segunda-feira, 31 de outubro de 2011

A importância da cosmologia

Para a postagem Cosmologia, de ontem, o artigo abaixo poderia ser um subsídio interessante, ainda que sua linguagem seja mais antropológica do que propriamente astrofísica. Lendo os comentários, entretanto, somos transportados para o subconjunto da máxima "Nada do que é humano me é estranho" - em resposta a uma crítica bem aguda e certeira de Daeda (IMHO), Adam Frank reclama de uma visão estreita da ciência e de sua relação com a cultura, dizendo que "o intercâmbio entre ciência e cultura vai bem mais além do que simplesmente a ciência prover novas tecnologias para a cultura". Com o que concordo também. Felizmente a leitora Christina Anne Knight veio em nosso socorro (veja lá nos comentários) e resumiu a pendenga toda em um pequeno parágrafo, traduzido abaixo, com o qual concordo também (só que 99%).

Does Cosmology Matter?
By Adam Frank October 21, 2011

Acho que é inevitável que um modelo evolutivo cíclico, dirigido pela instabilidade termodinâmica em nível quântico anteriormente à expansão cósmica, irá se tornar o modelo cosmológico dominante. Ele é, longe, a melhor maneira de explicar a chamada sintonia fina dos parâmetros cósmicos e também a relativa complexidade do universo inicial. É razoável supor-se que os mesmos padrões evolutivos encontrados por toda a hierarquia de sistemas do universo poderiam ser aplicados ao próprio universo. A questão, então, se torna: será que existe um nível máximo de complexidade até o qual o universo (devido a considerações termodinâmicas) pode evoluir durante o processo cíclico? Também: será que existe a repetição de um padrão da encarnação cíclica mais simples para uma mais complexa? Se assim for, isso significa que estarei digitando esta mesma pergunta um número infinito de vezes? Christina Anne Knight

E, muito à propos, leia o poema inédito de Fernando Pessoa que também postei hoje.

Fernando Pessoa

Ganhei de presente um retrato do original de um poema inédito do Fernandinho (em sua heteronímia de Alberto Caeiro), sem título nem data (mas parece que é de 1937). Vou copiá-lo aqui para o doce de leite dos leitores do CLM.

Gosto do ceu porque não creio que elle seja infinito.
Que pode ter comigo o que não começa nem acaba?
Não creio no infinito, não creio na eternidade.
Creio que o espaço começa numa parte e numa parte acaba
E que agora e antes d'isso ha absolutamente nada.
Creio que o tempo tem um principio e tem um fim,
E que antes e depois d'isso não havia tempo.
Porque ha de ser isto falso? Falso é fallar de infinitos
Como se soubessemos o que são de os podermos entender.
Não: tudo é uma quantidade de cousas.
Tudo é definido, tudo é limitado, tudo é cousas.

(transcrito por Jerónimo Pizarro)

domingo, 30 de outubro de 2011

Valentina Lisitsa



Pianista ucraniana nascida em 1973. Antes do vídeo que motivou essa postagem, sua apresentação no Palais Neustein, em Salzburg (2011), indico dois links que exemplificam a qualidade única de sua interpretação. Para mais detalhes, não deixe de ver seu (dela) verbete na Wikipedia. Apurei também que ela é a pianista que tem mais hits no Youtube, de modsque não vai ser difícil encontrar outras interpretações suas de coisas do arco da velha.

Für Elise
http://www.youtube.com/watch?v=yAsDLGjMhFI&feature=relmfu

Chopin Nocturne Op 48 No.1 C minor
http://www.youtube.com/watch?v=c94nySKKoWE&feature=related

Recital no Palais Neustein, Salzburg - 2011
Valentina Lisitsa plays Schubert, Liszt, Chopin and Godowsky (~29 min)
Schubert/Liszt - Erlkönig, Gute Nacht (Winterreise) e Des Mädchen Klage
Chopin - Nocturn Es Dur op. 9 nr. 2
Godowski - Symphonische Metamorphosen Johann Strauss'scher Themen: "Die Fledermaus"

http://www.youtube.com/watch?v=9ZsyuqURt9M

Cosmologia

Descobri um texto da Nasa chamado Cosmology: The Study of the Universe. Tem 50 páginas e ilustrações coloridas, além de fornecer diversos links e indicações de livros para tirar dúvidas ou ampliar explicações. BTW, bem que essas referências poderiam estar mais atualizadas... Começa assim:

A cosmologia é o estudo científico das propriedades de larga escala do universo como um todo. Ela procura utilizar o método científico para entender a origem, e evolução e o destino final (ultimate fate) do universo inteiro. Como qualquer campo da ciência, a cosmologia envolve a elaboração de teorias ou hipóteses sobre o universo que fazem predições específicas sobre fenômenos que podem ser testadas através de observações. Dependendo do resultado das observações, as teorias terão que ser abandonadas, revisadas ou ampliadas para acomodar os dados. A teoria dominante sobre a origem e evolução do nosso Universo é a chamada teoria do Big Bang.

Esta introdução aos conceitos cosmológicos está organizada como se segue:

Os principais conceitos da teoria do Big Bang são introduzidos na primeira seção, dando-se pouca atenção a observações de fatos.

A segunda seção discute os testes clássicos da teoria do Big Bang que a tornam tão convincente enquanto descrição válida do nosso universo.

A terceira seção discute observações que salientam as limitações da teoria do Big Bang e apontam para um modelo cosmológico mais detalhado do que a teoria do Big Bang pode fornecer isoladamente. Como se discutiu na primeira seção, a teoria do Big Bang prediz uma série de possibilidades com relação à estrutura e à evolução do universo.

A seção final discute os limites entre os quais podemos circunscrever a natureza do nosso universo com base em dados atuais, e indica como a WMAP (Wilkinson Microwave Anisotropy Probe) amplia nossa compreensão da cosmologia.

Além disso, alguns tópicos relacionados são discutidos com base nas perguntas mais comuns que nos são enviadas.

Veja também:

Cosmology 2011: Lecture Notes
Andrew H. Jaffe
Imperial College, UK
http://astro.imperial.ac.uk/~jaffe/teaching/Cosmology2010/Cosmology.pdf
(texto bem mais complexo)

Neuropsicologia



From translating the patient’s medical records and test results to providing recommendations, the neuropsychological evaluation incorporates the science and practice of neuropsychology, neurology, and psychological sciences. The Black Book of Neuropsychology brings the practice and study of neuropsychology into concise step-by-step focus — without skimping on scientific quality. This one-of-a-kind assessment reference complements standard textbooks by outlining signs, symptoms, and complaints according to neuropsychological domain (such as memory, language, or executive function), with descriptions of possible deficits involved, inpatient and outpatient assessment methods, and possible etiologies. Additional chapters offer a more traditional approach to evaluation, discussing specific neurological disorders and diseases in terms of their clinical features, neuroanatomical correlates, and assessment and treatment considerations. Chapters in psychometrics provide for initial understanding of brain-behavior interpretation as well as more advanced principals for neuropsychology practice including new diagnostic concepts and analysis of change in performance over time.For the trainee, beginning clinician or seasoned expert, this user-friendly presentation incorporating ‘quick reference guides’ throughout which will add to the practice armentarium of beginning and seasoned clinicians alike.

