sábado, 19 de setembro de 2009

A Origem dos Indivíduos


“No século 17, Descartes lançou a metáfora da máquina para explicar o funcionamento dos seres vivos. No século 18, La Mettrie estendeu a metáfora para o homem. O relógio, então, foi usado como paradigma da máquina. No século 20, esta metáfora ainda se mantém, mas o relógio foi substituido por um computador. Hoje em dia, o organismo é visto como um robô que obedece a sinais que emanam de um programa de computador controlado pela informação genética. Este livro mostra que tal concepção leva a contradições, não só na teoria biológica como também em seu programa de pesquisa experimental, impedindo assim o desenvolvimento. A análise desse problema se baseia nos dados experimentais mais recentes obtidos em biologia molecular, assim como em história e filosofia da biologia. Mostra que a teoria da máquina não teve sucesso em romper com o finalismo aristotélico. O livro apresenta uma nova abordagem aos sistemas biológicos baseada em um darwinismo celular. Os genes são dirigidos por mecanismos probabilísticos que permitem que as células se diferenciem estocasticamente. O desenvolvimento do embrião não é governado por um programa genético determinista, mas pela seleção natural que ocorre entre a população celular do organismo. Esta teoria tem consideráveis consequências filosóficas: o homem pode ser uma máquina, mas é uma máquina aleatória”.

Conteúdo do livro: Five Arguments for a New Theory of Biological Individuation; What is a Probabilistic Process?; The Determinism of Molecular Biology; The Contradiction in Genetic Determinism; Self-Organisation Does Not Resolve the Contradiction in Genetic Determinism; Hetero-Organisation; Biology s Blind Spot; A Research Programme and Ethical Principle Based on Ontophylogenesis.

The Origin of Individuals
Jean-Jacques Kupiec
World Scientific Publishing Company 276 pages 2009 PDF 5.17 MB
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Alguma coisa sobre Kupiec:

Jean-Jacques Kupiec est chercheur INSERM au Centre Cavaillès de l'École normale supérieure à Paris.
Spécialiste de biologie moléculaire, philosophie de la biologie et épistémologue, ses recherches l'amènent à construire un modèle de biologie moléculaire mettant en crise le tout-génétique, le déterminisme génétique et la notion d'espèce. Il réalise des modélisations de comportement de cellules rivales dans leur accès aux ressources (dont la lutte peut, par exemple, se manifester à l'échelle macroscopique par la formation d'un muscle ou d'un os). Il développe le concept d'ontophylogenèse, c'est-à-dire un darwinisme cellulaire qui vient résoudre les contradictions du déterminisme génétique (l'ordre dans le vivant par les molécules) d'une part et du holisme (l'ordre par le tout).


Há uma entrevista excelente com Kupiec no blog do Le Monde: http://automatesintelligent.blog.lemonde.fr/2009/05/25/entretien-avec-le-biologiste-jean-jacques-kupiec/