John Mayer - Bold as Love
http://www.eg-knight.com/Music/John%20Mayer/09%20Bold%20as%20Love.mp3
terça-feira, 31 de maio de 2011
O desenvolvimento da cognição incorporada
The Development of Embodied Cognition: Six Lessons from Babies
Linda Smith & Michael Gasser (200?)
Indiana University
Abstract. A hipótese da incorporação (embodiment) é a idéia de que a inteligência surge da interação de um agente com um meio ambiente, como resultado da atividade sensório-motora. Neste estudo nós oferecemos seis lições para se desenvolver agentes inteligentes incorporados, lições que são sugeridas por pesquisas em psicologia do desenvolvimento. Nós argumentamos que começar como um bebê preso a um mundo físico, social e linguístico é crucial para o desenvolvimento da inteligência flexível e inventiva que caracteriza a humanidade.
Depois disso, Smith & Gasser nomeiam as seis lições:
1. A experiência do mundo que têm os bebês é profundamente multi-modal
2. Os bebês se desenvolvem gradualmente (incrementally), e não são desenvoltos no início
3. Os bebês vivem em um mundo físico, cheio de fecundas regularidades que organizam a percepção, a ação e, fundamentalmente, o pensamento
4. Os bebês exploram - movem-se e agem de maneiras bem variáveis e lúdicas que não são orientadas para um objetivo e que aparentemente são aleatórias
5. Os bebês agem e aprendem em um mundo social onde parceiros mais maduros guiam a aprendizagem e adicionam estruturas de sustentação para ela
6. Os bebês aprendem uma linguagem, um sistema comunicativo compartilhado que é simbólico
E passam a discutí-las em detalhes. Gostei mais da sexta lição, et pour cause:
A linguagem parece ter início bastante fundamentada no aqui-e-agora perceptivo, processos sensório-motores e sociais que não são específicos da linguagem e sim sistemas bastante abertos de aprendizagem capazes de descobrir e resolver uma variedade infinita de tarefas. Mas a linguagem - sem dúvida - é uma forma muito especial de regularidade do mundo que modifica profundamente quem a aprende.
Depois de exporem várias razões que justificam suas idéias, os autores registram suas Conclusões, que terminam com esse parágrafo:
Nós argumentamos que a inteligência incorporada se desenvolve. Em uma criança humana (incorporada), a inteligência surge à medida que a criança explora o mundo utilizando suas sofisticadas habilidades de aprendizagem estatística para apreender as sutís regularidades à sua volta. Porque a criança começa em pequena escala, porque sua inteligência se nutre do progresso que já realizou, porque o desenvolvimento introduz a criança às diferentes regularidades do mundo, porque essas regularidades incluem relacionamentos entre a criança e parceiros sociais hábeis, e porque o mundo inclui um sistema simbólico, a linguagem natural, a criança adquire uma inteligência que está à frente daquela de qualquer outro animal, e mais ainda daquela de qualquer dispositivo articial existente. A lição que vem dos bebês é: a inteligência não apenas é incorporada, ela se torna incorporada.
Linda Smith & Michael Gasser (200?)
Indiana University
Abstract. A hipótese da incorporação (embodiment) é a idéia de que a inteligência surge da interação de um agente com um meio ambiente, como resultado da atividade sensório-motora. Neste estudo nós oferecemos seis lições para se desenvolver agentes inteligentes incorporados, lições que são sugeridas por pesquisas em psicologia do desenvolvimento. Nós argumentamos que começar como um bebê preso a um mundo físico, social e linguístico é crucial para o desenvolvimento da inteligência flexível e inventiva que caracteriza a humanidade.
Depois disso, Smith & Gasser nomeiam as seis lições:
1. A experiência do mundo que têm os bebês é profundamente multi-modal
2. Os bebês se desenvolvem gradualmente (incrementally), e não são desenvoltos no início
3. Os bebês vivem em um mundo físico, cheio de fecundas regularidades que organizam a percepção, a ação e, fundamentalmente, o pensamento
4. Os bebês exploram - movem-se e agem de maneiras bem variáveis e lúdicas que não são orientadas para um objetivo e que aparentemente são aleatórias
5. Os bebês agem e aprendem em um mundo social onde parceiros mais maduros guiam a aprendizagem e adicionam estruturas de sustentação para ela
6. Os bebês aprendem uma linguagem, um sistema comunicativo compartilhado que é simbólico
E passam a discutí-las em detalhes. Gostei mais da sexta lição, et pour cause:
A linguagem parece ter início bastante fundamentada no aqui-e-agora perceptivo, processos sensório-motores e sociais que não são específicos da linguagem e sim sistemas bastante abertos de aprendizagem capazes de descobrir e resolver uma variedade infinita de tarefas. Mas a linguagem - sem dúvida - é uma forma muito especial de regularidade do mundo que modifica profundamente quem a aprende.
Depois de exporem várias razões que justificam suas idéias, os autores registram suas Conclusões, que terminam com esse parágrafo:
Nós argumentamos que a inteligência incorporada se desenvolve. Em uma criança humana (incorporada), a inteligência surge à medida que a criança explora o mundo utilizando suas sofisticadas habilidades de aprendizagem estatística para apreender as sutís regularidades à sua volta. Porque a criança começa em pequena escala, porque sua inteligência se nutre do progresso que já realizou, porque o desenvolvimento introduz a criança às diferentes regularidades do mundo, porque essas regularidades incluem relacionamentos entre a criança e parceiros sociais hábeis, e porque o mundo inclui um sistema simbólico, a linguagem natural, a criança adquire uma inteligência que está à frente daquela de qualquer outro animal, e mais ainda daquela de qualquer dispositivo articial existente. A lição que vem dos bebês é: a inteligência não apenas é incorporada, ela se torna incorporada.
Neuropsicologia através das síndromes
From translating the patient’s medical records and test results to providing recommendations, the neuropsychological evaluation incorporates the science and practice of neuropsychology, neurology, and psychological sciences. The Little Black Book of Neuropsychology brings the practice and study of neuropsychology into concise step-by-step focus—without skimping on scientific quality. This one-of-a-kind assessment reference complements standard textbooks by outlining signs, symptoms, and complaints according to neuropsychological domain (such as memory, language, or executive function), with descriptions of possible deficits involved, inpatient and outpatient assessment methods, and possible etiologies. Additional chapters offer a more traditional approach to evaluation, discussing specific neurological disorders and diseases in terms of their clinical features, neuroanatomical correlates, and assessment and treatment considerations. Chapters in psychometrics provide for initial understanding of brain-behavior interpretation as well as more advanced principals for neuropsychology practice including new diagnostic concepts and analysis of change in performance over time. For the trainee, beginning clinician or seasoned expert, this user-friendly presentation incorporating ‘quick reference guides’ throughout which will add to the practice armentarium of beginning and seasoned clinicians alike. Key features of The Black Book of Neuropsychology: Concise framework for understanding the neuropsychological referral. Symptoms/syndromes presented in a handy outline format, with dozens of charts and tables. Review of basic neurobehavioral examination procedure. Attention to professional issues, including advances in psychometrics and diagnoses, including tables for reliable change for many commonly used tests. Special “Writing Reports like You Mean It” section and guidelines for answering referral questions.Includes appendices of practical information, including neuropsychological formulary.
The Little Black Book of Neuropsychology: A Syndrome-Based Approach
Mike R. Schoenberg
The Little Black Book of Neuropsychology: A Syndrome-Based Approach
Mike R. Schoenberg
Springer edition 2011 PDF 968 pages 11.2 mb
http://depositfiles.com/files/sttq0rplm ou
http://www.filesonic.com/file/1081253144/The_Little_Black_Book_of_Neuropsychology.pdf
http://depositfiles.com/files/sttq0rplm ou
http://www.filesonic.com/file/1081253144/The_Little_Black_Book_of_Neuropsychology.pdf
Clara Engel
A cantora canadense enviou mail para o CLM oferecendo uma música para degustação. Quanta honra! Neste site, podemos ouvir seu avant garde/blues/folk/indie Accompanied by Dreams, extra-melancólico, onde ela canta em desespero acompanhada apenas de seu violão e Taylor Galassi ao cello. Com direito a ir acompanhando a letra. Gostei também de sua música Blind Me, além de umas outras encontradas em http://claraengel.bandcamp.com/
Blind Pilot - 3 Rounds and a Sound
Um disco despretencioso, bem agradável.
Tracks:
1. Oviedo
Tracks:
1. Oviedo
2. The Story I Heard
3. Paint or Pollen
4. Poor Boy
5. One Red Thread
6. Go On, Say It
7. Two Towns From Me
8. I Buried A Bone
9. Things I Cannot Recall
10. The Bitter End
11. 3 Rounds and a Sound
http://rapidshare.com/files/426253992/3-rondas-y-un-sonido.rar
http://rapidshare.com/files/426253992/3-rondas-y-un-sonido.rar
Aída, de Verdi - sua história
Verdi's Aida was first published in 1978. Minnesota Archive Editions uses digital technology to make long-unavailable books once again accessible, and are published unaltered from the original University of Minnesota Press editions.
Verdi's Aida: The History of an Opera in Letters and Documents
Collected and Translated by Hans Busch
Verdi's Aida: The History of an Opera in Letters and Documents
Collected and Translated by Hans Busch
University of Minnesota Press April 24, 1978 743 pages PDF 29.3 MB http://www.filesonic.com/file/988031471/0816608008.pdf
quinta-feira, 26 de maio de 2011
Algumas Músicas
Smokie - Have You Ever Seen the Rain
http://cfs.tistory.com/attach/1510/1144310808.mp3
Will Johnson - Closing Down My House
Many Thanks to Slowcoustic
http://slowcoustic.com/wp-content/uploads/2009/04/closing-down-my-house.mp3
Will Johnson - Gas Blowin' Out Of Our Eyes
letra em https://docs.google.com/document/d/1koJ0C3GL4vzjQCPjy3xcvSUK4XAPwCAo3ta8OVE_1Uo/edit?hl=en_US#
http://www.southernshelter.com/willjohnson2010-04-04/willjohnson2010-04-04t07.mp3
James McMurtry - Right Here Now
http://moistworks.com/mp3/JamesMcMurtry_RightHereNow.mp3
James McMurtry - Angeline
http://unfogged.com/mt-static/Angeline.mp3
http://cfs.tistory.com/attach/1510/1144310808.mp3
Will Johnson - Closing Down My House
Many Thanks to Slowcoustic
http://slowcoustic.com/wp-content/uploads/2009/04/closing-down-my-house.mp3
Will Johnson - Gas Blowin' Out Of Our Eyes
letra em https://docs.google.com/document/d/1koJ0C3GL4vzjQCPjy3xcvSUK4XAPwCAo3ta8OVE_1Uo/edit?hl=en_US#
http://www.southernshelter.com/willjohnson2010-04-04/willjohnson2010-04-04t07.mp3
James McMurtry - Right Here Now
http://moistworks.com/mp3/JamesMcMurtry_RightHereNow.mp3
James McMurtry - Angeline
http://unfogged.com/mt-static/Angeline.mp3
Por que os seres humanos raciocinam, questionam, argumentam?
Este título sinonímico aí está porque "reason", o verbo utilizado pelos autores, tem inúmeras traduções. A precisão de cada uma delas dependerá do contexto. Para "raciocinar", o dicionário Houaiss fornece:
1. fazer uso da razão para estabelecer relações entre (coisas e fatos)
2. apresentar razões; ponderar
e com essa acepção vou traduzir o abstract abaixo.
Why do humans reason? Arguments for an argumentative theory
Hugo Mercier
University of Pennsylvania, Philadelphia, PA 19104
Dan Sperber
Jean Nicod Institute (EHESS-ENS-CNRS), 75005 Paris, France
and Department of Philosophy, Central European University, Budapest, Hungary
(Publicação prévia de artigo a ser incluído na revista Behavioral and Brain Sciences.
