade é um elemento estruturante fundamental da vida humana. A avaliação corriqueira da vida e da morte as vê como dicotômicas e isoladas. Este livro explica porque esta visão é insatisfatória e apresenta um novo modelo de relação entre vida e morte que as considera interligadas. Utilizando o conceito de Heidegger de ser para a morte e o conceito freudiano de impulso de morte (death drive), ele demonstra a extensa influência que a morte possui sobre a vida quotidiana e explica sua importância estrutural e existencial. Reunindo as duas perspectivas, este livro apresenta uma leitura da morte que estabelece sua importância para a vida, cria um ponto de encontro para perspectivas filosóficas e psicanalíticas e examina os problemas e pontos fortes de cada uma delas. Depois ele apresenta uma visão unificada que se baseia nos pontos fortes de cada posição e que supera os problemas de cada uma delas. Finalmente, desenvolve as consequências éticas dessa visão. É um livro de interesse para filósofos, profissionais de saúde mental e para aqueles que trabalham no campo dos estudos sobre a morte”.
Life and Death in Freud and Heidegger
Havi Carel
Publisher: Rodopi 2006 PDF 237 pages 1,33 mb
http://depositfiles.com/files/51uhket21
“O livro Vida e Morte em Freud e Heidegger argumenta que a mortalidade é um elemento estruturante fundamental da vida humana. A avaliação corriqueira da vida e da morte as vê como dicotômicas e isoladas. Este livro explica porque esta visão é insatisfatória e apresenta um novo modelo de relação entre vida e morte que as considera interligadas. Utilizando o conceito de Heidegger de ser para a morte e o conceito freudiano de impulso de morte (death drive), ele demonstra a extensa influência que a morte possui sobre a vida quotidiana e explica sua importância estrutural e existencial. Reunindo as duas perspectivas, este livro apresenta uma leitura da morte que estabelece sua importância para a vida, cria um ponto de encontro para perspectivas filosóficas e psicanalíticas e examina os problemas e pontos fortes de cada uma delas. Depois ele apresenta uma visão unificada que se baseia nos pontos fortes de cada posição e que supera os problemas de cada uma delas. Finalmente, desenvolve as consequências éticas dessa visão. É um livro de interesse para filósofos, profissionais de saúde mental e para aqueles que trabalham no campo dos estudos sobre a morte”.
Life and Death in Freud and Heidegger
Havi Carel
Publisher: Rodopi 2006 PDF 237 pages 1,33 mb
http://depositfiles.com/files/51uhket21
Musicophilia, de Oliver Sacks
Musicophilia é o último livro de Oliver Sacks, que dispensa apresentações, e a revista Harper’s de 28 de julho o entrevistou, fazendo seis perguntas. Vou traduzir a primeira delas:
“1. Seu livro começa com um ‘súbito relâmpago’, por assim dizer, com a história de Tony Cicoria, um cirurgião ortopedista do norte de New York cuja vida se transformou quando foi atingido por um raio em 1994. Diga-nos algo sobre o Dr. Cicoria, e porque resolveu iniciar seu livro com esse caso.
Sacks. Quando escrevi Musicophilia, considerava a história de Tony Cicoria bastante dramática – e singular. Era um homem, um cirurgião, que nunca teve muito interesse em música, apenas ouvia rock and roll ocasionalmente. Um dia ele foi atingido por um raio e sobreviveu, aparentemente sem qualquer problema duradouro. Mas umas três semanas depois ele desenvolveu uma insaciável paixão pelo piano, e por Chopin em particular. Ele toca diariamente e recentemente estreou sua própria composição, a Sonata do Relâmpago. O que aconteceu com seu cérebro para criar esta súbita e avassaladora paixão por música?
Desde a primeira publicação da história de Tony Cicoria, recebi muitas cartas de pessoas que não foram atingidas por relâmpagos e pareciam não ter qualquer condição física ou psicológica especial, mas quase sempre, para sua grande surpresa – aos quarenta anos, mesmo aos oitenta – descobriram em si mesmas súbitos e inesperados dons criativos ou paixões, sejam musicais ou artísticos”.
Em http://harpers.org/archive/2009/07/hbc-90005417
“1. Seu livro começa com um ‘súbito relâmpago’, por assim dizer, com a história de Tony Cicoria, um cirurgião ortopedista do norte de New York cuja vida se transformou quando foi atingido por um raio em 1994. Diga-nos algo sobre o Dr. Cicoria, e porque resolveu iniciar seu livro com esse caso.
Sacks. Quando escrevi Musicophilia, considerava a história de Tony Cicoria bastante dramática – e singular. Era um homem, um cirurgião, que nunca teve muito interesse em música, apenas ouvia rock and roll ocasionalmente. Um dia ele foi atingido por um raio e sobreviveu, aparentemente sem qualquer problema duradouro. Mas umas três semanas depois ele desenvolveu uma insaciável paixão pelo piano, e por Chopin em particular. Ele toca diariamente e recentemente estreou sua própria composição, a Sonata do Relâmpago. O que aconteceu com seu cérebro para criar esta súbita e avassaladora paixão por música?
Desde a primeira publicação da história de Tony Cicoria, recebi muitas cartas de pessoas que não foram atingidas por relâmpagos e pareciam não ter qualquer condição física ou psicológica especial, mas quase sempre, para sua grande surpresa – aos quarenta anos, mesmo aos oitenta – descobriram em si mesmas súbitos e inesperados dons criativos ou paixões, sejam musicais ou artísticos”.
Em http://harpers.org/archive/2009/07/hbc-90005417
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
As quatro missas "luteranas" de Bach
Se o assunto for interessante procê, não deixe de ler este artigo de Uri Golomb, que discute as opiniões favoráveis e contrárias à existência das quatro missas breves (ou luteranas) de Bach. Está na revista Goldberg, da qual já falei aqui ao recomendar artigo de Andreas Scholl sobre o início de sua carreira como contratenor. Aqui estão os dois primeiros parágrafos:
“Os quatro conjuntos de Bach para o Kyrie e o Gloria, BWV 233-236, usualmente chamados de Missae Breves ou Missas ‘Luteranas’ (com ou sem aspas), são provavelmente suas obras menos valorizadas. Até recentemente, muitos dos mais ardentes admiradores de Bach consideravam-nas indignas de seu criador; se dela falassem, quase sempre era com frustração ou surpresa. Similarmente, muitos músicos que acolheram grandes porções da música sacra de Bach tendiam a evitar essas Missas (pelo menos no que tange a gravações). Nas duas últimas décadas, entretanto, tivemos muitas performances soberbas – tanto do conjunto completo da obra como de itens individuais; e nas universidades já se começa a falar delas com seriedade.
As Missas parecem ter sido esfregadas contra duas imagens queridas de Bach. Elas se baseiam quase inteiramente em movimentos de cantatas anteriores, chocando-se assim com a imagem de Bach como o criador original e divinamente inspirado. E seu texto latino depõe desconfortavelmente contra a imagem de Bach como fiel luterano. Mas os detratores cometeram dois erros cruciais. Por um lado, essas obras não contradizem essas imagens, como se acredita. Por outro lado, as próprias imagens é que são problemáticas, e atrapalham o caminho de se apreciar as realizações de Bach – o que inclui as quatro Missas”.
“Os quatro conjuntos de Bach para o Kyrie e o Gloria, BWV 233-236, usualmente chamados de Missae Breves ou Missas ‘Luteranas’ (com ou sem aspas), são provavelmente suas obras menos valorizadas. Até recentemente, muitos dos mais ardentes admiradores de Bach consideravam-nas indignas de seu criador; se dela falassem, quase sempre era com frustração ou surpresa. Similarmente, muitos músicos que acolheram grandes porções da música sacra de Bach tendiam a evitar essas Missas (pelo menos no que tange a gravações). Nas duas últimas décadas, entretanto, tivemos muitas performances soberbas – tanto do conjunto completo da obra como de itens individuais; e nas universidades já se começa a falar delas com seriedade.
