Disease and the brain’s dark energy
Dongyang Zhang and Marcus E. Raichle
Abstract. A função cerebral tem sido estudada tradicionalmente em termos de respostas fisiológicas às exigências do meio ambiente. Entretanto, esta abordagem ignora o fato de que boa parte da energia do cérebro é devotada à sinalização neural intrínseca. Estudos recentes indicam que a atividade neuronal intrínseca se manifesta como flutuações espontâneas no sinal BOLD (que depende do nível de oxigênio no sangue) de fMRI. O estudo de tais flutuações poderia potencialmente nos dar uma compreensão da organização funcional do cérebro. Nesse artigo nós iniciamos apresentando uma visão geral das estratégias utilizadas para explorar a atividade neural intrínseca. Considerando a possibilidade de que a sinalização intrínseca responde por boa parte da atividade cerebral, nós então examinamos se a arquitetura funcional da atividade intrínseca se altera em doenças neurológicas e psiquiátricas. Também fazemos uma revisão das aplicações clínicas do mapeamento cerebral, nas quais a atividade intrínseca é empregada para a localização pré-operatória de redes cerebrais funcionais em pacientes que passem por neurocirurgia. Para finalizar o artigo nós exploramos alguns dos empreendimentos básicos da ciência que foram implementados visando uma compreensão melhor da fisiologia que está por trás da atividade intrínseca como é tomografada com BOLD fMRI.
Zhang, D. & Raichle, M. E. Nat. Rev. Neurol. 6, 15–28 (2010); doi:10.1038/nrneurol.2009.198