Se sua praia é Evolução da Linguagem, aqui vão algumas dicas de artigos... Bom proveito.
Talvez o melhor seja 3rd Conference (2000) “The Evolution of Language”, 325 páginas de abstracts/resumos, précis e até artigos inteiros, muitos com bibliografia completa. Está todo mundo lá. Ver em http://www.phonetik.uni-muenchen.de/~hoole/kurse/hs_evolution/evolution2000.pdf
Tracking the Evolution of Language and Speech (6 pgs)
Philip Lieberman & Robert McCarthy 2007
Bem escrito, muito bem ilustrado, só tem seis preciosas páginas mas vale como se tivesse trinta. Em http://www.cog.brown.edu/people/lieberman/pdfFiles/Lieberman,%20P.%20&%20McCarthy,%20R.%202007.%20Tracking%20the%20evolution%20of.pdf
Exemplar models, evolution and language change (40 pgs)
Andrew B. Wedel
Department of Linguistics, University of Arizona, Tucson AZ
Em http://dingo.sbs.arizona.edu/~wedel/publications/PDF/WedelExEvLangChange.pdf
From Monkey-like Action Recognition to Human Language: An Evolutionary Framework for Neurolinguistics - précis de 2004 (63 pgs)
Michael A. Arbib
Computer Science Department, Neuroscience Program, and USC Brain Project, University of Southern California, Los Angeles
Em http://www.bbsonline.org/Preprints/Arbib-05012002/Referees/Arbib.pdf
Innateness and culture in the evolution of language (5 pgs)
Simon Kirby*†, Mike Dowman‡, and Thomas L. Griffiths§
*School of Philosophy, Psychology, and Language Sciences, University of Edinburgh, UK; ‡Department of General Systems Sciences, Graduate School of Arts and Sciences, University of Tokyo, Japan; and §Department of Psychology and Program in Cognitive Science, University of California, Berkeley
Em http://www.pnas.org/content/104/12/5241.full.pdf
The evolution of language: a comparative review (38 pgs)
W. Tecumseh Fitch
School of Psychology, University of St. Andrews, United Kingdom
Biology and Philosophy (2005) 20:193–230 _ Springer 2005
Em http://www.st-andrews.ac.uk/~wtsf/downloads/Fitch05EvoLangRev.pdf
Biolinguistics - Structure, Development and Evolution of Language (24 pgs)
Lyle Jenkins - 1997
Em http://fccl.ksu.ru/papers/gp008.pdf
The Social Evolution of Language, and the Language of Social Evolution (14 pgs)
Thomas C. Scott-Phillips
Language Evolution and Computation Research Unit, University of Edinburgh, UK
Em http://www.epjournal.net/filestore/EP05740753.pdf
Evolution of language diversity: the survival of the fitness (12 pgs)
Zach Solan, Eytan Ruppin, David Horn 2002
Faculty of Exact Sciences
Tel Aviv University
Shimon Edelman
Department of Psychology
Cornell University
Em http://neuron.tau.ac.il/~horn/publications/Solan-EtAl.pdf
Attention and Tool Use in the Evolution of Language (20 pgs)
Ingar Brinck ~ 1999
Department of Philosophy, Lund University, Sweden
Em http://asip.lucs.lu.se/spinning/categories/language/Brinck/Brinck.pdf
Co-evolution of Language and of the Language Acquisition Device (10 pgs)
Ted Briscoe ~1998
Computer Laboratory, U n i v e r s i t y of Cambridge
Em http://www.aclweb.org/anthology-new/P/P97/P97-1054.pdf
Modeling co-evolution of language and social groups in a dynamic environment (25 p.)
Jason Riggle 2008
Computation Institute, University of Chicago
Excelente bibliografia.