Key features of The Black Book of Neuropsychology:
Concise framework for understanding the neuropsychological referral.
• Symptoms/syndromes presented in a handy outline format, with dozens of charts and tables. • Review of basic neurobehavioral examination procedure.
• Attention to professional issues, including advances in psychometrics and diagnoses, including tables for reliable change for many commonly used tests.
• Special “Writing Reports like You Mean It” section and guidelines for answering referral questions.
• Includes appendices of practical information, including neuropsychological formulary.

The Little Black Book of Neuropsychology: A Syndrome-Based Approach
Michael R. Schoenberg & James Glenn Scott
Springer 2011 988 pages PDF 11.23 mb
http://www.wupload.com/file/1421877111/0387707034.pdf

WhyOceans



WhyOceans - At Land 2011

Tracks:
1. Intro
2. At Land
3. After Party
4. Autumn
5. Untidal
6. Darkneige

http://www.filefactory.com/file/ce37c52/n/WhyOceans_-_At_Land.rar

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Bryan Adams - Please Forgive Me

Versão muito boa

http://www.youtube.com/watch?v=9EHAo6rEuas&feature=relmfu

Quem sabe v. também vai curtir essta trinca: Rod Stewart, Sting & Bryan Admas cantando All for Love...

http://www.youtube.com/watch?v=n-AB7RJpOjY&feature=related

Cérebro e Transcriptoma

Nossos cérebros são feitos das mesmas coisas, a despeito de diferenças genéticas
Our brains are made of the same stuff, despite DNA differences
Medicalxpress October 26, 2011

Artigaço do Medicalxpress sem autoria definida. Não deixe de observar as ilustrações presentes nos originais.

Apesar das enormes diferenças no código genético entre indivíduos e etnias, o cérebro humano apresenta uma "arquitetura molecular uniforme", dizem pesquisadores financiados pelos National Institutes of Health. A descoberta vem de uma dupla de estudos que criaram bancos de dados que revelam quando e onde os genes se ativam e desativam em múltiplas regiões durante o desenvolvimento.

"Nosso estudo mostra como 650.000 variações genéticas triviais que tornam cada um de nós uma pessoa única podem influenciar as idas e vindas de 24.000 genes da parte mais ditintamente humana do nosso cérebro à medida que crescemos e envelhecemos", explicou Joel Kleinman, M.D., Ph.D., do National Institute of Mental Health (NIMH) Clinical Brain Disorders Branch.

Kleinman e o bolsista do NIMH, Nenad Sestan, M.D., Ph.D. da Yale University, New Haven, lideraram os estudos correlatos do número de 27 de outubro de 2011 da revista Nature.

"Ter em nossas mãos informações detalhadas sobre quando e onde produtos genéticos específicos são expressados no cérebro traz novas esperanças para a compreensão de como esse processo pode dar errado na esquizofrenia, no autismo e em outros distúrbios cerebrais", disse o diretor do NIMH, Thomas R. Insel, M.D.


Os dois estudos avaliaram os RNAs mensageiros ou transcrições. Esses produtos intermediários transportam a mensagem do DNA, o projeto (blueprint) genético, para criar proteínas e tecidos cerebrais diferenciados. Cada gene pode fazer diversas transcrições, que são expressadas em padrões influenciados por um subconjunto de aproximadamente 1,5 milhões de variações do DNA singulares a cada um de nós. Este conjunto único de transcrições é chamado de nosso transcriptoma - uma assinatura molecular única para cada indivíduo. O transcriptoma é uma medida do potencial funcional variado que existe no cérebro.

Os dois estudos descobriram que a rápida expressão genética (existente) durante o desenvolvimento fetal muda repentinamente para taxas bem mais lentas depois do nascimento, que declinam gradualmente e eventualmente se estabilizam na meia-idade. Essas taxas crescem novamente nas últimas décadas de envelhecimento do cérebro, assemelhando-se às taxas vistas na infância e na adolescência, de acordo com um dos estudos. Os bancos de dados guardam segredos de como os sistemas químicos mensageiros, as células e os processos de desenvolvimento sempre mutantes (NT - todos os três estão sempre se modificando) do cérebro relacionam-se aos padrões de expressão genética ao longo do desenvolvimento.

Por exemplo, se uma versão particular de um gene estiver implicada em um distúrbio, os novos recursos podem revelar como aquela variação afeta a expressão do gene ao longo do tempo e em cada região cerebral. Identificando genes até mesmo distantes entre si que podem estar se ativando e desativando em sincronia, os bancos de dados podem ajudar os pesquisadores a descobrir módulos inteiros de genes envolvidos em doenças. Também podem revelar como a variação em um gene pode influenciar a expressão de outro.


O córtex préfrontal

A equipe de Kleinman se concentrou em como as variações genéticas estão ligadas à expressão de transcrições do córtex préfrontal cerebral, a área que controla idéias (insight), planejamento e julgamento no decurso da vida. Estudaram 269 cérebros humanos saudáveis post-mortem que iam de duas semanas após a concepção até 80 anos de idade, utilizando 49.000 sondas genéticas. Apenas o banco de dados sobre a expressão genética do córtex préfrontal totaliza mais de um trilhão de bits de informação, de acordo com Kleinman.

Entre importantes achados no córtex préfrontal:

- As variações genéticas individuais estão profundamente ligadas a padrões de expressão. A maior similaridade entre os indivíduos é detectada nas fases iniciais do desenvolvimento e novamente à medida que nos aproximamos do fim da vida.
- Diferentes tipos de genes relacionados são expressados durante o desenvolvimento prénatal e as duas primeiras fases da infância, de forma tal que cada um desses estágios apresenta uma identidade transcriptiva relativamente distinta. Três- quartos dos genes revertem sua direção de expressão depois do nascimento, com a maioria deles passando de ligado para desligado.
- A expressão de genes envolvidos em divisão celular declina prenatalmente e na primeira fase da infância, enquanto que a expressão de genes importantes para a elaboração de sinapses, ou conexões entre os neurônios, aumenta. Em contraste, os genes necessários para as projeções neuronais declinam após o nascimento - o que é provável, já que as conexões não utilizadas são desbastadas.
- Lá pela época em que chegamos aos 50 anos de idade, a expressão genética geral começa a aumentar, refletindo a aguda reversão das modificações fetais de expressão que ocorrem na primeira fase da infância.
- A variação genética do genoma como um todo não apresentou qualquer efeito sobre a variação do transcriptoma como um todo, a despeito da distância genética que possa haver entre os indivíduos. Portanto, os córtices humanos têm uma arquitetura molecular estável, a despeito de nossa diversidade
.

