quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Linguagem e Pensamento


How does our language shape the way we think? June 2009
Como nossa língua/linguagem dá forma ao nosso modo de pensar?
By Lera Boroditsky

Nesse artigo, que é interessante e bem escrito, LB apresenta fortes argumentos de que a língua que falamos, a linguagem que usamos, é responsável pelo nosso modo de pensar. Veja só:

Such a priori arguments about whether or not language shapes thought have gone in circles for centuries, with some arguing that it's impossible for language to shape thought and others arguing that it's impossible for language not to shape thought. Recently my group and others have figured out ways to empirically test some of the key questions in this ancient debate, with fascinating results. So instead of arguing about what must be true or what can't be true, let's find out what is true.

Follow me to Pormpuraaw, a small Aboriginal community on the western edge of Cape York, in northern Australia. I came here because of the way the locals, the Kuuk Thaayorre, talk about space. Instead of words like "right," "left," "forward," and "back," which, as commonly used in English, define space relative to an observer, the Kuuk Thaayorre, like many other Aboriginal groups, use cardinal-direction terms — north, south, east, and west — to define space.

Depois de outras considerações sobre linguagem e espaço, LB trata do tempo.

People's ideas of time differ across languages in other ways. For example, English speakers tend to talk about time using horizontal spatial metaphors (e.g., "The best is ahead of us," "The worst is behind us"), whereas Mandarin speakers have a vertical metaphor for time (e.g., the next month is the "down month" and the last month is the "up month"). Mandarin speakers talk about time vertically more often than English speakers do, so do Mandarin speakers think about time vertically more often than English speakers do? Imagine this simple experiment. I stand next to you, point to a spot in space directly in front of you, and tell you, "This spot, here, is today. Where would you put yesterday? And where would you put tomorrow?" When English speakers are asked to do this, they nearly always point horizontally. But Mandarin speakers often point vertically, about seven or eight times more often than do English speakers.

Ocorrem diferenças semelhantes com as cores e seus matizes, com o gênero dos substantivos e outras entidades (So, for example, German painters are more likely to paint death as a man, whereas Russian painters are more likely to paint death as a woman.), além das gramaticais. LB termina seu artigo apontando outros estudos que investigaram os efeitos da linguagem no modo como as pessoas apreendem os eventos e a pluralidade, raciocinam sobre causalidade, compreendem a materialidade das substâncias, sentem emoções, escolhem fazer coisas arriscadas, etc. Abaixo, alguns outros artigos também de sua autoria.

What Thoughts Are Made Of
Lera Boroditsky
, Stanford University 2007
http://www-psych.stanford.edu/~lera/273/8-boroditsky%26prinz.pdf

Roles of Body and Mind in Abstract Thought
Lera Boroditsky & Michael Ramscar
2002
http://love.psy.utexas.edu/~love/cogsci/boroditsky2.pdf

Does Language Shape Thought?: Mandarin and English Speakers’ Conceptions of Time
Lera Boroditsky, Stanford University 2001
http://http-server.carleton.ca/~jlogan/PSYC4704/BORODITSKY2001.pdf

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Plasticidade intrínseca

O artigo fala por si mesmo: mais perguntas do que respostas. Aqui está a tradução.

Intrinsic plasticity: the 'other' learning mechanism
Plasticidade intrínseca: o 'outro' mecanismo de aprendizagem

Uma citação do Nobel Eric Kandel no exemplar de 11 de dezembro da revista Science lembrou-me um pequeno artigo de David Glanzman, que tratava de um notável estudo sobre plasticidade pan-neuronal (também conhecida como 'intrínseca'), e seu envolvimento em aprendizagem e memória. Aqui está a citação:

P: A plasticidade sináptica é um conceito básico em seu trabalho com memória. Você vem trabalhando com Aplysias desde 1962. O que acha que podemos aprender com essas pequenas lesmas?

R: Juntamente com todo tipo de modificação sináptica, existe uma modificação concomitante na excitabilidade dos neurônios. Por exemplo, nas Aplysias, diversos neurônios disparam espontaneamente, em jatos. Se v. estimular uma célula que está disparando (sinapticamente), v. pode modificar sua atividade de disparo por longos períodos de tempo (o que implica que há plasticidade não só na sinapse, mas também no próprio neurônio). Isto me surpreendeu muito. Mas nunca voltei a esse estudo.

Fiquei sabendo dessa citação através do meu orientador de pós-doc, John Byrne. Ele descobriu essa antiga menção de Kandel num trabalho de 1977. Hoje, é claro, a plasticidade intrínseca é um fenômeno bem documentado, mas sua complexidade, até aqui, tem dificultado as pesquisas sobre a relação entre a plasticidade sinapse-específica e a plasticidade intrínseca, que engloba todo o neurônio.Além disso, algumas formas de plasticidade intrínseca parecem ser um pouco input-específicas. Por exemplo, se afetam apenas certos ramos do neurônio contendo muitas sinapses. Agora, Jack Byrne e meu então colega de pós-doc em seu laboratório, Riccardo Mozzachiodi, publicaram uma revisão bastante oportuna sobre nossa atual compreensão da plasticidade intrínseca com relação à plasticidade sináptica, chamada "More than synaptic plasticity: role of nonsynaptic plasticity in learning and memory" (Mais do que plasticidade sináptica: o papel da plasticidade não sináptica na aprendizagem e na memória). Essa revisão cobre muitos exemplos dos modelos vertebrados e invertebrados, e é uma excelente introdução ao 'outro' mecanismo de aprendizagem. A revisão, é claro, não inclui ainda o estudo sobre o envolvimento de bombas de Na/K na plasticidade intrínseca, já que esse trabalho só foi publicado agora, umas poucas semanas depois de Mozzachiodi e Byrne terem sido publicados. Este novo estudo mostra que não só os canais iônicos contribuem para a plasticidade intrínseca, mas também moléculas aparentemente 'chatinhas' como Na/K-ATPases.

Eu fiquei interessado na plasticidade intrínseca desde que começaram a aparecer evidências de que o condicionamento operante se baseava na plasticidade intrínseca das Aplysias. Agora, também nas Drosófilas, parece que um conjunto completamente diferente de genes é necessário para modificar os circuitos comportamentais durante o condicionamento operante (ou auto-aprendizagem, como definimos recentemente), enquanto que os conhecidos genes da plasticidade sináptica não são necessários. Será que esta exigência genética diferencial reflete os mecanismos que também afetam diferencialmente a plasticidade sináptica vs. a plasticidade intrínseca? Poderia ser que a plasticidade intrínseca permite que se modifiquem as propriedades de ativação de um neurônio central em uma rede comportamentalmente relevante e desse modo afete a totalidade da rede, mais do que apenas alguma propriedade de pequena escala da mesma? Se este fosse o caso, faria bastante sentido regular tais alterações de longo alcance da rede e permitir-lhes apenas treinamento suficiente - que é extamente o que encontramos nas Drosófilas. Assim, existem muitas evidências circunstanciais sugerindo que as plasticidades sináptica e intrínseca também podem ser comportamentalmente diferenciáveis. Entretanto, nenhuma evidência experimental direta e clara já está disponível.

É interessante que uma procura no PubMed por 'plasticidade intrínseca' OU 'excitabilidade intrínseca' produza apenas 274 artigos (com apenas um punhado de estudos anteriores a 2000), enquanto que uma pesquisa por 'plasticidade sináptica' produz 8.564. Será que alguém está procurando por um campo de pesquisa de primeira linha?

Pulver, S., & Griffith, L. (2009). Spike integration and cellular memory in a rhythmic network from Na+/K+ pump current dynamics Nature Neuroscience, 13 (1), 53-59 DOI: 10.1038/nn.2444
Mozzachiodi, R., & Byrne, J. (2009). More than synaptic plasticity: role of nonsynaptic plasticity in learning and memory Trends in Neurosciences DOI: 10.1016/j.tins.2009.10.001

O pequeno artigo "What does it mean to do research on 'excitable membranes'?" , de Michael R. Markham, explica satisfatoriamente - mas de modo bem básico - a importância da plasticidade intrínseca.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Administrando seu projeto de pesquisa


Andy Hunt é professor de Tecnologia de Música e Media na University of York (UK). Achei que esse livro seria interessante para os leitores do CL&M que estejam ligados (como alunos ou como orientadores) a cursos de graduação e de pós-graduação, pois ensina a elaborar o projeto (TCC, dissertação ou tese), o texto final e a apresentação diante da banca. Hunt não perde tempo com bijuterias: seu livro é um verdadeiro manual de Project Management (PM) voltado para a vida acadêmica, uma abordagem que já deveria ter sido criada há muito tempo.

Diz a editoria: " Esse livro guia o estudante através do processo de transição do aprendizado passivo para a pesquisa ativa. Cobre extensivamente desde selecionar e refinar um tópico de pesquisa e gerenciar o tempo e o projeto até o texto final e a apresentação à banca. O livro também reduz a carga dos supervisores/orientadores, já que boa parte de seu processo de trabalho envolve guiar o aluno cuidadosamente na tarefa de administrar sua própria atividade".