Em http://hum.uchicago.edu/~jriggle/hsd2008.pdf
Evolution of Language as one of the Major Evolutionary Transitions (19 pgs)
Eörs Szathmáry ~2008
Collegium Budapest
Em http://ecagents.istc.cnr.it/imgs/Szathmary2008.pdf
Infant Directed Speech and Evolution of Language (17 pgs)
Bart de Boer 2005
AI-lab, Vrije Universiteit Brussel
Em http://uvafon.hum.uva.nl/bart/papers/deBoerEVOLANG2002.pdf
In the Beginning Was the Verb: The Emergence and Evolution of Language Problem in the Light of the Big Bang Epistemological Paradigm (26 pgs)
Edward G. Belaga 2008
Em http://cogprints.org/5907/4/BelagaLinguaInTheBeginning080131.pdf
The individual and the species in the cultural evolution of language (11 pgs)
Sverker Johansson 2004
School of Education and Communication, University of Jönköping, Sweden
Em http://hem.hj.se/~lsj/EELC04.pdf
Syntax as the last step in the evolution of language (10 pgs)
Dieter Wunderlich 2006
Heinrich-Heine-Universität, Düsseldorf
http://www.zas.gwz-berlin.de/mitarb/homepage/wunderlich/files/syntax_last_step.pdf
terça-feira, 30 de setembro de 2008
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
A Calma Dessa Gente...
arXiv:0809.4027 [ps, pdf, other]
Título: A Search for $B^+ \to \ell^+ \nu_{\ell}$ Recoiling Against $B^{-}\to D^{0} \ell^{-}\bar{\nu} X$
Autores: The BABAR Collaboration: B. Aubert, et al.
Comentários: 30 páginas, 15 figuras em postscript, submetido ao CKM2008
Assunto: High Energy Physics - Experiment (hep-ex)
A lista de autores e colaboradores, B. Aubert et al., ocupa seis páginas do pdf.
Título: A Search for $B^+ \to \ell^+ \nu_{\ell}$ Recoiling Against $B^{-}\to D^{0} \ell^{-}\bar{\nu} X$
Autores: The BABAR Collaboration: B. Aubert, et al.
Comentários: 30 páginas, 15 figuras em postscript, submetido ao CKM2008
Assunto: High Energy Physics - Experiment (hep-ex)
A lista de autores e colaboradores, B. Aubert et al., ocupa seis páginas do pdf.
GEORGES CANGUILHEM
Georges Canguilhem apresentou sua tese de doutorado em 1943, na Faculdade de Medicina de Estrasburgo (FR), chamada Ensaio Sobre Alguns Problemas Relativos ao Normal e ao Patológico. Em 1966 a editora Presses Universitaires de France publicou-a em forma de livro (Le Normal et le Pathologique, publicado no Brasil pela Editora Forense-Universitária com o título de O Normal e o Patológico), com a adição de uma segunda parte chamada Novas Reflexões Referentes ao Normal e ao Patológico (1963-1966).
A Dra. Victoria Margree, autora do artigo aqui em questão, fez um BA Honours em Filosofia e Literatura na University of Sussex em 1995, mestrado em Literatura Inglesa: Teoria Crítica ainda em Sussex, 1996, e D Phil ( o PhD inglês) em literatura inglesa, também em Sussex, explorando construções de “loucura” e “anormalidade” em um amplo cenário de discursos e literaturas. Depois de completar seu doutorado em 2002, Margree trabalhou como Visiting Lecturer (conferencista convidada) em diversas instituições (Sussex University, a Open University, a University Of London Royal Holloway e a Brighton University, enquanto continuava a fazer pesquisas e publicar artigos sobre teoria e literatura. Em setembro de 2006 ela assumiu o cargo em tempo integral de Lecturer em Brighton.