As Missas parecem ter sido esfregadas contra duas imagens queridas de Bach. Elas se baseiam quase inteiramente em movimentos de cantatas anteriores, chocando-se assim com a imagem de Bach como o criador original e divinamente inspirado. E seu texto latino depõe desconfortavelmente contra a imagem de Bach como fiel luterano. Mas os detratores cometeram dois erros cruciais. Por um lado, essas obras não contradizem essas imagens, como se acredita. Por outro lado, as próprias imagens é que são problemáticas, e atrapalham o caminho de se apreciar as realizações de Bach – o que inclui as quatro Missas”.
Na ponta da língua
Esse livro deve ser muito interessante. Para quem é do ramo, é coisa para se estudar. Pro resto da humanidade, é diversão pura. Pena que os comentários de apresentação não citam outra curiosidade, e das boas: o “branco”, a ausência momentânea, o MCF dos profissionais (minimal catastrophic forgetting – esquecimento catastrófico mínimo).
“As experiências da Ponta da Língua (TOT – tip-of-the-tongue) são uma daquelas esquisitices indescritíveis da cognição humana. Como os lapsos de linguagem, o déja vu e as ilusões visuais, as TOTs nos surpreendem com sua força subjetiva e ao mesmo tempo são um enigma por causa de nossa frustrante incapacidade de lembrar a palavra desejada. Os psicólogos discutem as TOTs desde a época em que William James as descreveu com tanta eloquência em seus Principles of Psychology. Como pesquisador, descobri que as TOTs são tanto uma mina de ouro de descobertas fascinantes como uma lata de minhocas cheia de perplexidades e coisas estranhas”.
Tip-of-the-tongue States: Phenomenology, Mechanism, and Lexical Retrieval
Publisher: L. Erlbaum 2001 PDF 192 pages 1,83 mb
http://depositfiles.com/files/yjyoix0kt
“As experiências da Ponta da Língua (TOT – tip-of-the-tongue) são uma daquelas esquisitices indescritíveis da cognição humana. Como os lapsos de linguagem, o déja vu e as ilusões visuais, as TOTs nos surpreendem com sua força subjetiva e ao mesmo tempo são um enigma por causa de nossa frustrante incapacidade de lembrar a palavra desejada. Os psicólogos discutem as TOTs desde a época em que William James as descreveu com tanta eloquência em seus Principles of Psychology. Como pesquisador, descobri que as TOTs são tanto uma mina de ouro de descobertas fascinantes como uma lata de minhocas cheia de perplexidades e coisas estranhas”.
Tip-of-the-tongue States: Phenomenology, Mechanism, and Lexical Retrieval
Publisher: L. Erlbaum 2001 PDF 192 pages 1,83 mb
http://depositfiles.com/files/yjyoix0kt
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Lógica e linguagem
No blog Research Digest, da British Psychological Association, temos um artiguinho que dá o que pensar e demanda mais pesquisas: Logic and language are nor the same thing (Lógica e linguagem não são a mesma coisa). A premissa é que para se raciocinar logicamente não é necessário linguagem. “Boa parte do pensamento não tem ligação com a linguagem”, concluem Martin Monti e colegas, autores do estudo que gerou esse interessante artigo. Entendo que a população estudada é pequena (15 sujeitos), mas será que esse tipo de investigação demandaria mais do que isso? O artigo original é o seguinte:
Monti MM, Parsons LM, & Osherson DN (2009). The boundaries of language and thought in deductive inference. Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America PMID: 19617569
Se v. não tiver acesso, há uma versão do mesmo ainda em fase de prova (preprint) em http://www.mrc-cbu.cam.ac.uk/people/martin.monti/pdf/Monti_09_PNAS_language-and-thought_proof.pdf
Monti MM, Parsons LM, & Osherson DN (2009). The boundaries of language and thought in deductive inference. Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America PMID: 19617569
Se v. não tiver acesso, há uma versão do mesmo ainda em fase de prova (preprint) em http://www.mrc-cbu.cam.ac.uk/people/martin.monti/pdf/Monti_09_PNAS_language-and-thought_proof.pdf
domingo, 16 de agosto de 2009
Por amor à música
Este é o nome do livro, que parece ser bastante bom. Steinberg & Rothe descrevem os caminhos que percorreram em sua procura por familiaridade com tudo relacionado a música. Veja o que diz a editoria:
“O poder da música, a maneira como funciona sobre a mente e o coração, permanecem sendo um mistério insidioso. Agora, dois conhecidos autores sobre música clássica, Michael Steinberg e Larry Rothe, exploram o magnetismo dessa arte melodiosa – não nos termos clínicos dos cientistas sociais, mas através de histórias surgidas de suas próprias experiências.
Em Por Amor à Música, Steinberg & Rothe recorrem a toda uma vida de escutar música, vivê-la e escrever sobre ela, compartilhando os prazeres e encontros reveladores que tiveram com Mozart, Brahms, Stravinsky e muitos outros grandes (e quase grandes) compositores. A um só tempo altamente pessoal e imediatamente acessível, seus escritos fornecem esclarecimentos sobre aqueles que fazem música e aqueles que a ouvem – levando os leitores para o terreno lindo e perigoso que tanto significa para os autores. Ao descreverem como eles próprios passaram a amar música, Steinberg & Rothe oferecem indicações para se ouví-la".
Michael Steinberg & Larry Rothe
For The Love of Music: Invitations to Listening
Oxford University Press 2008 272 pages PDF 3,5 MB
http://uploading.com/files/BXBGS6X7/0195370201.rar.html
“O poder da música, a maneira como funciona sobre a mente e o coração, permanecem sendo um mistério insidioso. Agora, dois conhecidos autores sobre música clássica, Michael Steinberg e Larry Rothe, exploram o magnetismo dessa arte melodiosa – não nos termos clínicos dos cientistas sociais, mas através de histórias surgidas de suas próprias experiências.
Em Por Amor à Música, Steinberg & Rothe recorrem a toda uma vida de escutar música, vivê-la e escrever sobre ela, compartilhando os prazeres e encontros reveladores que tiveram com Mozart, Brahms, Stravinsky e muitos outros grandes (e quase grandes) compositores. A um só tempo altamente pessoal e imediatamente acessível, seus escritos fornecem esclarecimentos sobre aqueles que fazem música e aqueles que a ouvem – levando os leitores para o terreno lindo e perigoso que tanto significa para os autores. Ao descreverem como eles próprios passaram a amar música, Steinberg & Rothe oferecem indicações para se ouví-la".
Michael Steinberg & Larry Rothe
For The Love of Music: Invitations to Listening
Oxford University Press 2008 272 pages PDF 3,5 MB
http://uploading.com/files/BXBGS6X7/0195370201.rar.html
sábado, 15 de agosto de 2009
A inteligibilidade da natureza
“Por toda a história do mundo ocidental, a ciência sempre teve extraordinários prestígio e autoridade. A despeito de diversas evoluções e revoluções, ela mantém sua singularidade como a procura pelo conhecimento que explica como o mundo natural funciona, e oferece uma idéia sobre o significado do universo.
Em The Intelligibility of Nature, Peter Dear examina como a ciência enquanto tal evoluiu e posicionou-se. Sua jornada intelectual começa com uma observação muito importante: que a ambição científica é, e sempre foi, dirigida para duas metas distintas mas frequentemente combinadas – fazer e saber. Os antigos gregos articularam a diferença entre técnica e entendimento e, de acordo com Dear, esta separação sobreviveu para gerar formas a atitudes com relação à ciência desde aquela época”. E por aí vai o texto da editoria. Um pouco melhor é o texto de Adrian Barnett, da conhecida revista New Scientist:
“Assim como a totalidade do conhecimento evolui com o tempo, do mesmo modo ocorre com a maneira como os cientistas vêem o mundo que eles estão explicando. Este intercâmbio entre conhecimento e modelo mental é o assunto do livro de Peter Dear. Ele mostra como explicações mecanicistas em física e química tornam-se cada vez mais frequentes após a revolução industrial, sendo suplantadas apenas pelo niilismo da teoria quântica no torvelinho social que se deu após a Primeira Guerra Mundial. A obra tem muitas idéias sobre como a sociedade, a cultura e a percepção das pessoas se interpenetram com a biologia, a química e a física”.