Cambridge University Press, 2010)
Abstract: Em geral, considera-se que o raciocínio é um meio de aperfeiçoar o conhecimento e de tomar decisões melhores. Entretanto, muitas evidências demonstram que o raciocínio frequentemente leva a distorções epistêmicas e decisões não muito boas. Isto sugere que a função do raciocínio deve ser repensada. Nossa hipótese é que a função do raciocínio é argumentativa. Ele serve para criar e avaliar argumentos cuja finalidade é persuadir. Concebido dessa maneira o raciocínio é adaptativo, dada a excepcional dependência dos seres humanos com relação à comunicação e sua vulnerabilidade à informação errada. Grande quantidade de evidências na psicologia do raciocínio e da tomada de decisões podem ser reinterpretadas e mais bem explicadas à luz dessa hipótese. Um desempenho fraco em tarefas padronizadas de raciocínio explica-se pela ausência de contexto argumentativo. Quando os mesmos problemas são apresentados em um ambiente argumentativo apropriado as pessoas tornam-se hábeis argumentadoras. Entretanto, esses hábeis argumentadores não estão à procura da verdade e sim de argumentos que apoiem seus pontos de vista. Isto explica o notório "confirmation bias" (a tendência confirmativa). Essa tendência torna-se aparente não só quando as pessoas estão verdadeiramente discutindo, mas também quando estão raciocinando proativamente dado que devem defender suas opiniões ("proactive", segundo o OED: diz-se do efeito mental de uma situação prévia que está ativo em uma atividade subsequente, especialmente em teoria da aprendizagem). O raciocínio assim motivado pode distorcer avaliações e atitudes, além de permitir a persistência de crenças errôneas. O raciocínio utilizado proativamente também favorece decisões que são fáceis de justificar mas que não são necessariamente melhores. Em todas estas instâncias, tradicionalmente descritas como falhas ou defeitos, o raciocínio faz extamente o que se espera de um dispositivo de argumentação: procura argumentos que sustentem uma dada conclusão e, ceteris paribus, favoreçam conclusões para as quais possam ser encontrados argumentos.
1. fazer uso da razão para estabelecer relações entre (coisas e fatos)
2. apresentar razões; ponderar
e com essa acepção vou traduzir o abstract abaixo.
Why do humans reason? Arguments for an argumentative theory
Hugo Mercier
University of Pennsylvania, Philadelphia, PA 19104
Dan Sperber
Jean Nicod Institute (EHESS-ENS-CNRS), 75005 Paris, France
and Department of Philosophy, Central European University, Budapest, Hungary
(Publicação prévia de artigo a ser incluído na revista Behavioral and Brain Sciences.
Cambridge University Press, 2010)
Abstract: Em geral, considera-se que o raciocínio é um meio de aperfeiçoar o conhecimento e de tomar decisões melhores. Entretanto, muitas evidências demonstram que o raciocínio frequentemente leva a distorções epistêmicas e decisões não muito boas. Isto sugere que a função do raciocínio deve ser repensada. Nossa hipótese é que a função do raciocínio é argumentativa. Ele serve para criar e avaliar argumentos cuja finalidade é persuadir. Concebido dessa maneira o raciocínio é adaptativo, dada a excepcional dependência dos seres humanos com relação à comunicação e sua vulnerabilidade à informação errada. Grande quantidade de evidências na psicologia do raciocínio e da tomada de decisões podem ser reinterpretadas e mais bem explicadas à luz dessa hipótese. Um desempenho fraco em tarefas padronizadas de raciocínio explica-se pela ausência de contexto argumentativo. Quando os mesmos problemas são apresentados em um ambiente argumentativo apropriado as pessoas tornam-se hábeis argumentadoras. Entretanto, esses hábeis argumentadores não estão à procura da verdade e sim de argumentos que apoiem seus pontos de vista. Isto explica o notório "confirmation bias" (a tendência confirmativa). Essa tendência torna-se aparente não só quando as pessoas estão verdadeiramente discutindo, mas também quando estão raciocinando proativamente dado que devem defender suas opiniões ("proactive", segundo o OED: diz-se do efeito mental de uma situação prévia que está ativo em uma atividade subsequente, especialmente em teoria da aprendizagem). O raciocínio assim motivado pode distorcer avaliações e atitudes, além de permitir a persistência de crenças errôneas. O raciocínio utilizado proativamente também favorece decisões que são fáceis de justificar mas que não são necessariamente melhores. Em todas estas instâncias, tradicionalmente descritas como falhas ou defeitos, o raciocínio faz extamente o que se espera de um dispositivo de argumentação: procura argumentos que sustentem uma dada conclusão e, ceteris paribus, favoreçam conclusões para as quais possam ser encontrados argumentos.
O que faria um parser racional
What a rational parser would do
John T. Hale 2011
Department of Linguistics
Cornell University
Um abstract mixuruca (muito sintetizado) desses não deixa entrever que esse artigo de Hale é bem pesquisado e apresenta (em suas 46 páginas) diversas idéias sobre "sentence comprehension" e parser. Uma olhadinha rápida na seção 1.2 (Organização do Trabalho) revela sua complexidade e alcance.
Abstract. Este artigo modelos do processo cognitivo da compreensão de sentenças pelos seres humanos com base na idéia da pesquisa informada. Esses modelos são racionais, no sentido de que querem encontrar rapidamente uma boa análise sintática. A pesquisa informada traz consigo uma nova explicação da aplicação do gardenpath que lida com contra-exemplos tradicionais. Ela sustenta uma explicação simbólica da coerência local, assim como uma explicação algorítmica da redução de entropia. Os modelos são expressados em ampla estrutura de teorias da compreensão de sentença pelos seres humanos.
John T. Hale 2011
Department of Linguistics
Cornell University
Um abstract mixuruca (muito sintetizado) desses não deixa entrever que esse artigo de Hale é bem pesquisado e apresenta (em suas 46 páginas) diversas idéias sobre "sentence comprehension" e parser. Uma olhadinha rápida na seção 1.2 (Organização do Trabalho) revela sua complexidade e alcance.
Abstract. Este artigo modelos do processo cognitivo da compreensão de sentenças pelos seres humanos com base na idéia da pesquisa informada. Esses modelos são racionais, no sentido de que querem encontrar rapidamente uma boa análise sintática. A pesquisa informada traz consigo uma nova explicação da aplicação do gardenpath que lida com contra-exemplos tradicionais. Ela sustenta uma explicação simbólica da coerência local, assim como uma explicação algorítmica da redução de entropia. Os modelos são expressados em ampla estrutura de teorias da compreensão de sentença pelos seres humanos.
Estatística na planilha Excel
Use Excel 2010’s statistical tools to transform your data into knowledge
Use Excel 2010’s powerful statistical tools to gain a deeper understanding of your data, make more accurate and reliable inferences, and solve problems in fields ranging from business to health sciences.
Top Excel guru Conrad Carlberg shows how to use Excel 2010 to perform the core statistical tasks every business professional, student, and researcher should master. Using real-world examples, Carlberg helps you choose the right technique for each problem and get the most out of Excel’s statistical features, including its new consistency functions. Along the way, you discover the most effective ways to use correlation and regression and analysis of variance and covariance. You see how to use Excel to test statistical hypotheses using the normal, binomial, t and F distributions.
Becoming an expert with Excel statistics has never been easier! You’ll find crystal-clear instructions, insider insights, and complete step-by-step projects—all complemented by an extensive set of web-based resources.
Master Excel’s most useful descriptive and inferential statistical tools
Tell the truth with statistics, and recognize when others don’t
Accurately summarize sets of values
View how values cluster and disperse
Infer a population’s characteristics from a sample’s frequency distribution
Explore correlation and regression to learn how variables move in tandem
Understand Excel’s new consistency functions
Test differences between two means using z tests, t tests, and Excel’s Data Analysis Add-in
Use ANOVA and ANCOVA to test differences between more than two means
Explore statistical power by manipulating mean differences, standard errors, directionality, and alpha
Statistical Analysis: Microsoft Excel 2010
Conrad Carlberg
Master Excel’s most useful descriptive and inferential statistical tools
Tell the truth with statistics, and recognize when others don’t
Accurately summarize sets of values
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Use ANOVA and ANCOVA to test differences between more than two means
Explore statistical power by manipulating mean differences, standard errors, directionality, and alpha
Statistical Analysis: Microsoft Excel 2010
Conrad Carlberg
Que 2011 464 Pages PDF 16 MB http://www.filesonic.com/file/1065715974/Statistical.Analysis.Microsoft.Excel.2010.pdf
Treino Musical - Imperdível
O site Theta Music Trainer é diversão e estudo ao mesmo tempo: através de jogos descontraídos e (felizmente, por não ser distrativo) com apresentação gráfica bem básica, ele ensina ou reforça o conhecimento de intervalos, ritmo, tonalidade, e todo o resto de maneira totalmente indolor, com direito a infinitas repetições. Não há muito mais o que dizer aqui. Se v. toca algum instrumento, deixe-o por perto.
Pássaro sobre a Água
Marissa Nadler - Songs III- Bird On The Water (2007)
Mp3 320kbps ~ 113 Mb (incl 5%) No Scans
Genre: Folk rock, Alternative folk, Pop folk Time: 48:12
Tracks:
Tracks:
1. "Diamond Heart" – 3:47
2. "Dying Breed" – 3:38
3. "Mexican Summer" - 5:27
4. "Thinking of You" - 3:36
5. "Silvia" - 5:40
6. "Bird on Your Grave" - 5:02
7. "Rachel" - 4:20
8. "Feathers" - 3:59
9. "Famous Blue Raincoat" - 4:23
10. "My Love and I" - 3:32
segunda-feira, 23 de maio de 2011
Jazz Ladies
Fiz uma lista quilométrica de "cantoras de jazz" e saí atrás dos MP3. Por enquanto só encontrei o que aqui está, mas quem sabe encontro mais... Evitei as conhecidíssimas: Ella Fitzgerald, Carmen McRae, Dinah Washington, Flora Purim, Betty Carter, Lena Horne, Doris Day, etc. etc.
Lizz Wright - Salt
http://boostermps.com/music/01 Salt.mp3
Silje Nergaard - In A Sentence
http://cfs.tistory.com/attach/954/1315222710.mp3
Ruth Cameron - Waitin' for the train to come in
http://dzen33.moskva.com/data/uf/9980163/12/29/43/12294343_12.Waitin_for_the_train_to_come_in.mp3
Abbey Lincoln - Windmills of Your Mind
http://cfs.tistory.com/attach/9390/1152306099.mp3
Laura Fygi - I love you for sentimental reasons
http://ftp.narusystem.com/mp3/Iloveyouforsentimentalreasons.mp3
Teri Thornton - Where are you running
http://dzen33.moskva.com/data/uf/9980163/12/29/43/12294369_10.Where_are_you_running.mp3
Blossom Dearie - Just One Of Those Things
http://eselkunst.kendavi.com/mp3/Blossom Dearie/01 Just One Of Those Things.mp3
Patti Page - Old Cape
http://ywwg.com/sounds/Patti Page - Old Cape Cod (57).mp3
Stacey Kent - T'is autumn
http://www.sunrisemusics.com/musicas/tis_autumn.mp3
Nnenna Freelon - Smile
http://audio.allaboutjazz.com/files/songs/36249/05 Smile.mp3
Sara Leib - Every Time We say Goodbye
http://saraleib.com/AUDIO/everytime.mp3
Julie Anne - I Don't Know Enough About You
http://azjazzartists.com/Music/Julie/EnoughAbout.mp3
Torch - Lullaby of the Leaves
http://sweethoneytree.com/audio/TORCH-Lullaby_of_the.mp3
Betty Roche - Trouble Trouble
http://www.archive.org/download/Betty_Roche-Trouble_Trouble/Betty_Roche-Trouble_Trouble.mp3
Vera Lynn - We'll meet again
http://futurama.sk/media/audio/soundtrack/1acv08-vera_lynn-well_meet_again.mp3
Jane Monheit - More Than You Know
http://trunghocnguyendu.com/photo_components/media/photos_music_MTYKnow.mp3
Lizz Wright - Salt
http://boostermps.com/music/01 Salt.mp3
Silje Nergaard - In A Sentence
http://cfs.tistory.com/attach/954/1315222710.mp3
Ruth Cameron - Waitin' for the train to come in
http://dzen33.moskva.com/data/uf/9980163/12/29/43/12294343_12.Waitin_for_the_train_to_come_in.mp3
Abbey Lincoln - Windmills of Your Mind
http://cfs.tistory.com/attach/9390/1152306099.mp3
Laura Fygi - I love you for sentimental reasons
http://ftp.narusystem.com/mp3/Iloveyouforsentimentalreasons.mp3
Teri Thornton - Where are you running
http://dzen33.moskva.com/data/uf/9980163/12/29/43/12294369_10.Where_are_you_running.mp3
Blossom Dearie - Just One Of Those Things
http://eselkunst.kendavi.com/mp3/Blossom Dearie/01 Just One Of Those Things.mp3
Patti Page - Old Cape
http://ywwg.com/sounds/Patti Page - Old Cape Cod (57).mp3
Stacey Kent - T'is autumn
http://www.sunrisemusics.com/musicas/tis_autumn.mp3
Nnenna Freelon - Smile
http://audio.allaboutjazz.com/files/songs/36249/05 Smile.mp3
Sara Leib - Every Time We say Goodbye
http://saraleib.com/AUDIO/everytime.mp3
Julie Anne - I Don't Know Enough About You
http://azjazzartists.com/Music/Julie/EnoughAbout.mp3
Torch - Lullaby of the Leaves
http://sweethoneytree.com/audio/TORCH-Lullaby_of_the.mp3
Betty Roche - Trouble Trouble
http://www.archive.org/download/Betty_Roche-Trouble_Trouble/Betty_Roche-Trouble_Trouble.mp3
Vera Lynn - We'll meet again
http://futurama.sk/media/audio/soundtrack/1acv08-vera_lynn-well_meet_again.mp3
Jane Monheit - More Than You Know
http://trunghocnguyendu.com/photo_components/media/photos_music_MTYKnow.mp3
domingo, 22 de maio de 2011
Algumas Músicas
The Corrs - Heart Like A Wheel
http://130.206.170.120/mpegWeb/canciones/cancion6.mp3
Tim Easton - Last Heat(h)en
http://www.cringe.com/current/modules/zina/Tim Easton/Goody Boy/14 Last Heathen.mp3
Tim Easton - Deep River Blues
http://www.cringe.com/current/modules/zina/Tim Easton/Goody Boy/02 Deep River Blues.mp3
The Tallest Man On Earth - Like The Wheel
Thanks to I am Fuel You are Friends
http://fuelfriendsmp3.com/listenup/Tallest Man/Like The Wheel (bonus track).mp3
http://130.206.170.120/mpegWeb/canciones/cancion6.mp3
Tim Easton - Last Heat(h)en
http://www.cringe.com/current/modules/zina/Tim Easton/Goody Boy/14 Last Heathen.mp3
Tim Easton - Deep River Blues
http://www.cringe.com/current/modules/zina/Tim Easton/Goody Boy/02 Deep River Blues.mp3
The Tallest Man On Earth - Like The Wheel
Thanks to I am Fuel You are Friends
http://fuelfriendsmp3.com/listenup/Tallest Man/Like The Wheel (bonus track).mp3
Atlas de Anatomia Regional do Cérebro
Um atlas completíssimo, com 330 páginas carregadas de figuras - como sói acontecer com um atlas de anatomia. Todas as figuras estão em PB: não há nenhuma em cores. Menção especial deve ser feita com relação à distribuição da rede arterial. Também à preocupação (gráfica e textual) com o desenvolvimento histórico da anatomia cerebral. Todas as estruturas abordadas são explicadas e relacionadas detalhadamente.