O artigo de Margree chama-se Normal and Abnormal: Georges Canguilhem and the Question of Mental Pathology (O Normal e o Anormal: Georges Canguilhem e a Questão da Patologia Mental), e foi publicado em dezembro de 2002 na revista Philosophy, Psychiatry & Psychology (9:4). Ele está sendo citado aqui porque é um excelente trabalho de pesquisa em fontes valiosas e foi redigido de modo a reunir o conteúdo dessas fontes em um texto integrado e lúcido. Aqui está a tradução do seu Abstract/Resumo:
“Tradicionalmente, os debates entre psiquiatras e antipsiquiatras concentrou-se em torno da propriedade (NT – ou impropriedade) de modelos positivistas do distúrbio psicológico. De acordo com o positivismo, a causa de estados mentais incomuns ou incômodos deve ser encontrada em anormalidades biológicas. (...) Utilizando o trabalho do filósofo da medicina, Georges Canguilhem, desejo elaborar uma descrição não positivista da doença física que possa então ser aplicada em debates sobre saúde mental para se redefinir os termos no âmbito dos quais o papel das anormalidades biológicas possa ser pensado. Aplicando a definição de Canguilhem de patologia, o estudo defende uma concepção de doença mental na qual a identificação científica de anormalidades biológicas seja útil, mas não suficiente em si mesma. Finalmente, esses argumentos estão relacionados a trabalhos recentes que envolvem terapia cognitiva para alucinações auditivas e esquizofrenia”.
O artigo está em http://www.critpsynet.freeuk.com/Margree.pdf
A Dra. Victoria Margree, autora do artigo aqui em questão, fez um BA Honours em Filosofia e Literatura na University of Sussex em 1995, mestrado em Literatura Inglesa: Teoria Crítica ainda em Sussex, 1996, e D Phil ( o PhD inglês) em literatura inglesa, também em Sussex, explorando construções de “loucura” e “anormalidade” em um amplo cenário de discursos e literaturas. Depois de completar seu doutorado em 2002, Margree trabalhou como Visiting Lecturer (conferencista convidada) em diversas instituições (Sussex University, a Open University, a University Of London Royal Holloway e a Brighton University, enquanto continuava a fazer pesquisas e publicar artigos sobre teoria e literatura. Em setembro de 2006 ela assumiu o cargo em tempo integral de Lecturer em Brighton.
O artigo de Margree chama-se Normal and Abnormal: Georges Canguilhem and the Question of Mental Pathology (O Normal e o Anormal: Georges Canguilhem e a Questão da Patologia Mental), e foi publicado em dezembro de 2002 na revista Philosophy, Psychiatry & Psychology (9:4). Ele está sendo citado aqui porque é um excelente trabalho de pesquisa em fontes valiosas e foi redigido de modo a reunir o conteúdo dessas fontes em um texto integrado e lúcido. Aqui está a tradução do seu Abstract/Resumo:
“Tradicionalmente, os debates entre psiquiatras e antipsiquiatras concentrou-se em torno da propriedade (NT – ou impropriedade) de modelos positivistas do distúrbio psicológico. De acordo com o positivismo, a causa de estados mentais incomuns ou incômodos deve ser encontrada em anormalidades biológicas. (...) Utilizando o trabalho do filósofo da medicina, Georges Canguilhem, desejo elaborar uma descrição não positivista da doença física que possa então ser aplicada em debates sobre saúde mental para se redefinir os termos no âmbito dos quais o papel das anormalidades biológicas possa ser pensado. Aplicando a definição de Canguilhem de patologia, o estudo defende uma concepção de doença mental na qual a identificação científica de anormalidades biológicas seja útil, mas não suficiente em si mesma. Finalmente, esses argumentos estão relacionados a trabalhos recentes que envolvem terapia cognitiva para alucinações auditivas e esquizofrenia”.
O artigo está em http://www.critpsynet.freeuk.com/Margree.pdf
domingo, 28 de setembro de 2008
Tomografando o Cérebro Gramatical
Yosef Grodzinsky é como a cerveja Skol, o Fluminense, escargots, chocolate branco e Nosso Líder Lula da Silva: tem gente que não tolera e gente que incha a veia do pescoço em sua defesa. Imaging the Grammatical Brain é um capítulo do livro Handbook of Brain Theory, editado por Michael Arbib (MIT Press). Por conta do respeito que tenho por Arbib e pelos fãs de Grodzinsky, vou traduzir a introdução do capítulo, fornecer o endereço e deixar que os leitores julguem por si mesmos.
