Maurizio Pollini. Photograph: Mathias Bothor/DG (Pirateada do Guardian)
Maurizio Pollini: a life in music
Nicholas Wroe
The Guardian, Saturday 1 January 2011
'It doesn't matter if you play these pieces all the time, or go for years without playing them at all. They are always there in your mind'
Excelente artigo/entrevista de Wroe sobre/com Pollini, que faz emergir das frases uma personalidade essencialmente artística que avalia o caminho percorrido e a obra realizada de maneira elegante e articulada. Sua concepção histórica, estruturada como a de um Jules Michelet acidentalmente nascido em 1942, em Milão, parte daquelas camadas que são formadoras da singularidade humana. Veja no artigo como ele avalia a situação política e social de hoje (especialmente na Itália) e leia abaixo um trecho de sua visão do relacionamento vital arte/sociedade:
"Acho que a grande arte tem aspectos completamente progressistas em seu cerne, elementos que de algum modo situam-se fora dos detalhes do texto e até das opiniões políticas da pessoa que a realizou. A arte em si mesma, se for realmente grande, tem um aspecto progressista necessário para um sociedade, mesmo se parecer absolutamente inútil em termos estritamente práticos. De certo modo a arte é um pouquinho como os sonhos de uma sociedade. Eles parecem contribuir pouco, mas dormir e sonhar são tão vitalmente importantes que o ser humano não poderia viver sem eles, e da mesma maneira a sociedade não pode viver sem arte".
Maurizio Pollini: a life in music
Nicholas Wroe
The Guardian, Saturday 1 January 2011
'It doesn't matter if you play these pieces all the time, or go for years without playing them at all. They are always there in your mind'
Excelente artigo/entrevista de Wroe sobre/com Pollini, que faz emergir das frases uma personalidade essencialmente artística que avalia o caminho percorrido e a obra realizada de maneira elegante e articulada. Sua concepção histórica, estruturada como a de um Jules Michelet acidentalmente nascido em 1942, em Milão, parte daquelas camadas que são formadoras da singularidade humana. Veja no artigo como ele avalia a situação política e social de hoje (especialmente na Itália) e leia abaixo um trecho de sua visão do relacionamento vital arte/sociedade:
"Acho que a grande arte tem aspectos completamente progressistas em seu cerne, elementos que de algum modo situam-se fora dos detalhes do texto e até das opiniões políticas da pessoa que a realizou. A arte em si mesma, se for realmente grande, tem um aspecto progressista necessário para um sociedade, mesmo se parecer absolutamente inútil em termos estritamente práticos. De certo modo a arte é um pouquinho como os sonhos de uma sociedade. Eles parecem contribuir pouco, mas dormir e sonhar são tão vitalmente importantes que o ser humano não poderia viver sem eles, e da mesma maneira a sociedade não pode viver sem arte".