Peter Dear
The Intelligibility of Nature: How Science Makes Sense of the World
University Of Chicago Press 2008-03-07 254 pages PDF 1 MB
http://depositfiles.com/files/p0hw38dtu
Em The Intelligibility of Nature, Peter Dear examina como a ciência enquanto tal evoluiu e posicionou-se. Sua jornada intelectual começa com uma observação muito importante: que a ambição científica é, e sempre foi, dirigida para duas metas distintas mas frequentemente combinadas – fazer e saber. Os antigos gregos articularam a diferença entre técnica e entendimento e, de acordo com Dear, esta separação sobreviveu para gerar formas a atitudes com relação à ciência desde aquela época”. E por aí vai o texto da editoria. Um pouco melhor é o texto de Adrian Barnett, da conhecida revista New Scientist:
“Assim como a totalidade do conhecimento evolui com o tempo, do mesmo modo ocorre com a maneira como os cientistas vêem o mundo que eles estão explicando. Este intercâmbio entre conhecimento e modelo mental é o assunto do livro de Peter Dear. Ele mostra como explicações mecanicistas em física e química tornam-se cada vez mais frequentes após a revolução industrial, sendo suplantadas apenas pelo niilismo da teoria quântica no torvelinho social que se deu após a Primeira Guerra Mundial. A obra tem muitas idéias sobre como a sociedade, a cultura e a percepção das pessoas se interpenetram com a biologia, a química e a física”.
Peter Dear
The Intelligibility of Nature: How Science Makes Sense of the World
University Of Chicago Press 2008-03-07 254 pages PDF 1 MB
http://depositfiles.com/files/p0hw38dtu
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
Samba de Raiz e Choro ao vivo
Grupo "Tocando a Vida": Gomide, Paulinho, Fernando, Jenner, Ronaldo, Mário Neto. Paulinho do Cavaco também é do grupo, mas não está na foto. Toda segunda-feira das 20:00 às 22:00 hs.
Para quem mora no Rio, o mormaço existencial das segundas-feiras pode ser espantado no Bar do Belmiro, que fica na esquina das ruas Conde de Irajá com Visconde de Caravelas, em Botafogo. Na foto, o primeiro à esquerda é o violonista, flautista, médico (anestesista), desenhista, escritor e fotógrafo (du bão, com prêmio internacional Nikon e tudo o mais) Carlos Henrique de Andrada Gomide.
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Bar do Belmiro: Rua Conde de Irajá 503, em Botafogo. Tel. 25391364
Mente, cérebro e comportamento
Publicado em 31 de julho de 2009, Cognitive Biology: Evolutionary and Developmental Perspectives on Mind, Brain, and Behavior é mais uma contribuição de cunho multidisciplinar para compreendermos a interação mente/cérebro/comporta-mento. Isto é, descreve a integração entre diversas disciplinas referentes a abordagens (evolutivas e comportamentais da cognição) das recentes contribuições dessas ciências da vida.
A editoria expande essa visão: “A pesquisa explorou muitas habilidades cognitivas numa grande diversidade de organismos e estágios de desenvolvimento, e os resultados revelaram a natureza e a origem de muitas passagens da vida cognitiva dos organismos. Cada seção de Biologia Cognitiva trata de um domínio central da cognição: a cognição espacial; as relações entre atenção, percepção e aprendizagem; as representações de números e valores econômicos; e a cognição social. Os autores discutem cada tópico da perspectiva da psicologia e da neurociência, da teoria e modelagem do cérebro, da teoria evolutiva, da ecologia, genética e ciência do desenvolvimento”.
Dito dessa maneira fica parecendo que o livro é tão burocrático quanto essa pequena introdução, mas tive oportunidade de dar uma olhada por dentro e parece bem interessante. Pena que não haja tempo para deter-se nele: há uma fileira de livros, discos e assuntos querendo espaço.
Luca Tommasi, Mary A. Peterson, Lynn Nadel
Cognitive Biology: Evolutionary and Developmental Perspectives on Mind, Brain, and Behavior
A editoria expande essa visão: “A pesquisa explorou muitas habilidades cognitivas numa grande diversidade de organismos e estágios de desenvolvimento, e os resultados revelaram a natureza e a origem de muitas passagens da vida cognitiva dos organismos. Cada seção de Biologia Cognitiva trata de um domínio central da cognição: a cognição espacial; as relações entre atenção, percepção e aprendizagem; as representações de números e valores econômicos; e a cognição social. Os autores discutem cada tópico da perspectiva da psicologia e da neurociência, da teoria e modelagem do cérebro, da teoria evolutiva, da ecologia, genética e ciência do desenvolvimento”.
Dito dessa maneira fica parecendo que o livro é tão burocrático quanto essa pequena introdução, mas tive oportunidade de dar uma olhada por dentro e parece bem interessante. Pena que não haja tempo para deter-se nele: há uma fileira de livros, discos e assuntos querendo espaço.
Luca Tommasi, Mary A. Peterson, Lynn Nadel
Cognitive Biology: Evolutionary and Developmental Perspectives on Mind, Brain, and Behavior
The MIT Press 2009 384 pages PDF 2,3 MB
http://uploading.com/files/V3ML60PR/0262012936.rar.html
http://uploading.com/files/V3ML60PR/0262012936.rar.html
A linguagem na cognição
“Language in Cognition argumenta que a linguagem se baseia na idéia que o ser humano faz da realidade. Os humanos se referen às entidades virtuais, e as quantificam, com a mesma facilidade com que fazem isso com relação a entidades reais: a ontologia natural da linguagem, argumenta o autor, deve portanto abranger tanto as entidades e situações virtuais como as reais. Ele reformula a teoria do ato de fala, sugerindo que a função primária da linguagem é menos a transferência de informações do que o estabelecimento de compromissos ou apelos de ligação social, com base na proposição expressada. Isto o leva primeiro a uma nova análise dos sistemas e das estruturas do maquinário cognitivo da linguagem e suas imbricações ecológicas, e finalmente até uma reformulação da noção de significado, na qual o significado da sentença se distingue do significado lexical, e as imprecisões e aplicações multiformes dos significados lexicais podem ser explicadas e entendidas”.
Pieter A. M. Seuren
Language in Cognition: Language From Within Volume I
Oxford University Press 2009 418 pages PDF 1,7 MB
http://depositfiles.com/files/kwxfyg4dw ou
O volume II, The Logic of Language, será publicado em dezembro de 2009, também pela Oxford University Press. O primeiro, apresentado acima, foi publicado em 15 de maio de 2009.
Pieter A. M. Seuren
Language in Cognition: Language From Within Volume I
Oxford University Press 2009 418 pages PDF 1,7 MB
http://depositfiles.com/files/kwxfyg4dw ou
O volume II, The Logic of Language, será publicado em dezembro de 2009, também pela Oxford University Press. O primeiro, apresentado acima, foi publicado em 15 de maio de 2009.
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Mente e Vida
Encontrei este livro, que tem tudo para ser sensacional, ainda ontem: não deu para ler nada ainda, nem uma seçãozinha. Percebi que os arquivos dele somam 150 MB porque são uma cópia contínua de scanner, mas na verdade é uma obra normal de 560 páginas. Vou traduzir os comentários da editoria, e bom apetite.
“Como a vida está relacionada à mente? Esta pergunta há muito tempo perturba filósofos e cientistas, e é esse hiato explanatório entre a vida biológica e a consciência que Evan Thompson explora em Mind in Life.
Thompson vale-se de fontes tão diversas quanto biologia molecular, teoria evolutiva, vida artificial, teoria dos sistemas complexos, neurociência, psicologia, Fenomenologia Continental e filosofia analítica para argumentar que a mente e a vida são mais contínuas do que se aceitava previamente, e que as explicações atuais não tratam adequadamente da miríade de facetas da biologia e da fenomenologia da mente. Onde há vida, argumenta Thompson, há mente; a vida e a mente compartilham princípios comuns de auto-organização, e as características auto-organizadoras da mente são uma versão enriquecida das características auto-organizadoras da vida. Ao invés de tentar eliminar a lacuna explicativa, Thompson enumera análises científicas e filosóficas para nos trazer idéias sem precedentes sobre a natureza da vida e da consciência. Esta síntese de fenomenologia e biologia ajuda a tornar Mind in Life uma adição vital e há muito esperada de sua obra fundamental The Embodied Mind: Cognitive Science and Human Experience (em coautoria com Eleanor Rosch e Francisco Varela).