Em estudos anteriores, Kleinman e seus colegas descobriram que todas as variações genéticas até então implicadas na esquizofrenia estão associadas a transcrições preferencialmente expressadas no cérebro fetal. Isto soma-se a evidências de que esse distúrbio se origina no desenvolvimento prénatal. Em contraste, ele e seus colegas estão examinando evidências de que a variação genética implicada em distúrbios emocionais (affective disorders) pode estar associada a transcrições epressadas em períodos posteriores da vida. Eles também estão ampliando seu banco de dados para incluir todas as transcrições de todos os genes do genoma humano, examinando 1.000 cérebros post-mortem, incluindo muitos de pessoas que tinham esquizofrenia ou outros distúrbios cerebrais.

Regiões cerebrais múltiplas

Sestan e seus colegas caracterizaram a expressão genética em 16 regiões cerebrais, incluindo 11 áreas do neocórtex, de ambos os hemiférios de 57 cérebros que iam de 40 dias após a concepção até 82 anos de idade - analisando o transcriptoma de 1.340 amostras. Utilizando 1,4 milhões de sondas, os pesquisadores mediram a expressão de exons, que se combinam para formar um produto da proteína de um gene. Isto lhes permitiu apontar modificações nessas combinações que produzem uma proteína, assim como mapear a expressão total do gene.

Entre os achados principais
:

- Mais de 90 por cento dos genes expressados no cérebro são regulados diferencialmente através de regiões cerebrais e/ou através de períodos temporais de desenvolvimento. Também há diferenças disseminadas ao longo de regiões e períodos temporais na combinação dos exons de um gene que são expressados.
- O timing e a localização são muito mais influentes na regulagem da expressão genética do que o gênero, a etnia ou a variação individual.
- Entre os 29 módulos de genes co-expressados identificados, cada um deles tinha padrões distintos de expressão e representava diferentes processos biológicos. A variação genética de alguns dos genes mais bem conectados desses módulos, chamados de genes axiais (hub genes), já tinha sido previamente ligada a distúrbios mentais, incluindo esquizofrenia e depressão.
- Similaridades reveladoras entre padrões de expressão de genes anteriormente implicados em esquizofrenia e autismo estão fornecendo pistas para a descoberta de outros genes potencialmente envolvidos nesses distúrbios.
- Diferenças de gênero quanto ao risco de certos distúrbios mentais podem ser rastreadas até mecanismos de transcrição. Mais de três-quartos de 159 genes expressados diferencialmente entre os sexos tinham propensão masculina, a maior parte deles pré-natalmente. Alguns genes que se viu terem essa expressão com propensões de gênero tinham sido anteriormente associados a distúrbios que afetam mais homens do que mulheres, como esquizofrenia, síndrome de Williams e autismo
.
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More information: The Kleinman study data on genetic variability are accessible to qualified researchers at http://www.ncbi.nl … 000417.v1.p1 , while the gene expression data can be found at http://www.ncbi.nlm.nih.gov/geo/query/acc.cgi?acc5GSE30272 . In addition, BrainCloud, a web browser application developed by NIMH to interrogate the Kleinman study data, can be downloaded at http://www.libd.org/braincloud .
Provided by National Institutes of Health
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Artigos da Nature, de 27 de outubro de 2011:

Temporal dynamics and genetic control of transcription in the human prefrontal cortex
Carlo Colantuoni, Barbara K. Lipska, Tianzhang Ye, Thomas M. Hyde, Ran Tao, Jeffrey T. Leek, Elizabeth A. Colantuoni, Abdel G. Elkahloun, Mary M. Herman, Daniel R. Weinberger, & Joel E. Kleinman
Possível link para o artigo:
http://www.nature.com/nature/journal/v478/n7370/full/nature10524.html?WT.ec_id=NATURE-20111027

Abstract. Previous investigations have combined transcriptional and genetic analyses in human cell lines, but few have applied these techniques to human neural tissue. To gain a global molecular perspective on the role of the human genome in cortical development, function and ageing, we explore the temporal dynamics and genetic control of transcription in human prefrontal cortex in an extensive series of post-mortem brains from fetal development through ageing. We discover a wave of gene expression changes occurring during fetal development which are reversed in early postnatal life. One half-century later in life, this pattern of reversals is mirrored in ageing and in neurodegeneration. Although we identify thousands of robust associations of individual genetic polymorphisms with gene expression, we also demonstrate that there is no association between the total extent of genetic differences between subjects and the global similarity of their transcriptional profiles. Hence, the human genome produces a consistent molecular architecture in the prefrontal cortex, despite millions of genetic differences across individuals and races. To enable further discovery, this entire data set is freely available (from Gene Expression Omnibus: accession GSE30272; and dbGaP: accession phs000417.v1.p1) and can also be interrogated via a biologist-friendly stand-alone application (http://www.libd.org/braincloud).


Spatio-temporal transcriptome of the human brain
Hyo Jung Kang, Yuka Imamura Kawasawa, Feng Cheng, Ying Zhu, Xuming Xu, Mingfeng Li, André M. M. Sousa, Mihovil Pletikos, Kyle A. Meyer, Goran Sedmak, Tobias Guennel, Yurae Shin, Matthew B. Johnson, Željka Krsnik, Simone Mayer, Sofia Fertuzinhos, Sheila Umlauf, Steven N. Lisgo, Alexander Vortmeyer, Daniel R. Weinberger, Shrikant Mane, Thomas M. Hyde, Anita Huttner, Mark Reimers, Joel E. Kleinman & Nenad Šestan
Possível link para o artigo:
http://www.nature.com/nature/journal/v478/n7370/pdf/nature10523.pdf

Abstract. Brain development and function depend on the precise regulation of gene expression. However, our understanding of the complexity and dynamics of the transcriptome of the human brain is incomplete. Here we report the generation and analysis of exon-level transcriptome and associated genotyping data, representing males and females of different ethnicities, from multiple brain regions and neocortical areas of developing and adult post-mortem human brains. We found that 86 per cent of the genes analysed were expressed, and that 90 per cent of these were differentially regulated at the whole-transcript or exon level across brain regions and/or time. The majority of these spatio-temporal differences were detected before birth, with subsequent increases in the similarity among regional transcriptomes. The transcriptome is organized into distinct co-expression networks, and shows sex-biased gene expression and exon usage. We also profiled trajectories of genes associated with neurobiological categories and diseases, and identified associations between single nucleotide polymorphisms and gene expression. This study provides a comprehensive data set on the human brain transcriptome and insights into the transcriptional foundations of human neurodevelopment.