“Introdução
O que fazem os estudiosos da linguagem? Os lingüistas procuram uma caracterização da natureza do conhecimento lingüístico; os psicolingüistas procuram modelar algoritmos que implementem esse conhecimento quando os usuários da linguagem falam e compreendem; e os neurolingüistas estão interessados nos mecanismos neurais que tornam realidade esses algoritmos, e sua localização. Pode-se imaginar um programa de pesquisa onde essas perspectivas se reúnam, em uma tentativa de entender e explicar o conhecimento da linguagem, sua aquisição, seus mecanismos de processamento e a computação neural. Este é o projeto neurobiológico para caracterizar a linguagem humana. Este capítulo trata das tentativas de se reconstruir uma imagem dos mecanismos da linguagem através da análise de dados de lesões (a maioria de síndromes de afasia), e através de neuroimagem funcional. Tentarei demonstrar que uma escolha correta da unidade para análise funcional do comportamento leva a uma imagem mais clara do cérebro lingüístico”.
Em http://freud.tau.ac.il/~yosef1/papers/arbib.pdf
“Introdução
O que fazem os estudiosos da linguagem? Os lingüistas procuram uma caracterização da natureza do conhecimento lingüístico; os psicolingüistas procuram modelar algoritmos que implementem esse conhecimento quando os usuários da linguagem falam e compreendem; e os neurolingüistas estão interessados nos mecanismos neurais que tornam realidade esses algoritmos, e sua localização. Pode-se imaginar um programa de pesquisa onde essas perspectivas se reúnam, em uma tentativa de entender e explicar o conhecimento da linguagem, sua aquisição, seus mecanismos de processamento e a computação neural. Este é o projeto neurobiológico para caracterizar a linguagem humana. Este capítulo trata das tentativas de se reconstruir uma imagem dos mecanismos da linguagem através da análise de dados de lesões (a maioria de síndromes de afasia), e através de neuroimagem funcional. Tentarei demonstrar que uma escolha correta da unidade para análise funcional do comportamento leva a uma imagem mais clara do cérebro lingüístico”.
Em http://freud.tau.ac.il/~yosef1/papers/arbib.pdf
sábado, 27 de setembro de 2008
BACH - VARIAÇÕES GOLDBERG
O violinista Dmitry Sitkovetsky fez a transcrição para violino/viola/cello das Variações Goldberg, e dedicou-a a Glenn Gould. Juntamente com Gerard Causse, viola, e Misha Maisky, cello, foi feita uma gravação primorosa dessa transcrição. Todos os elogios exagerados feitos nos comentários dessa seção do blog O Pensador Selvagem são merecidos. A transcrição e a execução são mesmo "sublimes", como diz um desses entusiastas. A gravação (técnica) é de primeira. As doze faixas do CD abrigam a Aria inicial na primeira, três variações em cada uma das outras dez faixas, e a Aria da Capo na última faixa. A distribuição deu certo: o BWV 988 ficou bem "amarrado". Para download em http://pqpbach.opensadorselvagem.org/page/2/ .
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
Filosofia e Neurociência
Analyse & Kritik 26/2004 ( Lucius & Lucius, Stuttgart) p. 382–397
Andrew Brook/Pete Mandik
The Philosophy and Neuroscience Movement
Andrew Brook é Professor Chancellor de Filosofia e diretor do Institute of Cognitive Science (ICS) na Carleton University, Ottawa, Ontario, Canadá. O ICS administra um curso de graduação de quatro anos em Ciência Cognitiva e oferece o único doutorado independente em Ciência Cognitiva do Canadá. Brook tem duas graduações na University of Alberta e um D. Phil. da Oxford University. Ele é ex-presidente da Canadian Philosophical Association. Pete Mandik, PhD em Filosofia (Programa de Filosofia-Neurociência-Psicologia) pela Washington University em St. Louis, é atualmente professor associado do Departamento de Filosofia da William Paterson University e coordenador do Laboratório de Ciência Cognitiva. Trabalha na WPU desde 2000. Antes disso foi editor de publicação da revista Philosophical Psychology. Seu último artigo, a ser publicado em The Oxford Handbook of Philosophy and Neuroscience, da Oxford University Press, é The Neurophilosophy of Subjectivity (A Neurofilosofia da Subjetividade).