Sempre interessante e acessível, Mind in Life é uma pioneira adição aos campos da teoria da mente, das ciências da vida e da fenomenologia”.
“Como a vida está relacionada à mente? Esta pergunta há muito tempo perturba filósofos e cientistas, e é esse hiato explanatório entre a vida biológica e a consciência que Evan Thompson explora em Mind in Life.
Thompson vale-se de fontes tão diversas quanto biologia molecular, teoria evolutiva, vida artificial, teoria dos sistemas complexos, neurociência, psicologia, Fenomenologia Continental e filosofia analítica para argumentar que a mente e a vida são mais contínuas do que se aceitava previamente, e que as explicações atuais não tratam adequadamente da miríade de facetas da biologia e da fenomenologia da mente. Onde há vida, argumenta Thompson, há mente; a vida e a mente compartilham princípios comuns de auto-organização, e as características auto-organizadoras da mente são uma versão enriquecida das características auto-organizadoras da vida. Ao invés de tentar eliminar a lacuna explicativa, Thompson enumera análises científicas e filosóficas para nos trazer idéias sem precedentes sobre a natureza da vida e da consciência. Esta síntese de fenomenologia e biologia ajuda a tornar Mind in Life uma adição vital e há muito esperada de sua obra fundamental The Embodied Mind: Cognitive Science and Human Experience (em coautoria com Eleanor Rosch e Francisco Varela).
Sempre interessante e acessível, Mind in Life é uma pioneira adição aos campos da teoria da mente, das ciências da vida e da fenomenologia”.
Evan Thompson
Mind in Life: Biology, Phenomenology, and the Sciences of Mind
Belknap Press of Harvard Univ. Press 2007 568 pages PDF 150 MB
http://uploading.com/files/A07G7IA2/0674025113.part1.rar.html
http://uploading.com/files/HY0SP9JT/0674025113.part2.rar.html
ou
http://www.megaupload.com/?d=9M8P4VLB
http://uploading.com/files/A07G7IA2/0674025113.part1.rar.html
http://uploading.com/files/HY0SP9JT/0674025113.part2.rar.html
ou
http://www.megaupload.com/?d=9M8P4VLB
terça-feira, 11 de agosto de 2009
Biolinguística
“Será a mente um fenômeno biológico? Será que a mente – o espírito, a alma – evoluiu ou é apenas uma misteriosa projeção do cérebro biológico, um software comportamental lançado de uma plataforma genética implantada num hardware? Onde, exatamente, a linguagem e a cultura se encaixam no firmamento da existência humana? Essas questões podem ser investigadas a partir de muitas perspectivas, cada uma delas enraizada em suas próprias predileções filosóficas antigas. Pode-se escolher, utilizando a mesma antiga trilha frequentada por Platão e Aristóteles, para ver a mente, a linguagem e a cultura como a reinvindicação por singularidade mais visível de nossa espécie, um audacioso salto à frente a partir de nossos toscos antecedentes meramente biológicos. De uma tal perspectiva, a linguagem, a mente e a cultura, flores extravagantes e transcendentes da alma humana, não são restringidas pelas pressões mundanas adaptativas (darwinianas) nem explicadas pela perseverante evolução (darwiniana) conduzida adaptativamente”.
Não sei se entendi bem para onde essa opinião sobre a mente pode nos levar, ou onde ela quer chegar. De qualquer modo, falar de evolução e de seres humanos sem recorrer aos fundamentos estabelecidos por Darwin é um osso duro de roer. A conferir.
Bio-linguistics: The Santa Barbara Lectures
Publisher: John Benjamins Pages: 395 2002 PDF 1.5 MB
http://uploading.com/files/GRIC7SSV/9027225907_Bio_linguistics.rar.html
Não sei se entendi bem para onde essa opinião sobre a mente pode nos levar, ou onde ela quer chegar. De qualquer modo, falar de evolução e de seres humanos sem recorrer aos fundamentos estabelecidos por Darwin é um osso duro de roer. A conferir.
Bio-linguistics: The Santa Barbara Lectures
Publisher: John Benjamins Pages: 395 2002 PDF 1.5 MB
http://uploading.com/files/GRIC7SSV/9027225907_Bio_linguistics.rar.html
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
A expansão da linguagem
Vê-se logo que o redator das mal-traçadas da editoria não leu as considerações de Louis Menand sobre esse livro (“Eats, Shoots & Leaves: The Zero Tolerance Approach to Punctuation” de Lynne Truss), que são possivelmente melhores e mais econômicas do que a obra toda. Como sou fã de The New Yorker, e mais ainda de Louis Menand, trata-se de uma opinião preconceituosa, é claro. O redator também não leu as considerações de Jerry Fodor sobre The Language Instinct na London Review of Books. Idem (são possivelmente...) idem (como sou fã...) idem (e mais ainda de Fodor), deixo-vos, então, pra modi (ver Nota) ocêis verificá, as tais mal-traçadas (que estão até legalzinhas):
“Misturando o espírito de Eats, Shoots & Leaves com a ciência de The Language Instinct, temos aqui uma investigação original sobre o desenvolvimento da mais essencial e misteriosa das criações humanas: a linguagem.
‘A linguagem é a maior invenção da humanidade – exceto, é claro, que ela não foi inventada’. Assim começa a notável investigação do linguista Guy Deutscher sobre a gênese e evolução da linguagem. Se começamos com um discurso rudimentar no nível de ‘homem joga lança’, como acabamos com gramáticas sofisticadas, vocabulários enormes e graus intrincadamente matizados de significado?
Valendo-se de recentes descobertas de ponta da linguística moderna, Deutscher mostra as forças fugidias da criação que funcionam na comunicação humana, dando-nos uma idéia atualizada sobre como a linguagem surge, evolui e decai. Ele mapeia a evolução da complexidade linguística desde um estágio primitivo de ‘Me Tarzan’ até elaboradas construções em forma de uma só palavra como, em turco, sehirlilestiremediklerimizdensiniz (você é um daqueles que não conseguiríamos transformar em um edificador de cidades). Argumentando que a destruição e a criação estão intimamente ligadas na linguagem, Deutscher mostra como esses processos estão continuamente em funcionamento, gerando novas palavras, novas estruturas e novos significados.Tão bom entretenimento como erudito, The Unfolding of Language move-se lepidamente de expressões idiomáticas babilônicas para as americanas, do papel central da metáfora para o notável triunfo de projeto que é o verbo semítico, para contar a história dramática e explicar o gênio por trás dessa faculdade singularmente humana”.
Nota – Pode olhar: a expressão “pra modi’ não consta nas edições eletrônicas do Houaiss e do Aurélio. Ela tem variações como “a modi” e “pru modi”, sendo até usada abreviadamente (“Modi pagá penitença”, frase do cordel Jão Caxote). Todos sabem que significa “de modo que”, para que”, “com a finalidade de”, e nasceu em priscas eras da expressão do romance/provençal “por amor de”, da qual foi compactada e relocada. Melhor que isso só “cadinquinim” para “um bocadinho pequenininho”, inteligível apenas para nativos com boa capacidade de integração contextual da língua.
Guy Deutscher
The Unfolding of Language: An Evolutionary Tour of Mankind's Greatest Invention
Holt Paperbacks 2006 368 pages PDF 3,9 MB
http://uploading.com/files/2O7OH05V/0805080120.rar.html
“Misturando o espírito de Eats, Shoots & Leaves com a ciência de The Language Instinct, temos aqui uma investigação original sobre o desenvolvimento da mais essencial e misteriosa das criações humanas: a linguagem.
‘A linguagem é a maior invenção da humanidade – exceto, é claro, que ela não foi inventada’. Assim começa a notável investigação do linguista Guy Deutscher sobre a gênese e evolução da linguagem. Se começamos com um discurso rudimentar no nível de ‘homem joga lança’, como acabamos com gramáticas sofisticadas, vocabulários enormes e graus intrincadamente matizados de significado?