Dark Captain



Dark Captain - Dead Legs and Alibis 2011

Tracks:
1 Three Years To Go
2 Submarines
3 Long Distance Driver
4 Right Way Round
5 Fade
6 Different & Easier
7 80,000 Reasons
8 Strange Journeys Home
9 Ex-Detective
10 Flickering Light

http://www.mediafire.com/?r0e76piz1xihtkj

Mais um livro sobre dissertação



Many otherwise strong doctoral students get stuck at the dissertation stage, but this trusty guide takes students from the early planning phase to finishing the final draft. It contains straightforward advice for each stage of the dissertation process: selecting a chair, completing the literature review, developing a hypothesis, selecting a study sample and appropriate measures, managing and analyzing both quantitative and qualitative data, establishing good writing habits, and overcoming obstacles to completing the dissertation on schedule.

The Dissertation: From Beginning to End
Peter Lyons & Howard J. Doueck
Oxford University Press 2010 216 pages PDF 1,3 MB
http://www.filesonic.com/file/2706317001/019537391X%20Dissertation.pdf

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Stanislas Dehaene








Vamos ver Dehaene falando um pouco (menos de três minutos) sobre sua vida e atividade, em http://www.youtube.com/watch?v=2VzXo9Krh1c

Também um artigo da revista Scientific American, de 2009: Your Brain on Books - Neuroscientist Stanislas Dehaene explains his quest to understand how the mind makes sense of written language. AQUI.


A pequena (menos de seis minutos) apresentação Quel circuit cérébral mobilise-t-on pour lire? (Que circuito cerebral nós mobilizamos para ler?), pode ser vista em http://www.youtube.com/watch?v=z7IG4s9kSPI

Entrevista podcast de Dehaene com Kerri Smith (setembro de 2011 - uns cinco minutos) em http://www.nature.com/neurosci/neuropod/index.html

Uma lista de livros, artigos (estes, todos em inglês e quase todos disponíveis para leitura e download) e capítulos de livros (estes, metade em inglês e metade em francês, e alguns disponíveis para leitura e download). Veja em http://www.unicog.org/biblio/Author/DEHAENE-S.html

Seus cursos 2006-2007 (Mecanismos Cerebrais da Leitura) no Collège de France. Esta postagem não visa piratear a página do CF, apenas reunir as partes desse curso de Dehaene num mesmo conjunto. São elas:

Mécanismes cérébraux de la lecture
La reconnaissance visuelle des mots
Stanislas Dehaene
http://www.college-de-france.fr/media/psy_cog/UPL52877_Cours2006_1_reconnaissanceVisuelleDesMots.pdf



Mécanismes cérébraux de la lecture
Vers une physiologie de la lecture (I)
Stanislas Dehaene
http://www.college-de-france.fr/media/psy_cog/UPL54774_Cours2_SD.pdf

Mécanismes cérébraux de la lecture
Vers une physiologie de la lecture (II)
Stanislas Dehaene
http://www.college-de-france.fr/media/psy_cog/UPL54835_Cours3_SD.pdf

Mécanismes cérébraux de la lecture
L’hypothèse des deux voies de lecture
Stanislas Dehaene
http://www.college-de-france.fr/media/psy_cog/UPL22237_Cours4_DeuxVoiesDeLecture.pdf

Mécanismes cérébraux de la lecture
Variabilité culturelle et universalité des mécanismes de la lecture
Stanislas Dehaene
http://www.college-de-france.fr/media/psy_cog/UPL62851_Cours2006_5_VariabiliteCulturelle.pdf

Mécanismes cérébraux de la lecture
Les mécanismes cérébraux de l’apprentissage de la lecture et de la dyslexie
Stanislas Dehaene
http://www.college-de-france.fr/media/psy_cog/UPL5611_2106coursApprentissageDeLaLectureEtDyslexie.pdf
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Assunto conexo:

Notre cerveau si fantastique
Uma aula de Sonia Lupien

Elogiadíssima pelos que viram e comentaram
http://www.youtube.com/watch?v=vVSGjNUsbQQ&feature=related

Tese sobre a Consciência

Uma tese de doutorado bem engendrada, com muita coisa nova.

Evaluación y desarrollo de la conciencia en sistemas cognitivos artificiales
Raul Arrabales Moreno 2011
Universidad Carlos III de Madrid. Departamento de Informática
http://e-archivo.uc3m.es/bitstream/10016/11971/1/Tesis_Raul_Arrabales_Moreno.pdf

Outras teses de interesse:

From memory and attention to consciousness.
Exploring three major aspects of cognitive brain functioning
Sven Haupt 2008
RHEINISCHE FRIEDRICH-WILHELMS-UNIVERSITY OF BONN
http://hss.ulb.uni-bonn.de/2008/1437/1437.pdf


The conscious brain : Empirical investigations of the neural correlates of perceptual awareness
Johan Eriksson 2007
Umeå Universitet, Samhällsvetenskapliga Fakulteten, Institutionen för Psykologi (SWE)
http://umu.diva-portal.org/smash/get/diva2:141028/FULLTEXT01

Phenomenology, Philosophy of Mind and the Subject
Donnchadh O'Conaill 2010
Durham University UK
http://etheses.dur.ac.uk/338/1/O'Conaill_Thesis%5B1%5D.pdf
(clara exposição da fenomenologia de Husserl da p. 107 em diante)

Idealismo e Materialismo



This book discusses two of the oldest and hardest problems in both science and philosophy: What is matter?, and What is mind? A reason for tackling both problems in a single book is that two of the most influential views in modern philosophy are that the universe is mental (idealism), and that the everything real is material (materialism). Most of the thinkers who espouse a materialist view of mind have obsolete ideas about matter, whereas those who claim that science supports idealism have not explained how the universe could have existed before humans emerged. Besides, both groups tend to ignore the other levels of existence—chemical, biological, social, and technological. If such levels and the concomitant emergence processes are ignored, the physicalism/spiritualism dilemma remains unsolved, whereas if they are included, the alleged mysteries are shown to be problems that science is treating successfully.

Matter and Mind: A Philosophical Inquiry
Mario Bunge
Springer 450 pages 2010 PDF 2,3 MB
http://www.filesonic.com/file/21696499/9048192242_Matter_and_Mind.rar

A Consiência Fenomênica



How can the fine-grained phenomenology of conscious experience arise from neural processes in the brain? How does a set of action potentials (nerve impulses) become like the feeling of pain in one's experience? Contemporary neuroscience is teaching us that our mental states correlate with neural processes in the brain. However, although we know that experience arises from a physical basis, we don't have a good explanation of why and how it so arises. The problem of how physical processes give rise to experience is called the 'hard problem' of consciousness and it is the contemporary manifestation of the mind-body problem. This book explains the key concepts that surround the issue as well as the nature of the hard problem and the several approaches to it. It gives a comprehensive treatment of the phenomenon incorporating its main metaphysical and epistemic aspects, as well as recent empirical findings, such as the phenomenon of blindsight, change blindness, visual-form agnosia and optic ataraxia, mirror recognition in other primates, split-brain cases and synaesthesia.