Your Research Project: How to Manage It
Andy Hunt

Perlovsky


Para uma física da mente: conceitos, emoções, consciência e símbolos
Toward physics of the mind: Concepts, emotions, consciousness, and symbols
Physics of Life Reviews 3 (2006) 23–55
http://www.niisi.ru/iont/ni/NI06/WS/Perlovsky.pdf

AbstractResumo
Revisamos as abordagens matemáticas de modelagem da mente desde a década de 1950, incluindo inteligência artificial, recoonhecimento de padrões e redes neurais. Analiso as dificuldades enfrentadas por esses algoritmos e pelas redes neurais, e as relaciono à inconsistência fundamental da lógica, que foi descoberta por Gödel. As discussões matemáticas estão relacionadas àquelas da neurobiologia, psicologia, ciência cognitiva e filosofia. As funções cognitivas superiores são revistas, incluindo conceitos, emoções, instintos. entendimento, imaginação, intuição, consciência. A partir daí descrevo uma formulação matemática, unificando oas mecanismos da mente em um sistema psicologica e neurobiologicamente plausível. Um mecanismo do instinto do conhecimento dirige nossa compreensão do mundo e serve como fundamento para funções cognitivas superiores. Esse mecanismo relaciona emoções estéticas e a percepção do belo ao funcionamento 'quotidiano' da mente. O artigo revisa mecanismos da habilidade/capacidade (ability) simbólica humana. Faço menção a orientações futuras: evolução conjunta de mente, linguagem, consciência e culturas; mecanismos de diferenciação e síntese; uma multiplicidade de emoções estéticas em música e um instinto diferenciado para o conhecimento. Concentro-me em elucidar os primeiros princípios; reviso aspectos da teoria que foram comprovados em pesquisas de laboratório, relações entre mente e cérebro; discuto problemas não resilvidos, e esboço diversas predições teóricas, que terão que ser testadas em futuras simulações matemáticas e pesquisas neurobiológicas
.

Leonid I. Perlovsky.
List of Publications in English (since 1980)
http://www.leonid-perlovsky.com/new-materials/publications.pdf

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Neurodynamics of Cognition and Consciousness


This book addresses dynamical aspects of brain functions and cognition. Experimental evidence in humans and other mammalians indicates that complex neurodynamics is crucial for the emergence of higher-level intelligence. Dynamical neural systems with encoding in limit cycle and non-convergent attractors have gained increasing popularity in the past decade. The role of synchronization, desynchronization, and intermittent synchronization on cognition has been studied extensively by various authors, in particular by authors contributing to the present volume. This volume gives an overview of recent advances in this interdisciplinary field of cognitive science related to dynamics of cognition, including experimental studies, dynamical modelling and interpretation of cognitive experiments, and theoretical approaches. The following topics are covered in this book: spatio-temporal dynamics of neural correlates of higher-level cognition; dynamical neural memories, including continuous and discrete approaches; mathematical and physical models of cognition; experiments on dynamical aspects of cognition; interpretation of normal and abnormal cognitive behaviours.

Neurodynamics of Cognition and Consciousness
Leonid I. Perlovsky, Robert Kozma

Springer 2007 366 pages PDF 10,8 MB
http://depositfiles.com/files/ee30mmoda OU
http://www.megaupload.com/?d=F4IIWMTS

domingo, 27 de dezembro de 2009

Codificação neural

Neural Temporal Codes for Representation of Information in the Central Nervous System (2009)

Wilbert Zarco
Instituto de Neurobiología, UNAM, Campus Juriquilla, México

Hugo Merchant
Instituto de Neurobiología, UNAM, Campus Juriquilla, México

INTRODUÇÃO
Para responder adaptativamente, o organismo constrói representações neuronais dinâmicas, incorporadas em algum tipo de formato interno que facilita a seleção do comportamento. Uma representação é uma mensagem que utiliza estados ou processos neurais, definidos por duas características principais e que se sobrepõem: conteúdo e função. O conteúdo é a mensagem que uma representação transporta, por exemplo, o que significa o sinal sobre um input sensorial; assim, a modalidade na qual a sensação é experimentada transporta informações sobre a natureza do estímulo como uma linha rotulada. Desse modo, as informações podem ser definidas como uma mensagem transmitida e usualmente transformada entre os receptores. A função é o efeito que o sinal pode ter sobre os processos cognitivos e o comportamento resultante. Portanto, o sinal deve ter uma relação estatística tanto com o input como com o output.; consequentemente nem todos os sinais envolvem representações causais temporariamente ligadas aos processos correntes medidos (deCharms & Zador 2000; Eagleman & Churchland, no prelo). Ainda que existam vários veículos de representação a escolher, os eventos de pulso discreto, conhecidos como potenciais evocados (action potentials) ou descargas em neurônios individuais, são um candidato inicial plausível, dado que as descargas podem ser configuradas em um vasto repertório de padrões.

http://www.cogcrit.umn.edu/docs/Zarco_Merchant_10.pdf

sábado, 26 de dezembro de 2009

Pesquisadores decifram parte do código neuronal


Researchers crack part of the neuronal code
December 22, 2009

Cientistas foram capazes de predizer as letras apresentadas a animais de teste com base em sua atividade cerebral. Com esta finalidade, eles criaram uma simulação em computador de neurônios simples e os alimentaram com os dados que tinham mensurado nos cérebros dos animais em resposta a um estímulo visual.

(PhysOrg.com) - Próteses para pacientes paralisados, comunicação com pacientes que perderam toda sua capacidade de comunicação - as expectativas da moderna pesquisa cerebral são elevadas. Entretanto, tais interfaces cérebro-máquina (cyborgs) exigem um dicionário completo, com vuja ajuda as atividades do cérebro podem ser traduzidas com sucesso em desejos, idéias e planejamentos motores.

Juntamente com colegas da Graz University of Technology, cientistas do Max Planck Institute for Brain Research, em Frankfurt, foram capazes de dar um passo adiante para realizar isso. Eles demonstraram que os estágios iniciais de processamento do cérebro reúnem informações durante um extenso período.

Como o cérebro armazena informações detalhadas dos estímulos sensoriais? O quanto podem ler os pesquisadores a partir da atividade de certas regiões do cérebro? Descobertas recentes confirmam uma nova teoria. Até agora, os cientistas achavam que os estágios iniciais do processamento cerebral de informações ocorria gradualmente, isto é, os estímulos eram processado um após o outro como numa sequência em forma de esteira rolante. Agora, essa idéia tem que ser revisada. Como demonstraram Danko Nikolić, do Max Planck Institute for Brain Research, e seus colegas austríacos Wolfgang Maass e Stefan Häusler, a atividade em áreas cerebrais iniciais depende dos estímulos que ocorrem pouco depois. "O cérebro funciona como uma panela de água na qual se jogam pedras, e como resultado são formadas ondas", explica Nikolić. "As ondas se sobrepõem, mas as informações sobre o número de pedras jogadas dentro da panela e quando foram jogadas são retidas nos complexos padrões de atividade do fluido resultantes".

O cérebro é claramente capaz de tornar as informações úteis, e, por exemplo, superimpor imagens vistas em sucessão. A duração e intensidade do efeito continuado de imagens que acabaram de ser vistas corresponde a uma memória visual bastante detalhada conhecida como memória icônica.Se v. vê uma mensagem e fecha os olhos imediatamente a seguir, ela permanece visível por um curto período. Pode se localizar no córtex visual primário.

Os pesquisadores 'lêem' a atividade cerebral
Os cientistas mostraram letras a gatos, enquanto eletrodos gravavam a atividade uma cem células do córtex visual primário desses animais. A equipe de Graz criou neurônios simulados por computador para a interpretação desses sinais. Com base na atividade dos neurônios, os cientistas puderam concluir qual a letra tinha acado de ser vista pelo gato. Seguindo um breve período de treinamento, as células simuladas foram capazes de fornecer indicvações bastante confiáveis dos estímulos visuais processados. Os pesquisadores, então, trocaram as letras, alteraram a duração de sua apresentação ou a das pausas entre elas. Então tentaram predizer novamente que letras foram mostradas aos gatos e as letras que eles tinham visto há pouco. Os resultados obtidos dão sustentação à teoria da 'onda': além das informações sobre a imagem que acabaram de ver, os neurônios também transmitiram informações sobre as imagens vistas anteriormente.

Com as coisas estabelecidas até aqui, os pesquisadores quiseram identificar os aspectos da atividade cerbral que envolviam mais informações. Do mesmo modo que o tom, a cadência ou a palavra transportam significado em diferentes línguas, a linguagem do cérebro poderia estar baseada, por exemplo, na intensidade ou no timing preciso da resposta. Para estabelecer isso, os cientistas toldaram a precisão temporal e observaram como o poder preditivo das células modificadas se modificou. Sem as informações temporais, houve continuada diminuição desse poder. Portanto, o cérebro claramente codifica as informaões sobre um estímulo em termos tanto da intensidade como da precisa estrutura temporal das respostas neuronais.
Os pesquisadores deram as boas vindas particularmente ao fato de que a célula simulada era relativamente simples em sua estrutura e ainda assim fornecia bons resultados. "Quando criamos um projeto mais sofisticado para o programa de avaliação, a qualidade da leitura só mudou marginalmente. Isto facilita enormemente a tarefa de desenvolver próteses artificiais", diz Nikolić
.