Valendo-se de recentes descobertas de ponta da linguística moderna, Deutscher mostra as forças fugidias da criação que funcionam na comunicação humana, dando-nos uma idéia atualizada sobre como a linguagem surge, evolui e decai. Ele mapeia a evolução da complexidade linguística desde um estágio primitivo de ‘Me Tarzan’ até elaboradas construções em forma de uma só palavra como, em turco, sehirlilestiremediklerimizdensiniz (você é um daqueles que não conseguiríamos transformar em um edificador de cidades). Argumentando que a destruição e a criação estão intimamente ligadas na linguagem, Deutscher mostra como esses processos estão continuamente em funcionamento, gerando novas palavras, novas estruturas e novos significados.Tão bom entretenimento como erudito, The Unfolding of Language move-se lepidamente de expressões idiomáticas babilônicas para as americanas, do papel central da metáfora para o notável triunfo de projeto que é o verbo semítico, para contar a história dramática e explicar o gênio por trás dessa faculdade singularmente humana”.
Nota – Pode olhar: a expressão “pra modi’ não consta nas edições eletrônicas do Houaiss e do Aurélio. Ela tem variações como “a modi” e “pru modi”, sendo até usada abreviadamente (“Modi pagá penitença”, frase do cordel Jão Caxote). Todos sabem que significa “de modo que”, para que”, “com a finalidade de”, e nasceu em priscas eras da expressão do romance/provençal “por amor de”, da qual foi compactada e relocada. Melhor que isso só “cadinquinim” para “um bocadinho pequenininho”, inteligível apenas para nativos com boa capacidade de integração contextual da língua.
Guy Deutscher
The Unfolding of Language: An Evolutionary Tour of Mankind's Greatest Invention
Holt Paperbacks 2006 368 pages PDF 3,9 MB
http://uploading.com/files/2O7OH05V/0805080120.rar.html
Para aprender francês
Em vez de perder tempo jogando sinuca, lendo squash sobre a perturbação da densidade primordial e infernizando os vizinhos com filarmônicas, contraltos, sopranos e bandas de rock, como certos caras que eu conheço, faça alguma coisa de útil por si mesmo(a). Quem sabe é agora? Não deixe de tentar: faça o download da coisa toda e mãos à obra.
Marie-Therese Bougard
Oxford Take Off in French: A Complete Language Learning Pack
Book & 4 Cassettes
Oxford University Press 2000 256 pages PDF + mp3 250 MB
O livro está aqui:
http://depositfiles.com/files/vinelqwc7
O áudio está aqui (em três mp3 files):
parte 1 - http://depositfiles.com/files/m6qrrt9m6
parte 2 - http://depositfiles.com/files/b7zh6aet9
parte 3 - http://depositfiles.com/files/0x9mv1h0h
E nas horas vagas...
David H. Lyth & Andrew R. Liddle
The Primordial Density Perturbation: Cosmology, Inflation and the Origin of Structure
Cambridge University Press 2009 516 pages PDF 2 MB
http://depositfiles.com/files/1w37m1nae
Angela Gheorghiu – Arias
Orchestra del Teatro Regio di Torino
Reg. John Mauceri
http://rapidshare.com/files/230101823/AngelaGheorghiu-Arias.rar
domingo, 9 de agosto de 2009
Blues-Rock du bão
Artist: Joe Bonamassa
**********************
Album: The Ballad of John Henry
**************************Year: 2009 - Style: Blues Rock
***************************
Format: MP3 - Size: 88 MB
************************
*******************************
sábado, 8 de agosto de 2009
Uma teoria "complexa" da consciência
From the July 2009 Scientific American - Mind
A "Complex" Theory of Consciousness
Is complexity the secret to sentience, to a panpsychic view of consciousness?
By Christof Koch
Depois de uns tico-tico de revista de divulgação científica, Koch nos apresenta Giulio Tononi, psiquiatra e neurocientista da University of Wisconsin–Madison. Tononi forjou sua Teoria da Informação Integrada (IIT - integrated information theory) da consciência, cujos pilares básicos são, de acordo com Koch: (1) “Os estados conscientes são altamente diferenciados; e são informacionalmente muito ricos. Você pode estar consciente de um incontável número de coisas: pode presenciar o recital de piano de seu filho, por exemplo; pode ver as flores do jardim, lá fora ou o quadro de Gauguin pendurado na parede. Pense em todas as cenas de todos os filmes que v. já viu, ou que algum dia foram filmadas, ou que serão filmadas! Cada cena, cada vista, é um percepto consciente específico”.
Esta primeira teorização é mais fenomenológica, a meu ver. O segundo “pilar” volta-se mais para considerações neurofisiológicas, e é nele que reside a força do que Tononi engendrou para seu estudo da consciência. Vejamos: (2) “Em segundo lugar, esta informação é altamente integrada. Não importa o quanto v. tente, v. não pode se forçar a ver o mundo em preto e branco, nem pode ver apenas a metade esquerda do seu campo de visão, e não a direita. Quando v. está olhando para o rosto de sua amiga, não pode deixar de perceber que ela está chorando. Qualquer informação da qual v. esteja consciente é apresentada total e completamente à sua mente; não pode ser subdividida. Subjacente a essa unidade da consciência está uma multidão de interações causais entre as partes relevantes do seu cérebro. Se áreas do cérebro começam a se desconectar ou a ficar fragmentadas e isoladas, como ocorre no sono profundo ou na anestesia, a consciência esmaece e pode cessar por completo. Pense nos pacientes neurológicos cujo corpo caloso de seu cérebro – os 200 milhões de cabos/fios que ligam os dois hemisférios corticais – foi seccionado para aliviar episódios epiléticos graves. O cirurgião literalmente divide a consciência da pessoa em dois, com uma mente consciente associada ao hemisfério esquerdo e vendo a metade direita do campo visual, e outra mente que vem do hemisfério direito e vê a metade esquerda do campo visual.
Para estar consciente, então, v. precisa ser uma entidade única e integrada, com um grande repertório de estados altamente diferenciados. Ainda que os 60 gigabytes do disco rígido do meu computador excedam em capacidade toda a minha vida de memórias, esta informação não é integrada. Por exemplo, as fotografias de família em meu Macintosh não estão interligadas. O computador não sabe que aquela menina das fotografias é minha filha, à medida que amadurece desde criança até uma adolescente magrela, e depois até uma graciosa pessoa adulta. Para meu Mac, todas as informações são igualmente sem sentido, apenas uma vasta e aleatória tapeçaria de zeros e uns.
Mas eu derivo significado dessas imagens porque minhas memórias estão muito interligadas. E quanto mais interconectadas, mais significativas se tornam. A IIT de Tononi postula que a quantidade de informação integrada que uma entidade possui corresponde a seu nível de consciência”.
Ao contrário do que as crianças pensam ao serem informadas que os planetas do nosso sistema solar giram em torno do Sol, eles não giram como se fossem bolas (redondas) amarradas na ponta de um barbante (implicando em órbitas circulares). Os planetas são “esferóides”, digamos assim, e as órbitas são elípticas. Mas não são contínuas: são intermitentes, e o corpo celeste prossegue em sua rota e subitamente pára e retrocede, retomando depois o caminho que vinha percorrendo.
A rota da ciência é parecida. Não tem a “perfeição” da esfera e apresenta avanços e retrocessos. Pensei nisso ao ler a última frase, “a quantidade de informação integrada que uma entidade possui corresponde a seu nível de consciência”. Antigamente dizia-se que quanto menos movimento a estrutura do objeto apresentava, menos vivo ele estava. (“Antigamente” é qualquer coisa antes dos quatro elementos fundamentais – terra, água, ar e fogo – terem se transformado cientificamente em três – informação, energia e espaçotempo). Como se as pedras estivessem “vivas”, mas apenas quase vivas, porque muito pouco (bem, nunca mediram...). Hoje as pedras podem apresentar consciência, mas quase nenhuma (também nunca mediram, mas vale a assíntota... Teoricamente, toda ‘quantidade’ é mensurável). Koch fala sobre isso quando cita o “panpsiquismo” de outrora e na seção “A consciência é universal”, lá pelo final do artigo.