Dito isso, quero apresentar o artigo dos dois, The Philosophy and Neuroscience Movement (O Movimento de Filosofia e Neurociência), onde defendem uma integração mais aprofundada entre filosofia e neurociência. Dizem eles na introdução:
“O conjunto exponencialmente crescente de obras sobre o cérebro humano das últimas décadas não apenas nos ensinou muito sobre como o cérebro realiza a cognição, como teve também uma profunda influência sobre outras disciplinas que estudam a cognição e o comportamento, Um exemplo notável, interessante, é a filosofia. Um pequeno movimento dedicado a aplicar a neurociência a problemas filosóficos tradicionais e utilizando métodos filosóficos para esclarecer questões da neurociência começou há uns 25 anos e vem ganhando impulso desde então. O pensamento principal em sua base é que certas questões fundamentais sobre a cognição humana, questões que têm sido estudadas, em certos casos, durante milênios, só serão respondidas através de uma apreensão filosoficamente sofisticada do que a neurociência contemporânea nos está ensinando sobre como o cérebro humano processa informações.
As evidências relativas a essa proposição são hoje avassaladoras. O problema filosófico da percepção foi transformado pelos novos conhecimentos sobre os sistemas visuais do cérebro. Nossa compreensão da memória foi aprofundada com o conhecimento de que dois sistemas bastante diferentes do cérebro estão envolvidos nas memória de curto e longo prazo. Saber algo sobre como a linguagem é implementada no cérebro transformou nosso entendimento da estrutura da linguagem, especialmente a estrutura de muitos colapsos lingüísticos. E assim por diante. Por outro lado, muita coisa ainda não ficou bem clara sobre as implicações desse novo conhecimento sobre o cérebro. Estarão as funções cognitivas localizadas no cérebro do modo suposto pelos mais recentes estudos de imagem cerebral? Será que faz sentido pensar-se na atividade cognitiva estando localizada dessa maneira? Será que ter conhecimento sobre as áreas ativas do cérebro quando estamos conscientes de alguma coisa promete algo com relação aos enigmas há muito existentes sobre a natureza e o papel da consciência? E assim por diante. Como resultado desse interesse, um grupo de filósofos e neurocientistas dedicados a fornecer informações de trabalho uns aos outros vem crescendo. Muitas dessas pessoas têm hoje treinamento em nível de doutorado ou equivalente tanto em filosofia como em neurociência. Grande parte desse trabalho tem se concentrado em torno de cinco temas: (1) dados e teoria em neurociência; (2) representação natural e computação; (3) transformação visomotora; (4) visão de cor; e (5) consciência. E duas grandes questões estão na sub-estrutura de todos eles: (1) a relação da neurociência com a filosofia da ciência, e (2) se a ciência cognitiva será reduzida à neurociência ou eliminada por ela. Logo retomaremos esses temas. Mas antes, uma descrição de um pouco da história relevante”
E passa-se para o capítulo 1: History of Research Connecting Philosophy and Neuroscience (História das Pesquisas que Conectam a Filosofia e a Neurociência). Imperdível.O artigo (21 páginas) está em http://www.petemandik.com/philosophy/papers/brookmandik.pdf
Andrew Brook/Pete Mandik
The Philosophy and Neuroscience Movement
Andrew Brook é Professor Chancellor de Filosofia e diretor do Institute of Cognitive Science (ICS) na Carleton University, Ottawa, Ontario, Canadá. O ICS administra um curso de graduação de quatro anos em Ciência Cognitiva e oferece o único doutorado independente em Ciência Cognitiva do Canadá. Brook tem duas graduações na University of Alberta e um D. Phil. da Oxford University. Ele é ex-presidente da Canadian Philosophical Association. Pete Mandik, PhD em Filosofia (Programa de Filosofia-Neurociência-Psicologia) pela Washington University em St. Louis, é atualmente professor associado do Departamento de Filosofia da William Paterson University e coordenador do Laboratório de Ciência Cognitiva. Trabalha na WPU desde 2000. Antes disso foi editor de publicação da revista Philosophical Psychology. Seu último artigo, a ser publicado em The Oxford Handbook of Philosophy and Neuroscience, da Oxford University Press, é The Neurophilosophy of Subjectivity (A Neurofilosofia da Subjetividade).