(Mais informações: Danko Nikolić, Stefan Häusler, Wolf Singer & Wolfgang Maass, Distributed fading memory for stimulus properties in the primary visual cortex, PLoS Biology, December 22nd, 2009)
*********************
Provided by Max-Planck-Gesellschaft
http://www.physorg.com/news180694657.html
Ilustração: Maxalot (do blog Basic Sounds)

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Neurogenética


Acompanhando a Genética da Neurociência do dia 19:

"This simple guide to neurogenetics demystifies the overwhelming amount of information on the subject so you can identify key clinical features and understand your management options. Reach relevant differential diagnoses and provide appropriate counseling to your patients using the symptom-based approach. By integrating genetic and neurological approaches to diagnoses, this book ensures that the neurological consequences of a genetic diagnosis and the genetic consequences of a neurological diagnosis are clear and explicit. Concise and portable, this book is ideal for easy reference in clinical use.•Details the underlying basic science and clinical features of genetic disorders by taking a symptom-based approach to provide you with a comprehensive understanding of the field.•Focuses on the clinical application of neurogenetics to be of practical use to you in the clinic.•Clarifies the neurological consequences of a genetic diagnosis and the genetic consequences of a neurological diagnosis by integrating genetic and neurological approaches to diagnoses.•Discusses and evaluates necessary investigations so you know when to use them and when to refer.•Highlights diagnostic and therapeutic tips so you can learn new concepts or refine your skills in practice.•Refers to online sources, such as Online Mendelian Inheritance in Man (OMIM) and others, to help you supplement your knowledge".

Thomas T. Warner PhD FRCP, Simon R. Hammans MD FRCP,
Practical Guide to Neurogenetics

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Neoconstrutivismo


As mal-traçadas da editoria, abaixo, não deixam claro se estamos lidando apenas com um Piaget atualizado para a nova neurociência ou se estamos diante de uma real novidade. A conferir.

"Discussões sobre as origens desenvolvimentistas do conhecimento humano são antigas, baseando-se nas obras de Platão, Aristóteles, Descartes, Hume e Kant. Elas também persistiram o suficiente para se tornarem uma das áreas centrais de pesquisa em ciência cognitiva e do desenvolvimento. As contribuições empíricas a esse debate, no entanto, só apareceram no século passado, quando Jean Piaget ofereceu a primeira teoria viável da aquisição do conhecimento, e que se concentrava nos grandes temas discutidos por Kant: objeto, espaço, tempo e causalidade. A essência da teoria de Piaget é o construtivismo: a elaboração de conceitos a partir de precursores perceptuais e cognitivos mais simples, em particular da experiência adquirida através de comportamentos manuais e da observação.

O ponto de vista construtivista foi questionado por uma geração de pesquisadores dedicados à idéia da 'criança competente', dotada de conhecimentos (por exemplo, de objetos permanentes) anteriores a comportamentos manuais simples. Levando-se esta possibilidade mais adiante, foi proposto que muitos mecanismos cognitivos fundamentais - raciocínio, previsão de eventos, tomada de decisão, teste de hipótese e dedução - operam independentemente de toda experiência e são, neste sentido, inatos. A figura da criança-competente tem uma atração intuitiva, comprovada por sua ampla popularidade, e desfruta uma certa parcimônia: ela evita a suposta armadilha filosófica introduzida pela necessidade de se explicar novas formas de conhecimento naqueles que aprendem indutivamente. Mas esta visão deixa inexplicado um desafio vital: entender quais são os mecanismos através dos quais surge o conhecimento.

Este desafio foi enfrentado agora. A abordagem neoconstrutivista se baseia na ênfase construtivista de Piaget nos mecanismos de desenvolvimento, mas também reflete os modernos progressos em nossa compreensão dos mecanismos de aprendizagem, de desenvolvimento cortical e de modelagem. Este livro reúne, pela primeira vez, pontos de vista teóricos que incluem modelos computacionais e neurobiologia do desenvolvimento, e enfatiza a interação entre tempo, experiência e arquitetura cortical para explicar o conhecimento emergente, com uma linha empírica de pesquisa que identifica um conjunto de mecanismos polivalentes sensoriais, perceptuais e de aprendizagem que dirigem a aquisição de conhecimento por entre diferentes domínios e através do desenvolvimento".


Neoconstructivism: The New Science of Cognitive Development
Scott Johnson
Oxford University Press 2009 384 pages PDF 5,1 MB
http://depositfiles.com/files/w2m50aexd ou
http://www.megaupload.com/?d=P0G2DKHI

Leitura interessante

Brain, time, and phenomenological time
Rick Grush

Department of Philosophy, UC San Diego
Revision: 05.08.2003 (37 p.)

"1. Introduction
The topic of this paper is temporal representation. More specifically, I intend to provide a theory of what it is that our brains do (at the sub-personal level) such that we experience (at the personal level) time in the way that we do. A few words about both sides of this relation

As far as the brain goes, I will actually be making little substantive contact with neurophysiology. The main thrust of my strategy on the brain side is to articulate an information-processing structure that accounts for various behavioral and phenomenological facts. The neurophysiological hypothesis is that the brain implements this information processing structure. The amount of neurophysiology won't be zero, but at this stage of the game, our understanding of the brain's capacities for temporal representation are incredibly slim. The experimental side of neurophysiology is in need of some theoretical speculations to help it get going in earnest.

As far as our personal-level experience goes, there are only a few central aspects that I will be addressing. It will help to mention some of the aspects I will not be addressing. I won't be addressing memory, including how it is that our memories come to us with the conviction that they concern events that happened long ago. Nor will I be concerned with what might be called objective temporal representation. My belief that Kant's Critique of Pure Reason was published less than 100 years after Locke's Essay Concerning Human Understanding does depend on my ability to represent objective temporal relations and objective units of time, such as years. But the capacities involved in such temporal representation are not my
concern.

Rather, I am directly interested in what I will call behavioral time. This is the time that is manifest in our immediate perceptual and behavioral goings on, and in terms of which these goings on unfold. I will expand on this shortly, but first an analogy with spatial representation may prove helpful. In philosophical, psychological, and cognitive neuroscientific circles it is common to distinguish allocentric and egocentric spatial representation. The contrast is between an ability to represent things that in no way depends on my own whereabouts, and the representation of things in relation to myself. So my ability to represent the Arc de
Triomphe as being between the Obelisk and La Grande Arche de la Defense in no way depends on my own location in space. Whereas my belief that there is a pitcher's mound 90 feet west of me relies on my own location as a sort of reference point.

But there are two senses in which a spatial representation can be non-objective. In the sort of case that I have called egocentric, the location of objects is represented in relation to oneself, rather than as being at some objectively specifiable spot in an objective framework. But the units and axes of such a specification might yet be objective. My belief that the pitcher's mound is 90 feet west of me is not objective in that it makes reference to my own location as a reference point, but the axes and units employed in this specification are objective.

I use the expression behavioral space for a kind of spatial representation in which not only the reference point, but also axes and magnitudes that define the space are non-objective. My representation of the coffee cup as being right there when I see it and reach out for it specifies its location relative to me, in a space whose dimensions are spanned by axial asymmetries of up/down, left/right, and front/back -- axial asymmetries whose content derives from my own behavioral capacities. And the magnitudes involved -- the difference between the cup that is right there and the sugar bowl that is over there -- are also imbued with content via their connections to my own behavior. I may have no clear idea how far the
coffee cup is from me in inches and feet, but I have a very precise representation of its distance specified in behavioral terms, as is evident from the fact that I can accurately grasp it.