Phenomenal Consciousness: Understanding the Relation Between Neural Processes and Experience
Dimitris Platchias
McGill-Queen's University Press 2010 215 pages PDF 10,8 MB
http://www.filesonic.com/file/2740971211

Così Fan Tutte




A fundamental reassessment of the early history of Cosí Fan Tutte and a major contribution to its critical evaluation as a work of art. The author's scrutiny of the autograph score unleashes a torrent of information on how Mozart composed the opera, how he changed his mind or felt compelled to change his mind, how the nature of the work itself changed and, most startlingly, a frank exposure of its many unresolved issues. The detective work has the thrill of the chase, but the material will appeal beyond Mozart scholars to opera historians, biographers, musicologists, producers, conductors, performers, and those involved in performance practice.
Professor David Wyn Jones, Cardiff University
.

Mozart's Cosi Fan Tutte: a Compositional History
Ian Woodfield
Boydell Press 2008 264 pages PDF 4 MB
http://www.filesonic.com/file/2707007581

domingo, 23 de outubro de 2011

DMN - Default Mode Network

Depois de ler esse artiguinho traduzido abaixo (Wandering Minds), pensei em elaborar uma postagem mais detalhada sobre o assunto, mas os dias foram se passando e nada de sobrar tempo para tal. Em vista disso, vou colocar aqui apenas umas poucas coisas interessantes que achei na Net, mas ainda pretendo me estender sobre a DMN um dia desses.

Wandering minds

A DMN (default mode network - rede em modo default [básico, inicial, etc.]) é uma das diversas redes cerebrais que estão ativas quando o sujeito está em repouso. É encontrada não só em humanos como também em macacos e ratos. Yihong Yang e Hanbing Lu, do National Institute on Drug Abuse, em um estudo ainda não publicado, encontraram evidências da existência de uma DMN em ratos. Nos humanos, a DMN está associada a "funções de natureza auto-referencial" - reflexão ou introspecção passiva. A atividade dessa rede é inibida durante tarefas cognitivas.

Mantini, Gerits et al (J. Neuroscience 31(36):12954–12962, 7 Sep 2011) demonstram que áreas cerebrais funcionalmente similares àquelas envolvidas no modo básico humano apresentam padrões similares de ativação, e concluem: "O presente resultado sugere que, como os humanos, os macacos reiniciam conjuntos consistentes (NT - constantes, estáveis, etc.) de processos (mentais) quando em estados (NT - condições) (mentais) não direcionados. É emocionante poder inferir que os macacos ocupam-se com formas de cognição espontânea desligadas do meio ambiente externo durante seus momentos de inatividade. A observação de que a anatomia da DMN em macacos inclui áreas de associação heteromodal e não regiões sensoriais sustenta essa possibilidade especulativa".

Eles notam que os macacos não têm linguagem, "e portanto também não têm certas formas de
processamento auto-referencial" (citando R. Passingham, “How good is the macaque monkey model of the human brain?” Current opinion in neurobiology 19(2009):6–11). Ainda assim, eles apresentam "protoformas" de habilidades humanas: desse modo - talvez! - alguma coisa semelhante a reflexão, devaneio. Outra distinção (entre humanos e macacos) é posta à margem...

Alexa M. Morcom e Paul C. Fletcher, em seu artigo (ver abaixo), contestam a valorização dada a esse modo default especial, mas tudo o que v. ler aqui deve ser confrontado com o excelente artigo de Buckner, Andrews-Hanna e Shacter mais abaixo:

"Aqui, nós examinamos as suposições que são feitas em geral ao se aceitar a importância do 'modo default'. Nós questionamos o valor, e mesmo a interpretabilidade, do estudo do estado de repouso e sugerimos que as observações feitas durante estados de repouso não têm status privilegiado enquanto métrica fundamental do funcionamento do cérebro".

Does the brain have a baseline? Why we should be resisting a rest
Alexa M. Morcom and Paul C. Fletcher
doi:10.1016/j.neuroimage.2006.09.013

Mas como em todo bom artigo, Morcom & Fletcher descrevem adequadamente o que estão contestando, e isso nos auxilia a entender um pouco mais:

"A questão referente a um modo default compreende três idéias relacionadas. A primeira é que o estado de repouso constitui uma linha de base absoluta, sendo portanto um ponto fixo com relação ao qual todos os estados cognitivos e fisiológicos podem e devem ser considerados. A segunda é a noção de que o nível de atividade neural nesse estado de repouso é substancial e portanto funcionalmente importante, sendo que as modificações produzidas por exigências de tarefas representam apenas a 'ponta do iceberg'. Finalmente, Finalmente, com relação a uma ampla gama de tarefas, diz-se que o estado de repouso está associado a níveis superiores de atividade em um conjunto estável de regiões cerebrais. Isto levou à idéia de que, em repouso, retornamos a um 'modo default' que desempenha importante papel no funcionamento 'intrínseco' do cérebro".

As "três idéias relacionadas" são discutidas em detalhes por M&F nos parágrafos posteriores, e no fim o sapo vira príncipe e todos vivem felizes para sempre. Vou listar abaixo alguns artigos que trazem bons subsídios para um estudo mais aprofundado do assunto.



Functional connectivity of default mode network components: Correlation, anticorrelation, and causality
Lucina Q. Uddin, A.M. Clare Kelly, Bharat B. Biswal, F. Xavier Castellanos, & Michael P. Milham
Human Brain Mapping
Volume 30, Issue 2, pages 625–637, February 2009


Searching for a baseline: Functional imaging and the resting human brain
Gusnard, DA & Raichle, ME
Nature Reviews Neuroscience Volume: 2 Issue: 10 Pages: 685-694 DOI: 10.1038/35094500 Published: Oct. 2001
(Um dos artigos iniciais e básicos da idéia da DMN)

Patterns of Brain Activity Supporting Autobiographical Memory, Prospection, and Theory of Mind, and Their Relationship to the Default Mode Network 2009
R. Nathan Spreng and Cheryl L. Grady
Journal of Cognitive Neuroscience 22:6, pp. 1112–1123

Default mode network as revealed with multiple methods for resting-state functional MRI analysis
Xiang-Yu Longa, Xi-Nian Zuo, Vesa Kiviniemi, Yihong Yang, Qi-Hong Zou, Chao-Zhe Zhu, Tian-Zi Jiang, Hong Yang, Qi-Yong Gong, LiangWang, Kun-Cheng Li , Sheng Xie, Yu-Feng Zang