Atlas of Regional Anatomy of the Brain Using MRI, with functional correlations
J. C. Tamraz & Y. G. Comair
Springer 2000 - 2006
http://rapidog.com/search/file.php?file_id=555528
Atlas of Regional Anatomy of the Brain Using MRI, with functional correlations
J. C. Tamraz & Y. G. Comair
Springer 2000 - 2006
http://rapidog.com/search/file.php?file_id=555528
Um disco tranquilo
Bon Iver - For Emma, Forever Ago (2008)
Folk, Indie rock 256 (VBR) kbps MP3 54.7 MB
Todas as músicas com o metrônomo a 50 bpm (batidas por minuto - beats per minute), isto é, leeeentas, com a exceção de "Team" (umas 70 bpm, e olhe lá - estou calculando de orelhada). Metade do disco em falsete. Ideal para escutar domingo de tarde, depois do almoço e já deitado na caminha.
Todas as músicas com o metrônomo a 50 bpm (batidas por minuto - beats per minute), isto é, leeeentas, com a exceção de "Team" (umas 70 bpm, e olhe lá - estou calculando de orelhada). Metade do disco em falsete. Ideal para escutar domingo de tarde, depois do almoço e já deitado na caminha.
Tracklist:
01. Flume
02. Lump Sum
03. Skinny Love
04. Wolves (Act I and II)
05. Blindsided
06. Creature Fear
07. Team
08. For Emma
09. Re: Stacks
Sites linguísticos à vontade
Arnold Zwicky, um dos colaboradores do Language Log, tem seu próprio blog. Entre as muitas coisas bem legais que lá estão (veja por si mesma/o) uma listagem quilométrica de sites relativos a linguística e quejandos. Deve ter uns cem, mas não contei. Por exemplo:
Colorless Green Ideas [author unknown] (link)
Common Errors in English Usage (Paul Brians) (link)
Conjugate Visits (June Casagrande) [“You know, like grammar and stuff”] (link)
Copyediting (Erin Brenner) (link)
DARE: Dictionary of American Regional English (link)
DCblog (David Crystal) (link)
Descriptively Adequate (Ed Cormany) (link)
Everything You Know About English Is Wrong (Bill Brohaugh) (link)
Evolving English II (by “Wordzguy”) (link)
Found in Translation (Berkeley Language Center) (link)
Freemorpheme (Jason Fraser) (link)
Fritinancy (Nancy Friedman) [names, brands, writing, English] (link)
Fully (sic) [“Crikey’s” language blog] (link)
Games with Words (Cognition and Language Lab) (link)
Geoffrey Nunberg’s “Fresh Air” and other pieces (link)
Glossary of linguistic terms (link)
Colorless Green Ideas [author unknown] (link)
Common Errors in English Usage (Paul Brians) (link)
Conjugate Visits (June Casagrande) [“You know, like grammar and stuff”] (link)
Copyediting (Erin Brenner) (link)
DARE: Dictionary of American Regional English (link)
DCblog (David Crystal) (link)
Descriptively Adequate (Ed Cormany) (link)
Everything You Know About English Is Wrong (Bill Brohaugh) (link)
Evolving English II (by “Wordzguy”) (link)
Found in Translation (Berkeley Language Center) (link)
Freemorpheme (Jason Fraser) (link)
Fritinancy (Nancy Friedman) [names, brands, writing, English] (link)
Fully (sic) [“Crikey’s” language blog] (link)
Games with Words (Cognition and Language Lab) (link)
Geoffrey Nunberg’s “Fresh Air” and other pieces (link)
Glossary of linguistic terms (link)
Como estudar linguística
Intended primarily for newcomers to the subject, but with new material designed to help the more advanced reader, How to Study Linguistics is written in a refreshing and engaging style. It assumes no prior knowledge and contains many useful suggestions for developing a secure understanding of the subject. Chapters discuss strategies for studying phonology, syntax, and semantics, and for pursuing branches of linguistics, such as sociolinguistics, stylistics, and psycholinguistics, as well as practical advice on writing essays. The book also includes a glossary to aid learning and revision.
How to Study Linguistics: A Guide to Study Linguistics
Geoffrey Finch
How to Study Linguistics: A Guide to Study Linguistics
Geoffrey Finch
Palgrave Macmillan 2003 272 Pages PDF 1 MB
http://www.filesonic.com/file/1044021734 ou http://uploading.com/files/5m8e4f1d/How_to_Study_Linguistics__A_Guide_to_Study_Linguistics.pdf/
http://www.filesonic.com/file/1044021734 ou http://uploading.com/files/5m8e4f1d/How_to_Study_Linguistics__A_Guide_to_Study_Linguistics.pdf/
quarta-feira, 18 de maio de 2011
Algumas Músicas de Bob Dylan
Hendrix - All Along The Watchtower
http://ab.refcoord.com/Jimmi Hendrix - All Along the Watchtower.mp3
Yoni Wolf - As I Went Out One Morning
http://www.thankscaptainobviousmp3.net/content/As I Went Out One Morning.mp3
Fairport Convention - Dear Landlord
Thanks to Coverlaydown
http://coverlaydown.com/tunes/oldfiles/dearlandlord.mp3
http://ab.refcoord.com/Jimmi Hendrix - All Along the Watchtower.mp3
Yoni Wolf - As I Went Out One Morning
http://www.thankscaptainobviousmp3.net/content/As I Went Out One Morning.mp3
Fairport Convention - Dear Landlord
Thanks to Coverlaydown
http://coverlaydown.com/tunes/oldfiles/dearlandlord.mp3
Neuroanatomia Funcional do Sistema Visual Humano
Functional Neuroanatomy of the Human Visual System: A Review of Functional MRI Studies
Mark W. Greenlee, Peter U. Tse (2008?)
Este artigo/capítulo de livro é interessante de diversas maneiras: intrinsecamente, por ser uma excelente exposição da neuroanatomia funcional do sistema visual humano conf. vem sendo estudada pelos pesquisadores da área; por ser um capítulo de livro, ele não tem abstract, tem "core messages": as comunicações básicas do texto, o que vem a ser uma boa idéia para a confecção de artigos; a partir da p. 7 do PDF aparece a primeira caixinha de Summary for the Clinician (resumo para o clínico), outra boa idéia que alguns artigos de revistas técnicas já utilizam com propósitos diversos; excelentes figuras, coloridas e claras, recentes; com 90 itens de referências, está bem calçado em investigações de outros pesquisadores; as duas primeiras páginas ( 8.1 Introdução) apresentam as linhas gerais do funcionamento do sistema visual, e a partir da seção seguinte (8.2 Imaging the Lateral Geniculate Nucleus) os autores passam para as especificidades anatômicas e funcionais desse sistema.
Mas vejamos suas primeiras linhas:
Nosso sistema visual é uma das grandes histórias de sucesso da evolução. Juntamente com outros sistemas sensoriais, seu propósito é fornecer informações sobre o mundo de modo que possamos operar em um um meio ambiente mutável para realizar nossas metas. As representações de eventos e de objetos em uma cena tridimensional criadas por nosso sistema visual são tão precisas e criadas com tal rapidez que a maioria de nós funciona sob a falsa impressão de que percebemos o mundo de maneira verídica. Qualidades percebidas como o vermelho ou o brilhante não existem no mundo; elas são criações do nosso cérebro. É claro que geralmente elas correspondem a propriedades de energia do meio ambiente, como a composição do espectro luminoso ou luminância, mas os perceptos não são o mesmo que eles representam. Isto se torna óbvio por não haver qualquer luz visível incidindo sobre o córtex; há apenas neurônios se comunicando em total escuridão. Além do mais, os neurônios corticais não respondem diretamente de maneira nenhuma à luz. Eles só respondem a seu conjunto particular de inputs dendríticos. A culminação dos múltiplos estágios de processamento neural no interior do espaço escuro de nosso crânio é nossa experiência visual de um mundo externo. Como é que o padrão luminoso altamente ambíguo que é detectado na retina se transforma em consciência visual continua a ser um dos maiores problemas científicos ainda não resolvidos.
Dizem os autores no final dessa seção, depois de descreverem sua utilização da fMRI enquanto "técnica não-invasiva de tomografia que combina informações estruturais com atividade funcional e com resolução espacial de 1 mm (ou melhor) e resolução temporal menor do que 1 segundo":
O sistema visual deve elaborar representações dos objetos que só podem ser inferidas com base no input. Como o sistema visual realiza isso é parcialmente entendido, mas uma boa parte ainda precisa ser explicada. Muitas das questões mais básicas ainda continuam sem explicação, incluindo, por exemplo, o código neural utilizado pelos neurônios para se comunicarem entre si, e a base neural da consciência.
Leia também:
Computational Cognitive Neuroscience of the Visual System
Stephen A. Engel 2008
University of Minnesota
Current Directions in Psychological Science vol. 17 No 2
Top-down Modulations in the Visual Form Pathway Revealed with Dynamic Causal Modeling
Velia Cardin, Karl J. Friston and Semir Zeki 2011
Cerebral Cortex March 2011;21:550--562
Intrinsically organized network for word processing during the resting state
Jizheng Zhao, Jiangang Liu, Jun Li, Jimin Liang, Lu Feng, Lin Ai, Kang Lee, Jie Tian
Neuroscience Letters 487 (2011) 27–31
Perceptual learning and adult cortical plasticity
Charles D. Gilbert, Wu Li1, and Valentin Piech 2009
Physiol 587.12 (2009) pp 2743–2751
Functional MRI limitations and aspirations
Peter A. Bandettini, Ph.D 2011
(bom artigo sobre fMRI)
Brain sensitivity to print emerges when children learn letter–speech sound correspondences
Silvia Brema, Silvia Bacha, Karin Kucian, Tomi K. Guttorm, Ernst Martin, Heikki Lyytinen, Daniel Brandeis, and Ulla Richardson 2010
(se o título parece fora do contexto iniciado aqui, dê uma olhada no abstract - além de ser interessante para quem lida com "acquisition of reading skills")
Disorders of visual perception
Dominic H ffytche, J D Blom, M Catani 2010
(o sobrenome de Dominic é assim mesmo, com minúscula).
Mark W. Greenlee, Peter U. Tse (2008?)
