terça-feira, 27 de dezembro de 2011

A complexidade do cérebro humano

Quando um cientista da envergadura de Gazzaniga (lê-se Gazzâniga) termina seu texto declarando: "A neurociência precisa desesperadamente de uma estrutura teórica mais poderosa para resolver os problemas que trouxe para sua alçada", é porque a coisa é séria. Esse artigo, de apenas 10 páginas e com ilustrações excelentes, deveria ser lido urbi et orbi.

Understanding Complexity in the Human Brain
Danielle S. Bassett & Michael S. Gazzaniga
Trends in Cognitive Sciences, May 2011, Vol. 15, No. 5
http://www.cogsci.ucsd.edu/~mboyle/COGS1/readings/Boyle-intro-to-cogs1-reading-Understanding%20complexity%20in%20the%20human%20brain.pdf
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Abstract. Ainda que o objetivo último das pesquisas neurocientíficas seja compreender o cérebro e como seu funcionamento se relaciona com a mente, a maior parte dos trabalhos atuais focalizam principalmente pequenas questões, utilizando dados cada vez mais detalhados. Entretanto, poderia ser possível investigar com sucesso a questão mais ampla sobre os mecanismos mente-cérebro se os achados acumulados nesses estudos neurocientíficos fossem juntados a abordagens complementares da física e da filosofia. O cérebro, nós argumentamos, pode ser entendido como uma rede ou um sistema complexo do qual emergem estados mentais através da interação de múltiplos níveis físicos e funcionais. A obtenção de um progresso conceitual adicional dependerá vitalmente de discussões amplas quanto às propriedades da cognição e às ferramentas atualmente disponíveis, ou que precisem ser desenvolvidas, para que possam ser estudados os mecanismos mente-cérebro.