Where did Words Come from? A Linking Theory of Sound Symbolism and Natural Language Evolution (De onde vieram as palavras? Uma teoria ligando simbolismo sonoro e evolução da linguagem natural)
Jamie Reilly1, David Biun1, H. Wind Cowles2, & Jonathan E. Peelle3
1Departments of Psychology and Communicative Disorders
University of Florida, Gainesville, Florida 2Department of Linguistics University of Florida, Gainesville, Florida 3Cognition and Brain Sciences Unit Medical Research Council, Cambridge, UK.
Os autores acumulam argumentos em defesa de sua tese. Por exemplo: “Talvez a propriedade mais exigente do simbolismo sonoro seja a de que ele representa um caso raro de universal lingüístico. Muitas línguas derivacionalmente não relacionadas, por exemplo, afixam o som ‘ee’ a palavras a fim de expressar afeição ou para enfatizar distinções de tamanho. Similaridades fonéticas entre as línguas também existem para palavras que descrevem tamanho físico, predação/agressão, angularidade, massa e cor”. Eles apontam que esse debate começou com Platão (~360 AC), e segue até hoje.
Outro argumento que utilizam é a Lei de Hooke: “Uma explicação psicofisiológica para o simbolismo sonoro na linguagem é que o fenômeno reflete um mapeamento ecológico direto entre as informações perceptivas. Essa explicação, conhecida como a hipótese do código de freqüência, prediz que os humanos apresentam sensibilidade para a não arbitrariedade no mapeamento de informações acústicas sobre informações visuais. Essa correspondência sensorial é apreendida pela Lei de Hooke, que afirma que existe uma relação inversa entre a massa do objeto e a freqüência ressonante. Em um contexto amplo, a Lei de Hooke prediz que um objeto com massa relativa baixa (por exemplo, uma abelha – bee) ressoará com alta freqüência, ao passo que um objeto com maior massa relativa (por exemplo, um elefante – elephant) ressoará em uma freqüência acústica mais baixa”.
Na página 8, os autores exageram um pouco: “A natureza efêmera da linguagem não escrita torna particularmente difícil estudar suas origens; nós simplesmente não temos o equivalente a um registro fóssil para consulta. Entretanto, há muitas razões para se acreditar que a não arbitrariedade possa contribuir para a evolução da linguagem falada. Evidências de apoio a essa idéia derivam-se da evolução das línguas sinalizadas e dos sitemas caseiros de sinais. A recentemente criada Linguagem de Sinais da Nicarágua, por exemplo, modificou-se nas últimas três gerações de falantes: de icônica (isto é, gestos mimetizam objetos ou eventos reais) para arbitrariamente simbólica, espelhando uma mudança similar nas línguas de sinais bem estabelecidas. O análogo de uma língua falada em uma língua sinalizada icônica implicaria no mapeamento de propriedades acústicas dos sons vocais diretamente sobre as propriedades físicas dos objetos. Dessa maneira, o simbolismo sonoro reflete um elo direto entre ecologia e linguagem”.
Bem, julgue por si mesmo(a): A versão em PDF do artigo está em: http://precedings.nature.com/documents/2369/version/1