Este artigo/capítulo de livro é interessante de diversas maneiras: intrinsecamente, por ser uma excelente exposição da neuroanatomia funcional do sistema visual humano conf. vem sendo estudada pelos pesquisadores da área; por ser um capítulo de livro, ele não tem abstract, tem "core messages": as comunicações básicas do texto, o que vem a ser uma boa idéia para a confecção de artigos; a partir da p. 7 do PDF aparece a primeira caixinha de Summary for the Clinician (resumo para o clínico), outra boa idéia que alguns artigos de revistas técnicas já utilizam com propósitos diversos; excelentes figuras, coloridas e claras, recentes; com 90 itens de referências, está bem calçado em investigações de outros pesquisadores; as duas primeiras páginas ( 8.1 Introdução) apresentam as linhas gerais do funcionamento do sistema visual, e a partir da seção seguinte (8.2 Imaging the Lateral Geniculate Nucleus) os autores passam para as especificidades anatômicas e funcionais desse sistema.
Mas vejamos suas primeiras linhas:
Nosso sistema visual é uma das grandes histórias de sucesso da evolução. Juntamente com outros sistemas sensoriais, seu propósito é fornecer informações sobre o mundo de modo que possamos operar em um um meio ambiente mutável para realizar nossas metas. As representações de eventos e de objetos em uma cena tridimensional criadas por nosso sistema visual são tão precisas e criadas com tal rapidez que a maioria de nós funciona sob a falsa impressão de que percebemos o mundo de maneira verídica. Qualidades percebidas como o vermelho ou o brilhante não existem no mundo; elas são criações do nosso cérebro. É claro que geralmente elas correspondem a propriedades de energia do meio ambiente, como a composição do espectro luminoso ou luminância, mas os perceptos não são o mesmo que eles representam. Isto se torna óbvio por não haver qualquer luz visível incidindo sobre o córtex; há apenas neurônios se comunicando em total escuridão. Além do mais, os neurônios corticais não respondem diretamente de maneira nenhuma à luz. Eles só respondem a seu conjunto particular de inputs dendríticos. A culminação dos múltiplos estágios de processamento neural no interior do espaço escuro de nosso crânio é nossa experiência visual de um mundo externo. Como é que o padrão luminoso altamente ambíguo que é detectado na retina se transforma em consciência visual continua a ser um dos maiores problemas científicos ainda não resolvidos.
Dizem os autores no final dessa seção, depois de descreverem sua utilização da fMRI enquanto "técnica não-invasiva de tomografia que combina informações estruturais com atividade funcional e com resolução espacial de 1 mm (ou melhor) e resolução temporal menor do que 1 segundo":
O sistema visual deve elaborar representações dos objetos que só podem ser inferidas com base no input. Como o sistema visual realiza isso é parcialmente entendido, mas uma boa parte ainda precisa ser explicada. Muitas das questões mais básicas ainda continuam sem explicação, incluindo, por exemplo, o código neural utilizado pelos neurônios para se comunicarem entre si, e a base neural da consciência.
Leia também:
Computational Cognitive Neuroscience of the Visual System
Stephen A. Engel 2008
University of Minnesota
Current Directions in Psychological Science vol. 17 No 2
Top-down Modulations in the Visual Form Pathway Revealed with Dynamic Causal Modeling
Velia Cardin, Karl J. Friston and Semir Zeki 2011
Cerebral Cortex March 2011;21:550--562
Intrinsically organized network for word processing during the resting state
Jizheng Zhao, Jiangang Liu, Jun Li, Jimin Liang, Lu Feng, Lin Ai, Kang Lee, Jie Tian
Neuroscience Letters 487 (2011) 27–31
Perceptual learning and adult cortical plasticity
Charles D. Gilbert, Wu Li1, and Valentin Piech 2009
Physiol 587.12 (2009) pp 2743–2751
Functional MRI limitations and aspirations
Peter A. Bandettini, Ph.D 2011
(bom artigo sobre fMRI)
Brain sensitivity to print emerges when children learn letter–speech sound correspondences
Silvia Brema, Silvia Bacha, Karin Kucian, Tomi K. Guttorm, Ernst Martin, Heikki Lyytinen, Daniel Brandeis, and Ulla Richardson 2010
(se o título parece fora do contexto iniciado aqui, dê uma olhada no abstract - além de ser interessante para quem lida com "acquisition of reading skills")
Disorders of visual perception
Dominic H ffytche, J D Blom, M Catani 2010
(o sobrenome de Dominic é assim mesmo, com minúscula).
A neurociência de V. S. Ramachandran
The twentieth was the century of physics, with the grand unified theory its quest and goal. The twenty-first is shaping up as the century of neuroscience, with its quest and goal the reaffirmation of human exceptionalism. Boldly asserting, right off the bat, that Homo sapiens is “no mere ape,” Ramachandran tells us why the day of neuroscience has dawned. The discovery of mirror neurons (see Marco Iacoboni’s exciting Mirroring People, 2008) has made a real science out of psychology, for it gives the study of consciousness and the host of mental states contingent on it something physical to theorize about and experiment with. A physician (like Oliver Sacks, a neurologist) as well as a researcher, Ramachandran uses his neurology patients’ predicaments to inspire inquiries into how we see and know, the origins of language, the mental basis of civilization, how we conceive of and assess art, and how the self is constructed. Always careful to point out when he is speculating rather than announcing research findings, he is also prompt to emphasize why his speculations, or theories, are not just of the armchair variety but can be put to the test because of what neuroscience has already discovered about the active structures of the human brain.
The Tell-Tale Brain: Unlocking the Mystery of Human Nature
V. S. Ramachandran
The Tell-Tale Brain: Unlocking the Mystery of Human Nature
V. S. Ramachandran
William Heinemann 2011 EPUB + MOBI 2 MB
Dylan reinterpretado por Thea Gilmore
Pensei que ia morrer de raiva ao ouvir essa pinóia, mas nada compromete. É uma versão perfeitamente audível do grande disco John Wesley Harding, de Bob Dylan, de onde saiu pelo menos um enorme sucesso internacional na interpretação de Jimmi Hendrix, All Along the Watchtower. Bem, pelo menos há o que criticar: TG parece que não entendeu a ferocidade psicodélica da música mais misteriosa de Dylan. Até hoje nunca ouvi qualquer pessoa (nem o próprio Dylan) dizer que All Along the Watchtower tem qualquer sentido, ainda que não destoe um centigrama da coesão narrativa do disco - uma opinião altamente subjetiva, reconheço, mas da qual não abro mão. Os comentários de TG sobre a unidade artística do original (ver último parágrafo, abaixo) são uma expressão de minha própria opinião sobre o esse discaço de Dylan.
Thea Gilmore – John Wesley Harding (2011)
Thea Gilmore – John Wesley Harding (2011)
mp3 CBR 320 kbps 98 MB Release date: May 10, 2011
Folk, Adult Alternative Pop/Rock, Contemporary Singer/Songwriter
“Can one – should one – attempt to re-record, reinterpret, a forty-year old, somewhat legendary piece of work, a piece of work which could be argued to be inseparable from its author? Probably not.”It seems that Thea Gilmore is not in the habit of listening to her own advice, because next month she releases a track-for-track reimagining of one of her favourite Bob Dylan albums – a process that began way back in 2002 when she recorded a version of ‘I Dreamed I Saw St Augustine’ for a Uncut magazine covermount (it later appeared on her covers/rarities album, Songs From The Gutter). Thea’s take on the song was well received, and spread far and wide. Indeed, when Thea met Bruce Springsteen for the first time in 2008, he hurried to praise her recording, calling it “one of the great Dylan covers”; “I may have blushed, I can’t remember…” writes Thea.Reuniting with guitarist Robbie McIntosh and drummer Paul Beavis, who had both played on the ‘Augustine’ cover, Thea and husband/bassist/producer Nigel Stonier went back into the studio in February to record the rest of the album tracks.“I’ve always thought that, whilst clearly other Dylan albums may have more ‘famous’ and ‘iconic’ songs, and more of those moments that are alleged to have changed music forever, [John Wesley Harding] is his most sustained, satisfying record,” says Thea. “It runs beautifully from start to finish, songs bounce off each other, characters seemed unfathomably but implicitly linked, and the sense of earthiness and economy in Bob’s lyrics is startling.”
Tracks:
“Can one – should one – attempt to re-record, reinterpret, a forty-year old, somewhat legendary piece of work, a piece of work which could be argued to be inseparable from its author? Probably not.”It seems that Thea Gilmore is not in the habit of listening to her own advice, because next month she releases a track-for-track reimagining of one of her favourite Bob Dylan albums – a process that began way back in 2002 when she recorded a version of ‘I Dreamed I Saw St Augustine’ for a Uncut magazine covermount (it later appeared on her covers/rarities album, Songs From The Gutter). Thea’s take on the song was well received, and spread far and wide. Indeed, when Thea met Bruce Springsteen for the first time in 2008, he hurried to praise her recording, calling it “one of the great Dylan covers”; “I may have blushed, I can’t remember…” writes Thea.Reuniting with guitarist Robbie McIntosh and drummer Paul Beavis, who had both played on the ‘Augustine’ cover, Thea and husband/bassist/producer Nigel Stonier went back into the studio in February to record the rest of the album tracks.“I’ve always thought that, whilst clearly other Dylan albums may have more ‘famous’ and ‘iconic’ songs, and more of those moments that are alleged to have changed music forever, [John Wesley Harding] is his most sustained, satisfying record,” says Thea. “It runs beautifully from start to finish, songs bounce off each other, characters seemed unfathomably but implicitly linked, and the sense of earthiness and economy in Bob’s lyrics is startling.”
Tracks:
01. John Wesley Harding (2:54)
02. As I Went Out One Morning (4:05)
03. I Dreamed I Saw St Augustine (4:45)
04. All Along The Watchtower (3:09)
05. Ballad Of Frankie Lee And Judas Priest (4:27)
06. The Drifter's Escape (2:58)
07. Dear Landlord (3:28)
08. I Am A Lonesome Hobo (2:29)
09. I Pity The Poor Immigrant (4:46)
10. The Wicked Messenger (2:00)
11. Down Along The Cove (3:55)
Harmonia para Música em Computadores
Home music producers now have access to a wide variety of software synthesizers, samplers, and FX devices on their computers -- devices that had previously been available only in expensive hardware forms. Although computer musicians often show a high degree of skill and expertise with the technology they use to produce their music, many mistakenly assume that this is all they need to produce quality tracks. Yet there is often a vital ingredient missing: a useful knowledge of the way the language of music actually works -- an understanding of the ingredients of music and how they are put together; what scales, chords, modes, and keys are; and the principles of arrangement, melody, and harmony. In other words, computer musicians may have learned how to use their instruments, but this does not necessarily mean that they know how to create professional-sounding music using those instruments. This book was written to help computer musicians grow in their knowledge of musical harmony, knowledge that is essential for the skilled creation of complex musical works. Topics include intervals, tonality and the key system, part writing, triads, tonic and dominant harmony, modulation, and modal interchange and harmony. Techniques are taught using the tools computer musicians are most familiar with. Rather than using a conventional score format, most of the materials are presented in the familiar piano roll format of computer music sequencing programs.
Harmony for Computer Musicians
Michael Hewitt
Harmony for Computer Musicians
Michael Hewitt
Cоurse Tеchnology 2010 PDF 256 pages 9.46 MB
http://www.filesonic.com/file/1008321924/1435456726-R.pdf
http://www.filesonic.com/file/1008321924/1435456726-R.pdf
Enciclopédia de Estatística
The Concise Encyclopedia of Statistics presents the essential information about statistical tests, concepts, and analytical methods in language that is accessible to practitioners and students of the vast community using statistics in medicine, engineering, physical science, life science, social science, and business/economics.