Mas deixemos de abobrinhas: a partir da frase “A IIT está em sua infância e não tem os encantos de uma teoria completamente desenvolvida”, é que Koch diz a que veio. E aí o artigo termina, e ficamos com água na boca. Fala sério, Koch...
http://www.scientificamerican.com/article.cfm?id=a-theory-of-consciousness
A "Complex" Theory of Consciousness
Is complexity the secret to sentience, to a panpsychic view of consciousness?
By Christof Koch
Depois de uns tico-tico de revista de divulgação científica, Koch nos apresenta Giulio Tononi, psiquiatra e neurocientista da University of Wisconsin–Madison. Tononi forjou sua Teoria da Informação Integrada (IIT - integrated information theory) da consciência, cujos pilares básicos são, de acordo com Koch: (1) “Os estados conscientes são altamente diferenciados; e são informacionalmente muito ricos. Você pode estar consciente de um incontável número de coisas: pode presenciar o recital de piano de seu filho, por exemplo; pode ver as flores do jardim, lá fora ou o quadro de Gauguin pendurado na parede. Pense em todas as cenas de todos os filmes que v. já viu, ou que algum dia foram filmadas, ou que serão filmadas! Cada cena, cada vista, é um percepto consciente específico”.
Esta primeira teorização é mais fenomenológica, a meu ver. O segundo “pilar” volta-se mais para considerações neurofisiológicas, e é nele que reside a força do que Tononi engendrou para seu estudo da consciência. Vejamos: (2) “Em segundo lugar, esta informação é altamente integrada. Não importa o quanto v. tente, v. não pode se forçar a ver o mundo em preto e branco, nem pode ver apenas a metade esquerda do seu campo de visão, e não a direita. Quando v. está olhando para o rosto de sua amiga, não pode deixar de perceber que ela está chorando. Qualquer informação da qual v. esteja consciente é apresentada total e completamente à sua mente; não pode ser subdividida. Subjacente a essa unidade da consciência está uma multidão de interações causais entre as partes relevantes do seu cérebro. Se áreas do cérebro começam a se desconectar ou a ficar fragmentadas e isoladas, como ocorre no sono profundo ou na anestesia, a consciência esmaece e pode cessar por completo. Pense nos pacientes neurológicos cujo corpo caloso de seu cérebro – os 200 milhões de cabos/fios que ligam os dois hemisférios corticais – foi seccionado para aliviar episódios epiléticos graves. O cirurgião literalmente divide a consciência da pessoa em dois, com uma mente consciente associada ao hemisfério esquerdo e vendo a metade direita do campo visual, e outra mente que vem do hemisfério direito e vê a metade esquerda do campo visual.
Para estar consciente, então, v. precisa ser uma entidade única e integrada, com um grande repertório de estados altamente diferenciados. Ainda que os 60 gigabytes do disco rígido do meu computador excedam em capacidade toda a minha vida de memórias, esta informação não é integrada. Por exemplo, as fotografias de família em meu Macintosh não estão interligadas. O computador não sabe que aquela menina das fotografias é minha filha, à medida que amadurece desde criança até uma adolescente magrela, e depois até uma graciosa pessoa adulta. Para meu Mac, todas as informações são igualmente sem sentido, apenas uma vasta e aleatória tapeçaria de zeros e uns.
Mas eu derivo significado dessas imagens porque minhas memórias estão muito interligadas. E quanto mais interconectadas, mais significativas se tornam. A IIT de Tononi postula que a quantidade de informação integrada que uma entidade possui corresponde a seu nível de consciência”.
Ao contrário do que as crianças pensam ao serem informadas que os planetas do nosso sistema solar giram em torno do Sol, eles não giram como se fossem bolas (redondas) amarradas na ponta de um barbante (implicando em órbitas circulares). Os planetas são “esferóides”, digamos assim, e as órbitas são elípticas. Mas não são contínuas: são intermitentes, e o corpo celeste prossegue em sua rota e subitamente pára e retrocede, retomando depois o caminho que vinha percorrendo.
A rota da ciência é parecida. Não tem a “perfeição” da esfera e apresenta avanços e retrocessos. Pensei nisso ao ler a última frase, “a quantidade de informação integrada que uma entidade possui corresponde a seu nível de consciência”. Antigamente dizia-se que quanto menos movimento a estrutura do objeto apresentava, menos vivo ele estava. (“Antigamente” é qualquer coisa antes dos quatro elementos fundamentais – terra, água, ar e fogo – terem se transformado cientificamente em três – informação, energia e espaçotempo). Como se as pedras estivessem “vivas”, mas apenas quase vivas, porque muito pouco (bem, nunca mediram...). Hoje as pedras podem apresentar consciência, mas quase nenhuma (também nunca mediram, mas vale a assíntota... Teoricamente, toda ‘quantidade’ é mensurável). Koch fala sobre isso quando cita o “panpsiquismo” de outrora e na seção “A consciência é universal”, lá pelo final do artigo.
Mas deixemos de abobrinhas: a partir da frase “A IIT está em sua infância e não tem os encantos de uma teoria completamente desenvolvida”, é que Koch diz a que veio. E aí o artigo termina, e ficamos com água na boca. Fala sério, Koch...
http://www.scientificamerican.com/article.cfm?id=a-theory-of-consciousness
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
Indigo Girls
CD duplo. Acabei de gravar e ouvir todo, e é muito bom. A banda, considerada ‘folk rock’, pode muito bem ser indie rock, alt folk, alt soft rock ou lá o que seja, o resultado é o mesmo – músicas maneiríssimas e apresentação impecável. Se ainda não conheces, pensa em Lucy Kaplansky, Meg Baird, Clare Burson, Dar Williams, Angela Desveaux, Emily Barker, Marissa Nadler, Hope Sandoval, Madeleine Peiroux e muitas outras cantoras do primeiro time. Não há nenhuma música ruim (o que por si só, etc. e tal), e o segundo CD é uma versão acústica do primeiro, mais uma faixa bônus, Salty South.
Artist: Indigo Girls - Album: Poseidon and the Bitter Bug
Year: 2009 - Style: Folk Rock
Format: MP3 - Size: 141 MB, em duas partes:
http://uploading.com/files/7OP8ZFC6/
http://uploading.com/files/52BB97TC/
Artist: Indigo Girls - Album: Poseidon and the Bitter Bug
Year: 2009 - Style: Folk Rock
Format: MP3 - Size: 141 MB, em duas partes:
http://uploading.com/files/7OP8ZFC6/
http://uploading.com/files/52BB97TC/
O Fantasma de Darwin
Este é o nome do livro de hoje: Darwin’s Spectre. Sempre achei que os espectros são mais horripilantes do que os fantasmas. São mais graduados (em maldade e feiúra), e geralmente aparecem apenas quando já estão podres e esfarrapados... Mas o livro é o seguinte:
“Em Darwin’s Spectre, Michael Rose dá ao leitor uma introdução à teoria da evolução: seu início com Darwin, seus principais conceitos, e como pode nos afetar no futuro. Primeiro temos um breve esboço biográfico de Darwin. Depois, Rose explica os três conceitos mais importantes da teoria da evolução – variação, seleção e adaptação. Com uma boa compreensão desses conceitos, o leitor está pronto para examinar as aplicações modernas da teoria da evolução. Discutindo agricultura, Rose mostra como antes de Darwin, sem o saberem, fazendeiros e rancheiros faziam experiências com a evolução. A pesquisa médica, entretanto, ignorou as lições de Darwin até recentemente, com consequências potencialmente graves. Finalmente, a evolução nos fornece um ponto privilegiado para observarmos a natureza humana. Se os humanos não foram criados por deuses, então nossa natureza pode ser mais determinada pela evolução do que entendemos até hoje. Ou pode não ser. Quanto a esta questão, a perspectiva darwiniana é uma das mais importantes para se entender as questões humanas no mundo moderno. O Fantasma de Darwin explica como a biologia evolutiva foi usada para sustentar tanto pesquisas aplicadas valiosas, particularmente na agricultura, como objetivos verdadeiramente assustadores, como a eugenia nazista. O legado de Darwin tem sido um conforto e um flagelo. Mas nunca foi irrelevante".