Back to time. Analogues of allocentric/objective, egocentric and behavioral space are readily specifiable in the temporal domain. Allocentric/objective temporal representation is exploited by my belief that Kant's masterwork was published 90 years after Locke's; and also in my belief that the numeral '4' always appears in the seconds position of my watch one second after the numeral '3' appears there. Egocentric temporal representation is involved in my belief that Kant's first Critique was published 222 years ago (i.e. back from now); and it is also manifested when I see the numeral '3' appear in the seconds spot of my stopwatch and I come to believe that the numeral '4' will appear one second from now. Egocentric temporal
representation uses my current time, now, as a temporal reference point much like egocentric spatial representation uses my current location, here, as a spatial reference point. But the behavioral time specifies the temporal dimension and magnitudes not in terms of such objective units, but in terms of behavioral capacities. When I move to intercept and hit a racquetball that is moving quickly through the court, I may have no accurate idea, in terms of seconds or milliseconds, of how far in the future the point of impact between my racquet and
the ball will be. But I am nevertheless quite aware in behavioral terms. My movements and planning reveal an exquisite sensitivity to the temporal features of the event that will unfold. A more common example might be moving one's hand down to catch a pencil that has just rolled off the edge of a table. One's attention is palpably focused on a spatio-temporal point -- just there and just then (a foot or so from the torso and a few hundred millliseconds in the future, though the units are not in terms of feet or milliseconds, but are behaviorally defined) -- at which the hand will contact the pencil".

http://mind.ucsd.edu/papers/bt%26pt/bt%26pt.pdf

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Sugestões de leitura

The Future of Psychology. Connecting Mind to Brain
Lisa Feldman Barrett
2009
Boston College, Massachusetts General Hospital, and Harvard Medical School
http://www.bc.edu/schools/cas/psych/meta-elements/pdf/future_of_psych.pdf


PHILOSOPHY OF CONSCIOUSNESS AND THE BODY
In Beth Lord and John Mullarkey, eds., Continuum Companion to Continental Philosophy (London and New York: Continuum, 2009).
John Protevi 2008
Department of French Studies, Louisiana State University
http://www.protevi.com/john/Phil_Cness_Body_draft.pdf

A Biological Basis for Being-in-the-World
Autopoiesis and Heidegger’s Phenomenology

Jon R. Lindsay
2008
Senior Honors Thesis
Symbolic Systems Program. Stanford University
http://www.mit.edu/~lindsayj/Projects/Lindsay1995_AutopoiesisHeidegger.pdf

Perception and the Fall from Eden
David J. Chalmers
2006
Philosophy Program
Research School of Social Sciences, Australian National University
http://consc.net/papers/eden.pdf

In Favor of (Plain) Phenomenology
(In Phenomenology and the Cognitive Sciences: Special Issue on Dennett
and Heterophenomenology, Vol. 6 Nos.1-2 March 2007.)
Charles Siewert siewert@ucr.edu
http://www.philosophy.ucr.edu/people/faculty/siewert/infavorofphenomgypdf.pdf

Chimpanzés não são 'humanos sem roupa e sem educação'


Humans are primates, and our closest relatives are the other African apes - chimpanzees closest of all. With the mapping of the human genome, and that of the chimp, a direct comparison of the differences between the two, letter by letter along the billions of As, Gs, Cs, and Ts of the DNA code, has led to the widely vaunted claim that we differ from chimps by a mere 1.6% of our genetic code. A mere hair's breadth genetically! To a rather older tradition of anthropomorphizing chimps, trying to get them to speak, dressing them up for 'tea parties', was added the stamp of genetic confirmation. It also began an international race to find that handful of genes that make up the difference - the genes that make us uniquely human.But what does that 1.6% really mean? And should it really lead us to consider extending limited human rights to chimps, as some have suggested? Are we, after all, just chimps with a few genetic tweaks? Is our language and our technology just an extension of the grunts and ant-collecting sticks of chimps? In this book, Jeremy Taylor sketches the picture that is emerging from cutting edge research in genetics, animal behaviour, and other fields. The indications are that the so-called 1.6% is much larger and leads to profound differences between the two species. We shared a common ancestor with chimps some 6-7 million years ago, but we humans have been racing away ever since. One in ten of our genes, says Taylor, has undergone evolution in the past 40,000 years! Some of the changes that happened since we split from chimpanzees are to genes that control the way whole orchestras of other genes are switched on and off, and where. Taylor shows, using studies of certain genes now associated with speech and with brain development and activity, that the story looks to be much more complicated than we first thought. This rapidly changing and exciting field has recently discovered a host of genetic mechanisms that make us different from other apes.As Taylor points out, for too long we have let our sentimentality for chimps get in the way of our understanding. Chimps use tools, but so do crows. Certainly chimps are our closest genetic relatives. But relatively small differences in genetic code can lead to profound differences in cognition and behavior. Our abilities give us the responsibility to protect and preserve the natural world, including endangered primates. But for the purposes of human society and human concepts such as rights, let's not pretend that chimps are humans uneducated and undressed. We've changed a lot in those 12 million years.
Not a Chimp: The Hunt to Find the Genes that Make Us Human
Oxford University Press 2009 256 pages PDF 1,8 MB
http://depositfiles.com/files/zkjxrq4gz

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Manual de Fenomenologia e Ciência Cognitiva


The Handbook of Phenomenology and Cognitive Science contains a comprehensive and authoritative overview of the main ideas and methods currently used at the intersection of phenomenology and the neuro- and cognitive sciences. The idea that phenomenology, in the European continental tradition, has something to offer to the cognitive sciences is a relatively recent development in our attempt to understand the mind. Here in one volume the leading researchers in this area address the central topics that define the intersection between phenomenological studies and the cognitive sciences. They address questions about methodology, the analysis of perception, memory, imagination, attention, emotion, intersubjectivity, the role of the body and language, and they explore a variety of pathologies that throw light on our everyday experiences. The authors draw on the classical works of phenomenologists such as Husserl, Heidegger, Merleau-Ponty, Gurwitsch, and Sartre, but they also push the traditional lines of phenomenology to new boundaries, mapping out new terrain in connection with the empirical science of the mind and body. These essays are revelatory for both phenomenologists who want to understand what cognitive science can contribute to an understanding of experience, and for scientists who want to understand how they can use phenomenology in their empirical studies.

Handbook of Phenomenology and Cognitive Science
Publisher: Springer Pages: 688 2010 PDF 5 MB
http://www.megaupload.com/?d=XZAYJN5U

Neuropsicologia no quotidiano


While neuropsychological testing can accurately detect cognitive deficits in persons with brain injury, the ability to reliably predict how these individuals will function in everyday life has remained elusive. This authoritative volume brings together well-known experts to present recent advances in the neuropsychological assessment of key real-world capacities: the ability to live independently, work, manage medications, and drive a car. For each of these domains, contributors describe cutting-edge tests, procedures, and interpretive strategies and examine salient theoretical and methodological issues. Chapters also review approaches for evaluating specific populations, including older adults and patients with traumatic brain injury, depression, dementia, schizophrenia, and other neurological and psychiatric disorders.

Neuropsychology of Everyday Functioning
Thomas D. Marcotte PhD, Igor Grant MD
The Guilford Press 2009 477 pages PDF 3,6 MB
http://depositfiles.com/files/2wijiaty0

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

NEXT2MUSIC


Esse é o nome do blog que estou divulgando hoje. Tem tanta coisa boa (e ruim) que achei melhor colocar apenas uma dica (sou fã...) e deixar que o leitor decida por si quanto ao resto. A ilustração é a capa do disco Porcupine Tree - The Incident (2009), que está com seu link disponível e conta com as seguintes músicas:

CD1
01 Occam's Razor 1:55
02 The Blind House 5:47
03 Great Expectations 1:26
04 Kneel and Disconnect 2:03
05 Drawing the Line 4:43
06 The Incident 5:20
07 Your Unpleasant Family 1:48
08 The Yellow Windows of the Evening Train 2:00
09 Time Flies 11:40
10 Degree Zero of Liberty 1:45
11 Octane Twisted 5:03
12 The Sance 2:39
13 Circe of Manias 2:18
14 I Drive the Hearse 6:41
CD2
01 Flicker 3:42
02 Bonnie the Cat 5:46
03 Black Dahlia 3:41
04 Remember Me Lover 7:29

domingo, 20 de dezembro de 2009

Vídeos de neurociência


Antes de ver os dois vídeos da Rebecca, leia um perfil dela aqui.

Inside Rebecca Saxe's Head 11:59
http://vodpod.com/watch/1969541-inside-rebecca-saxes-head?pod=cedar

Rebecca Saxe 16:54
http://vodpod.com/watch/2277349-rebecca-saxe

Mais um vídeo interessantíssimo:

Henry Markram (born 1962) is Director of the Blue Brain Project at École Polytechnique Fédérale de Lausanne (EPFL).

Henry Markram: Supercomputing the brain's secrets 16:49
http://vodpod.com/watch/2343826-henry-markram-supercomputing-the-brains-secrets

(Se v. acha que não vai entender o inglês, ainda assim dê uma chance a si mesma(o). Essas três palestras estão em ritmo lento, têm muitas palavras técnicas que v. já conhece - brain, neuroscience, etc. - e podem ser repetidas 'n' vezes. Entender parte delas é muito melhor do que nem tentar. Não desista!)
***********************************************
Atenção: eu não tinha reparado antes, mas alguns vídeos têm o recurso de serem vistos com legendas. Se não em português, mesmo em inglês já seria de grande ajuda. Procure esse recurso, ou então o próprio vídeo em outra apresentação que forneça legendas.

Duane Allman - Anthology


Duane Allman's greatness was apparent on his recordings with the Allman Brothers, yet there was another side to the superb guitarist. For many years, he was a highly respected session musician, playing on cuts by Wilson Pickett, Aretha Franklin, King Curtis, Boz Scaggs, Delaney & Bonnie, and Clarence Carter, among others. By including those session cuts, as well as a sampling of his brief sojourn in Eric Clapton's Derek and the Dominoes and a few rare solo tracks, along with a number of representative Allman Brothers songs, the double-album Anthology winds up drawing a complete portrait of Allman. He may have recorded plenty of other material worth hearing, but this has the bare essentials for an excellent introduction and retrospective.

