Sempre achei que em meio ao Zeitgeist dominante nos últimos sessenta anos (isto é, aqueles anos que conheço em primeira mão), o problema das drogas não se resolve aparentemente nunca. Muitos interesses envolvidos. Sejamos simples: uso duas drogas permitidas por lei e detestadas por muitos médicos, álcool e nicotina, e não me dou o direito de criticar quem gosta de outros produtos, proibidos por lei e detestados por muitos médicos mais.
Um dos meus blogs prediletos, o Neuroskeptic, resolveu abordar o assunto e chamou a postagem de Sexo, Drogas e Rock and Roll (bom) - Drogas (ruim). E prossegue, indo fundo logo no primeiro parágrafo:
Quero dizer, no sentido ético. Medicamente, todas as drogas trazem danos potenciais associados de diversas maneiras ao uso, ao uso a longo prazo, a uma overdose, etc. Politicamente, ao comprar drogas ilegais v. está provavelmente financiando criminosos e terroristas (ainda que v. possa culpar a proibição, e não as drogas, por isso). Mas deixando isso de lado, supondo-se que ninguém sai machucado no final: é moralmente errado tomar drogas recreativas per se?
É uma questão importante, porque sua opinião sobre isso vai influenciar sua opinião sobre questões menos abstratas, mais imediatas: se a cannabis deve ser vendida em bares, quantos anos deve-se passar na cadeia por vender cocaína.
Entretanto, ninguém faz aquela pergunta diretamente. Os aspectos médicos e políticos das drogas são debatidos interminavelmente, mas depois de ouvir os argumentos por algum tempo v. compreende que apesar das pessoas de ambos os lados mencionarem riscos de saúde pública e redução de malefícios, na maior parte do tempo elas estão apenas discordando acerca da questão abstrata: se tomar drogas por divertimento é aceitável.
Pelo que vejo, existem duas escolas de pensamento. Há aqueles que não vêem qualquer problema com drogas recreativas, supondo que ninguém sai machucado. Se é para se sentir bem, está bom. Se deixa as pessoas felizes, o que há para não gostar? Se as pessoas querem se divertir de uma maneira particular, não é da conta de ninguém. Vamos chamar isso de ponto de vista 'hedonista'.
Por outro lado,...
Por outro lado, não deixe de ler o restante do artigo, e veja como as coisas se complicam prá lá da conta. Caraca!
Um dos meus blogs prediletos, o Neuroskeptic, resolveu abordar o assunto e chamou a postagem de Sexo, Drogas e Rock and Roll (bom) - Drogas (ruim). E prossegue, indo fundo logo no primeiro parágrafo:
Quero dizer, no sentido ético. Medicamente, todas as drogas trazem danos potenciais associados de diversas maneiras ao uso, ao uso a longo prazo, a uma overdose, etc. Politicamente, ao comprar drogas ilegais v. está provavelmente financiando criminosos e terroristas (ainda que v. possa culpar a proibição, e não as drogas, por isso). Mas deixando isso de lado, supondo-se que ninguém sai machucado no final: é moralmente errado tomar drogas recreativas per se?
É uma questão importante, porque sua opinião sobre isso vai influenciar sua opinião sobre questões menos abstratas, mais imediatas: se a cannabis deve ser vendida em bares, quantos anos deve-se passar na cadeia por vender cocaína.
Entretanto, ninguém faz aquela pergunta diretamente. Os aspectos médicos e políticos das drogas são debatidos interminavelmente, mas depois de ouvir os argumentos por algum tempo v. compreende que apesar das pessoas de ambos os lados mencionarem riscos de saúde pública e redução de malefícios, na maior parte do tempo elas estão apenas discordando acerca da questão abstrata: se tomar drogas por divertimento é aceitável.
Pelo que vejo, existem duas escolas de pensamento. Há aqueles que não vêem qualquer problema com drogas recreativas, supondo que ninguém sai machucado. Se é para se sentir bem, está bom. Se deixa as pessoas felizes, o que há para não gostar? Se as pessoas querem se divertir de uma maneira particular, não é da conta de ninguém. Vamos chamar isso de ponto de vista 'hedonista'.
Por outro lado,...
Por outro lado, não deixe de ler o restante do artigo, e veja como as coisas se complicam prá lá da conta. Caraca!