The Concise Encyclopedia of Statistics
Yadolah Dodge
The Concise Encyclopedia of Statistics
Yadolah Dodge
Springer 2009 PDF 612 pages 5,3 mb
http://www.filesonic.com/file/1010036364/241.pdf
http://www.filesonic.com/file/1010036364/241.pdf
domingo, 15 de maio de 2011
Algumas Músicas
David Gray - The One I Love
http://ghostshell.com/music/summer07/02 The One I Love.mp3
David Gray - Sail Away
http://bloodroses.fnam.at/madeleine/09 Sail Away.mp3
Tom Baxter - Better
http://www.xinyunliu.com/wedding/res/audio/better.mp3
http://ghostshell.com/music/summer07/02 The One I Love.mp3
David Gray - Sail Away
http://bloodroses.fnam.at/madeleine/09 Sail Away.mp3
Tom Baxter - Better
http://www.xinyunliu.com/wedding/res/audio/better.mp3
As ilustrações de Reading in the Brain
Figura 2.2 O modelo neurológico clássico da leitura (topo) foi substituido hoje por um modelo paralelo e ramificado (embaixo). A "caixa de letras" occípito-temporal à esquerda identifica a forma visual das cadeias de letras. Depois distribui essas informações visuais invariantes para diversas regiões, espalhadas pelo hemisfério esquerdo, que codificam o significado da palavra, o padrão sonoro e a articulação. Todas as regiões em verde e laranja não são específicas da leitura: elas contribuem primariamente no processamento da linguagem falada. Assim, aprender a ler consiste em desenvolver uma interconexão eficiente entre as áreas visuais e as áreas da linguagem. Todas as conexões são didirecionais. Sua organização detalhada ainda não é conhecida por completo - de fato, provavelmente a conectividade cortical é muito mais rica do que se sugere neste diagrama. (Clique para aumentar)
O livro de Stanislas Dehaene, que investiga a Leitura no Cérebro, ainda não está disponível na internet (ainda não encontrei - se alguém souber adindonde, please ...)
Mas todas as suas ilustrações - que aparentemente SD utiliza em suas conferências por aí - estão AQUI, e escolhi a figura 2.2 do capítulo A Caixa de Letras do Cérebro para ilustrar esta postagem. Diz o pequeno texto que introduz esse capítulo:
Em 1892, o neurologista francês Joseph-Jules Déjerine descobriu que uma lesão que afetava um pequeno setor do sistema visual esquerdo do cérebro levou a uma desintegração completa e seletiva da leitura. A tomografia cerebral moderna confirma que essa região desempenha um papel tão essencial na leitura que pode muito bem ser chamada de "a caixa de letras do cérebro". Localizada na mesma área cerebral em leitores de todo o mundo, ela responde automaticamente às palavras escritas. Em menos de 1/5 de um segundo, um intervalo breve demais para ocorrer a percepção consciente, ela extrai a identidade de uma cadeia de letras independentemente de modificações superficiais do tamanho, da forma ou da posição das letras. Depois, transmite essas informações para dois conjuntos importantes de áreas cerebrais distribuídas nos lobos temporal e frontal, que respectivamente codificam o padrão sonoro e o significado.
Como a mente cria matemática
This may surprise those who have trouble carrying the remainder in division or figuring out a 15 percent tip on a $20 lunch bill, but according to mathematician and psychologist Stanislas Dehaene, mathematics is an inborn skill. In The Number Sense, Dehaene makes a compelling case for the human mind's innate grasp of mathematics. Take, for example, the fact that place value systems (such as the Arabic numeral system we use) arose independently in four separate civilizations--evidence of a universal sense of number. Dehaene's book is filled with examples to support his thesis, from young babies' ability to "count" (i.e., to react when single objects are replaced by two or more) to examples of how brain damage affects various individuals' number sense. Even more fascinating is his discussion of the relationship between language and numbers. Though Dehaene's book is about mathematics, even those readers with the worst math anxiety will find The Number Sense an intriguing exploration of the world of numbers--and the human mind.
The Number Sense: How the Mind Creates Mathematics
Stanislas Dehaene
Oxford University Press Pages: 288 PDF 15.3 MB
http://rapidshare.com/files/68280539/The_Number_Sense.rar ou
http://www.megaupload.com/?d=IG7WE6BG
The Number Sense: How the Mind Creates Mathematics
Stanislas Dehaene
Oxford University Press Pages: 288 PDF 15.3 MB
http://rapidshare.com/files/68280539/The_Number_Sense.rar ou
http://www.megaupload.com/?d=IG7WE6BG
CD novo de Christopher Cross
Não é o C. Cross de sempre, mas dá pro gasto...
Christopher Cross - Doctor Faith (2011)
MP3 VBR ~231 kbps 88 MB Cover RS.com
With "Doctor Faith", Christopher Cross shows his full potential as a songwriter and very talented musician and delivers an album with each song being more beautiful than the one before. Being a very guitar based album "Doctor Faith" represents a departure for the artist, as although he has always written on guitar, his earlier albums were done more from a keyboard-based sound production. The album may surprise some people, not only because of its mesmerizing energy and freshness but also because it shows the social awareness of an artist who's been in the business for more than three decades - reflecting about what's going on in the world, in the society, between the generations and in the common day-to-day life. Take for example the uplifting, very forward-thinking opener, "Hey Kid" or the multi-layered song, "I'm Too Old For This", which is a critical observation of the American society. Another very impressive side of Cross' songwriting qualities is shown in the title track "Doctor Faith" where the superb Michael McDonald gives the patient of "Doctor Faith" a very plaintive voice. The album is by all means a new Christopher Cross masterpiece and will surely match all expectations. (amazon.com)
With "Doctor Faith", Christopher Cross shows his full potential as a songwriter and very talented musician and delivers an album with each song being more beautiful than the one before. Being a very guitar based album "Doctor Faith" represents a departure for the artist, as although he has always written on guitar, his earlier albums were done more from a keyboard-based sound production. The album may surprise some people, not only because of its mesmerizing energy and freshness but also because it shows the social awareness of an artist who's been in the business for more than three decades - reflecting about what's going on in the world, in the society, between the generations and in the common day-to-day life. Take for example the uplifting, very forward-thinking opener, "Hey Kid" or the multi-layered song, "I'm Too Old For This", which is a critical observation of the American society. Another very impressive side of Cross' songwriting qualities is shown in the title track "Doctor Faith" where the superb Michael McDonald gives the patient of "Doctor Faith" a very plaintive voice. The album is by all means a new Christopher Cross masterpiece and will surely match all expectations. (amazon.com)
Tracks:
01. Hey Kid (03:32)
02. I'm Too Old For This (04:15)
03. When You Come Home (04:26)
04. Dreamers (04:01)
05. November (03:25)
06. Leave It To Me (03:53)
07. Doctor Faith (03:51)
08. Rescue (04:33)
09. Help Me Cry (04:29)
10. Still I Resist (04:51)
11. Poor Man's Ecstacy (03:40)
12. Everything (04:38)
13. Prayin' (03:20)
http://www.rapidshare.com/files/676568011/CC-DF.rar
O link do Rapidshare está funcionando. Para quem não está acostumado, deve-se esperar um pouquinho até que apareça a tela de download (uma fila de pessoas e um reloginho marcando seu tempo de espera). Depois é só clicar em download now.
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O link do Rapidshare está funcionando. Para quem não está acostumado, deve-se esperar um pouquinho até que apareça a tela de download (uma fila de pessoas e um reloginho marcando seu tempo de espera). Depois é só clicar em download now.
Dominando o Acaso
In this important new study Ian Hacking continues the enquiry into the origins and development of certain characteristic modes of contemporary thought undertaken in such previous works as his best selling Emergence of Probability. Professor Hacking shows how by the late nineteenth century it became possible to think of statistical patterns as explanatory in themselves, and to regard the world as not necessarily deterministic in character. Combining detailed scientific historical research with characteristic philosophic breath and verve, The Taming of Chance brings out the relations among philosophy, the physical sciences, mathematics and the development of social institutions, and provides a unique and authoritative analysis of the "probabilization" of the Western world.
The Taming of Chance
Ian Hacking
The Taming of Chance
Ian Hacking
Cambridge University Press 2002 284 Pages DJVU 3 MB http://www.filesonic.com/file/989267254
sexta-feira, 13 de maio de 2011
Algumas Músicas - Angel Romero
Angel Romero - Tarrega: Estudio Brillante
http://www.guitarmania.org/z40/data/gowoon32/16_Tarrega__Estudio_Brillante.mp3
Angel Romero - Schumann: Traumerei
(está em 320 kbps - nem toda conexão toca isso direto. Mas vale a pena esperar carregar, pois exemplifica bem o que falei sobre a maior dificuldade ao tocar e interpretar peças lentas, além de ser uma música maravilhosa)
http://yszx.usts.edu.cn/news/uploadfiles/200910/20091022125728594.mp3
Uma gravação da pauta original, para piano (com Joe Kingma):
http://www.all-art.org/music/music_files/schumann/schumann-15-7-kingma.mp3
http://www.guitarmania.org/z40/data/gowoon32/16_Tarrega__Estudio_Brillante.mp3
Angel Romero - Schumann: Traumerei
(está em 320 kbps - nem toda conexão toca isso direto. Mas vale a pena esperar carregar, pois exemplifica bem o que falei sobre a maior dificuldade ao tocar e interpretar peças lentas, além de ser uma música maravilhosa)
http://yszx.usts.edu.cn/news/uploadfiles/200910/20091022125728594.mp3
Uma gravação da pauta original, para piano (com Joe Kingma):
http://www.all-art.org/music/music_files/schumann/schumann-15-7-kingma.mp3
Angel Romero plays Bach
Em 12 de novembro de 2010 postei uma compilação chamada Bach - Vozes + Oboe, onde o site original (Branle de Champagne) dizia: "Há algum tempo fiz uma compilação para meu pai. Ele é um grande apreciador do oboé e adora as cantatas de Bach". Os instrumentos se distinguem por seu timbre, e nossos cérebros gostam mais de uns e menos de outros. O violão é um instrumento que, apesar de acustica e tecnicamente limitado diante de um piano (por exemplo), tem um muy amado timbre - e uma legião de fãs pelo mundo afora. BTW, não gosto muito de trompete mas meu cérebro esguicha neurotransmissores ao ouvir clarinete, oboe, cello, piano, etc. A voz humana é preferência absoluta - mas a escolha do repertório é essencial.
O violonista espanhol Angel Romero é bom pra caramba. Tem 'coração', como Andres Segovia, e mucha técnica, como todos os outros que chegam bem-sucedidamente aos discos. Seus vibratos não são exagerados (mas são definitivamente audíveis) e sua ornamentação é esparsa mas à propos. Vai bem nas partes rápidas e nas lentas (estas últimas, as mais difíceis - como sabe qualquer instrumentista). Vamos ouví-lo.
Tracks:
01. Bach: Suite No. 1 for Unaccompanied Violoncello in G major, BWV 1007: I. Prelude 2:23
02. Bach: Suite No. 1 for Unaccompanied Violoncello in G major, BWV 1007: II. Allemande 3:40
03. Bach: Suite No. 1 for Unaccompanied Violoncello in G major, BWV 1007: III. Courante 2:53
04. Bach: Suite No. 1 for Unaccompanied Violoncello in G major, BWV 1007: IV. Sarabande 3:34
05. Bach: Suite No. 1 for Unaccompanied Violoncello in G major, BWV 1007: V. Minuets I & II 3:35
06. Bach: Suite No. 1 for Unaccompanied Violoncello in G major, BWV 1007: VI. Gigue 2:48
07. Bach: Chaconne from Partita No. 2 for Unaccompanied Violin in D minor, BWV 100413:
08. Bach: Prelude No. 1 in C major from The Well-Tempered Clavier, Book I, BWV 846 2:07
09. Bach: Sonata No. 2 for Unaccompanied Violin in A minor, BWV 1003: Andante 4:27
10. Bach: Sonata No. 2 for Unaccompanied Violin in A minor, BWV 1003: Fugue 7:02
11. Bach: Concerto No. 5 in F minor, BWV 1056: Largo 2:58
12. Bach: Jesu, Joy of Man's Desiring from Cantata No. 147, Herz und Mund und Tat und Leben, BWV 147
http://www.megaupload.com/?d=4UBONQK9
O violonista espanhol Angel Romero é bom pra caramba. Tem 'coração', como Andres Segovia, e mucha técnica, como todos os outros que chegam bem-sucedidamente aos discos. Seus vibratos não são exagerados (mas são definitivamente audíveis) e sua ornamentação é esparsa mas à propos. Vai bem nas partes rápidas e nas lentas (estas últimas, as mais difíceis - como sabe qualquer instrumentista). Vamos ouví-lo.