Darwin's Spectre
Michael R. Rose
Publisher: Princeton University Press 1998 PDF 233 pages 1,9 mb
http://depositfiles.com/files/2c56g638m
“Em Darwin’s Spectre, Michael Rose dá ao leitor uma introdução à teoria da evolução: seu início com Darwin, seus principais conceitos, e como pode nos afetar no futuro. Primeiro temos um breve esboço biográfico de Darwin. Depois, Rose explica os três conceitos mais importantes da teoria da evolução – variação, seleção e adaptação. Com uma boa compreensão desses conceitos, o leitor está pronto para examinar as aplicações modernas da teoria da evolução. Discutindo agricultura, Rose mostra como antes de Darwin, sem o saberem, fazendeiros e rancheiros faziam experiências com a evolução. A pesquisa médica, entretanto, ignorou as lições de Darwin até recentemente, com consequências potencialmente graves. Finalmente, a evolução nos fornece um ponto privilegiado para observarmos a natureza humana. Se os humanos não foram criados por deuses, então nossa natureza pode ser mais determinada pela evolução do que entendemos até hoje. Ou pode não ser. Quanto a esta questão, a perspectiva darwiniana é uma das mais importantes para se entender as questões humanas no mundo moderno. O Fantasma de Darwin explica como a biologia evolutiva foi usada para sustentar tanto pesquisas aplicadas valiosas, particularmente na agricultura, como objetivos verdadeiramente assustadores, como a eugenia nazista. O legado de Darwin tem sido um conforto e um flagelo. Mas nunca foi irrelevante".
Darwin's Spectre
Michael R. Rose
Publisher: Princeton University Press 1998 PDF 233 pages 1,9 mb
http://depositfiles.com/files/2c56g638m
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Rock - Tonic & Porcupine Tree
Dois discos novos de duas bandas excelentes. Tonic vem com A Casual Affair (The Best of Tonic), ideal para quem não conhecia, e Porcupine Tree ataca de Ilosaarirock, que ainda não ouvi. Entretanto, se for como os outros todos do PTree, é uma pedida de primeira. Confira:
Artist: Tonic - Album: A Casual Affair The Best Of Tonic
Released: 2009 - Style: Rock
Format: MP3 - Size: 93 Mb
http://uploading.com/files/55U7ZFEJ/
Artist: Porcupine Tree - Album: Ilosaarirock
Released: 2009 - Style: Prog Rock
Format: MP3 - Size: 176 Mb em 2 partes
http://uploading.com/files/G3E12CTE/
http://uploading.com/files/TI2O6GFA/
Artist: Tonic - Album: A Casual Affair The Best Of Tonic
Released: 2009 - Style: Rock
Format: MP3 - Size: 93 Mb
http://uploading.com/files/55U7ZFEJ/
Artist: Porcupine Tree - Album: Ilosaarirock
Released: 2009 - Style: Prog Rock
Format: MP3 - Size: 176 Mb em 2 partes
http://uploading.com/files/G3E12CTE/
http://uploading.com/files/TI2O6GFA/
Handbook of Learning and the Brain
Livro interessante para muita gente, principalmente pessoas ligadas à educação. Diz a editoria:
“Perto de 100 artigos descrevem a atual pesquisa sobre o cérebro relacionada à educação, assim como a relação entre o cérebro e as estratégias de aprendizagem e de pedagogia. Mais ou menos cem autores especialistas contribuíram para essa obra, cobrindo os aspectos cognitivos, sociais/emocionais e físicos da aprendizagem à medida que o cérebro se desenvolve. Os tópicos incluem: desenvolvimento cerebral, aprendizagem, currículo, alunos em risco, administrando a sala de aula, cultura, emoção, alimentos, inteligência, ambientes pedagógicos, desafios educacionais, teorias de aprendizagem e movimento físico. O foco está na educação K-12 (isto é, do jardim à 12ª série), mas o livro também oferece informações sobre a pré-escola e o aluno adulto. Referências cruzadas e leituras recomendadas concluem cada artigo. As referências suplementares incluem um glossário devotado ao cérebro e uma extensa bibliografia. Esta enciclopédia (é um ‘manual’ ou uma ‘enciclopédia’?) é ideal para pedagogos, pais e professores, e fornece grande quantidade de conhecimentos sobre porque as experiências educacionais são estruturadas da maneira como são, e como isto ajuda os alunos a aprender melhor. A neurociência cognitiva e seu uso prático em educação dão a maior contribuição para as pesquisas desse livro, mas os artigos foram escritos de modo a serem entendidos por todos os leitores em geral”.
OBS – Os ‘dois volumes’ abaixo já estão incluídos no download.
The Praeger Handbook of Learning and the Brain [Two Volumes]
Praeger Publishers edition 2006 PDF 608 pages 1,67 mb
http://depositfiles.com/files/ir3zzv4tj
“Perto de 100 artigos descrevem a atual pesquisa sobre o cérebro relacionada à educação, assim como a relação entre o cérebro e as estratégias de aprendizagem e de pedagogia. Mais ou menos cem autores especialistas contribuíram para essa obra, cobrindo os aspectos cognitivos, sociais/emocionais e físicos da aprendizagem à medida que o cérebro se desenvolve. Os tópicos incluem: desenvolvimento cerebral, aprendizagem, currículo, alunos em risco, administrando a sala de aula, cultura, emoção, alimentos, inteligência, ambientes pedagógicos, desafios educacionais, teorias de aprendizagem e movimento físico. O foco está na educação K-12 (isto é, do jardim à 12ª série), mas o livro também oferece informações sobre a pré-escola e o aluno adulto. Referências cruzadas e leituras recomendadas concluem cada artigo. As referências suplementares incluem um glossário devotado ao cérebro e uma extensa bibliografia. Esta enciclopédia (é um ‘manual’ ou uma ‘enciclopédia’?) é ideal para pedagogos, pais e professores, e fornece grande quantidade de conhecimentos sobre porque as experiências educacionais são estruturadas da maneira como são, e como isto ajuda os alunos a aprender melhor. A neurociência cognitiva e seu uso prático em educação dão a maior contribuição para as pesquisas desse livro, mas os artigos foram escritos de modo a serem entendidos por todos os leitores em geral”.
OBS – Os ‘dois volumes’ abaixo já estão incluídos no download.
The Praeger Handbook of Learning and the Brain [Two Volumes]
Praeger Publishers edition 2006 PDF 608 pages 1,67 mb
http://depositfiles.com/files/ir3zzv4tj
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Uns disquinhos
Aqui vão alguns disquinhos, lançamentos de 2009, para compensar minha preguiça de segunda e terça. Nessa leva, só indie...
Silversun Pickups - Swoon
Year: 2009 - Style: Indie
Format: MP3 - Size: 61 MB
http://uploading.com/files/N85QHB77/
Artist: Po’ Girl - Album: Deer In The Night
Year: 2009 - Style: Indie Jazz Folk
Format: MP3 - Size: 77 MB
http://uploading.com/files/7E89I5XR/
Artist: Andrew Bird - Album: Fitz and the Dizzyspells EP
Released: 2009 - Style: Indie Rock
Format: MP3 - Size: 39 Mb
http://uploading.com/files/HHW7KIE2/
Artist: Great Lake Swimmers - Album: Lost Channels
Year: 2009 - Style: Indie Folk
Format: MP3 - Size: 52 MB
http://uploading.com/files/9H01K273/
Artist: M. Ward - Album: Hold Time
Year: 2009 - Style: Indie Folk
Format: MP3 - Size: 63 MB
http://uploading.com/files/Z6T3VUND/
E para finalizar, um disquinho não-indie que ainda não ouvi (saiu transantonte), mas a cantora é o kibebe do Abebe Bekila, finaço :
Artist: Mindy Smith – Album: Stupid Love
Released: 2009 - Style: Folk Pop
Format: MP3 - Size: 63 Mb
http://depositfiles.com/pt/files/pdc1if6mh
Uma nota infeliz: depois de elogiar Mindy Smith, fiz download do Stupid Love e fui escutar. Nem Abebe nem Bekila. Quem ouviu Mindy cantar Train Song, Hurricane, Come to Jesus, Jolene, Long Island Shores, One Moment More, Raggedy Ann e agora ouve isso aí, infelizmente caiu do cavalo...