Investigating the Functional Heterogeneity of the Default Mode Network Using Coordinate-Based Meta-Analytic Modeling
Angela R. Laird, Simon B. Eickhoff, Karl Li, Donald A. Robin, David C. Glahn, and
Peter T. Fox
The Journal of Neuroscience, 18 November 2009, 29(46): 14496-14505; doi: 10.1523/JNEUROSCI.4004-09.2009

White matter microstructure underlying default mode network connectivity in the human brain
Stefan J. Teipel, Arun L.W. Bokde, Thomas Meindl, Edson Amaro Jr., Jasmin Soldner, Maximilian F. Reiser, Sabine C. Herpertz, Hans-Jürgen Möller, Harald Hampel
NeuroImage (2009), doi:10.1016/j.neuroimage.2009.10.067

Default-mode brain dysfunction in mental disorders: A systematic review
Samantha J. Broyd, Charmaine Demanuel, Stefan Debener, Suzannah K. Helps, Christopher J. James, Edmund J.S. Sonuga-Barke
Neuroscience and Biobehavioral Reviews 33 (2009) 279–296
(Artigo interessante especialmente porque seu item 1 (1.1 a 1.5) discute "os cinco elementos chaves" da DMN)

The Brain’s Default Network
Anatomy, Function, and Relevance to Disease
Randy L. Buckner, Jessica R. Andrews-Hanna and Daniel L. Schacter
Ann. N.Y. Acad. Sci. 1124: 1–38 (2008)
(Artigo nota 10, com ilustrações de primeira)

Electrophysiological signatures of resting state networks in the human brain
D. Mantini, M. G. Perrucci, C. Del Gratta, G. L. Romani e M. Corbetta
PNAS August 7, 2007 vol. 104 no. 32 13170-13175

A neurociência das terapias psicológicas






The Neuroscience of Psychological Therapies summarizes knowledge of brain function and brain behavior relationships within the context of psychotherapy implementation. It describes how specific locations in the brain carry out specific activities, how the different activities are combined to yield normal and pathological behavior, and how knowledge of brain activities can guide psychological assessment and intervention. Specific topics include the influence of neural networks on discovery and change, the therapist's neuroscience, communicating with patients using the brain as reference, and using neuroscience concepts to compare and integrate traditional schools of psychotherapy. Applying a neuroscience framework to conceptualization and treatment of depression is offered as an example, and specific issues associated with trauma and false memories are discussed. The book is aimed at anyone working within a psychotherapy framework and who wishes to discover more about brain function and brain/behavior relationships.


The Neuroscience of Psychological Therapies


Rowland W. Folensbee
Cambridge University Press 2007 234 pages PDF 1.75 mb


http://www.wupload.com/file/583952496/0521863171_052168188X.pdf

Música tranquila é o seguinte...






Rowboat - A Crack Will Form 2011



http://www.mediafire.com/?pp39hdlbgp1hd4h

O pensamento dialético






A comprehensive analysis of the philosophy of the dialectic by the doyen of cultural criticism. After half a century exploring dialectical thought, renowned cultural critic Fredric Jameson presents a comprehensive study of a misunderstood yet vital strain in Western philosophy. The dialectic, the concept of the evolution of an idea through conflicts arising from its inherent contradictions, transformed two centuries of Western philosophy. To Hegel, who dominated nineteenth-century thought, it was a metaphysical system. In the works of Marx, the dialectic became a tool for materialist historical analysis.

Jameson brings a theoretical scrutiny to bear on the questions that have arisen in the history of this philosophical tradition, contextualizing the debate in terms of commodification and globalization, and with reference to thinkers such as Rousseau, Lukács, Heidegger, Sartre, Derrida, and Althusser. Through rigorous, erudite examination, Valences of the Dialectic charts a movement toward the innovation of a “spatial” dialectic. Jameson presents a new synthesis of thought that revitalizes dialectical thinking for the twenty-first century.




Valences of the Dialectic


Fredric Jameson
Verso 2009 625 Pages PDF 2 MB


http://www.filesonic.com/file/2671197554

Repensando Schumann






A provocative re-examination of a major romantic composer, Rethinking Schumann provides fresh approaches to Schumann's oeuvre and its reception from the perspectives of literature, visual arts, cultural history, performance studies, dance, and film. Traditionally, research has focused on biographical links between the composer and his music, encouraging the assumption that Schumann was solitary, divorced from reality, and frequently associated with "untimeliness." These eighteen new essays argue from a multitude of perspectives that Schumann was in fact very much a man of his time, informed not only by music but also the culture and society around him. The book further reveals that the composer's reputation has been shaped significantly by, for example, changes in attitudes towards German romanticism and its history, and recent developments in musical scholarship and performance. Rethinking Schumann takes into account cultural and social-institutional frameworks, engages with ongoing and new issues of reception and historiography, and offers fresh music-analytical insights. As a whole, the essays assemble a portrait of the artist that reflects the different ways in which Schumann has been understood and misunderstood over the past two hundred years. The volume is, in short, a timely reassessment of this ultimately non-untimely figure's legacy.

While the essays consider some of Schumann's most famous music (Dichterliebe, Kinderszenen and the Piano Quintet), they also provide crucial adjustment to judgments against the composer's later works by explaining their musical features not as the result of diminishing creative capacity but as reflections of the political and social situations of mid-nineteenth-century German culture and technological developments. Schumann is revealed to have been a musician engaged by and responsive to his surroundings, whose reputation was formed to a great extent by popular culture, both in his own lifetime as he responded to particular poets and painters, and later, as his life and works were responded to by subsequent generations.

"This splendid and inviting collection of essays by a stellar group of authors offers fresh insights into Schumann's later works and their reception. Its methodological diversity and thematic breadth represent the cutting edge of musical scholarship today."--Annegret Fauser, University of North Carolina at Chapel Hill

"A rewarding and readable collection of new Schumann scholarship that showcases current disciplinary perspectives. Historians, analysts, and cultural critics probe Schumann's music and his wide-ranging influence, paying special attention to lesser known dimensions of the composer's work. Included are eye-opening, exhilarating essays that we will turn to again and again." --Kristina Muxfeldt, Jacobs School of Music, Indiana University




Rethinking Schumann


Roe-Min Kok & Laura Tunbridge
Oxford University Press 2011 496 pages PDF 4,9 MB

http://www.filesonic.com/file/2660407151

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Top 147




quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Sting - Shape of my Heart



Os Empiristas





The Empiricists: A Guide for the Perplexed offers a clear and thorough guide to the key thinkers responsible for developing this central concept in the history of philosophy. The book focuses on the canonical figures of the empiricist movement, Locke, Berkeley and Hume, but also explores the contributions made by other key figures such as Bacon, Hobbes, Boyle and Newton. Laurence Carlin presents the views of these hugely influential thinkers in the context of the Scientific revolution, the intellectual movement in which they emerged, and explores in detail the philosophical issues that were central to their work. Specifically designed to meet the needs of students seeking a thorough understanding of the topic, this book is the ideal guide to a key concept in the history of philosophy.