Tracks:
01. Bach: Suite No. 1 for Unaccompanied Violoncello in G major, BWV 1007: I. Prelude 2:23
02. Bach: Suite No. 1 for Unaccompanied Violoncello in G major, BWV 1007: II. Allemande 3:40
03. Bach: Suite No. 1 for Unaccompanied Violoncello in G major, BWV 1007: III. Courante 2:53
04. Bach: Suite No. 1 for Unaccompanied Violoncello in G major, BWV 1007: IV. Sarabande 3:34
05. Bach: Suite No. 1 for Unaccompanied Violoncello in G major, BWV 1007: V. Minuets I & II 3:35
06. Bach: Suite No. 1 for Unaccompanied Violoncello in G major, BWV 1007: VI. Gigue 2:48
07. Bach: Chaconne from Partita No. 2 for Unaccompanied Violin in D minor, BWV 100413:
08. Bach: Prelude No. 1 in C major from The Well-Tempered Clavier, Book I, BWV 846 2:07
09. Bach: Sonata No. 2 for Unaccompanied Violin in A minor, BWV 1003: Andante 4:27
10. Bach: Sonata No. 2 for Unaccompanied Violin in A minor, BWV 1003: Fugue 7:02
11. Bach: Concerto No. 5 in F minor, BWV 1056: Largo 2:58
12. Bach: Jesu, Joy of Man's Desiring from Cantata No. 147, Herz und Mund und Tat und Leben, BWV 147
http://www.megaupload.com/?d=4UBONQK9
ERP - Desconstruindo a N400
A cortical network for semantics: (de)constructing the N400
Ellen F. Lau, Colin Phillips and David Poeppel
Nature Reviews Neuro December 2008 vol. 9 p. 920
Abstract. Medir potenciais evocados (ERPs - event-related potentials) tem sido fundamental para nossa compreensão de como a linguagem se codifica no cérebro. Uma resposta particular dos ERPs, a N400, tem sido especialmente influente enquanto índice de processamento léxico e semântico. Entretanto, ainda não temos consenso sobre a interpretação desse componente. Resolver essa questão traz importantes consequências para os modelos neurais da compreensão de linguagem. Aqui, nós apresentamos evidências indicando que o local onde a resposta da N400 é gerada fornece importantes indícios sobre o que ela reflete. Um modelo neuroanatômico do processamento semântico é utilizado como guia para se interpretar o padrão de regiões ativadas em MRI funcional, magnetoencefalografia e registros intracraniais que se associam às manipulações semânticas contextuais que levam aos efeitos da N400.
Ellen F. Lau, Colin Phillips and David Poeppel
Nature Reviews Neuro December 2008 vol. 9 p. 920
Abstract. Medir potenciais evocados (ERPs - event-related potentials) tem sido fundamental para nossa compreensão de como a linguagem se codifica no cérebro. Uma resposta particular dos ERPs, a N400, tem sido especialmente influente enquanto índice de processamento léxico e semântico. Entretanto, ainda não temos consenso sobre a interpretação desse componente. Resolver essa questão traz importantes consequências para os modelos neurais da compreensão de linguagem. Aqui, nós apresentamos evidências indicando que o local onde a resposta da N400 é gerada fornece importantes indícios sobre o que ela reflete. Um modelo neuroanatômico do processamento semântico é utilizado como guia para se interpretar o padrão de regiões ativadas em MRI funcional, magnetoencefalografia e registros intracraniais que se associam às manipulações semânticas contextuais que levam aos efeitos da N400.
Anatomia da Linguagem
The anatomy of language: a review of 100 fMRI studies published in 2009
Cathy J. Price 2010
Wellcome Trust Centre for Neuroimaging, UCL, London, UK
Ann. N.Y. Acad. Sci. 1191 (2010) 62–88 c_ 2010 New York Academy of Sciences
Abstract. Nesta revisão de 100 estudos de fMRI sobre compreensão e produção de falapublicado em 2009, registra-se ativação com relação a: precepção pré-lexcial de fala nos giros temporais superiores bilaterais; fala significativa no córtex temporal médio e inferior; recuperação semântica no giro angular esquerdo e no pars orbitalis; e compreensão de sentença nos sulcos temporais superiores bilaterais. Quanto a sentenças incompreensíveis, a ativação aumenta em quatro regiões frontais inferiores, no planum temporale posterior e no giro supramarginal ventral. Estes efeitos estão associados ao uso de conhecimentos prévios de associações semânticas, sequências de palavras e articulação, que predizem o conteúdo de cada sentença. A produção de fala ativa o mesmo conjunto de regiões que a compreensão de fala, mas além disso registra-se ativação com relação a: recuperação de palavras no córtex frontal médio esquerdo; planejamento articulatório na insula anterior esquerda; iniciação e execução de fala no putamen esquerdo, no pré-SMA, no SMA e no córtex motor; e para a supressão de respostas não pretendidas no núcleo cingulado anterior e na cabeça bilateral do núcleo caudado. Agora, são necessários estudos de conectividade anatômica e funcional para se identificar as vias de processamento que integram essas áreas para dar sustentação à linguagem.
Cathy J. Price 2010
Wellcome Trust Centre for Neuroimaging, UCL, London, UK
Ann. N.Y. Acad. Sci. 1191 (2010) 62–88 c_ 2010 New York Academy of Sciences
Abstract. Nesta revisão de 100 estudos de fMRI sobre compreensão e produção de falapublicado em 2009, registra-se ativação com relação a: precepção pré-lexcial de fala nos giros temporais superiores bilaterais; fala significativa no córtex temporal médio e inferior; recuperação semântica no giro angular esquerdo e no pars orbitalis; e compreensão de sentença nos sulcos temporais superiores bilaterais. Quanto a sentenças incompreensíveis, a ativação aumenta em quatro regiões frontais inferiores, no planum temporale posterior e no giro supramarginal ventral. Estes efeitos estão associados ao uso de conhecimentos prévios de associações semânticas, sequências de palavras e articulação, que predizem o conteúdo de cada sentença. A produção de fala ativa o mesmo conjunto de regiões que a compreensão de fala, mas além disso registra-se ativação com relação a: recuperação de palavras no córtex frontal médio esquerdo; planejamento articulatório na insula anterior esquerda; iniciação e execução de fala no putamen esquerdo, no pré-SMA, no SMA e no córtex motor; e para a supressão de respostas não pretendidas no núcleo cingulado anterior e na cabeça bilateral do núcleo caudado. Agora, são necessários estudos de conectividade anatômica e funcional para se identificar as vias de processamento que integram essas áreas para dar sustentação à linguagem.
quinta-feira, 12 de maio de 2011
Y o u A r e H e r e
Clique na imagem para saber melhor onde fica isso.
Clique outra vez para se orientar mais explicitamente...
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terça-feira, 10 de maio de 2011
Algumas Músicas
Whiskey Myers - Lonely East TX Nights
http://outhousetickets.com/Artist/38/mp3/04-whiskey_myers-lonely_east_tx_nights.mp3
Damien Rice - Cold Water
http://doc.estran.free.fr/Ma musique/BO Closer/02-Cold Water.mp3
Lisa Hannigan & Damien Rice - Don't Explain
http://agora.opsblog.org/files/2009/09/damien-rice-lisa-hannigan-dont-explain.mp3
Nina Simone - Don't Explain
http://agora.opsblog.org/files/2009/09/nina-simone-dont-explain.mp3
http://outhousetickets.com/Artist/38/mp3/04-whiskey_myers-lonely_east_tx_nights.mp3
Damien Rice - Cold Water
http://doc.estran.free.fr/Ma musique/BO Closer/02-Cold Water.mp3
Lisa Hannigan & Damien Rice - Don't Explain
http://agora.opsblog.org/files/2009/09/damien-rice-lisa-hannigan-dont-explain.mp3
Nina Simone - Don't Explain
http://agora.opsblog.org/files/2009/09/nina-simone-dont-explain.mp3
Momentoso
Li por aí, mas não sei si è vero ou se foi inventado. Em De Aeternitate Mundi (Sobre a Eternidade do Mundo), Santo Tomás de Aquino pesquisa:
"Em vista do seu infinito poder, Deus poderia ter feito algo que sempre existiu. Fica por ser visto se alguma coisa que sempre existiu pode ter sido feita".
Neguin gosta de fuçar umas coisas incríveis...
"Em vista do seu infinito poder, Deus poderia ter feito algo que sempre existiu. Fica por ser visto se alguma coisa que sempre existiu pode ter sido feita".
Neguin gosta de fuçar umas coisas incríveis...
Música, Linguagem e Cérebro
In the first comprehensive study of the relationship between music and language from the standpoint of cognitive neuroscience, Aniruddh D. Patel challenges the widespread belief that music and language are processed independently. Since Plato's time, the relationship between music and language has attracted interest and debate from a wide range of thinkers. Recently, scientific research on this topic has been growing rapidly, as scholars from diverse disciplines, including linguistics, cognitive science, music cognition, and neuroscience are drawn to the music-language interface as one way to explore the extent to which different mental abilities are processed by separate brain mechanisms. Accordingly, the relevant data and theories have been spread across a range of disciplines. This volume provides the first synthesis, arguing that music and language share deep and critical connections, and that comparative research provides a powerful way to study the cognitive and neural mechanisms underlying these uniquely human abilities.
Music, Language, and the Brain
Aniruddh D. Patel
Music, Language, and the Brain
Aniruddh D. Patel
Oxford University Press 2010 PDF 530 pages 34.88 Mb
http://www.filesonic.com/file/925377581/9pSyS_EtlTJg.pdf ou
http://depositfiles.com/files/wefg2yj85
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http://depositfiles.com/files/wefg2yj85
Palestra de Sapolsky sobre linguagem
A internet é o seguinte. Esta frase termina aí mesmo - não vou acrescentar "a seguir" alguma coisa que eu possa achar da internet. É uma frase típica do português falado no Rio de Janeiro das décadas de 1960-70 pelos menores de 30 anos, e pronunciada com ênfase no "guinte" (que em português carioca, é claro, pronuncia-se "siguintchi"). Todo mundo sabe (que "todo mundo" é um galicismo) que se eu estiver conversando com um amazonense ou um catarinense e emitir a mesma frase com a ênfase adequada na hora certa esse interlocutor vai entender direitinho o que estou querendo dizer. O português brasileiro tem dessas coisas. Não faço a menor idéia porque isso ocorre, mas já li por aí (e desde antes do aparecimento da internet) que o Brasil é um dos poucos países qualificados informalmente como "continentais" cuja língua é perfeitamente entendida por todos os nativos, do Oiapoque ao Chuí.
Quando eu ainda postava em meu antigo site, traduzi um artigo - As línguas do nosso planeta estão morrendo, de Payal Sampat (2002) - onde o autor diz:
Marathi. Gujarati. Hindi. Inglês. Kutchi. Em Bombaim, na Índia, onde fui criado, eu usava estas línguas todos os dias. Para andar pelas ruas, pedir uma orientação e interagir com as pessoas eu tinha que ser capaz de falar marathi. Para ir à loja da esquina comprar arroz ou tomates para o jantar eu tinha que falar um pouco de gujarati, a língua de diversos comerciantes locais. Os meninos de minha escola vinham de tantas regiões linguísticas diferentes que nós conversávamos ou em inglês, a língua das aulas, ou em hindi, a língua mais amplamente falada da Índia.
Enquanto isto meus avós falavam kutchi, a língua dos nossos ancestrais que vieram dos desertos da Índia ocidental. A despeito de seus melhores esforços, eu fazia tudo que podia para evitar responder a meus avós em kutchi. Afinal, eles podiam conversar fluentemente em muitas das línguas de trabalho de Bombaim, e eu senti desde pequeno que o kutchi não era útil de qualquer maneira visível. Não podia me ajudar a fazer amigos, seguir o que estava na TV ou conseguir melhores notas. Então, desde o início, abandonei a língua dos meus ancestrais e ao invés escolhi operar no ambiente linguístico prevalecente.
Bem, o artigo de Sampat não é sobre a infância dele. É um artigo seríssimo sobre a extinção - devida a inúmeros motivos - de zilhões de línguas e dialetos através do mundo. Vale a pena dar uma olhada. Mas o que interessa aqui é que quando criança nosso herói falava normalmente, diariamente, pelo menos cinco línguas. Estou ciente de que até uma certa idade o cérebro da criança aceita bem a variedade, perdendo essa capacidade mais tarde.
Bueno, com esse intróito quilométrico estou querendo trombetear que vi no YouTube uma palestra sensacional do Professor Robert Kaposlky (Stanford) sobre linguagem, de 24 de maio de 2010.. Nela, que dura uma hora e quarenta e dois minutos, Kapolsky aborda com maior ou menor grau de detalhe todas as facetas mais importantes do fenômeno da linguagem - sua neurobiologia e neuroanatomia, o "fenômeno" dos macacos falantes (ASL) e algumas curiosidades sobre outros animais, Chomsky vs. Skinner, uma pitada de antropologia e arqueologia, enfim: falou 1'42"sobre o assunto sem enrolar, sem pigarrear, só coçou a cabeça duas vezes, usou três ou quatro telas brancas desenhadas ou escritas com pincel piloto, falou "duh" e "totally" apenas uma vez cada um, e abafou. Virei fã instantaneamente. Em pesquisa rápida, não achei a transcrição da palestra, que seria uma boa ajuda para quem ainda não acompanha bem o inglês falado. Mas não deixe que isso te desanime, se for o caso: peça ajuda aos amigos, continue procurando a transcrição, e aproveite o link para ver as outras vinte e tantas palestras de Sapolsky sobre assuntos diversos (depressão, etc.).