Dito isso, quero apresentar o artigo dos dois, The Philosophy and Neuroscience Movement (O Movimento de Filosofia e Neurociência), onde defendem uma integração mais aprofundada entre filosofia e neurociência. Dizem eles na introdução:
“O conjunto exponencialmente crescente de obras sobre o cérebro humano das últimas décadas não apenas nos ensinou muito sobre como o cérebro realiza a cognição, como teve também uma profunda influência sobre outras disciplinas que estudam a cognição e o comportamento, Um exemplo notável, interessante, é a filosofia. Um pequeno movimento dedicado a aplicar a neurociência a problemas filosóficos tradicionais e utilizando métodos filosóficos para esclarecer questões da neurociência começou há uns 25 anos e vem ganhando impulso desde então. O pensamento principal em sua base é que certas questões fundamentais sobre a cognição humana, questões que têm sido estudadas, em certos casos, durante milênios, só serão respondidas através de uma apreensão filosoficamente sofisticada do que a neurociência contemporânea nos está ensinando sobre como o cérebro humano processa informações.
As evidências relativas a essa proposição são hoje avassaladoras. O problema filosófico da percepção foi transformado pelos novos conhecimentos sobre os sistemas visuais do cérebro. Nossa compreensão da memória foi aprofundada com o conhecimento de que dois sistemas bastante diferentes do cérebro estão envolvidos nas memória de curto e longo prazo. Saber algo sobre como a linguagem é implementada no cérebro transformou nosso entendimento da estrutura da linguagem, especialmente a estrutura de muitos colapsos lingüísticos. E assim por diante. Por outro lado, muita coisa ainda não ficou bem clara sobre as implicações desse novo conhecimento sobre o cérebro. Estarão as funções cognitivas localizadas no cérebro do modo suposto pelos mais recentes estudos de imagem cerebral? Será que faz sentido pensar-se na atividade cognitiva estando localizada dessa maneira? Será que ter conhecimento sobre as áreas ativas do cérebro quando estamos conscientes de alguma coisa promete algo com relação aos enigmas há muito existentes sobre a natureza e o papel da consciência? E assim por diante. Como resultado desse interesse, um grupo de filósofos e neurocientistas dedicados a fornecer informações de trabalho uns aos outros vem crescendo. Muitas dessas pessoas têm hoje treinamento em nível de doutorado ou equivalente tanto em filosofia como em neurociência. Grande parte desse trabalho tem se concentrado em torno de cinco temas: (1) dados e teoria em neurociência; (2) representação natural e computação; (3) transformação visomotora; (4) visão de cor; e (5) consciência. E duas grandes questões estão na sub-estrutura de todos eles: (1) a relação da neurociência com a filosofia da ciência, e (2) se a ciência cognitiva será reduzida à neurociência ou eliminada por ela. Logo retomaremos esses temas. Mas antes, uma descrição de um pouco da história relevante”
E passa-se para o capítulo 1: History of Research Connecting Philosophy and Neuroscience (História das Pesquisas que Conectam a Filosofia e a Neurociência). Imperdível.O artigo (21 páginas) está em http://www.petemandik.com/philosophy/papers/brookmandik.pdf
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
O Suflê Quântico
Todos os interessados conhecem a delicadeza da respiração do suflê que está no forno transformando-se em uma obra prima. Se uma borboleta bater as asas na Ilha da Páscoa (ainda existem borboletas na Ilha da Páscoa?), o suflê desanda aqui no Rio de Janeiro. Com seu artigo The Myth of Quantum Consciousness, Victor J. Stenger escancarou a porta do forno. Em O Mito da Consciência Quântica, um título previamente incriminador, Stenger tirou o sono do pessoal new-age. Vejamos um pequeno trecho:
“O mito da consciência quântica serve bem a muitos daqueles cujos egos tornaram impossível para eles aceitar a posição insignificante que a ciência dá à humanidade, à medida que modernos instrumentos varrem os recantos mais longínquos do espaço e do tempo. Foi ruim o bastante quando Copérnico disse que não estávamos no centro do universo. Foi pior quando Darwin anunciou que não éramos anjos. Mas tornou-se intolerável quando os astrônomos declararam que a Terra é apenas um de centenas de quatrilhões de outros planetas, e quando os geólogos demonstraram que a história registrada é apenas uma piscada do tempo – um microssegundo do segundo de existência da Terra. Numa terra onde a auto-gratificação alcançou alturas jamais sonhadas na Roma antiga, onde a auto-estima é mais importante do que ser capaz de ler, e onde a auto-ajuda não requer mais esforço do que colocar uma fita cassete no aparelho, o mito da consciência quântica é exatamente aquilo que o psiquiatra receitou”.