Personnel: Duane Allman (vocals, guitar, slide guitar, dobro, electric sitar); Scott Boyer (vocals, guitar, acoustic guitar); Eric Clapton (vocals, guitar, slide guitar); Clarence Carter, Boz Scaggs (vocals, guitar); Johnny Jenkins (vocals, acoustic guitar, harmonica); Gregg Allman (vocals, piano, electric piano, organ); Aretha Franklin, Bobby Whitlock (vocals, piano); Delaney Bramlett, John F. Hammond, Bonnie, Delaney, John Hammond, Jr., Wilson Pickett, Bonnie Bramlett (vocals); Dickey Betts (guitar, acoustic guitar, dobro); Pete Carr (guitar, acoustic guitar); Albert Lowe, Ben Benay (guitar); Thom Doucette (harmonica); Floyd Newman (saxophone, baritone saxophone); King Curtis (saxophone, horns); Jerry Jumonville (alto saxophone); Joe Arnold, Frank Mayes, Aaron Varnell (tenor saxophone); James J. Mitchell, James Mitchell (baritone saxophone); Darrell Leonard (trumpet, trombone); Gene Miller (trumpet); The Memphis Horns (horns); Paul Hornsby (piano, electric piano, organ); Jim Gordon (piano, organ, drums); Jim Gordon , Barry Beckett (piano, organ); Marvell Thomas, Spooner Oldham (organ); Jaimoe Johnson (drums, congas, timbales); Butch Trucks (drums, tambourine); Chuck Morgan, Johnny Sandlin, Roger Hawkins, Charlie Morgan (drums); Peter Kowalke, Tommy Talton (background vocals).

Duane Allman - An Anthology 1972 - 2CD]
MP3 210 MB
CD1
pass: ruskaval

Olho Vivo - arquivos executáveis


Uma das atividades prediletas dos leitores deste CL&M é fazer download dos livros, artigos e CDs indicados. No entanto, precisamos estar sempre de orelha em pé com relação ao download desavisado de virus, que têm em arquivos executáveis sua principal plataforma de lançamento (para dentro do nosso HD). Dos arquivos executáveis, os mais conhecidos são aqueles com extensão .exe, mas existem muitos outros que devem ser evitados com a mesma diligência (não sendo de fonte totalmente confiável). Por exemplo:

A6P: Authorware 6 Program
AC: Autoconfig Script
AS: Adobe Flash ActionScript File
ACR: ACRobot Script
ACTION: Automator Action
AIR: Adobe AIR Installation Package
APP: FoxPro Generated Application
APP: Symbian OS Application
AWK: AWK Script
BAT: Batch File
CGI: Common Gateway Interface Script
CMD: Windows Command
COM: DOS Command File
CSH: C Shell Script
DEK: Eavesdropper Batch File
DLD: EdLog Compiled Program
DS: TWAIN Data Source
EBM: EXTRA! Basic Macro
ESH: Extended Shell Batch File
EXE: Windows Executable File
EZS: EZ-R Stats Batch Script
FKY: FoxPro Macro
FRS: Flash Renamer Script
FXP: FoxPro Compiled Source
GADGET: Windows Gadget
HMS: HostMonitor Script File
HTA: HTML Application
ICD: SafeDisc Encrypted Program
INX: Compiled Script
IPF: SMS Installer Script
ISU: InstallShield Uninstaller Script
JAR: Java Archive File
JS: JScript Executable Script
JSE: JScript Encoded File
JSX: ExtendScript Script File
KIX: KiXtart Script File
MCR: 3ds Max Macroscript File
MEM: Macro Editor Macro
MPX: FoxPro Compiled Menu Program
MS: 3ds Max Script File
MST: Windows SDK Setup Transform Script
OBS: ObjectScript Script File
PAF: Portable Application Installer File
PEX: ProBoard Executable File
PIF: Program Information File
PRC: Palm Resource Code File
PRG: Generica Program File
PVD: Instalit Script
PWC: PictureTaker File
PY: Python Script
PYC: Python Compiled File
PYO: Python Optimized Code
QPX: FoxPro Compiled Query Program
RBX: Rembo-C Compiled Script
RGS: Registry Script
ROX: Actuate Report Object Executable File
RPJ: Real Pac Batch Job File
SCAR: SCAR Script
SCR: Script File
SCRIPT: Generic Script File
SCT: Windows Script Component
SHB: Windows Shortcut into a Document
SHS: Shell Scrap Object File
SPR: FoxPro Generated Screen File
TLB: OLE Type Library
TMS: Telemate Script
U3P: U3 Smart Application
UDF: Excel User Defined Function
VB: VBScript File
VBE: VBScript Encoded Script File
VBS: VBScript File
VBSCRIPT: Visual Basic Script
WCM: WordPerfect Macro
WPK: WordPerfect Macro
WS: Windows Script
WSF: Windows Script File
XQT: SuperCalc Macro File

sábado, 19 de dezembro de 2009

A Genética da Neurociência Cognitiva


Em seu artigo The dawn of cognitive genetics? Crucial developmental caveats, de 2005 (doi:10.1016/j.tics.2005.01.008), Gaia Scerif & Annette Karmiloff-Smith examinam a nova ênfase acadêmica nas investigações cognitivas referentes aos aspectos genéticos e à ligação entre o genótipo e o fenótipo cognitivo, e fazem a ressalva: "Examinamos recentes achados empíricos de pesquisas sobre distúrbios genéticos nos três níveis de descrição - cognitivo, neurosistêmico e celular - que acautelam contra um simples mapeamento genótipo-fenótipo em todos os níveis. Mais importante, os esforços interdisciplinares para integrar a genética humana e a cognição precisarão operacionalizar os mecanismos que governam os processos de desenvolvimento tanto típicos como atípicos no decurso do tempo". Esta restrição está bem explicada logo na introdução do artigo, apresentando detalhes da complexidade dessa tarefa de integração, mas procura dirigir aqueles esforços para uma direção em que (falando amplamente) as diferenças entre normal e patológico estejam muito bem demarcadas.

Genes, brain, and cognition: A roadmap for the cognitive scientist, de Franck Ramus (Cognition, Vol. 101, Issue 2, September 2006), tem a seguinte Conclusão:

"Há dez anos, a neurociência estava para revolucionar a ciência cognitiva, ou pelo menos assim foi anunciado. Muitos cientistas cognitivos podem afirmar que não sentiram a diferença (a não ser por suas verbas, que foram desviadas para a neurociência cognitiva). Estão certos acerca da neurociência básica ter progredido a uma velocidade incrível, mas tiveram pouco contato com a ciência cognitiva. Agora a genética é anunciada como sendo a próxima revolução. Devemos nos importar? Eu tenho argumentado que devemos. De fato, a genética pode até mesmo estar ultrapassando a neurociência na corrida para a mente humana. Ao inverso da neurociência básica, que é grandemente dedicada ao estudo da percepção e do controle motor em animais não humanos, os estudos genéticos começaram dirigindo-se diretamente aos fenótipos cognitivos humanos. Mas ao mesmo tempo, a genética está intimamente ligada à neurociência, e portanto fornece uma nova oportunidade para se conectar a cognição com o cérebro no nível mais profundo. Esse número especial (da Cognition) é dedicado a aumentar a consciência dos cientistas cognitivos e seu interesse quanto a esta nova perspectiva, reunindo artigos que fornecem diferentes exemplos empíricos e perspectivas teóricas sobre como se obter uma integração entre os diferentes níveis de descrição".

Isto é, o artigo é bem escrito e com boa quantidade de referências importantes, mas Ramus ainda está apenas chamando a atenção para o futuro brilhante de uma genética da neurociência cognitiva. E os outros artigos desse número especial da Cognition não vão muito mais longe do que isso.

Entre os artigos que dão continuidade a um maior conhecimento dessa linha de abordagem, escolhi "The model organism as a system: Integrating 'omics' data sets" (de Andrew R. Joyce & Bernhard Ø. Palsson, 2006) para que se tenha um quadro bem atual dos conjuntos de dados 'ômicos', dos quais nos interessam particularmente a genômica (p. 199) e a fenômica (p. 201). Na p. 207, faz-se uma pequena referência direta a novos conhecimentos evolutivos derivados da integração de múltiplos tipos de dados ômicos: "Por exemplo, como as sequências genômicas do chimpanzé e do homem compartilham ~99% de identidade, que outros fatores celulares explicam as diversas diferenças morfológicas, comportamentais e cognitivas que existem entre (essas) espécies?" A presença de artigos acadêmicos e livros englobando genética e cognição ainda é pequena na literatura de qualidade, mas esta situação já está começando a mudar.

Da editoria do livro:

"Sabe-se há tempos que alguns aspectos do comportamento estão disseminados através das famílias; estudos mostram que características relaciondas a cognição, temperamento, e todas os principais distúrbios psiquiátricos, são produto de herança. Esse livro oferece uma introdução para se entender os mecanismos genéticos desses traços herdados. Ele propõe um conjunto de ferramentas - uma base conceitual - para se avaliar criticamente estudos recentes e oferece um panorama das últimas pesquisas nos campos emergentes da genética cognitiva e da genética tomográfica. Os capítulos enfatizam questões fundamentais que tratam do projeto de experimentos, a utilização de ferramentas bioinformáticas, a integração de dados de diferentes níveis de análise e a validade dos achados, argumentando que as associações entre genes e processos cogtnitivos devem ser replicáveis e colocadas em um contexto neurobiológico para serem validadas.