A palestra pode ser vista aqui:
Quando eu ainda postava em meu antigo site, traduzi um artigo - As línguas do nosso planeta estão morrendo, de Payal Sampat (2002) - onde o autor diz:
Marathi. Gujarati. Hindi. Inglês. Kutchi. Em Bombaim, na Índia, onde fui criado, eu usava estas línguas todos os dias. Para andar pelas ruas, pedir uma orientação e interagir com as pessoas eu tinha que ser capaz de falar marathi. Para ir à loja da esquina comprar arroz ou tomates para o jantar eu tinha que falar um pouco de gujarati, a língua de diversos comerciantes locais. Os meninos de minha escola vinham de tantas regiões linguísticas diferentes que nós conversávamos ou em inglês, a língua das aulas, ou em hindi, a língua mais amplamente falada da Índia.
Enquanto isto meus avós falavam kutchi, a língua dos nossos ancestrais que vieram dos desertos da Índia ocidental. A despeito de seus melhores esforços, eu fazia tudo que podia para evitar responder a meus avós em kutchi. Afinal, eles podiam conversar fluentemente em muitas das línguas de trabalho de Bombaim, e eu senti desde pequeno que o kutchi não era útil de qualquer maneira visível. Não podia me ajudar a fazer amigos, seguir o que estava na TV ou conseguir melhores notas. Então, desde o início, abandonei a língua dos meus ancestrais e ao invés escolhi operar no ambiente linguístico prevalecente.
Bem, o artigo de Sampat não é sobre a infância dele. É um artigo seríssimo sobre a extinção - devida a inúmeros motivos - de zilhões de línguas e dialetos através do mundo. Vale a pena dar uma olhada. Mas o que interessa aqui é que quando criança nosso herói falava normalmente, diariamente, pelo menos cinco línguas. Estou ciente de que até uma certa idade o cérebro da criança aceita bem a variedade, perdendo essa capacidade mais tarde.
Bueno, com esse intróito quilométrico estou querendo trombetear que vi no YouTube uma palestra sensacional do Professor Robert Kaposlky (Stanford) sobre linguagem, de 24 de maio de 2010.. Nela, que dura uma hora e quarenta e dois minutos, Kapolsky aborda com maior ou menor grau de detalhe todas as facetas mais importantes do fenômeno da linguagem - sua neurobiologia e neuroanatomia, o "fenômeno" dos macacos falantes (ASL) e algumas curiosidades sobre outros animais, Chomsky vs. Skinner, uma pitada de antropologia e arqueologia, enfim: falou 1'42"sobre o assunto sem enrolar, sem pigarrear, só coçou a cabeça duas vezes, usou três ou quatro telas brancas desenhadas ou escritas com pincel piloto, falou "duh" e "totally" apenas uma vez cada um, e abafou. Virei fã instantaneamente. Em pesquisa rápida, não achei a transcrição da palestra, que seria uma boa ajuda para quem ainda não acompanha bem o inglês falado. Mas não deixe que isso te desanime, se for o caso: peça ajuda aos amigos, continue procurando a transcrição, e aproveite o link para ver as outras vinte e tantas palestras de Sapolsky sobre assuntos diversos (depressão, etc.).
A palestra pode ser vista aqui:
Estrutura Sintática no Lobo Temporal Anterior
Syntactic structure building in the anterior temporal lobe during natural story listening
Jonathan Brennan, Yuval Nir, Uri Hasson, Rafael Malach, David J. Heeger, Liina Pylkkänen
Brain & Language (2010), doi:10.1016/j.bandl.2010.04.002
Abstract. A base neural da sintaxe é questão de grande debate. Em particular, o giro frontal inferior (IFG - inferior frontal gyrus), ou área de Broca, foi proeminentemente ligado ao processamento sintático, mas notou-se que o lobo temporal anterior ativa-se, ao invés do IFG, quando há manipulação em presença da estrutura sintática. Esses achados são de difícil reconciliação porque baseiam-se em diferentes tarefas de laboratório que investigam diferentes computações, e apenas indiretamente podem ser relacionados ao processamento natural de sentenças. Aqui nós avaliamos os correlatos neurais da elaboração da estrutura sintática na compreensão natural da linguagem, livre de exigências artificiais de tarefas. Os sujeitos ouviram passivamente Alice in Wonderland (Alice no País das Maravilhas) durante a tomografia por ressonância magnética funcional e nós correlacionamos a atividade cerebral com uma medida palavra-por-palavra da quantidade de estruturas sintáticas analisadas. A elaboração da estrutura sintática fez correlação com a atividade no lobo temporal anterior, mas não surgiram evidências de uma correlação entre a elaboração da estrutura sintática e a atividade em áreas frontais inferiores. Nossos resultados sugerem que o lobo temporal anterior computa a estrutura sintática sob condições naturais.
Jonathan Brennan, Yuval Nir, Uri Hasson, Rafael Malach, David J. Heeger, Liina Pylkkänen
Brain & Language (2010), doi:10.1016/j.bandl.2010.04.002
Abstract. A base neural da sintaxe é questão de grande debate. Em particular, o giro frontal inferior (IFG - inferior frontal gyrus), ou área de Broca, foi proeminentemente ligado ao processamento sintático, mas notou-se que o lobo temporal anterior ativa-se, ao invés do IFG, quando há manipulação em presença da estrutura sintática. Esses achados são de difícil reconciliação porque baseiam-se em diferentes tarefas de laboratório que investigam diferentes computações, e apenas indiretamente podem ser relacionados ao processamento natural de sentenças. Aqui nós avaliamos os correlatos neurais da elaboração da estrutura sintática na compreensão natural da linguagem, livre de exigências artificiais de tarefas. Os sujeitos ouviram passivamente Alice in Wonderland (Alice no País das Maravilhas) durante a tomografia por ressonância magnética funcional e nós correlacionamos a atividade cerebral com uma medida palavra-por-palavra da quantidade de estruturas sintáticas analisadas. A elaboração da estrutura sintática fez correlação com a atividade no lobo temporal anterior, mas não surgiram evidências de uma correlação entre a elaboração da estrutura sintática e a atividade em áreas frontais inferiores. Nossos resultados sugerem que o lobo temporal anterior computa a estrutura sintática sob condições naturais.
segunda-feira, 9 de maio de 2011
Algumas Músicas
Austin Lucas - Thunder Rail
http://www.ninebullets.net/9b_music/Austin_Lucas_-_Thunder_Rail.mp3
Brad Paisley - Whiskey Lullaby
http://80.media.v4.skyrock.net/music/803/02d/80302d614ed0658ae30137e059975d97.mp3
Maps of Wars - Branches
http://youcrazydreamers.com/wp-content/uploads/2010/09/01-Maps-of-Wars.mp3
Cameron McGill - Low Ways
http://youcrazydreamers.com/wp-content/uploads/2009/07/02-low-ways.mp3
Damien Rice - Delicate
http://chinet.com/~art/movies/01_Delicate.mp3
Brian & The Metrotones - Give Me One Reason
http://talentbookingusa.com/movies/BATM-Reason.mp3
http://www.ninebullets.net/9b_music/Austin_Lucas_-_Thunder_Rail.mp3
Brad Paisley - Whiskey Lullaby
http://80.media.v4.skyrock.net/music/803/02d/80302d614ed0658ae30137e059975d97.mp3
Maps of Wars - Branches
http://youcrazydreamers.com/wp-content/uploads/2010/09/01-Maps-of-Wars.mp3
Cameron McGill - Low Ways
http://youcrazydreamers.com/wp-content/uploads/2009/07/02-low-ways.mp3
Damien Rice - Delicate
http://chinet.com/~art/movies/01_Delicate.mp3
Brian & The Metrotones - Give Me One Reason
http://talentbookingusa.com/movies/BATM-Reason.mp3
Meu abstract predileto
A arte do abstract está em sintetizar em mais ou menos 200-400 palavras tudo aquilo que é importante, interessante e novo em um artigo. Pode não parecer, mas fazer isso com classe é um osso duríssimo de roer. Meu abstract predileto (ou seja, aquele do qual sempre me lembro com satisfação quando penso nesse assunto - ainda que minha tradução não faça justiça às qualidades intrínsecas do original) é do excelente artigo:
Neurobiology of depression, fibromyalgia and neuropathic pain
Vladimir Maletic & Charles L. Raison
Frontiers in Bioscience 14, 5291-5338, June 1, 2009
Abstract. Este artigo sintetiza dados que sugerem que as altas taxas de comorbidade observadas entre depressão severa, fibromialgia e dor neuropática provavelmente resultam do fato de que esses distúrbios compartilham múltiplas causas (underpinnings) biológicas e ambientais. Esta perspectiva sugere que essas condições biologicamente complexas resultam da interação de vulnerabilidades genéticas e adversidades ambientais similares. Os determinantes genéticos compartilhados incluem alelos de funcionamento deficiente que regulam a sinalização monoaminérgica, glutamatérgica, neurotrófica, opióide e de citoquinas inflamatórias. Entre os principais fatores de risco ambientais estão o estresse e a doença psicossociais, que promovem, em indivíduos vulneráveis, resistência relativa a glicocorticóides, uma atividade simpática ampliada e parassimpática diminuida, além de produção e liberação aumentadas de mediadores pró-inflamatórios. O desequilíbrio das vias de estresse/inflamatórias promove alterações na circuitagem cerebral que modula o humor, a dor e a reação ao estresse. Com o passar do tempo, essas modificações funcionais provavelmente promovem rompimentos no suporte neurotrófico e perturbação na comunicação glia-neuronal. Estas modificações, por sua vez, foram associadas aos processos de sensitização central em distúrbios miálgicos e de "kindling" (ver Nota, abaixo) na depressão, sendo que ambos podem explicar a natureza progressiva e auto-perpetuadora desses distúrbios, especialmente quando tratados inadequadamente.
Nota. "Esses experimentos se relacionam à Hipótese do Kindling (NT - 'manter ativo', 'reavivamento', etc.), na qual repetidas NLEs (negative life experiences - experiências negativas de vida) podem predispor as pessoas que as experimentam a esperar experiências negativas no futuro, sentindo-se portanto desesperançadas, a despeito de que as futuras NLEs podem não ser mais frequentes ou ser ainda menos frequentes do que aquelas previamente experienciadas".
Suspeito que a frase elegante e altamente significativa que fixou esse abstract em minha mente foi "condições biologicamente complexas resultantes da interação entre vulnerabilidades genéticas e adversidades ambientais". Primorosa.
Neurobiology of depression, fibromyalgia and neuropathic pain
Vladimir Maletic & Charles L. Raison
Frontiers in Bioscience 14, 5291-5338, June 1, 2009
Abstract. Este artigo sintetiza dados que sugerem que as altas taxas de comorbidade observadas entre depressão severa, fibromialgia e dor neuropática provavelmente resultam do fato de que esses distúrbios compartilham múltiplas causas (underpinnings) biológicas e ambientais. Esta perspectiva sugere que essas condições biologicamente complexas resultam da interação de vulnerabilidades genéticas e adversidades ambientais similares. Os determinantes genéticos compartilhados incluem alelos de funcionamento deficiente que regulam a sinalização monoaminérgica, glutamatérgica, neurotrófica, opióide e de citoquinas inflamatórias. Entre os principais fatores de risco ambientais estão o estresse e a doença psicossociais, que promovem, em indivíduos vulneráveis, resistência relativa a glicocorticóides, uma atividade simpática ampliada e parassimpática diminuida, além de produção e liberação aumentadas de mediadores pró-inflamatórios. O desequilíbrio das vias de estresse/inflamatórias promove alterações na circuitagem cerebral que modula o humor, a dor e a reação ao estresse. Com o passar do tempo, essas modificações funcionais provavelmente promovem rompimentos no suporte neurotrófico e perturbação na comunicação glia-neuronal. Estas modificações, por sua vez, foram associadas aos processos de sensitização central em distúrbios miálgicos e de "kindling" (ver Nota, abaixo) na depressão, sendo que ambos podem explicar a natureza progressiva e auto-perpetuadora desses distúrbios, especialmente quando tratados inadequadamente.
Nota. "Esses experimentos se relacionam à Hipótese do Kindling (NT - 'manter ativo', 'reavivamento', etc.), na qual repetidas NLEs (negative life experiences - experiências negativas de vida) podem predispor as pessoas que as experimentam a esperar experiências negativas no futuro, sentindo-se portanto desesperançadas, a despeito de que as futuras NLEs podem não ser mais frequentes ou ser ainda menos frequentes do que aquelas previamente experienciadas".