Empiricists: A Guide for the Perplexed


Laurence Carlin
Continuum 2009 208 pages PDF 1,2 MB

http://www.filesonic.com/file/2610035451/1847062008Empiricists.pdf

Notas em Neurociência






BIOS Instant Notes in Neuroscience, Third Edition, is the perfect text for undergraduates looking for a concise introduction to the subject, or a study guide to use before examinations. Each topic begins with a summary of essential facts-an ideal revision checklist-followed by a description of the subject that focuses on core information, with clear, simple diagrams that are easy for students to understand and recall in essays and exams.  
BIOS Instant Notes in Neuroscience, Third Edition, is fully up-to-date and covers:

Organization of the Nervous System
Neuron Excitation
Synapses
Neurotransmitters
Elements of Neural Computing
Somatosensory Systems
Vision
Hearing
Smell and Taste
Motor Function: Spinal Cord and Brainstem
Movement: Cortex, Cerebellum and Basal Ganglia
Neuroendocrinology and Autonomic Functions
Brain and Behaviour
Learning and Memory
Neuroscience Methods




BIOS Instant Notes in Neuroscience


Alan Longstaff
Taylor & Francis; 3 edition 2011 PDF 360 pages 5.8 MB

http://www.filesonic.com/file/2644398424

Compreendendo Música






Roger Scruton first addressed this topic in his celebrated book The Aesthetics of Music (OUP) and in this new book he applies the theory to the practice and examines a number of composers and musical forms. His continued fascination with Wagner provides much interesting content but he also deals near-death blows to his favorite targets like Pierre Boulez and Hoagy Carmichael. His legal encounter with The Pet Shop Boys is well documented (they sued him for libel in 1999) and the book closes with a devastating chapter on pop music, containing more controversial views that readers will relish. Many will be delighted; others enraged. However, underlying this book there is a consistent argument and passion for tonality and rhythm.




Understanding Music: Philosophy and Interpretation


Roger Scruton
Continuum 2009 256 pages PDF 2 MB

http://www.filesonic.com/file/2639914381

A Mente Viva






As enthusiasm for computational models of the mind has waned and the revolution in neuroscience has progressed, attention in philosophy and cognitive science has shifted toward more biological approaches. The Living Mind establishes that mind cannot be immaterial or reduced to mechanistic or cybernetic processes, but must instead possess a subjectivity embodied in an animal organism. On this basis, the work proceeds to show why mind involves a pre-conscious psyche, a non-discursive consciousness and self-consciousness, and an intelligence overcoming the opposition of consciousness. In so doing, The Living Mind provides a detailed account of the psyche and consciousness, paving the way for conceiving the psychological enabling conditions of rational theory and practice.




The Living Mind: From Psyche to Consciousness


Richard Dien Winfield
Rowman & Littlefield Publishers 2011 328 pages epub 0,4 MB

http://www.filesonic.com/file/2609739451/1442211555Mind.epub

domingo, 16 de outubro de 2011

The Existential Issue


Este é o nome que a revista inglesa The New Scientist atribuiu ao principal assunto de seu número de 23 de julho de 2011: A Questão Existencial. Da p. 27 à p. 46, somos apresentados a praticamente todas as maquinações atuais sobre a materialidade, o decurso e o destino final do universo e da espécie humana. AQUI.

A primeira parte se chama "Por que é que Existe Alguma Coisa e não Coisa Nenhuma?"  - repetindo a pergunta que alguém já modernoso colocou na boca dos antigos gregos.  A "resposta" dada é insatisfatória porque introduz mais incógnitas do que esclarece o pouco que já se sabe. Mas é um texto cheio de interesse e vitalidade.

A segunda parte indaga se estamos sozinhos no universo, e o texto deixa entrever que jamais saberemos; mas nas entrelinhas vende-se o peixe como se fosse uma questão existencial de suma importância, o que não é.

A terceira parte, "Será que Eu Sou um Holograma?", gasta editoração para não dizer quase nada. Informe-se melhor, se for o caso:

Jacob Bekenstein
Scientific American

Marcus Chown
The New Scientist

Seyed Hadi Anjamrooz
Rafsanjan University of Medical Sciences

Joakim Munkhammar
University of Upsala

A próxima parte chama-se "Por que Eu?", e até que começa bem: "Pense por um instante sobre o momento em que v. nasceu. Onde é que v. estava? Agora pense no futuro, depois de sua morte. Onde v. estará? A resposta brutal é: em lugar nenhum. Sua vida é uma breve incursão na Terra que começou um dia, sem qualquer razão, e que terminará inevitavelmente".   Neste momento passageiro surge a consciência, mas Ananthaswamy é um desmancha-prazeres: "Ainda assim, a a idéia de que a consciência parece ser uma propriedade emergente do cérebro pode nos levar a algum lugar. Por exemplo, faz com que as chances de sua consciência existir sejam as mesmas de você ter nascido algum dia, quer dizer, muito pequenas. Pense nisso na próxima vez em que estiver angustiado sobre seu iminente retorno ao nada". O melhor dessa parte é que ficamos conhecendo (para quem ainda não tinha etc. e tal) Anil K. Seth, que escreveu coisas bem interessantes sobre o assunto.

Anil Seth
Cogn Comput (2009) 1:50–63

Anil K. Seth & Bernard J. Baars
Consciousness and Cognition 14 (2005) 140–168

Models of Consciousness
Verbete da Scholarpedia curado por A. K. Seth

Veja na próxima parte: todas as constantes fundamentais do Universo têm o valor correto que torna possível existir vida, e os cientistas chamam isso de argumento da sintonia fina. Entretanto, nem todos concordam.

"Como é que sei que eu existo?" Esta parte não tem o menor rigor explanatório,  contentando-se em alinhavar gracinhas existenciais e epistemológicas. A próxima parte, que investiga a possibilidade de existirem outros de mim por aí, também tropeça em várias pedras do caminho. "Nós sabemos que o Universo é mais do isso que está aí. A radiação deixada pelo big bang parece confirmar que o cosmos passou por uma fase efêmera de expansão super-rápida conhecida como inflação. E, de acordo com a inflação, existe efetivamente uma quantidade infinita de Universo lá fora. Assim, nosso Universo se parece com uma bolha e para além dela há um número infinito de outras bolhas que têm uma visão similarmente restrita". Mas nem tudo está perdido: somos informados que as bolhas sucessivas contêm um arranjo um pouquinho diferente de sua matéria, só que o número de arranjos possíveis é finito, e  se v. pudesse viajar para longe o suficiente através do nosso Universo observável acabaria topando com um outro Universo idêntico ao nosso nos mínimos detalhes, incluindo você. Peraí! Tem um problema: Max Tegmark, do MIT, fez a conta e revelou que para encontrar essa identidade v. teria que viajar 10^10^28 metros, que corresponde ao número 1 seguido de dez bilhões de bilhões de bilhões de zeros.

