sábado, 21 de janeiro de 2012

Ambiguidade torna linguagem mais eficiente

Cientistas cognitivos desenvolvem uma nova visão de um velho problema: por que a linguagem humana tem tantas palavras com significados múltiplos
Cognitive scientists develop new take on old problem: why human language has so many words with multiple meanings
January 19, 2012 by Emily Finn
http://www.physorg.com/news/2012-01-cognitive-scientists-problem-human-language.html

Por que a linguagem evolui? Ao mesmo tempo em que a resposta pode parecer óbvia - como uma maneira dos indivíduos trocarem informações, linguistas e outros estudiosos da comunicação vêm debatendo essa questão há anos. Muitos linguistas proeminentes, incluindo Noam Chomsky, do MIT, já argumentaram que a linguagem, de fato, não tem bom desempenho na comunicação. Tal uso, dizem eles, é um mero subproduto de um sistema que provavelmente se desenvolveu por outras razões - talvez para estruturarmos nossos próprios pensamentos particulares.

Como evidência disso, estes linguistas citam a existência da ambiguidade. Em um sistema otimizado para transmitir informações entre um falante e um ouvinte, argumentam eles, cada palavra teria apenas um só significado, eliminando assim qualquer chance de confusão ou desentendimento. Agora, um grupo de cientistas cognitivos do MIT virou esta idéia de cabeça para baixo. Em uma nova teoria, eles afirmam que n a realidade a ambiguidade torna a linguagem mais eficiente ao permitir que sejam reutilizados sons curtos e eficientes que os ouvintes podem desambiguar facilmente com a ajuda do contexto.

"Diversas pessoas disseram que a ambiguidade é um problema para a comunicação", diz Ted Gibson, professor de ciência cognitiva do MIT e autor de um estudo que descreve a pesquisa que será publicada no journal Cognition. "Mas uma vez que entnedamos que o contexto promove a desambiguação, ela não é mais um problema - é algo do qual v. pode tirar vantagem porque pode reutilizar [palavras] fáceis em contextos diferentes sucessivas vezes".

O principal autor do estudo é Steven Piantadosi, PhD '11 (terminado em 2011). Harry Tily, postdoc do Department of Brain and Cognitive Science, é outro coautor.