The Genetics of Cognitive Neuroscience procura dar ao leitor uma compreensão ativa da influência de variantes genéticas específicas sobre cognição, regulação afetiva, personalidade e distúrbios do sistema nervoso central. Com sua ênfase em pontos mretodológicos, continuará sendo um recurso valioso nesse campo de rápido desenvolvimento
".
The Genetics of Cognitive Neuroscience
Terry E. Goldberg & Daniel R. Weinberger
The MIT Press 2009-10-30 ISBN: 026201307X 280 pages PDF 1 MB
http://www.megaupload.com/?d=3YDANCPF

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Händel - amor e ciúme


Faça seu download do site Sic Transit Opera Mundi, sempre abafando...
************************
Amor e gelosia: Handel
Operatic Duets
Patrizia Ciofi & Joyce Di Donato
*********************************
This audio CD is a compilation of 17 duets from the opera by Georg Friedrich Haendel, sung by the Italian soprano Patrizia Ciofi and the American mezzo-soprano Joyce DiDonato, recorded in Montevarchi, Italy in 2003. According to the booklet that comes with the CD, the 17 tracks are arranged in a chronology of love, starting with duets depicting the joy and certainty of new love, to the middle tracks where love experiences doubts, jealousy, and melancholy. After all the trials true love experiences, the final tracks return to the expression of eternal love that can endure all things. All the numbers on this CD are very well sung indeed. (...)
The Italian soprano Patrizia Ciofi (also to be found as Idaspe in the stellar recording of Vivaldi's Bajazet) has been a star in Europe for some years now in the bel canto roles, but has rarely made news here in the USA (the downside of not being a scandalous diva, I guess). Her young and very agile wooden-flute-like voice is very dark for a soprano. She is very adept at showing feisty emotions (anger, outrage, discontent) or a short-lived spontaneous compulsion, though not so in conveying vulnerability.
The American mezzo Joyce DiDonato; on the other hand, is now becoming a major star on both sides of the Atlantic Ocean. Hers is a lustrously rich and clear mezzo voice (something between the oboe and a brass instrument in quality). And she is the more introspective voice of this pairing, while Sra Ciofi is more dynamic. Both sound at home in these florid duets, making the virtuoso coloratura passages sound effortlessly easy (and they ornament them very tastefully to each number's mood rather than to gratuitously show off their skills). The two complement each other well, though ideally I’d like the soprano voice to be a bit lighter as Sra Ciofi's female character often sounds huskier than her supposedly male counterpart. They are well accompanied by the period instrument orchestra Il complesso barocco under the direction of Maestro Alan Curtis, who is as sensitive and supple in the recitatives (lead in sung speech) as in the arias and duets themselves. I think I would prefer a richer sound from the orchestra, but then this thin sound is probably more correct and proper for the Baroque style.
1. PORO: Caro amico amplesso! This is a duet of conciliation sung by the lovers Poro the Indian Prince, and his beloved Cleofide. It is taken rather out of sequence with the other excerpts from the opera, actually occurring later in the story than the other numbers (tracks 10, 11, 12, 14). Having had their fights and misunderstandings, the lovers are now reconciled and falling in love with each other all over again.
2. RINALDO: Scherzano sul tuo volto This duet is a marvelous musical portrayal of 2 lovers out on an easy stroll in the garden. Rinaldo the knight and his fiancee Almirena can’t know what trials loom ahead in the opera as they are lost in blissful love for each other.

Etc. Leia o restante dessa crítica em:

A Origem dos Conceitos



O livro de Susan Carey, The Origin of Concepts, merece um comentário mais extenso. A mera transcrição das abobrinhas da editoria não poderia ser suficiente, e fui procurar opiniões acadêmicas sobre ele. Acho que a review de Nicholas Shea, da qual traduzo uns trechos abaixo e cujo endereço disponibilizo para que todos possam ler na íntegra, é uma boa escolha. Afinal, trata-se do livro daquela doutoranda que em 1972 entregou a seguinte tese: "Serão as crianças pequenos cientistas com teorias equivocadas sobre o mundo?"

Carey, S. (1972). Are children little scientists with false theories of the world? Unpublished Ph.D. dissertation, Harvard University.


New Concepts Can Be Learned
Review of The Origin of Concepts, by Susan Carey
Oxford: Oxford University Press, 2009
Biology & Philosophy, doi:10.1007/s10539-009-9187-5
Nicholas Shea
Faculty of Philosophy, University of Oxford

"O filósofo da mente que está convencido da relevância de resultados empíricos logo encontra um problema. Atraído por alguns estudos interessantes, a porta se abre para uma cacofonia de dados, como uma festa frenética a todo vapor. Há estudos demais por aí. Como se interrelacionam? E a que conclusão chegam? O jovem Darwin teve o mesmo problema: em The Origin of Concepts, Susan Carey vem em nosso socorro. Na tradição da outra Origin, o livro de Carey oferece uma teoria que transforma um aglomerado de dados em uma história coerente. (...)

Os filósofos conhecem bem o tormento que se disfarça como a argumentação de Fodor sobre o nativismo conceitual radical. (...) Ela tem uma parte teórica e uma parte empírica. A parte teórica afirma que todas as explicações computacionais ou psicológicas da aprendizagem de uma nova representação devem começar com algumas representações como input, e que o máximo que essas explicações podem fornecer como output são representações elaboradas a partir daquelas fontes iniciais. A parte empírica observa que a maioria dos conceitos lexicais não são estruturados ou elaborados a partir de quaisquer outras representações. Eles são atomísticos. Desse modo, devem ser inatos - explicar sua aquisição está fora do pacote da ciência cognitiva, está além do poder explanatório até da ampla sequência de disciplinas que entraram no projeto.

É um desafio enorme, e a réplica de Carey não foi elaborada às pressas. Ela também tem uma parte teórica e uma parte empírica. A parte empírica consiste de décadas de cuidadosos estudos, cada um deles, se tomado isoladamente, podendo ser discutível, mas cuja combinação vem a ser uma demonstração decisiva de que realmente existem descontinuidades no desenvolvimento do repertório representacional humano. A parte teórica é uma engenhosa argumentação para demonstrar que a psicologia pode explicar tais transições. Carey nos oferece um mecanismo, o bootstrapping quiniano (Quinian bootstrapping - que está explicado a partir da p. 20 do livro), que dá surgimento a conceitos com poderes expressivos genuinamente novos. Dando uma explicação psicológica, quase computacional, do funcionamento desse mecanismo, Carey demonstra que tais explanações têm firme posição no pacote da ciência cognitiva. A combinação de idéia teórica e suporte empírico torna The Origin of Concepts um todo bastante satisfatório. Tomado apenas como obra de psicologia, é um valioso compêndio. Tomado apenas como obra filosófica, é uma importante contribuição para o debate principal. A notável conquista do livro é ser as duas coisas
".

Dito isso, e já iniciados pelo texto (completo) de Shea, vejamos o que dizem as notas da editoria:

"Apenas os seres humanos têm um rico repertório conceitual com conceitos como ofensa, entropia, grupo abeliano, maneirismo, ícone e desconstrução. Como os humanos elaboraram tais conceitos? E uma vez que tenham sido elaborados pelos adultos, como é que as crianças os adquirem? Ainda que se concentre primariamente na segunda questão, Susan Carey, em The Origin of Concepts, mostra que as respostas às duas questões se sobrepõem substancialmente.

Carey inicia caracterizando o ponto de partida inato do desenvolvimento conceitual, a saber, os sistemas de cognição básica. As representações da cognição básica são o output de analisadores de input dedicados, como nas reprsentações perceptuais, mas essas representações básicas diferem das reprsentações perceptuais por terem mais conteúdos abstratos e papéis funcionais mais ricos. Carey argumenta que a chave para entender o desenvolvimento cognitivo está no reconhecimento de descontinuidades conceituais nas quais emergem sistemas representacionais que têm mais poder expressivo do que a cognição básica, e que além disso não podem ser comparados com a cognição básica e outros sistemas representacionais iniciais. Finalmente, Carey dá corpo ao bootstrapping quiniano, um mecanismo de aprendizagem que tem sido repetidamente esboçado na literatura sobre a história e a filosofia da ciência. Ela demosntra que o bootstrapping quiniano é um importante mecanismo na elaboração de novos recursos representacionais no decurso do desenvolvimento cognitivo das crianças.

Carey mostra como a ciência cognitiva do desenvolvimento resolve aspectos de continuados debates filosóficos sobre existência, natureza, conteúdo e formato do conhecimento inato. Ela também mostra que a compreensão dos processos de desenvolvimento conceitual da criança ilumina o processo histórico através do qual são elaborados os conceitos, e transforma a maneira como pensamos sobre problemas filosóficos que tratam da da natureza dos conceitos e das relações entre linguagem e pensamento
".