Victor J. Stenger, nascido em 29 de janeiro de 1935, é professor emérito de física e astronomia na University of Hawaii e professor adjunto de filosofia na University of Colorado. Stenger tinha como principal assunto de pesquisa a física de partículas, mas é conhecido principalmente como crítico e observador cético do Intelligent Design (substituto mais "sofisticado" do criacionismo) e outras idéias pseudocientíficas. Já publicou diversos livros para o público em geral sobre física, cosmologia e filosofia, religião e pseudociência. Seu livro God: The Failed Hypothesis (Deus: A Hipótese que Falhou) chegou ao 21º lugar na lista dos best-sellers do New York Times em 2007. Stenger afirma que uma explicação científica para fenômenos como a consciência e o livre arbítrio, supondo-se que este exista, algum dia será descoberta sem a necessidade de invocar qualquer coisa mística ou sobrenatural (parágrafo adaptado da Wikipedia). Seu currículo completo, com suas publicações isoladamente e com colegas pesquisadores, está em http://www.colorado.edu/philosophy/vstenger/Bio/CV.pdf.
Bem, leia o restante de O Mito da Consciência Quântica em: http://www.colorado.edu/philosophy/vstenger/Quantum/QuantumConsciousness.pdf
“O mito da consciência quântica serve bem a muitos daqueles cujos egos tornaram impossível para eles aceitar a posição insignificante que a ciência dá à humanidade, à medida que modernos instrumentos varrem os recantos mais longínquos do espaço e do tempo. Foi ruim o bastante quando Copérnico disse que não estávamos no centro do universo. Foi pior quando Darwin anunciou que não éramos anjos. Mas tornou-se intolerável quando os astrônomos declararam que a Terra é apenas um de centenas de quatrilhões de outros planetas, e quando os geólogos demonstraram que a história registrada é apenas uma piscada do tempo – um microssegundo do segundo de existência da Terra. Numa terra onde a auto-gratificação alcançou alturas jamais sonhadas na Roma antiga, onde a auto-estima é mais importante do que ser capaz de ler, e onde a auto-ajuda não requer mais esforço do que colocar uma fita cassete no aparelho, o mito da consciência quântica é exatamente aquilo que o psiquiatra receitou”.
Victor J. Stenger, nascido em 29 de janeiro de 1935, é professor emérito de física e astronomia na University of Hawaii e professor adjunto de filosofia na University of Colorado. Stenger tinha como principal assunto de pesquisa a física de partículas, mas é conhecido principalmente como crítico e observador cético do Intelligent Design (substituto mais "sofisticado" do criacionismo) e outras idéias pseudocientíficas. Já publicou diversos livros para o público em geral sobre física, cosmologia e filosofia, religião e pseudociência. Seu livro God: The Failed Hypothesis (Deus: A Hipótese que Falhou) chegou ao 21º lugar na lista dos best-sellers do New York Times em 2007. Stenger afirma que uma explicação científica para fenômenos como a consciência e o livre arbítrio, supondo-se que este exista, algum dia será descoberta sem a necessidade de invocar qualquer coisa mística ou sobrenatural (parágrafo adaptado da Wikipedia). Seu currículo completo, com suas publicações isoladamente e com colegas pesquisadores, está em http://www.colorado.edu/philosophy/vstenger/Bio/CV.pdf.