"Nossa espécie vai desaparecer?" - pergunta a próxima parte. Depois de listar idas, vindas e probabilidades diversas, Kate Douglas fecha o texto de modo pessimista: "Ainda que não possamos predizer nosso futuro, pode-se dizer uma coisa com certeza: nossa existência é apenas um capricho passageiro". Choro e ranger de dentes...

Vou pular "Serei hoje a mesma pessoa que era ontem?" - mas é bem interessante e pode ser lida com satisfação.

Stephen Battersby escreveu a última parte, chamada "Como terminará tudo?" Diz ele que numa conferência (sobre Cosmologia e Outras Pontas Soltas) ocorrida três semanas depois do Universo ter acabado, o Dr. Adams vangloria-se de que tudo ocorreu exatamente como sua teoria havia predito. Será uma sátira, finalmente? Battersby encerra suas ilações com o único truismo que nos serve: "Talvez a existência nunca se acabe".

Anyways, como postei em 29 de março de 2011: "Aquele que foi, a partir de então não pode não ter sido: daí em diante este misterioso e profundamente obscuro fato de ter vivido é seu viático por toda a eternidade". Portanto, sei que existo. Se eu não existisse, meu psiquiatra não olharia dentro dos meus olhos, dizendo: "Cara, v. é completamente maluco!"


  

O Destino do Universo

Leia com atenção. Em dúvida, compare com o original.



O Universo tem um destino - e este destino ajustado poderia estar voltando no tempo e se combinando com influências do passado para dar forma ao presente. É uma afirmativa que nos confunde, mas alguns cosmologistas acreditam hoje em dia que uma reformulação radical da mecânica quântica na qual o futuro pode afetar o passado poderia resolver alguns dos maiores mistérios do Universo, incluindo como surgiu a vida. O que é mais: os pesquisadores afirmam que recentes experimentos em laboratório estão confirmando dramaticamente os conceitos que fundamentam essa reformulação.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

A Gripe






Há dias, estou tentando tecer uns comentários sobre algumas coisas que gostaria de dividir com os leitores, mas a gripe não deixa. Acreditando em Cazuza - o tempo não pára - vou colocar apenas os links e seguir em frente.

O primeiro é de um artigo enviado pelo leitor João M. T. Rubio em 24 de setembro, Castillo - Todo y nada. Consideraciones fenomenológicas en torno al tiempo. Fiquei impressionado com a clareza de Da. Lucy e fui procurar outro artigo dela para beber mais de sua sabedoria, encontrando El punto cero de toda orientación. Husserl y el problema mente-cuerpo, que também é de alta qualidade. (Sorry, o primeiro é o segundo, e o segundo é que foi enviado pelo leitor)

Descobri também uma excelente entrevista do grande Ray Brassier, AQUI.

Um artigaço de Roger Kimball sobre Cioran, que comecei a elaborar mas fui vencido pela gripe. Aqui está a parte que consegui fazer:

As angústias de Emil M. Cioran

Chiô-rán em romeno e ci-ô-rrán em francês, mas na verdade sem dividir audivelmente em sílabas e com ênfase no "án".

Leia Roger Kimball (março de 1988), no site The New Criterion: The Anguishes of E. M. Cioran, onde ele se diverte picando o escritor franco-romeno em pedacinhos, mas sem perder a compostura.

Kimball escreve: "A recente publicação de uma tradução de Histoire et utopie - uma pequena coleção de seis ensaios que meditam sobre as virtudes e os perigos do impulso utópico, as imperfeições da democracia e a primazia do ódio e do rancor no inventário das emoções humanas - oferece uma ocasião apropriada para reavaliar-se a obra de Cioran. Será ele o herói intelectual batalhador que Miss Sontag apresenta, uma mente solitária com 'verdadeiro poder' registrando corajosamente importantes verdades que são por demais imapalatáveis para serem reconhecidas pela maioria dos pensadores? Ou será ele mais um intelectual cheio de pose, um esteta metafísico que anatomiza suas agonias auto-inflingidas não em busca de qualquer verdade presumida, mas apenas a fim de prover a si próprio com espetáculos cada vez mais singulares de descrença? Quase tudo o que Cioran escreveu aponta para a segunda conclusão."

Um CD agradável:

Luke Thompson

acoustic / singersongwriter / folk / New Zealand

http://www.mediafire.com/file/0a1apt4wl3v7c6d/Thompson%2C%20Luke%20-%20The%20Water%20%28Ep%29%20-%202011-joti-mc.zip

E outro imperdível, de Will Oldham:

Bonnie Prince Billy - Wolfroy goes to Town



domingo, 2 de outubro de 2011

Cara Dillon - Parting Glass





Newmeyer - Forma e Função



Biblioteca básica...

The two basic approaches to linguistics are the formalist and the functionalist approaches. In this engaging monograph, Frederick J. Newmeyer, a formalist, argues that both approaches are valid. However, because formal and functional linguists have avoided direct confrontation, they remain unaware of the compatability of their results. One of the author's goals is to make each side accessible to the other. While remaining an ardent formalist, Newmeyer stresses the limitations of a narrow formalist outlook that refuses to consider that anything of interest might have been discovered in the course of functionalist-oriented research. He argues that the basic principles of generative grammar, in interaction with principles in other linguistic domains, provide compelling accounts of phenomena that functionalists have used to try to refute the generative approach.

Language Form and Language Function
Frederick J. Newmeyer
MIT Press 1999 PDF 400 pages 1.66 Mb
http://www.filesonic.com/file/2276914504/Language_Form_and_Language_Function.pdf ou
http://turbobit.net/n6n6i39ejvp6.html

Cérebro, Mente e Consciência



Neuropsychological research on the neural basis of behavior generally asserts that brain mechanisms ultimately suffice to explain all psychologically described phenomena. This assumption stems from the idea that the brain consists entirely of material particles and fields, and that all causal mechanisms relevant to neuroscience can be formulated solely in terms of properties of these elements. Contemporary basic physical theory differs from classic physics on the important matter of how consciousness of human agents enters into the structure of empirical phenomena. The new principles contradict the older idea that local mechanical processes alone account for the structure of all empirical data. Contemporary physical theory brings directly into the overall causal structure certain psychologically described choices made by human agents about how they will act. This key development in basic physical theory is applicable to neuroscience. This book explores this new framework.

Brain, Mind and Consciousness: Advances in Neuroscience Research
Petr Bob
Springer 2011 PDF 152 pages 3.3 MB
http://www.filesonic.com/file/2264740361