Suspeito que a frase elegante e altamente significativa que fixou esse abstract em minha mente foi "condições biologicamente complexas resultantes da interação entre vulnerabilidades genéticas e adversidades ambientais". Primorosa.
Escrevendo seu trabalho científico em inglês
Esse ensaio parece bastante completo (ver os tópicos mais abaixo). Sempre ajuda...
This handbook has been designed to be a reference book and guide for researchers who have to write up their scientific work in English and who may need help to compose and write more clearly and accurately in the language.
This handbook has been designed to be a reference book and guide for researchers who have to write up their scientific work in English and who may need help to compose and write more clearly and accurately in the language.
Tópicos:
Foreword, Types of Writing, Scientific Articles, Research Papers, Proposals, Composition, Titles, Planning your Writing, Paragraph Writing, Introductions, Writing the Main Body, Conclusions, Sections of a ResearchPaper, Describing Tables and Graphs, Referencing, Plagiarism, Abstracts, Summary Writing, Style, Objectivity, Clarity, Formality, Hedging, Signposting, Language functions, Agreeing and Disagreeing, Classifying, Comparing and Contrasting, Defining, Emphasising, Generalising, Paraphrasing, Quoting, Grammar, Adverbs, Articles, Numbers, Passive Voice, Punctuation, Verb Tenses, Word Order, Words, Abbreviations, Prefixes, Suffixes
Writing in English: a Practical Handbook for Scientific and Technical Writers
- Zuzana Svobodova, Technical University Brno, Czech Republic
- Heidrun Katzorke and Ursula Jaekel, Technische Universität, Chemnitz, Germany
- Stefania Dugovicova and Mike Scoggin, Comenius University, Bratislava, Slovakia
- Peter Treacher, ELT Centre, University of Essex, England
European Commission Leonardo da Vinci programme Pages: 74 PDF 1.96 MB
http://www.easy-share.com/1915220735/4704.rar ou http://www.filesonic.com/file/941336644/4704.rar
Teste de eficácia para a CBT
A screening test for cognitive therapy?
April 18, 2011
Acho que os autores desse artigo do Medical Express fazem muito bem em colocar um ponto de interrogação no título. A idéia é far-fetched, como dizem, pressupõe demais em terreno amplamente ignoto. A reação individual a qualquer psicoterapia é deveras imprevisível, e o próprio diagnóstico do que afligiria o paciente é objeto de discussões intermináveis - vide a brigalhada reinante para que sejam estabelecidos os parâmetros do futuro DSM-V. Mas a idéia também é tentadora, pelo menos em termos de saúde pública (custos vs benefícios, essas coisas de governo e finanças). Eu sou fá da CBT (cognitive behavioural therapy), e dou a maior força. Mas veja por si mesmo(a):
Os fundamentos científicos da psiquiatria ampliam-se rapidamente, mas ela ainda é um ramo distinto da medicina por causa da relativa ausência de testes biológicos na prática clínica rotineira.
Os tratamentos mais eficazes para depressão, incluindo a terapia cognitiva, são bem-sucedidos para apenas metade, mais ou menos, dos pacientes que os recebem. A capacidade de prever quais indivíduos mais provavelmente se beneficiariam com o tratamento reduziria o período de recuperação dos indivíduos, eliminaria o uso de tratamentos ineficazes e reduziria os altos custos dos cuidados médicos.
Pesquisa recente sugere que predições razoáveis podem ser feitas acerca de quais pacientes reagiriam (bem) à terapia cognitiva se passassem por uma tomografia cerebral. Infelizmente, as tomografias são muito dispendiosas e apresentam desafios técnicos, o que impede seu uso rotineiro.
Agora, pesquisadores da University of Pittsburgh e da University of Pennsylvania comunicam uma alternativa em potencial. Seus achados foram publicados no último número da Biological Psychiatry.
"Nós demonstramos que uma medida fisiológica rápida, barata e fácil, a dilatação da pupila em resposta a palavras emotivas, não só reflete a atividade de regiões cerebrais envolvidas na depressão e na reação ao tratamento como pode prever que pacientes provavelmente reagirão (bem) à terapia cognitiva", explicou o Dr. Greg Siegle, autor correspondente do estudo.
"De acordo com o provérbio, o olho é o espelho da alma, ou, nesse caso, o cérebro. A descoberta essencial desse estudo é que a atividade dos sistemas corticais cerebrais reguladores da emoção relaciona-se estreitamente com o tamanho da pupila quando as pessoas estão vendo palavras carregadas de emotividade", comentou o Dr. John Krystal, editor da Biological Psychiatry. "É por causa dessa relação entre o olho e o cérebro que as medições da pupila prevêem a reação à terapia cognitiva".
A terapia cognitiva é um tipo de psicoterapia projetada para ajudar os indivíduos a superar dificuldades modificando pensamentos e comportamentos negativos ou irracionais, o que, por sua vez, pode melhorar o humor e reduzir o estresse. Ela é quase sempre realizada em sessões semanais, e 10-20 sessões são eficazes para os indivíduos que se beneficiam dela.
Esse estudo foi relativamente pequeno, e ainda requer replicação. Entretanto, os autores têm grandes esperanças de que essa tecnologia poderia eventualmente ser utilizada regularmente para melhorar as taxas de reação positiva ao tratamento em clínicas de saúde mental.
Leia também:
The Evolution of the Cognitive Model of Depression and Its Neurobiological Correlates
Aaron T. Beck
(Am J Psychiatry 2008; 165:969–977)Achtung! - Beck é o criador da CBT
April 18, 2011
Acho que os autores desse artigo do Medical Express fazem muito bem em colocar um ponto de interrogação no título. A idéia é far-fetched, como dizem, pressupõe demais em terreno amplamente ignoto. A reação individual a qualquer psicoterapia é deveras imprevisível, e o próprio diagnóstico do que afligiria o paciente é objeto de discussões intermináveis - vide a brigalhada reinante para que sejam estabelecidos os parâmetros do futuro DSM-V. Mas a idéia também é tentadora, pelo menos em termos de saúde pública (custos vs benefícios, essas coisas de governo e finanças). Eu sou fá da CBT (cognitive behavioural therapy), e dou a maior força. Mas veja por si mesmo(a):
Os fundamentos científicos da psiquiatria ampliam-se rapidamente, mas ela ainda é um ramo distinto da medicina por causa da relativa ausência de testes biológicos na prática clínica rotineira.
Os tratamentos mais eficazes para depressão, incluindo a terapia cognitiva, são bem-sucedidos para apenas metade, mais ou menos, dos pacientes que os recebem. A capacidade de prever quais indivíduos mais provavelmente se beneficiariam com o tratamento reduziria o período de recuperação dos indivíduos, eliminaria o uso de tratamentos ineficazes e reduziria os altos custos dos cuidados médicos.
Pesquisa recente sugere que predições razoáveis podem ser feitas acerca de quais pacientes reagiriam (bem) à terapia cognitiva se passassem por uma tomografia cerebral. Infelizmente, as tomografias são muito dispendiosas e apresentam desafios técnicos, o que impede seu uso rotineiro.
Agora, pesquisadores da University of Pittsburgh e da University of Pennsylvania comunicam uma alternativa em potencial. Seus achados foram publicados no último número da Biological Psychiatry.
"Nós demonstramos que uma medida fisiológica rápida, barata e fácil, a dilatação da pupila em resposta a palavras emotivas, não só reflete a atividade de regiões cerebrais envolvidas na depressão e na reação ao tratamento como pode prever que pacientes provavelmente reagirão (bem) à terapia cognitiva", explicou o Dr. Greg Siegle, autor correspondente do estudo.
"De acordo com o provérbio, o olho é o espelho da alma, ou, nesse caso, o cérebro. A descoberta essencial desse estudo é que a atividade dos sistemas corticais cerebrais reguladores da emoção relaciona-se estreitamente com o tamanho da pupila quando as pessoas estão vendo palavras carregadas de emotividade", comentou o Dr. John Krystal, editor da Biological Psychiatry. "É por causa dessa relação entre o olho e o cérebro que as medições da pupila prevêem a reação à terapia cognitiva".
A terapia cognitiva é um tipo de psicoterapia projetada para ajudar os indivíduos a superar dificuldades modificando pensamentos e comportamentos negativos ou irracionais, o que, por sua vez, pode melhorar o humor e reduzir o estresse. Ela é quase sempre realizada em sessões semanais, e 10-20 sessões são eficazes para os indivíduos que se beneficiam dela.
Esse estudo foi relativamente pequeno, e ainda requer replicação. Entretanto, os autores têm grandes esperanças de que essa tecnologia poderia eventualmente ser utilizada regularmente para melhorar as taxas de reação positiva ao tratamento em clínicas de saúde mental.
Leia também:
The Evolution of the Cognitive Model of Depression and Its Neurobiological Correlates
Aaron T. Beck
(Am J Psychiatry 2008; 165:969–977)Achtung! - Beck é o criador da CBT
domingo, 8 de maio de 2011
Redes neurais e esquizofrenia - um modelo
Scientists afflict computers with schizophrenia to better understand the human brain
May 5, 2011
Redes computadorizadas (computer networks) que não conseguem esquecer depressa o suficiente podem apresentar sintomas de um tipo de esquizofrena virtual, fornecendo aos pesquisadores mais indicações sobre o funcionamento interno de cérebros esquizofrênicos, descobriram pesquisadores d' The University of Texas at Austin e da Yale University.
Os pesquisadores utilizaram um modelo computadorizado virtual, ou "rede neural", para simular a liberação excessiva de dopamina no cérebro. Descobriram que a rede recuperava memórias de uma maneira distintamente semelhante ao modo esquizofrênico.
"A hipótese é que a dopamina codifica a importância - a proeminência - da experiência", diz Uli Grasemann, aluno de graduação do Department of Computer Science at The University of Texas at Austin. "Quando há dopamina demais, isto leva a uma proeminência exagerada, e o cérebro acaba aprendendo através de coisas das quais não deveria estar aprendendo".
O resultado dá sustentação a uma hipótese conhecida nos círculos que lidam com esquizofrenia como a hipótese da super-aprendizagem, que postula que as pessoas que sofrem de esquizofrenia têm cérebros que perderam a capacidade de esquecer ou ignorar tanto quando normalmente deveriam. Sem esquecer, as pessoas perdem a capacidade de extrair o que é significativo a partir da imensidade de estímulos com que o cérebro se depara. Elas começam a fazer conexões que não são reais, ou a se afogar em um oceano de tantas conexões que perdem a capacidade de 'costurar' qualquer tipo de história coerente."
Leia o restante desse artiguinho, vale a pena. Se puder, leia também (muuuuito interessante):
Schizophrenia misunderstood, psychiatrist says
May 6, 2011 By Keith Herrell
May 5, 2011
Redes computadorizadas (computer networks) que não conseguem esquecer depressa o suficiente podem apresentar sintomas de um tipo de esquizofrena virtual, fornecendo aos pesquisadores mais indicações sobre o funcionamento interno de cérebros esquizofrênicos, descobriram pesquisadores d' The University of Texas at Austin e da Yale University.
Os pesquisadores utilizaram um modelo computadorizado virtual, ou "rede neural", para simular a liberação excessiva de dopamina no cérebro. Descobriram que a rede recuperava memórias de uma maneira distintamente semelhante ao modo esquizofrênico.
"A hipótese é que a dopamina codifica a importância - a proeminência - da experiência", diz Uli Grasemann, aluno de graduação do Department of Computer Science at The University of Texas at Austin. "Quando há dopamina demais, isto leva a uma proeminência exagerada, e o cérebro acaba aprendendo através de coisas das quais não deveria estar aprendendo".
O resultado dá sustentação a uma hipótese conhecida nos círculos que lidam com esquizofrenia como a hipótese da super-aprendizagem, que postula que as pessoas que sofrem de esquizofrenia têm cérebros que perderam a capacidade de esquecer ou ignorar tanto quando normalmente deveriam. Sem esquecer, as pessoas perdem a capacidade de extrair o que é significativo a partir da imensidade de estímulos com que o cérebro se depara. Elas começam a fazer conexões que não são reais, ou a se afogar em um oceano de tantas conexões que perdem a capacidade de 'costurar' qualquer tipo de história coerente."
Leia o restante desse artiguinho, vale a pena. Se puder, leia também (muuuuito interessante):
Schizophrenia misunderstood, psychiatrist says
May 6, 2011 By Keith Herrell
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