Bem, leia o restante de O Mito da Consciência Quântica em: http://www.colorado.edu/philosophy/vstenger/Quantum/QuantumConsciousness.pdf
Mozart, Güra & Berner
É um truísmo dizer que os artistas que estrelam gravações lançadas por companias importantes (como a Harmonia Mundi, nesse caso) são exemplos de qualidade, ainda que alguns ouvintes façam reparos a este ou àquele detalhe de seu desempenho. O tenor alemão Werner Güra, nascido em Munich em 1964, tem em seu passado estudos no famoso Salzburg Mozarteum, posterior aperfeiçoamento com Kurt Widmer e outros, e é bastante requisitado como cantor em oratórios. Também já atuou em inúmeras produções (como o Elijah, de Mendelssohn, com direção de Philippe Herreweghe) e em obras regidas por Peter Schreier, Wolfgang Gönnenwein, Friedemann Layer e outros (Harnoncourt, por exemplo). Sua biografia não pára por aqui, é claro, mas já nos dá uma boa indicação da qualidade de sua atuação. Seu acompanhante, Christoph Berner, tem grande experiência anterior com instrumentistas (o cellista Harwood, por exemplo) e até mesmo com o próprio Güra, em Franz Schubert – Schwanengesang (2007), e possui um toque seguro e um timing impecável. Muito bem: para nossa satisfação, o site abaixo colocou à disposição alguns Lieder & Klavierstücke de Mozart com essa dupla em gravação DDD de 2008 (Harmonia Mundi). http://international-music.blogspot.com
domingo, 21 de setembro de 2008
Elizabeth Bates e Modularidade
Coloquei no endereço abaixo uma tradução que fiz de um texto de E. Bates sobre modularidade. Texto claro, didático, e que pode até ser usado como introdução ao assunto. Bom proveito.
http://docs.google.com/Doc?id=df3wz635_20gkktcsd6
http://docs.google.com/Doc?id=df3wz635_20gkktcsd6
sábado, 20 de setembro de 2008
Ludwig van Beethoven
Uma preciosidade. A EMI Classics editou os trios para piano de Beethoven com Vladimir Ashkenazy (piano), Itzhak Perlman (violino) e Lynn Harrell (cello), em dois CDs. Não tenho palavras nem vou falar abobrinha. O endereço é http://kammermusikkammer.blogspot.com Tem mais coisa boa nesse site...
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
Já que você perguntou...
Interessante site do NIH (mais ou menos o Ministério da Saúde americano) chamado "Já que v. perguntou..." responde dúvidas sobre diversos tópicos como açúcar, petróleo, ruído, sangue, papel, essas coisas. O endereço da pesquisa que fiz sobre ruído é www.niehs.nih.gov/query.html?col=public&qt=noise?charset=utf-8 . Repare que minha palavra chave no meio dessa sopa de letrinhas é noise. Experimente com sugar (açúcar): dezenas de artiguinhos de todas as áreas. Muito instrutivo. Não ligue para as mensagens de erro: vá na caixinha de pesquisa acima à direita (onde está escrito niehs) e coloque a palavra que você quer pesquisar. A seção de pesquisa aparece logo em seguida. Marque as três caixinhas acima à esquerda e coloque sua palavra no quadradinho de pesquisa. Pencas de artigos e textos diversos virão - é só selecionar seu peixe.
Os Reis Do Trompete
Ou como quer o Houaiss, trompete de pistons, mas... bem. O nome do site já diz tudo, só que até trompetistas médios são alçados à realeza. Tudo bem: a diversidade é que vale. Bach, clássicos, jazz, a coisa toda está lá. Chet Baker, Marsalis, Dizzy, Alison Balson, Al Hirt, Miles, you name it. O endereço dessa preciosidade é http://trumpetkings.blogspot.com
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