The Origin of Concepts
Susan Carey
Oxford University Press 2009 608 pages PDF 3 MB
http://depositfiles.com/files/uq3ok2ufr

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

A mente não é um computador

Why Minds Are Not Like Computers
Ari N. Schulman

Não é um artigo científico: está na revista americana The New Atlantis ("A Journal of Technology & Society", dizem eles), que aparentemente se dedica mais a coisas sociais e políticas do que àquelas que normalmente aparecem por aqui. Mas esse artigo merece uma olhada. Veja sua introdução:

"As pessoas que acreditam que a mente pode ser replicada em um computador tendem a explicar a mente em termos computacionais. Quando teorizam sobre a mente, em especial para não-iniciados, mas também entre elas, as pessoas que defendem a inteligência artificial (AI) frequentemente se valem de conceitos computacionais. Quase sempre decrevem a mente e o cérebro como 'o software e o hardware' do pensamento, a mente como 'um padrão' e o cérebro como um 'substrato', os sentidos como 'inputs' e os comportamentos como 'outputs', os neurônios como 'unidades de processamento' e as sinapses como 'circuitos', só para citar alguns exemplos comuns.

Aqueles que empregam essas analogias tendem a fazer isto naturalmente. Raramente justificam isso com referência ao funcionamento real dos computadores, e assim utilizam erradamente, abusivamente, termos que têm definições claras e estabelecidas na ciência computacional - estabelecidas não só porque eles são bem compreendidos, mas porque de fato são produtos da engenharia humana. Um exame do que significa esse uso e de sua correção revela bastante sobre a história e o estado atual da pesquisa em inteligência artificial. E enfatiza as aspirações de alguns dos luminares da AI - pesquisadores, divulgadores e defensores, para os quais a metáfora da mente-enquanto-máquina é mais um dogma do que uma disciplina
".

http://www.thenewatlantis.com/docLib/20090220_TNA23Schulman.pdf

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

James Blunt ao vivo


São dois discos, como se vê abaixo, mas o download é um só. A qualidade do som é boa, mas as poucas músicas que conheço estavam em melhor forma no cd de estúdio. Bom, não custa conferir.

James Blunt - All The Lost Souls Tour 2008
Pop MP3 119 MB Cover
Disc 1
01. Give Me Some Love
02. Billy
03. High
04. I Really Want You
05. Carry You Home
06. I’ll Take Everything
07. Goodbye My Lover
08. No Bravery
Disc 2
01. Annie
02. Breakfast In America
03. You’re Beautiful
04. Shine On
05. Out Of My Mind
06. Wisemen
07. So Long Jimmy
08. One Of The Brightest Stars
09. Same Mistake
10. 1973

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

A teoria e seu uso clínico


Demonstrating the importance of theory for effective clinical practice, this thought-provoking volume brings together leading experts on a range of contemporary cognitive and behavioral approaches. The contributors probe the philosophical and theoretical underpinnings of each model—its assumptions about normal psychological processes, the development and maintenance of psychopathology, and the mechanisms by which therapeutic changes take place. The historical antecedents of the theories are examined and studies that have tested them are reviewed. Vivid case studies show practitioners how theory informs clinical decision making and technique in each of the respective approaches.

Cognitive and Behavioral Theories in Clinical Practice

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Neurociência Cognitiva Evolutiva

Where Evolutionary Psychology meets Cognitive Neuroscience:
A précis to Evolutionary Cognitive Neuroscience
Evolutionary Psychology – Volume 5(1). 2007

Austen L. Krill, Evolutionary Cognitive Neuroscience Laboratory, Evolutionary Psychology and Behavioral Ecology Group, The University of Liverpool, School of Biological Sciences, Liverpool
Steven M. Platek, Evolutionary Cognitive Neuroscience Laboratory, Evolutionary Psychology and Behavioral Ecology Group, The University of Liverpool, School of Biological Sciences, Liverpool
Aaron T. Goetz, Evolutionary Psychology Laboratory, Florida Atlantic University, Department of Psychology, Davie, Florida
Todd K. Shackelford, Evolutionary Psychology Laboratory, Florida Atlantic University, Department of Psychology, Davie, Florida

Aqui está a tradução da introdução do artigo, que apresenta essa nova abordagem científica que integra diversas disciplinas para melhor definir a mente humana.

"A Neurociência Cognitiva Evolutiva (ECN) integra neurociência comparada, arqueologia, antropologia física, paleoneurologia, primatologia cognitiva, psicologia evolutiva e neurociência cognitiva, social e afetiva em um esforço para identificar e descrever os mecanismos neurais que foram forjados pelas pressões da seleção durante a história evolutiva humana e que definem a mente humana, assim como para identificar mecanismos neurais comparados da cognição. Em sua forma mais simples, a ECN é a união dos campos da psicologia evolutiva e da neurociência cognitiva utilizando metodologia das duas disciplinas e orientação da meta-teoria evolutiva. Nessa fusão, a identificação dos substratos neurais das adaptações psicológicas é muito importante. Um livro recente (Platek, Keenan, & Schackelford, 2007) apresenta a primeira visão completa dessa disciplina emergente, que é revista resumidamente aqui (veja também Platek & Shackelford, ainda sob contratação). Esse artigo consiste de três seções principais: (1) antecedentes históricos da neurociência cognitiva, e seu estado atual; (2) uma breve introdução aos métodos disponíveis para o neurocientista cognitivo evolutivo e possíveis implementações de tais metodologias, assim como referências a textos mais sofisticados de cada metodologia; e (3) orientações futuras para a disciplina".
Em http://www.epjournal.net/filestore/EP05232256.pdf

Leitura sugerida:

Evolutionary Psychology: History and Current Status
Paul E. Griffiths
Department of History and Philosophy of Science,
University of Pittsburgh
http://www.epjournal.net/filestore/EP05232256.pdf

Integrating Neuroscience, Psychology, and Evolutionary Biology Through a Teleological Conception of Function
Jennifer Mundale and William Bechtel
Philosophy-Neuroscience-Psychology Program, Washington University
http://mechanism.ucsd.edu/~bill/research/EV-PSY.pdf

Adapting Minds and Evolutionary Psychology
Herbert Gintis
Central European University
http://www.umass.edu/preferen/gintis/buller.pdf

Evolutionary psychology: Conceptual foundations
John Tooby and Leda Cosmides
Center for Evolutionary Psychology, University of California, Santa Barbara
http://www.cbd.ucla.edu/downloads/concept-j16.pdf

Evo-Devo: evolutionary developmental mechanisms
Brian K. Hall

Dept of Biology, Dalhousie University, Halifax, Nova Scotia, Canada
http://www.ijdb.ehu.es/fullaccess/fulltext.03078/ft491.pdf

Evolutionary Psychology, Meet Developmental Neurobiology: Against Promiscuous Modularity
David J. Buller 1 and Valerie Gray Hardcastle 2
1Department of Philosophy, Northern Illinois University
2Science and Technology Studies Program / Center for Interdisciplinary Studies, Department of Philosophy, Virginia Polytechnic and State University
http://www.niu.edu/phil/~buller/research/epmdn.pdf

domingo, 13 de dezembro de 2009

Como a tecnologia cognitiva amplifica nossas mentes


A Introdução do livro (p. 1-23), Offloading cognition onto cognitive technology (Itiel E. Dror & Stevan Harnad) é muitíssimo interessante. Os autores/editores examinam aparentemente todas as opções de abordagem do assunto: cognição, sua localização, natureza e amplitude; tecnologias sensóriomotoras e cognitivas ampliando a capacidade de desempenho de nossos cérebros; a criação de uma 'comunalidade cognitiva' (exemplo: a Web, ou mais comumente, a Internet), onde cognoscentes, bancos de dados digitais e programas de computador compartilham cognição e interagem globalmente, uma façanha impossível para a cognição meramente individual; a transformação radical de nossa epistemologia ("Assim como a tecnologia motora ampliou nossa capacidade física e modificou nossa vida física, a tecnologia cognitiva amplia nossa habilidade cognitiva e modifica nossa vida mental"), e assim por diante. A julgar pelas credenciais dos autores de cada artigo do livro, estamos bem servidos. Não pude ler quase nada ainda porque descobri esse livro anteontem, mas aí está ele.

Cognition Distributed: How cognitive technology extends our minds
Itiel E. Dror and Stevan Harnad
(edit.)
Publisher: J. Benjamins 2008 PDF 271 pages 3,1 mb
http://depositfiles.com/files/met8cyse6 ou
http://www.megaupload.com/?d=0B9D1WL7

Outros artigos interessantes/básicos sobre cognição distribuída:

Distributed Cognition - Edwin Hutchins, University of California, San Diego 2000
http://eclectic.ss.uci.edu/~drwhite/Anthro179a/DistributedCognition.pdf

"What distinguishes distributed cognition from other approaches is the commitment to two related theoretical principles. The first concerns the boundaries of the unit of analysis for cognition. The second concerns the range of mechanisms that may be assumed to participate in cognitive processes. While mainstream cognitive science looks for cognitive events in the manipulation of symbols (Newell, et.al, 1989), or more recently, patterns of activation across arrays of processing units (Rumelhart, et.al, 1986; McClelland, et.al., 1986) inside individual actors, distributed cognition looks for a broader class of cognitive events and does not expect all such events to be encompassed by the skin or skull of an individual.