Silversun Pickups - Swoon
Year: 2009 - Style: Indie
Format: MP3 - Size: 61 MB
http://uploading.com/files/N85QHB77/
Artist: Po’ Girl - Album: Deer In The Night
Year: 2009 - Style: Indie Jazz Folk
Format: MP3 - Size: 77 MB
http://uploading.com/files/7E89I5XR/
Artist: Andrew Bird - Album: Fitz and the Dizzyspells EP
Released: 2009 - Style: Indie Rock
Format: MP3 - Size: 39 Mb
http://uploading.com/files/HHW7KIE2/
Artist: Great Lake Swimmers - Album: Lost Channels
Year: 2009 - Style: Indie Folk
Format: MP3 - Size: 52 MB
http://uploading.com/files/9H01K273/
Artist: M. Ward - Album: Hold Time
Year: 2009 - Style: Indie Folk
Format: MP3 - Size: 63 MB
http://uploading.com/files/Z6T3VUND/
E para finalizar, um disquinho não-indie que ainda não ouvi (saiu transantonte), mas a cantora é o kibebe do Abebe Bekila, finaço :
Artist: Mindy Smith – Album: Stupid Love
Released: 2009 - Style: Folk Pop
Format: MP3 - Size: 63 Mb
http://depositfiles.com/pt/files/pdc1if6mh
Uma nota infeliz: depois de elogiar Mindy Smith, fiz download do Stupid Love e fui escutar. Nem Abebe nem Bekila. Quem ouviu Mindy cantar Train Song, Hurricane, Come to Jesus, Jolene, Long Island Shores, One Moment More, Raggedy Ann e agora ouve isso aí, infelizmente caiu do cavalo...
domingo, 2 de agosto de 2009
As áreas de Brodmann
“Esta é a terceira edição da tradução de Laurence Garey do livro Vergleichende Lokalisationslehre der Grosshirnrinde, de Korbinian Brodmann, publicado originalmente pela Barth-Verlag em Leipzig, 1909. Ele é um dos principais ‘clássicos’ do mundo neurológico. Ainda hoje ele dá forma à base da chamada ‘localização’ de uma função no córtex cerebral, e as ‘áreas’ de Brodmann ainda são usadas para designar regiões funcionais do córtex, a parte do cérebro que traz o mundo que nos cerca à consciência.
De fato, os famosos ‘mapas’ de Brodmann do córtex cerebral de humanos, macacos e outros mamíferos devem estar entre as gravuras mais comumente reproduzidas das publicações neurobiológicas. Há poucos livros-texto de neurologia, neurofisiologia ou de neuroanatomia onde Brodmann não seja citado, e seus conceitos estão na maioria das publicações de pesquisas em neurobiologia sistemática. Apesar disso, poucas pessoas jamais viram uma cópia dessa monografia de 1909, e menos pessoas ainda a leram! Nunca tinha existido uma tradução inglesa completa disponível até a primeira edição da presente tradução, de 1994, e o livro original era de difícil obtenção nos últimos 50 anos, já que as cópias dos antiquários que ainda existem são vendidas por altos preços. Como Laurence Garey, por sua vez, também usava as descobertas e os mapas de Brodmann em seu trabalho neurobiológico, e tinha tido a boa sorte de ter acesso a uma cópia do livro, ele decidiu ler o texto completo e logo descobriu que lidava com mais do que apenas um registro de achados laboratoriais de um neurologista da virada do século 20. Era uma descrição do pensamento neurobiológico da época, cobrindo aspectos de neuroanatomia comparada, neurofisiologia e neuropatologia, assim como dava uma idéia das complexas relações que existiam entre os neurologistas europeus durante a emocionante época quando a teoria dos neurônios ainda era recente”.
Korbinian Brodmann
De fato, os famosos ‘mapas’ de Brodmann do córtex cerebral de humanos, macacos e outros mamíferos devem estar entre as gravuras mais comumente reproduzidas das publicações neurobiológicas. Há poucos livros-texto de neurologia, neurofisiologia ou de neuroanatomia onde Brodmann não seja citado, e seus conceitos estão na maioria das publicações de pesquisas em neurobiologia sistemática. Apesar disso, poucas pessoas jamais viram uma cópia dessa monografia de 1909, e menos pessoas ainda a leram! Nunca tinha existido uma tradução inglesa completa disponível até a primeira edição da presente tradução, de 1994, e o livro original era de difícil obtenção nos últimos 50 anos, já que as cópias dos antiquários que ainda existem são vendidas por altos preços. Como Laurence Garey, por sua vez, também usava as descobertas e os mapas de Brodmann em seu trabalho neurobiológico, e tinha tido a boa sorte de ter acesso a uma cópia do livro, ele decidiu ler o texto completo e logo descobriu que lidava com mais do que apenas um registro de achados laboratoriais de um neurologista da virada do século 20. Era uma descrição do pensamento neurobiológico da época, cobrindo aspectos de neuroanatomia comparada, neurofisiologia e neuropatologia, assim como dava uma idéia das complexas relações que existiam entre os neurologistas europeus durante a emocionante época quando a teoria dos neurônios ainda era recente”.
Korbinian Brodmann
Brodmann's: Localisation in the Cerebral Cortex
Springer 2005 298 pages PDF 15,3 MB
http://uploading.com/files/514EBUZT/Brodmann_Localisation.rar.html
ou
http://depositfiles.com/files/u9hz4yfgv
Springer 2005 298 pages PDF 15,3 MB
http://uploading.com/files/514EBUZT/Brodmann_Localisation.rar.html
ou
http://depositfiles.com/files/u9hz4yfgv
sábado, 1 de agosto de 2009
Anne Sofie von Otter
Através do site Music is the Key pode-se fazer o download do CD de von Otter cantando Boldemann, Gefors e Hillborg, três compositores suecos do século 20. Sem muita animação, suspeitando que a coisa seria modernosa demais para meu gosto, resolvi ler a crítica de Stephen Eddins. De acordo com seu texto, as idéias musicadas eram o fino e as idéias letradas eram o máximo: sonetos de Petrarca à sua amada Laura, bordão de glass harmonica (“xilofone de garrafas”), quatro epitáfios (Boldemann) baseados em poemas de Edgar Lee Masters, além da musicalização de sete textos inspirados no romance The Serious Game, de Hjalmar Södenberg (1912).
A crítica de Eddins só falta canonizar o disco, a cantora, os compositores, a orquestra e o regente (Kent Nagano). “As notáveis performances dessas peças extraordinárias”, “são gloriosamente expressivas, emocionalmente arrebatadoras, orquestralmente brilhantes”, “a obra de Hillborg é altamente sofisticada, ele usa a linguagem mais pura e mais visceralmente comunicativa para expressar a dor do poeta (Petrarca)”, “a performance de von Otter é radiante e transcendente”, e assim por diante. Em 450 palavras de seu texto, Eddins carimba uns 300 elogios. Vamos conferir, é claro.
Feito o download e gravado o CD, logo na primeira audição fica constatado que Stephens Eddins foi comedido em sua apreciação. A coisa é excelente mesmo, e só nos resta ficar escutando até o laser furar o disco, a aparelhagem, o chão da casa, a laje e a pedra de granito sobre a qual a casa foi construída.
A crítica de Eddins só falta canonizar o disco, a cantora, os compositores, a orquestra e o regente (Kent Nagano). “As notáveis performances dessas peças extraordinárias”, “são gloriosamente expressivas, emocionalmente arrebatadoras, orquestralmente brilhantes”, “a obra de Hillborg é altamente sofisticada, ele usa a linguagem mais pura e mais visceralmente comunicativa para expressar a dor do poeta (Petrarca)”, “a performance de von Otter é radiante e transcendente”, e assim por diante. Em 450 palavras de seu texto, Eddins carimba uns 300 elogios. Vamos conferir, é claro.
Feito o download e gravado o CD, logo na primeira audição fica constatado que Stephens Eddins foi comedido em sua apreciação. A coisa é excelente mesmo, e só nos resta ficar escutando até o laser furar o disco, a aparelhagem, o chão da casa, a laje e a pedra de granito sobre a qual a casa foi construída.
Assinar:
Postagens (Atom)