When one applies these principles to the observation of human activity 'in the wild', at least three interesting kinds of distribution of cognitive process become apparent: cognitive processes may be distributed across the members of a social group, cognitive processes may be distributed in the sense that the operation of the cognitive system involves coordination between internal and external (material or environmental) structure, and processes may be distributed through time in such a way that the products of earlier events can transform nature of later events. The effects of these kinds of distribution of process are extremely important to an understanding of human cognition".

Um pequeno artigo do próprio Hutchins na International Encyclopedia of the Social & Behavioral Sciences (2001)
http://hci.ucsd.edu/102a/readings/isb313088.pdf


Distributed Cognition - Robert F. Williams, Lawrence University 2007
http://www.lawrence.edu/fast/williaro/DCog.pdf

"Distributed cognition is most closely associated with the work of the cognitive anthropologist Edwin Hutchins (1948-) at the University of California, San Diego, and with his students and colleagues. In his groundbreaking research, Hutchins studied the work of a navigation team on a navy ship. The team used specialized tools and coordinated activity to accomplish more than could be done by any individual thinker. This led Hutchins to broaden his definition of what constituted the cognitive system and to argue that cognition is distributed in three fundamental ways: across the individual and aspects of the material environment; across multiple individuals interacting and communicating in an organized way; and across time, in that products of earlier cognitive processes change the nature of later cognitive tasks".

A Brief Introduction to Distributed Cognition - Yvonne Rogers
Interact Lab, School of Cognitive and Computing Sciences, University of Sussex 1997
http://www.sdela.dds.nl/entityresearch/dcog-brief-intro.pdf


Distributed Cognition without Distributed Knowing
Ronald N. Giere, University of Minnesota, 2007
http://www.tc.umn.edu/~giere/DCwoDK.pdf

"In earlier works (2002, 2006), I have argued that it is useful to think of much scientific activity, particularly in experimental sciences, as involving the operation of distributed cognitive systems, since these are understood in the contemporary cognitive sciences. Introducing a notion of distributed cognition, however, invites consideration of whether, or in what way, related cognitive activities, such as knowing, might also be distributed. In this paper I will argue that one can usefully introduce a notion of distributed ognition without attributing other cognitive attributes, such as knowing, let alone having a mind or being conscious, to distributed cognitive systems. I will first briefly introduce the cognitive science understanding of distributed cognition, partly so as to distinguish full-blown distributed cognition from mere collective cognition".

Distributed Cognition: domains and dimensions
John Sutton
, Macquarie University 2007
http://www.phil.mq.edu.au/research/preprints/sutton/Sutton_Pragmatics_Cognition.pdf

"Abstract.
Synthesizing the domains of investigation highlighted in current research in distributed cognition and related fields, this paper offers an initial taxonomy of the overlapping types of resources which typically contribute to distributed or extended cognitive systems. It then outlines a number of key dimensions on which to analyse both the resulting integrated systems and the components which coalesce into more or less tightly coupled interaction over the course of their formation and renegotiation
".


Um livro com perspectiva mais ampla:
Beyond the Brain: Embodied, Situated and Distributed Cognition
Edited by Benoit Hardy-Vallée & Nicolas Payette
Cambridge Scholars Publishing 2008

"Introduction:
From 1990 to 1999, the U.S. Library of Congress and the National Institute of Mental Health sponsored an interagency initiative that designated the 90’s as the Decade of the Brain. Paradoxically, the cognitive science of this decade was marked by a major methodological and conceptual change that one can summarize as “cognition beyond the brain”. Whereas the brain was traditionally conceived as being the only seat of intelligence, many trends of research emphasized the functional entrenchment of the brain in the body, environment and culture. In neuroscience (Churchland, Ramachandran, and Sejnowski 1994), psychology (Barsalou 1999; Thelen and Smith 1994) Artificial Intelligence (Ballard 1991), robotics (Pfeifer and Scheier 1999; Brooks 1999), Artificial Life (Langton 1995), linguistics (Lakoff and Johnson 1999) and philosophy (Clark 1997), researchers began to be dubious of the “standard picture”:

'Perception is commonly cast as a process by which we receive information from the world. Cognition then comprises intelligent processes defined over some inner rendition of such information. Intentional action is glossed as the carrying out of commands that constitute the output of a cogitative, central system'. (Clark, 1997, p. 51)

According to the new approaches, cognitive processes are not limited to the symbolic processing of internal information structures, but implemented in various sensorimotors processes (motricity, perception, emotions, coordination, imagery, emulation, simulation) and various substrates (members, bodies, artifacts, environmental regularities). The major theme of these new approaches is the embeddedness of cognition: in the body and in the world. If one can, conceptually, distinguish the brain from the body and from the environment, a dense and continuous flow of information binds the three together
".
Para ler a introdução toda:

sábado, 12 de dezembro de 2009

Como Ouvir e Entender Música


Esse é o nome do livro de Aaron Copland (em português) que adorna o CL&M hoje. Capa do original muito ruim, tradução muito boa, e conteúdo melhor ainda. Sopa no mel.

http://www.mediafire.com/download.php?v2z0rznymld

Desenvolvimento cognitivo da criança

Old math reveals new thinking in children's cognitive development
PhysOrg.com December 11, 2009

"As crianças de cinco anos podem raciocinar sobre o mundo a partir de múltiplas perspectivas simultaneamente, de acordo com uma nova teoria de pesquisadores do Japão e da Austrália. Utilizando um ramo tradicional da matemática chamado Teoria das Categorias, os pesquisadores explicam porque habilidades específicas de raciocínio se desenvolvem nas crianças em certas idades, particularmente aos cinco anos. A nova teoria, publicada em 11 de dezembro na revista PLoS Computational Biology, mostra que essas habilidades de raciocínio têm perfís e desenvolvimento similares porque envolvem tipos relacionados de processos.
(O artigo original: Phillips S, Wilson WH, Halford GS (2009) What Do Transitive Inference and Class Inclusion Have in Common? Categorical (Co)Products and Cognitive Development. PLoS Comput Biol 5(12): e1000599.
doi:10.1371/journal.pcbi.1000599)

Por volta dos cinco anos, as crianças começam a entender que se João é mais alto do que Maria e Maria é mais alta do que Suzana, então João é mais alto do que Suzana- uma Inferência Transitiva. Elas também começam a entender que existem mais frutas do que apenas maçãs em uma quitanda - uma Inclusão de Classe. A despeito de décadas de experimentos anteriores, as causas dos perfís notavelmente similares de desenvolvimento cognitivo em torno desses paradigmas aparentemente dissimilares de raciocínio têm sido um mistério.

Steven Phillips, do National Institute of Advanced Industrial Science and Technology (AIST, Japan), e seus colegas, demonstraram que tanto a Inferência Transitiva quanto a Inclusão de Classe se desenvolvem por volta dos cinco anos porque envolvem a habilidade para aplicar ao mesmo tempo duas linhas de pensamento sobre um problema, ao passo que crianças menores se limitam a uma linha. Na teoria das categorias, a ênfase está nas relações (mapas) entre os objetos, mais do que em seus conteúdos. Na Inferência Transitiva, por exemplo, as crianças devem pensar sobre uma pessoa (isto é, Maria) que é ao mesmo tempo mais alta do que João e mais baixa do que Suzana para fazer a inferência (NT - está assim no original). As relações entre objetos da Inclusão de Classe são similares, mas as orientações dos mapas são ao contrário. Na teoria das categorias, duas coisas que estão relacionadas por reversos de mapeamento são chamadas de duais. A Inferência transitiva e a Inclusão de Classe envolvem dificuldades similares para as crianças abaixo de cinco anos porque envolvem os "mesmos" (isto é, duais ou isomórficos) processos, no sentido da teoria das categorias.

Até aqui, a teoria fornece uma boa explicação da Inferência Transitiva, da Inclusão de Classe e de outras cinco formas de inferência: a completação de Matriz, a Cardinalidade, a Escolha de Cartas de Dimensão Modificada, a Escala de Equilíbrio (integração peso-distância) e a Teoria da Mente. Outros experimentos irão testar predições baseadas na teoria referentes a outros paradigmas e a níveis mais complexos de raciocínio".

Não gostei muito do resumo acima, principalmente depois de correr os olhos no artigo original. Fica assim mesmo porque atrás vem gente, mas vamos ler o original, vale a pena (para quem se dispuser a atravessar aquela matemática toda), já que nos Resultados os autores (já com menos fórmulas e seus desenvolvimentos)analisam paradigma por paradigma. Os três autores já trabalham juntos sobre esse assunto há bastante tempo. Por exemplo:

Behav Brain Sci. 1998 Dec;21(6):803-31; discussion 831-64.
Processing capacity defined by relational complexity: implications for comparative, developmental, and cognitive psychology.
Halford GS, Wilson WH, Phillips S.